Juiz João assume protagonismo no lançamento da “Frente do Bem” em Mauá

Em seu discurso, Juiz João fez uma avaliação crítica da atual situação de Mauá, comparando-a com o período anterior

Repórter ABC | Luís Carlos Nunes – Na última sexta-feira (22), o pré-candidato a prefeito de Mauá, Juiz João (PSD), desempenhou um papel de destaque no evento de lançamento da “Frente do Bem”. Esse movimento, que também conta com a participação do ex-prefeito de Ribeirão Pires, Clóvis Volpi e do empresário José Lourencini, surge como uma força unificada com vistas às eleições de 2024 na cidade.

Em seu discurso, perante o público presente, Juiz João enfatizou a falta de vaidade em seu compromisso político e ressaltou que ainda não há um nome definido para liderar a chapa eleitoral em 2024.

O trio de líderes políticos também deixou claro que não aceita o rótulo de “3ª via”, preferindo se apresentar como a “principal” alternativa para Mauá. Isso demonstra sua determinação em trazer uma mudança significativa para a cidade.

Durante seu discurso, Juiz João fez uma avaliação crítica da atual situação de Mauá, comparando-a com o período anterior. Ele caracterizou a cidade como um símbolo do abandono, ressaltando problemas como praças negligenciadas e estradas esburacadas.

“Mauá hoje é o retrato do abandono! Durante a campanha eleitoral, falei que a nossa cidade era a cidade das praças abandonadas e dos buracos. Passados dois anos e meio, nada mudou. Quem anda pela cidade, conhece a cidade sabe como Mauá vive dias de retrocesso. Para resgatar a nossa cidade é que nasceu a Frente do Bem por Mauá.”

Ele também criticou a chamada “reforma” na passarela central da cidade, que, segundo ele, evidencia a negligência do prefeito Marcelo Oliveira em relação às necessidades da população.

Juiz João questionou as prioridades da administração local, destacando a realização de eventos caros em detrimento do bem-estar da população. Ele argumentou que é hora de Mauá focar em solucionar os problemas cotidianos dos cidadãos.

Em um momento mais pessoal, Juiz João compartilhou suas raízes profundamente ligadas a Mauá e como a cidade moldou sua trajetória. Ele enfatizou a importância da educação e das oportunidades na vida de todos, especialmente para aqueles que enfrentam desafios adicionais, como ele mesmo, um jovem negro e da periferia.

Juiz João concluiu que a cidade não pode mais aceitar o retrocesso e a corrupção, destacando a necessidade de oferecer ferramentas e oportunidades para que todos alcancem seus sonhos. Seu compromisso com Mauá é evidente, e ele está determinado a trazer mudanças positivas para a cidade que ele chama de lar.

Clovis e Guto Volpi consideram mudança do PL para o PSD?

O PSD da Estância é presidido por Raphael Volpi

Repórter ABC | Luís Carlos |Nunes – Em um cenário político que se assemelha às águas agitadas de um rio turbulento, Clovis Volpi, ex-prefeito de Ribeirão Pires, viu sua aspiração de concorrer à prefeitura de Mauá pelo PL ser abruptamente desviada, como um barco em meio a uma tempestade. Agora, indícios apontam para uma possível decisão do clã Volpi de trocar de embarcação e lançar suas velas no PSD de Ribeirão Pires, como quem busca um porto mais seguro.

Clovis mantém seu domicílio eleitoral na Estância, enquanto seu filho, Guto Volpi, o atual prefeito de Mauá, pode estar enfrentando as marés tumultuadas dentro do PL. É digno de nota que o PSD da Estância é liderado por Raphael Volpi, que se apresenta como um farol de orientação nessa jornada política.

O presidente do PL de Ribeirão Pires, Nonô Nardelli, utilizando dos serviços de um veículo de imprensa local, comprovadamente de propriedade de um subalterno, negou nos últimos dias que tenha exercido qualquer influência na decisão do PL em negar a legenda para Clovis em Mauá.

Saiu vinculado realmente meu nome aí essa semana que eu teria participado de reuniões em São Paulo, na sede do PL, com o presidente Tadeu e com o presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo. Essa é uma informação mentirosa. Nunca participei de reunião em São Paulo ou fora de São Paulo pra falar do município de Mauá. Todas as vezes que vou no Partido Liberal é exclusivamente para falar do município de Ribeirão Pires, Sempre, sempre do município de Ribeirão Pires. Clóvis Volpi é muito amigo meu. Ele sabe disso, sabe da nossa amizade, que não é política, é amizade verdadeira. Se eu soubesse de alguma de movimentação antes, falaria pra ele”, afirmou Nardelli.

Em Mauá, Clovis anunciou que fará um importante pronunciamento na sexta-feira, dia 22. Por meio de suas redes sociais, ele confirmou a presença do Juiz João e do empresário José Lourencini.

Olá, hoje nós estamos aqui marcando mais um fato histórico na política de Mauá, eu estou aqui hoje tomando café com o juiz João que disputou a eleição passada em Mauá, estou com Lourencini, que também disputou a eleição municipal aqui na cidade de Mauá, e eu vim pra cá hoje pra fazer convite pra que eles estejam, os dois. E mais aqueles presidentes de partidos que quiserem estar também. No dia 22, ali na associação dos aposentados, na Dom José Gaspar para grande evento às 19 horas. E lá nós vamos mostrar para aqueles que estiverem lá que há uma possibilidade da formação desta grande frente do bem e para o bem da nossa querida cidade de Mauá eu estou convidando vocês, porque aqui o João e o Lourencini já aceitaram em participar deste evento. Eu tenho certeza absoluta que será uma frente do bem para a cidade de Mauá.  Esteja conosco lá no dia 22, sexta-feira, 19 horas na Associação dos Aposentados. Grande abraço a todos. Obrigado Lourencini e João, obrigado por ter atendido esse meu pedido. Abraço, vamos juntos”, disse Clovis Volpi em vídeo.

Como se nota, a fala de Clovis Volpi em tom otimista, frisa à criação de uma denominada “frente do bem” para a cidade de Mauá. A expressão “frente do bem” sugere a ideia de uma aliança política e transmite a ideia de formação de uma frente ampla com o propósito de disputa eleitoral.

A escolha meticulosa dessa data pode ter um significado simbólico profundo, já que marca o início da primavera, uma estação que evoca a ideia de renovação, como se fosse um período propício para explorar novos horizontes.

A política, tal qual um rio, é um curso fluido e em constante transformação. Observamos à margem, com olhos atentos, como essa possível mudança de rota afetará o panorama político local.

Deputado Rômulo Fernandes assume a presidência do PT de Mauá em meio a desafios políticos

O novo presidente terá a responsabilidade de coordenar as candidaturas e estratégias do PT

Repórter ABC | Luís Carlos Nunes – No último domingo, 17 de setembro, Mauá testemunhou a eleição do deputado estadual Rômulo Fernandes como o novo Presidente do PT local, acompanhado pela vice-presidente Cida Maia. Essa mudança de liderança é vista como um momento significativo na política da região.

O evento, chamado de Plenária Miguel Lajarin em homenagem ao ex-vereador Miguel Lajarin, que faleceu em agosto, marcou essa transição de poder. A plenária atraiu membros ativos do PT, apoiadores e autoridades municipais, criando um ambiente político de destaque.

Entre as autoridades presentes, o Prefeito Marcelo Oliveira esteve presente, juntamente com importantes deputados federais do PT, incluindo Kiko Celeguim, presidente estadual do partido, Arlindo Chinaglia, Alfredinho e Alencar. Parlamentares estaduais do PT, como Teonílio Barba, Reis e Simão Pedro, também marcaram presença.

Além de ser uma mudança de liderança partidária, a eleição de Rômulo Fernandes como Presidente do PT de Mauá ganha relevância estratégica considerando as eleições municipais de 2024. O novo presidente terá a responsabilidade de coordenar as candidaturas e estratégias do PT, que certamente buscará a reeleição na cidade.

Rômulo Fernandes compartilhou suas perspectivas: “Nesse domingo aqui na cidade de Mauá, nós fizemos aqui a nova direção do PT Municipal. E eu tive a honra de ser escolhido como presidente do PT. Grandes tarefas nós temos aqui, primeiro a defesa do nosso governo do Marcelo Oliveira para o PT se fortalecer cada vez mais a defesa do governo Lula e continuar no projeto de transformação que a gente tem feito aqui na cidade. Obrigado a todos os companheiros que construíram essa unidade partidária. Forte abraço”.

Volpi, empurrado na ladeira, assiste PL armar o “Pouso da Galinha”

Volpi, enfurecido, pode decidir deixar o PL e buscar abrigo em legenda que lhe garanta o papel principal que tanto almeja

Luís Carlos Nunes – Em mais um emocionante episódio do teatro político que é a preparação para as eleições municipais de 2024, o ex-prefeito de Ribeirão Pires, Clovis Volpi, foi gentilmente convidado a assistir das margens do palco, o micro-rasante do Partido Liberal (PL) Estadual e seu novo protagonista em Mauá: o vereador Sargento Simões, um político que, segundo análises, compreende os truques da retórica partidária e as promessas e discursos mirabolantes do ex-presidente Jair Bolsonaro, apesar das controvérsias envolvendo escândalos de joias, atos antidemocráticos e outras polêmicas.

Volpi, cujo sobrenome evoca a astúcia (ou raposice) italiana, costumava ser o destaque do espetáculo político regional, mas agora aceita o papel de um mero apoiador. No entanto, subestimar o ex-prefeito seria um erro, pois ele ensaia um retorno triunfal, ele planeja demonstrar que tem fôlego e vida própria e planeja lançar sua pré-candidatura ao Paço Municipal em uma sexta-feira simbólica (22). Como resultado desse novo ato, ele começa a ser sondado como um valioso cabo eleitoral, uma verdadeira joia personalíssima, numa estratégia que os políticos costumam utilizar quando enfrentam dificuldades.

Nos bastidores, fontes revelam que Sargento Simões está se preparando para uma apresentação espetacular, articulando para assumir no tapetão o centro do picadeiro do PL local, uma posição até então ocupada pelo ex-presidente da Câmara, Zé Carlos Nova Era. A estratégia de Simões lembra a de um verdadeiro mestre de cerimônias, tentando manter a frágil unidade interna da legenda, mesmo que isso signifique equilibrar Zé Carlos e Volpi nas mãos habilidosas do poder.

No entanto, há um elemento de suspense digno de um grande drama maquiavélico. Dizem que Volpi, enfurecido com seu tratamento, pode decidir deixar o circo do PL e buscar um novo espetáculo que lhe garanta o papel principal que tanto almeja. E, em um golpe surpreendente, ele poderia até mesmo apoiar a candidatura do Juiz João, uma reviravolta que manteria todos nós intrigados.

E, falando em suspense, não podemos ignorar o fato de que a candidatura de Sargento Simões é uma verdadeira incógnita. Pode ser apenas um “voo de galinha”, um número político que desaparecerá tão rapidamente quanto surgiu. Como diz o velho ditado, “nem toda ave voa alto”, e no mundo político, as promessas podem ser tão fugazes quanto um passe de mágica.

Para adicionar um toque dramático a este ato, o Juiz João escolheu esta quinta-feira (14) para postar um “TBT” em suas redes sociais, relembrando um momento em que ele, Volpi e o empresário José Lourencini aparecem juntos. Em sua postagem, João fala de “um projeto forte que busca o diálogo longe do extremismo e coloca o bem de Mauá acima de tudo.” Uma declaração que soa mais filosófica do que política, como se ele estivesse lendo o “Príncipe” de Maquiavel nas entrelinhas.

Assim, o cenário político prossegue, com seus truques, estratégias e ilusões, enquanto os políticos buscam desesperadamente oxigênio eleitoral, e os eleitores assistem a esse espetáculo com uma mistura de admiração e cinismo. Afinal, como diria Maquiavel, “a política tem sua própria lógica, e aqueles que desejam triunfar devem aprender a dançar conforme a música do momento.” E, às vezes, essa música é uma melodia fugaz que logo se desvanece no ar.

PEC propõe restrições para candidatura de militares na política

Senadores preparam iniciativa para fixar exigência de reserva aos militares que desejem disputar eleições

Senadores alinhados ao governo estão se movimentando para lançar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que estabelecerá um requisito específico para militares das Forças Armadas que almejem entrar na política. Segundo a PEC em questão, esses militares deverão obrigatoriamente ingressar na reserva – equivalente à aposentadoria no âmbito militar – antes de se candidatarem. O projeto será formalmente apresentado no Senado, embora o líder do governo na Casa, o senador Jaques Wagner (PT-BA), tenha deixado claro que essa medida não terá impacto nas eleições municipais previstas para 2024.

Wagner explicou, “No texto da PEC está claramente estipulado que as suas disposições não serão aplicadas a eleições que ocorram até um ano após a promulgação. Isso significa que a nova regra só entrará em vigor após outubro, não afetando, portanto, o pleito do próximo ano”. As declarações foram feitas antes de uma reunião realizada nesta quarta-feira (30/8) no Ministério da Defesa, onde parlamentares e ministros discutiram detalhes sobre a proposta.

A PEC, elaborada por senadores, teve origem no governo Lula. Em sua versão inicial, chegou a contemplar também a proibição de que militares da ativa ocupassem cargos públicos, incluindo ministros. Entretanto, essa cláusula foi posteriormente descartada devido à ausência de consenso.

O debate sobre a PEC foi o foco de uma reunião na sede do Ministério da Defesa, que contou com a participação do ministro José Múcio, responsável pela pasta, além do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Líderes do governo no Senado e no Congresso também estiveram presentes.

Wagner esclareceu a distinção entre a função de ministro e a dos militares. “Ministros ocupam uma posição diferente. Para se tornar ministro, é necessário ser convidado. Não é uma decisão pessoal. Nossa preocupação reside no aspecto voluntário”, ressaltou o senador. E completou: “Embora a função de ministro seja eminentemente política, sua nomeação é resultado de um convite, não de uma escolha individual.”

Procedimento

Os senadores envolvidos na elaboração da PEC estão buscando obter pelo menos 27 assinaturas no Senado, etapa necessária para dar início à tramitação do projeto. Eles preveem que isso ocorra na semana seguinte ao feriado de 7 de Setembro. Posteriormente, o texto deverá passar por aprovação por maioria qualificada nas duas Casas do Congresso para ser adotado oficialmente. A estimativa do governo é que esse processo possa ser concluído até o final deste ano ou o início do próximo.

Cenário Atual

Segundo as normas atuais, militares da ativa podem se candidatar desde que obtenham licença. Após término do mandato ou em caso de derrota, têm a prerrogativa de voltar às suas funções militares. Se a PEC proposta for aprovada, a candidatura a um cargo eletivo exigirá, obrigatoriamente, que o militar passe à reserva antes de lançar-se na política.

Fotografia Política de Ribeirão Pires indicia menor participação de partidos na disputa eleitoral de 2024

Na cidade, maioria dos partidos estão sem direção ou prestes a vencerem prazos

Repórter ABC | Luís Carlos Nunes – Dos 19 partidos políticos com filiados em Ribeirão Pires, apenas 04 legendas apresentam condições, com diretórios ou comissões provisórias com mandato após as eleições municipais de 2024, previstas para acontecerem em 06 de outubro.

Na cidade, se enquadram na condição acima o União Brasil no qual o seu Órgão Provisório tem fim de vigência para 23 de maio de 2024. O Órgão Provisório do Solidariedade tem expiração em 04 de abril de 2030. Em seguida vem o Republicanos que vai até o dia 01 de novembro de 2024 e o PSD que expira em 30 de abril de 2024.

Outros 07 partidos ou Federações administradas por Órgãos Colegiados estão próximo de encerrarem, sendo:

  • PDT – 17 de outubro de 2023
  • PSB – 21 de outubro de 2023
  • MDB – 30 de novembro de 2023
  • AVANTE – 31 de dezembro de 2023
  • PMN – 31 de dezembro de 2023
  • PODEMOS – 31 de dezembro de 2023
  • PL – 10 de fevereiro de 2024

Em Ribeirão Pires a Federação composta por PSDB/Cidadania também se encontra próxima de vencimento de uma das sigla e outra expirada. O PSDB, atualmente administrada por uma Comissão Interventora tem o seu prazo final até o próximo dia 31 de agosto de 2023 e o partido Cidadania, de Comissão Provisória teve o seu órgão diretivo extinto em 21 de fevereiro deste ano.

Já a Federação PT/PCdoB/PV tem o Diretório do PT com com sua direção a vencer em 31 de dezembro próximo. O PCdoB, 31 de novembro deste ano e o PV teve a sua Comissão executiva vencida em 18 de novembro de 2022.

Na Federação PSOL/REDE, o PSOL teve o seu Diretório expirado em 30 de setembro de 2021 e a Provisória da REDE em 29 de maio de 2024.

Entre os 19 partidos com filiações na cidade, 05 estão sem constituição de direção.

O AGIR está sem direção desde 10 de janeiro de 2023, PMB desde 29 de março de 2023, o PP desde 02 abril de 2020 e o PSTU sem direção legal e constituída de 20 de março de 2018.

O PTB é um outro caso. Tentando um fusão com o Patriota, teve em 30 de junho de 2023 o vencimento de seu Órgão Diretivo. O Patriota está congelado desde 30 de dezembro de 2022.

Desemprenho eleitoral em 2020

Nas eleições municipais de 2020, que escolheu os 17 nomes para ocuparem assento no Parlamento Municipal, 18 agremiações apresentaram candidatura, acompanhe abaixo os respectivos desempenhos.

Partidos que concorreram em 2020 – Ribeirão Pires

Partidos

Eleitos

Votos

Percentual

  1. PTB

03

9.495

15,63%

  1. PL

03

8.213

13,52%

  1. PSDB

03

7.464

12,28%

  1. PODE

02

6.191

10,19%

  1. PTC

01

4.738

7,80%

  1. PSD

01

4.308

7,09%

  1. PATRIOTA

01

3.860

6,35%

  1. PSB

01

3.501

5,76%

  1. AVANTE

01

3.033

4,99%

  1. PT

01

2.670

4,39%

  1. SOLIDARIEDADE

1.411

2,32%

  1. PRTB

1.373

2,26%

  1. PROS

1.033

1,70%

  1. REPUBLICANOS

860

1,42%

  1. PC do B

685

1,13%

  1. DEM

674

1,11%

  1. PMB

308

0,51%

  1. PSL

209

0,34%

Eleições de 2024: A Magia da Redução de Candidatos a Vereador – Desafios Épicos para os Destemidos

Nas efervescentes aventuras das eleições municipais de 2024, um enredo aparentemente trivial se prepara para desencadear terremotos nos corredores da política. Essa trama, que já fez sua estreia nas eleições gerais de 2022, agora se desenrola nas areias movediças das disputas locais, trazendo consigo um épico conjunto de desafios para os intrépidos partidos e candidatos. Mas, oh, que reviravolta! Ao contrário dos episódios anteriores, onde os partidos podiam soltar uma avalanche de candidatos, preenchendo mais da metade das cadeiras da Câmara de Vereadores (150%), uma nova ordem foi promulgada. Agora, cada partido ou federação está condenado a limitar-se ao número total de assentos, com um extra para dar aquele charme (100% mais um). Porque, afinal, quem não gosta de um pouquinho de tempero matemático nas eleições?

Apertem os cintos e embarquem nesse emocionante espetáculo que é Ribeirão Pires! Aqui, onde a Câmara abriga 17 vereadores, a contagem regressiva para os partidos é: 18 candidatos, e… a cortina cai para os generosos 25 que já eram permitidos até 2020. Uma contagem tão elegante, não é mesmo? Quem precisa de números redondos quando se pode ter números quase lá, mas não totalmente?

Os bastidores de política são realmente o circo dos inesperados. A famosa Lei 14.211/21, supostamente elaborada para trazer uma seleção de candidatos mais fina, agora joga suas cartas imprevisíveis. E com isso, surge a chance de ver os poderosos políticos dos grandes partidos se despedindo para migrar para os cantinhos mais aconchegantes das siglas menos badaladas. Um gesto solidário para dar espaço aos futuros líderes políticos? Não, eu não estava sendo sério. Certamente não é uma tentativa sutil de despejar água fria nos incêndios da ambição política.

Um desfecho crucial se desenha nas mãos dos candidatos das vagas proporcionais no apoio às campanhas majoritárias. Com a cortina descendo sobre as listas encolhidas de candidatos, o impacto se faz sentir nas batalhas pelo prefeito e vice-prefeito. A eleição proporcional se sustenta nos votos na legenda. Assim, mesmo os párias eleitorais contribuem para a influência do partido nas eleições. Afinal, quem se importa se você tem poucos votos quando pode ser parte de um todo tão influente?

Neste tabuleiro de opções enxugadas, emerge um novo obstáculo para os partidos: um meticuloso exame das capacidades eleitorais de seus quadros. E com as opções restringidas, os holofotes se voltam para as candidaturas mais chamativas, incutindo uma dinâmica de sobrevivência. Prepare-se para a batalha dos mais carismáticos, pois nesse novo mundo, apenas os mais cativantes sobrevivem.

Com um elenco mais enxuto, o camarote das migrações partidárias parece mais atrativo do que nunca. Com as luzes focadas nos astros principais, é possível que as peças do quebra-cabeça político decidam mudar de cenário em busca de papéis mais empolgantes como vereadores. E quem sabe até mesmo para apimentar as campanhas dos prefeitos em um ato de verdadeira camaradagem. E, sejamos honestos, nada melhor do que simplificar o drama de uma eleição cortando o número de partidos pela metade. Afinal, quem precisa de uma overdose de escolhas quando podemos ter menos e, ironicamente, chamar de progresso? Porque, afinal, reduzir a concorrência é uma forma criativa de dar um toque moderno à democracia.

Guto Volpi desrespeita limites orçamentários: alerta de possível responsabilidade criminal emana do TCE

Investimentos em áreas importantes e reajuste salarial de todos os servidores podem estar comprometidos

Repórter ABC | Luís Carlos Nunes – O impacto devastador das ações do prefeito Guto Volpi atinge Ribeirão Pires em cheio, gerando um clima de incerteza financeira que agora é intensificado por um alarmante aviso do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE). Este alerta (veja ao final ) ressalta de forma gritante as consequências graves e sombrias que emergem da audácia de Guto Volpi em ultrapassar os limites orçamentários estabelecidos. O atual cenário político da administração municipal se torna um campo minado de desafios que ameaçam as fundações do equilíbrio financeiro.

No recente mês de junho de 2023, a equipe do TCE, com meticulosidade cirúrgica, escrutinou os dados que envolvem a gestão de Luiz Gustavo Pinheiro Volpi à frente da Prefeitura de Ribeirão Pires. Os números lançam um alerta estridente sobre a situação calamitosa das finanças locais, em que a arrecadação e as despesas, desencontradas e desproporcionais, ecoam o lamento de uma gestão fiscal precária e irresponsável.

O olhar se volta ao cumprimento, ou melhor, ao desrespeito flagrante ao artigo 167-A da Constituição Federal de 1988. Este artigo, concebido para ser um alicerce de prudência financeira nas esferas públicas, é amplamente ignorado pelo prefeito Guto Volpi. As cifras apresentadas são chocantes: uma receita corrente arrecadada pela Prefeitura e seus braços administrativos que alcançou a espantosa cifra de R$ 436.008.597,31, enquanto as despesas correntes liquidadas somaram uma totalização assombrosa de R$ 424.949.056,56. E a consequência direta dessa discrepância escandalosa é um percentual de gastos que escapa completamente das rédeas da responsabilidade fiscal, atingindo os espantosos 97,46% – um abismo em relação ao limite legal estabelecido na Constituição, que é de 95%.

Esta flagrante transgressão dos limites orçamentários evocou a ira do (TCE), que ergueu um alerta sombrio e estrondoso na direção de Luiz Gustavo Pinheiro Volpi. As palavras do tribunal soam como trovões: a ultrapassagem dos limites orçamentários não é mera infração administrativa, mas sim uma bomba-relógio de consequências potencialmente criminais. O órgão, agora em posição de confronto, clama por ações urgentes e eficazes para corrigir a dantesca distorção financeira, cuja persistência pode acionar uma onda de sanções tanto administrativas quanto penais.

As ramificações dessa monumental irresponsabilidade são profundas e abrangentes. A aplicação das medidas legais torna-se uma “espada de Dâmocles” sobre a gestão de Guto Volpi, carregando consigo a ameaça de uma catástrofe legal. Mas não é apenas o aparato legal que está em jogo. O alerta do Tribunal de Contas joga luz sobre o cenário terrível das finanças de Ribeirão Pires e acende um farol sobre a situação delicada das reposições salariais de todos servidores públicos – aqueles que constituem a espinha dorsal da comunidade. Suas garantias financeiras estão à beira do abismo, aguardando ações corretivas que podem muito bem chegar tarde demais.

Investimentos em em áreas como saúde, educação, atendimento social podem ser comprometidos gravemente.

A cidade agora está em uma encruzilhada, à mercê das decisões festivas, megalomaníacas e precipitadas do prefeito Guto Volpi. A saga de incertezas e trevas financeiras em Ribeirão Pires atinge um ponto crítico, com o futuro da população pendendo precariamente nas mãos do gestor municipal.

É urgente que se apresente resoluções que reafirmem a saúde financeira e a prosperidade duradoura de Ribeirão Pires – uma busca pela luz em meio a um túnel obscuro e repleto de incertezas.

O que diz a Constituição Federal

De acordo com o artigo 167-A da Constituição Federal, quando se constata que, durante um período de 12 meses, a relação entre despesas correntes e receitas correntes ultrapassa 95% no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, diversos órgãos governamentais, como os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, o Ministério Público, o Tribunal de Contas e a Defensoria Pública, têm a faculdade de aplicar um mecanismo de ajuste fiscal. Este mecanismo restringe várias ações com o objetivo de controlar as despesas públicas, em um esforço para garantir a estabilidade econômica.

As principais sanções e restrições contidas no artigo 167-A incluem:

a. Impedimento de conceder vantagens, aumentos, reajustes ou adequações de remuneração para membros de Poder, órgãos, servidores, empregados públicos e militares, exceto nos casos em que decorram de sentença judicial transitada em julgado ou determinação legal anterior ao início das medidas estabelecidas no artigo.

b. Proibição de criar cargos, empregos ou funções que impliquem aumento de despesa.

c. Vedação de realizar alterações na estrutura de carreira que resultem em aumento de despesa.

d. Restrição à admissão ou contratação de pessoal, exceto em situações específicas, como reposições de cargos de chefia e direção que não gerem aumento de despesa, reposições decorrentes de vacâncias de cargos efetivos ou vitalícios, contratações temporárias nos termos do inciso IX do artigo 37 da Constituição e reposições de temporários para serviço militar e alunos de instituições de formação de militares.

e. Proibição de realizar concursos públicos, exceto para reposições de vacâncias previstas no inciso IV.

f. Impedimento de criar ou aumentar auxílios, vantagens, bônus, abonos, verbas de representação ou benefícios de qualquer natureza para membros de Poder, Ministério Público, Defensoria Pública, servidores, empregados públicos e militares, a menos que decorram de sentença judicial transitada em julgado ou determinação legal anterior ao início das medidas estabelecidas.

g. Vedação de criar despesas obrigatórias.

h. Restrição à adoção de medidas que impliquem reajuste de despesas obrigatórias acima da variação da inflação, garantindo a preservação do poder aquisitivo.

i. Proibição de criar ou expandir programas, linhas de financiamento, bem como de remissão, renegociação ou refinanciamento de dívidas que aumentem as despesas com subsídios e subvenções.

j. Impedimento de conceder ou ampliar incentivos ou benefícios de natureza tributária.

Além disso, o artigo estabelece procedimentos adicionais, como a possibilidade de aplicar essas medidas de ajuste fiscal quando a despesa corrente superar 85% da receita corrente, porém sem exceder o percentual de 95% mencionado anteriormente. Também define que os atos que implementam essas medidas devem ser submetidos à apreciação do Poder Legislativo em regime de urgência, e prevê prazos e condições para a perda de eficácia desses atos.

Vale ressaltar que as disposições do artigo não suspendem dispositivos constitucionais e legais relacionados a metas fiscais ou limites de despesas, e não estabelecem obrigações de pagamento futuro ou direitos de terceiros sobre o erário. Adicionalmente, quando a situação descrita no artigo ocorre, é vedada a concessão de garantias por outros entes da Federação ao ente em questão, bem como a realização de operações de crédito entre esses entes, exceto em casos específicos.

[Nota: A expressão “espada de Dâmocles” refere-se a uma ameaça constante e iminente, em referência a uma história da Grécia Antiga onde uma espada estava pendurada por um fio sobre a cabeça de Dâmocles, simbolizando o perigo constante que o ameaçava.]

alerta TCE 15082023

Clóvis Volpi lidera o PL de Mauá em evento de inauguração da nova sede e foca nas eleições de 2024

Vereador Zé Carlos Nova Era ressalta unidade interna e projeto político do PL de Mauá

Repórter ABC | Luís Carlos Nunes – Em uma noite repleta de atividades, ocorrida na última quinta-feira (22), foi solenemente inaugurada a nova sede do Partido Liberal (PL) de Mauá. O evento contou com a presença de diversas lideranças políticas da região.

Durante seu discurso, o ex-prefeito Clóvis Volpi, que é pré-candidato a prefeito na cidade, ressaltou a importância da nova sede para fortalecer as articulações políticas que envolverão as eleições de 2024. Volpi destacou a relevância de possuir um espaço físico que proporcione um ambiente adequado para a criação de estratégias e alianças visando ao próximo pleito.

O recém-eleito presidente do partido, vereador Zé Carlos Nova Era, também enfatizou a importância da unidade interna do PL, destacando que o partido está unido em torno de um projeto político “forte” para o próximo ano.

A solenidade contou com a presença dos prefeitos José Auricchio Júnior, de São Caetano do Sul, e Guto Volpi, de Ribeirão Pires, que reforçaram a importância do evento e manifestaram seu apoio ao PL de Mauá. Além disso, vice-prefeitos, vereadores e dirigentes partidários também estiveram presentes na cerimônia.

Consta nos registros da Justiça Eleitoral que Clovis Volpi ainda não solicitou a sua mudança de domicílio eleitoral para a cidade de Mauá.

Juiz João e Gilberto Kassab se encontram em Mauá em clima pré-eleitoral

Juiz João continua sendo uma figura política em franca ascensão na cidade de Mauá e sinaliza a Kassab que deseja ser candidato ao Paço Municipal de Mauá em 2024

Repórter ABC | Luís Carlos Nunes – No último dia 9 de junho, João Veríssimo, mais conhecido como Juiz João e ex-candidato à prefeitura de Mauá, teve um encontro de extrema relevância política com Gilberto Kassab, presidente do Partido Social Democrático (PSD) e ex-ministro, atualmente ocupando o cargo de secretário de Governo na gestão de Tarcísio de Freitas em São Paulo.

O encontro começou de forma informal, em uma padaria local, onde os dois protagonistas trocaram impressões sobre a conjuntura política tanto no âmbito estadual quanto local. Entre um gole de café e outro, abordaram temas de interesse comum e possíveis estratégias para fortalecer suas posições no cenário político.

Posteriormente, dirigiram-se à residência de Juiz João, onde compartilharam um almoço. Durante esse momento, João sinalizou a Kassab seu desejo de concorrer novamente à prefeitura de Mauá nas eleições de 2024, destacando sua intenção de se manter ativo e engajado na política local.

Essa movimentação de Juiz João e seu encontro com Kassab têm despertado grande atenção e gerado especulações no meio político mauaense. A aproximação com uma liderança partidária tão relevante sugere que o ex-candidato está empenhado em articular e planejar sua trajetória política visando às próximas eleições municipais.

Embora não tenha alcançado o segundo turno nas eleições municipais de 2020, Juiz João continua sendo uma figura política em ascensão na cidade de Mauá. Sua persistência e determinação em buscar espaço na política local ficam evidentes com seu desejo de concorrer novamente ao cargo de prefeito.

Os próximos passos de Juiz João e a possibilidade de sua candidatura em 2024 ainda são incertos. No entanto, o encontro com Kassab representa um importante marco em sua trajetória política, mostrando sua habilidade em estabelecer contatos e buscar apoio estratégico.

Nesse sentido, a população mauaense e os atores políticos da região estarão atentos aos desdobramentos dessa aproximação e às movimentações de Juiz João nos próximos meses. Esse encontro pode ter um impacto significativo na configuração política local, abrindo possibilidades de alianças estratégicas e influenciando a dinâmica das eleições que se avizinham em Mauá.

Fusão entre PTB e Patriota, que resultaria no partido “Mais Brasil”, é contestada na justiça

Objetivo da fusão entre PTB e Patriota é ultrapassar cláusula de barreira

Repórter ABC | Luís Carlos Nunes – A fusão entre o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e o Patriota (Patri), aprovada em 26 de outubro de 2022, para a formação de uma nova legenda chamada “Mais Brasil” e com o número 25 nas urnas, está enfrentando contestações judiciais.

A decisão de fusão do PTB foi confirmada durante uma convenção nacional realizada em Brasília, na qual dos quase 200 filiados, apenas um votou contra a união. Já na reunião do Patriota, a votação foi unânime a favor da formação da nova sigla.

Informações de bastidores indicam que o Patriota, que terá um maior número de parlamentares, fez algumas exigências para que a fusão acontecesse. O partido solicitou como garantia que nem Roberto Jefferson, presidente de honra do PTB, nem sua filha, Cristiane Brasil, assim como o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, façam parte da nova legenda.

A proposta de fusão das legendas estava sendo discutida desde antes desse episódio. As negociações tiveram início logo após o primeiro turno das eleições deste ano, quando ambos os partidos perceberam que, separadamente, não alcançariam a chamada cláusula de barreira, que exige a eleição de um número mínimo de parlamentares ou de votos em todo o Brasil para que os partidos tenham acesso ao fundo partidário e ao tempo gratuito de rádio e televisão.

Em 2018, o PTB elegeu três deputados federais e dois senadores, enquanto o Patriota teve cinco deputados federais eleitos. O objetivo agora é que, quando o partido “Mais Brasil” seja oficializado, a nova legenda já conte com pelo menos cinco representantes na Câmara dos Deputados. Nas eleições do dia 2 de outubro, o PTB elegeu apenas um deputado federal (Bebeto, pelo Rio de Janeiro), enquanto o Patriota conquistou quatro vagas na Câmara Federal.

A ação que tenta impedir a fusão entre o PTB e o Patriota foi movida por cinco dirigentes do PTB e alega que a convenção nacional do partido no ano passado foi fraudada, o que prejudicaria o processo de fusão. Segundo eles, a convenção que aprovou a fusão com o Patriota foi conduzida por Marcus Vinicius de Vasconcelos Ferreira, genro de Roberto Jefferson e presidente nacional do PTB, que deveria estar afastado do cargo na época por ordem do ministro do STF, Alexandre de Moraes. Ferreira é alvo do inquérito das fake news e era suspeito de usar dinheiro do fundo partidário para financiar atos antidemocráticos.

Os autores da ação destacam que, além da suposta ilegalidade da convenção, a nova executiva do partido “Mais Brasil” foi eleita durante esse encontro, elevando o presidente afastado do PTB ao cargo de tesoureiro do novo partido no primeiro biênio e a presidente nacional no segundo biênio. Para eles, isso demonstra um completo desrespeito às decisões judiciais.

A petição foi enviada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em nome de cinco dirigentes do PTB: Gean Prates, secretário nacional de planejamento e estratégia; Eduardo Lucena, primeiro-secretário de mobilização; Jefferson Homrich, tesoureiro; Flavio Ricardo Beall, ex-secretário-geral; Caio Dantas, vice-presidente da juventude do partido; e José Vargas, outro membro da executiva.

A ação busca impugnar o pedido de registro de criação do partido “Mais Brasil” e destaca as irregularidades ocorridas durante a convenção conjunta entre PTB e Patriota. Os dirigentes contestam a legitimidade do processo de fusão, argumentando que as decisões tomadas foram influenciadas por indivíduos envolvidos em investigações criminais e que desrespeitaram determinações judiciais.

Agora, cabe ao Tribunal Superior Eleitoral analisar os argumentos apresentados na ação e decidir se a fusão entre PTB e Patriota será efetivamente concretizada ou se será necessário reavaliar todo o processo. A disputa jurídica em torno da fusão coloca em xeque o futuro político dos vereadores de Ribeirão Pires e mantém em suspense a configuração do cenário partidário para as eleições de 2024.