Mulheres assumem comando de forças militares em estados do Brasil

Com avanço gradual, mulheres alcançam postos de comando inéditos na Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e Força Aérea

Caso de Política com Folhapress – Pela primeira vez na história, mulheres estão assumindo o comando de forças militares em diferentes estados do Brasil. Em um país onde o ingresso feminino nas corporações armadas ainda enfrenta barreiras estruturais, as recentes nomeações representam um marco na busca por igualdade de gênero na hierarquia militar.

No Acre, a coronel Marta Renata Freitas, 44, assumiu em dezembro de 2024 o comando da Polícia Militar, tornando-se a primeira mulher a ocupar a função no estado. “É um desafio enorme ser mulher e ocupar um cargo de comando, mas é o momento em que podemos fazer a diferença”, afirma. Com 20 anos de serviço na corporação, Freitas destaca que sua nomeação reflete avanços na valorização da mulher na carreira militar.

“Comandar uma corporação não exige força, mas maturidade, experiência, visão estratégica e capacitação”, pontua.

A resistência à liderança feminina ainda persiste, segundo Freitas, mas de maneira mais sutil.

“As mulheres sempre são mais cobradas, como se precisassem provar que dão conta, porque ainda nos associam à fragilidade”, explica.

Outro avanço ocorreu em Minas Gerais, onde a coronel Jordana Filgueiras Daldegan, 44, tornou-se a primeira mulher a comandar o Corpo de Bombeiros Militar (CBMMG). Empossada no início deste ano, ela relembra as dificuldades enfrentadas desde sua entrada na instituição, em 2000.

“Não havia alojamento feminino nem equipamentos de proteção individual adequados. No meu primeiro serviço, cabiam duas Jordanas dentro da capa de combate a incêndio”, conta. A oficial destaca que, ao longo dos anos, as mulheres foram conquistando espaço com qualificação e persistência. “Fomos superando desafios com capacitação e provando que tínhamos condições”, afirma.

A Força Aérea Brasileira (FAB) também testemunhou um marco histórico com a ascensão feminina. Em janeiro deste ano, a major aviadora Joyce de Souza Conceição, 41, assumiu o comando de uma unidade aérea da FAB, tornando-se a primeira mulher a ocupar o posto. Nascida em Manaus (AM), Conceição integrou a primeira turma de oficiais aviadoras da Academia da Força Aérea, em 2003. Desde então, acumulou feitos pioneiros, incluindo ser a primeira brasileira a pilotar um C-130 Hércules e a aterrissar na Antártica.

“É um marco que consolida a presença feminina nas Forças Armadas e mostra que o céu não é o limite para as mulheres no Brasil”, declarou em um vídeo publicado pela FAB.

As mulheres ingressaram oficialmente em setores das Forças Armadas a partir de 1980, atuando inicialmente em áreas como saúde e intendência. Atualmente, mais de 34 mil mulheres compõem corporações militares, desempenhando funções que vão desde operações de combate até cargos de comando. Em 2024, pela primeira vez, mulheres com 18 anos ou mais puderam se alistar voluntariamente ao Exército, dentro de um plano que pretende ampliar progressivamente a participação feminina até atingir 20% das vagas.

A recente aprovação de um projeto de lei que proíbe a diferenciação de gênero para ingresso e promoção nas carreiras de policiais militares e bombeiros também representa um avanço. Antes, concursos reservavam apenas 10% das vagas para mulheres.

“É um momento de comemoração para nós. Mostra que todo esforço vale a pena e que podemos alcançar o sucesso nas nossas escolhas”, afirma Daldegan.

Os avanços recentes demonstram uma mudança gradual no cenário militar brasileiro. No entanto, especialistas alertam que ainda há desafios a serem superados, como a necessidade de adaptações estruturais e culturais para garantir um ambiente mais igualitário. A trajetória dessas pioneiras, no entanto, sinaliza que o caminho para a equidade de gênero nas forças de segurança e defesa do país está cada vez mais consolidado.

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Militares da FAB são presos por usarem voos oficiais para tráfico de drogas

Investigação aponta transporte ilegal entre São Gabriel da Cachoeira e Manaus

Caso de Política com CNN – A Polícia Civil do Amazonas prendeu três militares da Força Aérea Brasileira (FAB) acusados de utilizar aeronaves oficiais para o tráfico de drogas. As detenções ocorreram na última segunda-feira (3), mas só foram divulgadas à imprensa nesta quinta-feira (6). A operação, batizada de “Queda do Céu”, revelou um esquema que transportava entorpecentes de São Gabriel da Cachoeira, na fronteira com a Colômbia e Venezuela, até Manaus. As informações são da CNN Brasil.

Os suspeitos, com idades entre 22 e 26 anos, facilitavam a movimentação da droga nos voos militares que saíam do aeroporto da base da FAB no município. A investigação teve início em junho de 2024, quando 342 quilos de maconha foram apreendidos, resultando na prisão de um soldado do Exército, dois ex-militares e duas mulheres.

Além dos militares da ativa presos nesta semana, outros dois homens foram detidos. Entre eles, um suspeito de 42 anos apontado como financiador do esquema. De acordo com a polícia, ele era o verdadeiro dono da carga de maconha apreendida no ano passado e movimentou cerca de R$ 2 milhões em 2024, apesar de declarar renda mensal de apenas R$ 1 mil. Para disfarçar o dinheiro ilícito, alugava veículos em São Gabriel da Cachoeira.

A Força Aérea Brasileira afirmou, por meio de nota, que colabora com as investigações e reforçou que não compactua com desvios de conduta dentro da corporação.

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VÍDEO: Caça da FAB abate avião carregado com 400 kg de cocaína

Foto: Divulgação/FAB

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Na última terça-feira (9), uma operação da Força Aérea Brasileira (FAB) surpreendeu uma aeronave carregada com aproximadamente 400 quilos de cocaína nos arredores de Londrina, Paraná. O avião, de origem paraguaia, foi detectado pelas autoridades, que mobilizaram rapidamente caças Super Tucano e o avião radar E-99 para a ação.

Nesta quinta-feira (11), a FAB divulgou nas redes sociais um vídeo revelador que mostra os bastidores do momento crítico em que os militares são acionados para a operação.

O vídeo começa com um alerta sonoro, indicando a iminente partida de uma das aeronaves da frota. Em questão de segundos, um militar prontamente equipado embarca em um A-29 Super Tucano, enquanto o avião radar E-99 também é despachado, em coordenação com a Polícia Federal.

O processo é meticulosamente detalhado: primeiro, um Reconhecimento à Distância (RAD) é realizado para obter imagens e informações preliminares da aeronave interceptada. Em seguida, o procedimento de Interrogação (ITG) é conduzido, envolvendo comunicação via rádio e sinais visuais. Se necessário, medidas de intervenção são tomadas, incluindo a ordem de pouso obrigatório.

A aeronave suspeita, um Cesna-182, entrou no território nacional pelo Mato Grosso do Sul, vindo do Paraguai, e passou a ser monitorada pelo Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE). Quando as autoridades constataram que a matrícula do avião era clonada, determinaram seu pouso obrigatório em Londrina, Paraná.

O vídeo capta o momento em que o piloto do caça dá a ordem: “Por determinação da Força Aérea, sua rota será modificada, vire à esquerda”, ao comandante da aeronave transportando drogas. Estima-se que inicialmente havia cerca de meia tonelada de material ilícito a bordo.

No entanto, o avião desafiou a ordem de pouso e realizou uma aterrissagem forçada em Santa Cruz do Rio Pardo (SP), partindo-se ao meio e espalhando sua carga pelo terreno. O piloto tentou escapar, mas foi capturado por um helicóptero da Polícia Federal e detido em flagrante por tráfico internacional de drogas.

Este vídeo revelador, compartilhado pela FAB, destaca os esforços conjuntos das forças de segurança brasileiras para combater o tráfico de drogas e proteger as fronteiras do país. É um lembrete vívido do incessante trabalho realizado nos bastidores para manter a ordem e a segurança em meio aos desafios enfrentados pelas autoridades.

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FAB inicia missão para repatriar brasileiros de Israel e Palestina

Airbus A330-200 com capacidade para 230 passageiros já está em Roma

O primeiro dos seis aviões que o governo brasileiro mobilizou para repatriar cidadãos brasileiros que tentam sair da Palestina ou de Israel devido ao conflito iniciado no fim de semana já está em Roma, na Itália.

A aeronave, um Airbus A330-200 convertido em um KC-30 com capacidade para 230 passageiros, pousou na capital italiana às 7h50 (horário local, 2h50 no horário de Brasília) desta segunda-feira (9), após um voo de 9 horas de duração a partir de Natal, de onde o avião decolou na tarde deste domingo (8).

A expectativa da Força Aérea Brasileira (FAB) é que o avião siga da Itália para Tel Aviv, em Israel, até esta terça-feira (10), a fim de embarcar o primeiro grupo de brasileiros dispostos a retornar ao Brasil.

Um segundo KC-30 e dois KC-390, com capacidade para 80 passageiros cada, além de duas aeronaves da Presidência da República, com capacidade para transportar até 40 passageiros cada uma, estão preparadas para participar da repatriação dos brasileiros. Segundo a FAb, o segundo KC-30 parte ainda nesta segunda-feira, às 16h, para Roma.

O Itamaraty estima que ao menos 30 brasileiros vivem na Faixa de Gaza e outros 60 em Ascalão e em localidades na zona de conflito. Já em Israel, a embaixada brasileira já tinha reunido, até este domingo, informações de cerca de 1 mil brasileiros hospedados em Tel Aviv e em Jerusalém interessados em voltar ao Brasil. A maioria é de turistas que estão em Israel.

Nos últimos anos, as Forças Armadas realizaram quatro operações de repatriação, por ar e por terra, na Turquia, na Ucrânia, na China e na Bolívia, com cinco aeronaves e 30 viaturas, que resultaram no resgate de, aproximadamente, 6.600 pessoas, entre brasileiros e estrangeiros.

Interesse internacional por avião cargueiro militar da Embraer aumenta após feira de defesa no Rio

Países como Suécia e Colômbia manifestaram interesse em adquirir o KC-390, que já conta com encomendas da Força Aérea Brasileira, Portugal, Hungria e Holanda. Ministério da Defesa destaca que certificação pela Otan pode abrir portas para a Europa

Repórter ABC com imformações da Reuters – Durante a Laad, feira do setor de defesa no Rio de Janeiro, o ministro da Defesa, José Múcio, afirmou que diversos países manifestaram interesse na compra do avião cargueiro militar KC-390, fabricado pela Embraer. Segundo Múcio, Suécia e Colômbia estão entre os países que discutiram a aquisição do avião em reuniões bilaterais realizadas na feira.

“Muitos países (falaram do KC-390). Evidentemente que essas vendas precisam ser planejadas, estudadas e avaliadas, ter fonte de financiamento, garantia. Mas o conceito do KC-390 é muito grande com todos os países”, disse o ministro à Reuters.

“A própria Suécia falou do KC-390, outros também falaram e ele é um grande sucesso. A Suécia ficou de dar uma posição, a Colômbia também interessada em fazer aquisição”, acrescentou.

Além da Suécia e da Colômbia, outros países já firmaram acordos para adquirir a aeronave, como Portugal, com cinco unidades, e Hungria, com duas. A Força Aérea Brasileira (FAB) também já encomendou 19 unidades do cargueiro.

De acordo com fontes ouvidas pela Reuters, a Áustria enviou uma delegação à Laad deste ano e está em conversas com a Embraer para uma potencial compra. Além disso, a Embraer assinou um memorando de entendimento com a Saab para oferecer o avião à Suécia.

Bosco da Costa Júnior, presidente da unidade de Defesa e Segurança da Embraer, afirmou que a companhia tem como objetivo em 2023 materializar sua internacionalização, com foco especialmente no aumento das vendas do KC-390. Durante a feira, Costa Júnior reiterou que “vários países” estavam em conversas para possíveis compras do cargueiro, embora não tenha especificado quais.

Múcio avaliou que a certificação do cargueiro pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) pode abrir portas para a Europa e outros países. “A produção em Portugal é importante porque já atende pré-requisitos da Otan. Fabricando aqui para vender lá tem pré-requisitos que não são preenchidos. A partir daí, a Embraer vai fazer com todas exigências da Otan”, disse o ministro.