Mulheres de Barreiras unem vozes em audiência pública por direitos, igualdade e empoderamento

Audiência pública histórica em Barreiras reúne diversas instituições e a sociedade civil para debater e propor políticas públicas em prol dos direitos das mulheres, marcando um compromisso contínuo com a igualdade e o empoderamento feminino

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Em uma noite memorável, a Câmara de Vereadores de Barreiras se tornou palco da audiência pública com o tema “Para todas as Mulheres e Meninas: Direitos, Igualdade e Empoderamento!”.

O evento, realizado na última quinta-feira (10), reuniu representantes do governo estadual, vereadoras, autoridades municipais, membros de diversas instituições e a sociedade civil, em um diálogo franco e construtivo sobre as demandas e desafios enfrentados pelas mulheres na região.

A sessão especial foi aberta em nome do Poder Legislativo Municipal, com uma saudação especial à representante do governo do estado e à secretária de Políticas para as Mulheres. A ausência do prefeito e do vice-prefeito foi justificada pela participação em outra atividade representando o município, com o presidente da Câmara assumindo as responsabilidades em seus lugares.

A condução da audiência foi entregue à professora Nilza Lima, coordenadora do Colegiado de Desenvolvimento Territorial (CODEPE) do território da Bacia do Rio Grande. Nilsa enfatizou a importância da construção de uma rede de instituições para auxiliar as mulheres, destacando o trabalho realizado ao longo de dois anos, com encontros desterritorializados em diversos municípios e a mobilização de mais de 20 instituições parceiras.

As mestras de cerimônia, Sara Reis e Amanda Silva, ambas do coletivo Flores do Cerrado, apresentaram os objetivos da audiência, que visava apresentar propostas de políticas públicas, ações, projetos e programas das instituições envolvidas nas atividades do 8 de março e que seguirão mobilizadas ao longo de 2025.

Foi feito um agradecimento especial à Câmara de Vereadores pela cessão do espaço e às diversas instituições que compõem essa construção coletiva: ABL, a AMOB, Asbate, Câmara Municipal de Barreiras, Conselho Municipal de Defesa das Mulheres, Coletivo de Mulheres Flores do Cerrado, Conci, Defensoria Pública, DigniVida, Embasa, Fundifran, Núcleo Territorial de Educação, Instituto Pepe Vida, OAB, Polícia Civil (DEAM), Prefeitura Municipal de Barreiras, Sebrae, Secretaria Municipal de Assistência Social e Trabalho, Sindicomércio, STR, Território da Bacia do Rio Grande e Universidade Estadual da Bahia (UNEB).

A mesa de honra foi composta pela vereadora Silma Alves (presidente da Comissão dos Direitos da Mulher, Direitos Humanos, Defesa do Consumidor e Meio Ambiente), professora Nilsa Martins (coordenadora do CODEPÉ), Dra. Marília Matos (delegada titular da DEAM Barreiras), Lili Castilho (presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher) e a deputada estadual licenciada Neusa Cadore (Secretária de Políticas para as Mulheres do Governo do Estado da Bahia). A Promotoria Pública também foi reconhecida por sua participação na construção coletiva.

A solenidade foi abrilhantada pela participação de Beatriz de Barros, representante da Academia Barreirense de Letras, que declamou o poema “Trajetória Feminina” de Antônia Prado, emocionando o público com a força e a resiliência da mulher nordestina.

A audiência foi dividida em três blocos de fala, com a participação das instituições parceiras e da sociedade civil. Antes do início do primeiro bloco, as vereadoras presentes foram convidadas a fazer uma breve saudação.

Primeiro Bloco de Falas

Vereadora Silma Alves – Destacou a relevância do evento para acolher e dialogar sobre as demandas que intensificam o trabalho contínuo de garantir os direitos da mulher. Mencionou indicações já apresentadas na Câmara, como a construção da sede própria da DEAM, prioridade na aquisição de móveis e programas habitacionais públicos, criação do Centro de Referência da Mulher, atendimento 24 horas na DEAM e projetos como o Guardiã Maria da Penha e a Sala Lilás nas unidades de urgência e emergência.

Ivonete Gomes (Secretária de Assistência Social) – Representou o governo municipal, ressaltando o compromisso da Secretaria em atuar em diversas frentes voltadas à proteção e ao fortalecimento das mulheres.

Dra. Amanda Abreu (Promotora de Justiça) – Reforçou o compromisso do Ministério Público em proteger os direitos das mulheres contra todo tipo de violência, atuando no combate e na prevenção.

Dra. Amanda Genari (Defensora Pública) – Destacou a atuação da Defensoria na proteção de mulheres vulneráveis, em situação de violência doméstica familiar, buscando a equalização de gênero e a educação em direitos. Mencionou a implementação do grupo reflexivo de gênero e a necessidade de apoio para mães de crianças com TEA.

Dra. Marília Matos (Delegada Titular da DEAM Barreiras) – Apresentou a desigualdade que permeia a sociedade e a necessidade de momentos como esse para reforçar a luta pelos direitos das mulheres. Pleiteou a construção da sede própria da DEAM e a implantação do plantão 24 horas, destacando a alta produtividade da delegacia, mesmo com a falta de servidores.

Após as falas das autoridades, foram abertas três intervenções da plenária, com duração de até 2 minutos cada. Uma das participantes sentiu falta da menção à questão do presídio feminino em Barreiras, onde as detentas precisam viajar para outras cidades, perdendo o direito de estar junto com suas famílias. Também foi levantada a questão da violência fundiária, que afeta principalmente as mulheres em comunidades tradicionais.

Segundo Bloco de Falas

Dra. Lídia Castro de Oliveira (Vice-Presidente da OAB Subseção Barreiras) – Agradeceu o espaço dado à OAB e fez coro com as falas anteriores sobre a necessidade de se instalar o plantão 24 horas na DEAM e a construção de uma ala feminina no conjunto penal de Barreiras, ressaltando a importância de se falar em direitos humanos.

Taciana Trabalho (Fundifran e Coletivo de Mulheres Flores do Cerrado) – Apresentou propostas para a saúde mental, como as rodas de conversa nos postos de saúde (projeto “Mulheres do nosso bairro”) e a criação de uma Unidade de Saúde Itinerante com foco na identidade de gênero (ação “Transição Segura”). Na área da economia, propôs o programa “Seu Imposto Muda Vidas” (isenção de impostos para empresas que contratarem mulheres vítimas de violência) e a criação de feiras humanizadas com recursos de multas por impacto ambiental.

Lili Castilho (Presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher) – Parabenizou a organização do evento e reafirmou o compromisso do Conselho com a promoção dos direitos das mulheres. Sugeriu o estabelecimento de um convênio com a rede CDL para destinar vagas de trabalho às mulheres vítimas de violência, a capacitação continuada das profissionais que atuam no atendimento às mulheres, a reestruturação da DEAM e do Centro de Referência da Mulher, e a criação de um mapeamento das associações e ONGs que atuam com mulheres.

Ivonete Gomes (Secretária de Assistência Social) – Reforçou o compromisso da Secretaria em contribuir com os encaminhamentos da audiência e destacou programas como o Centro de Referência de Atendimento à Mulher (CRAM), o CREAS, o Acessuas Trabalho e o Cred Bahia, que oferecem suporte e oportunidades para as mulheres.

Após o segundo bloco, foram abertas mais três intervenções da plenária. A vereadora Carmélia da Mata saudou a todos e anunciou a criação de um observatório municipal para sistematizar as demandas da cidade. Fernanda, presidente da Associação dos Pescadores Artesanais da Bacia do Rio Grande, denunciou a violência ambiental que afeta as mulheres ribeirinhas e a falta de políticas públicas para o combate ao alcoolismo. Lu defendeu a criação de um sistema único para as políticas das mulheres e a realização de conferências para discutir o financiamento dos serviços.

Terceiro Bloco de Falas

Marilú de Guedes (Presidenta da Academia Barreirense de Letras) – Reivindicou o direito à cultura, previsto na Constituição, e propôs a criação de equipamentos culturais, bibliotecas funcionando aos finais de semana, clubes de leitura e feiras literárias.

Tailane da Silva Rocha (Coordenadora do CRAM Barreiras): Convidou todos a conhecerem o CRAM e a convidarem a equipe para realizar ações socioeducativas em diversos espaços. Pediu a criação de uma norma técnica para o CRAM, que contemple as especificidades do atendimento a mulheres trans e travestis.

Silvana Rocha – Afirmou que em Barreiras também tem um centro de recuperação para mulheres, e pediu mais carinho, afeto e amor para essas mulheres.

Nilza Lima (Coordenadora do CODEPE) – Enfatizou a importância da criação da Secretaria de Política de Mulheres e da articulação das redes. Destacou a necessidade de discutir a situação da educação de jovens e adultos, a falta de creche noturna e a importância de implementar a política municipal de cuidado.

Neusa Cadore (Secretária de Políticas para as Mulheres do Estado da Bahia) – Parabenizou a organização do evento e a força da luta das mulheres de Barreiras. Lembrou que muitas conquistas foram alcançadas com muita luta e que ainda há muito a ser feito. Mencionou as ações da Secretaria, como as unidades móveis e o projeto “Oxente Respeito” nas escolas. Anunciou a criação de três novas Casas da Mulher Brasileira e a Casa da Mulher Baiana em Ibotirama. Destacou a importância da autonomia econômica das mulheres e a nova legislação que exige a destinação de vagas para mulheres em situação de violência nas empresas terceirizadas que prestam serviço para o Estado.

Ao final do terceiro bloco, Neusa Cadore propôs a organização de um documento com as reivindicações apresentadas na audiência para ser entregue ao governador.

A noite foi encerrada com a declamação de um poema, reforçando a importância de que todas as reivindicações e contribuições não adormeçam nas memórias de todos.

A vereadora Carmélia da Mata agradeceu a presença de todos e reforçou o compromisso da Câmara de Vereadores com a causa das mulheres.

Conclusão

A audiência pública “Para todas as Mulheres e Meninas: Direitos, Igualdade e Empoderamento!” representou um marco para a luta pelos direitos das mulheres em Barreiras. O evento proporcionou um espaço de escuta, diálogo e construção coletiva, onde diversas vozes foram ouvidas e propostas concretas foram apresentadas.

A presença de representantes do governo estadual, autoridades municipais, membros de diversas instituições e a sociedade civil demonstra o compromisso da comunidade em transformar a realidade das mulheres, garantindo a igualdade de direitos, o empoderamento e uma vida livre de violência.

A audiência foi um passo importante, mas o trabalho continua, com o desafio de transformar as propostas em ações efetivas e políticas públicas que beneficiem todas as mulheres de Barreiras.

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MPBA entra em campo, no BAVI deste sábado, pra combater violência contra mulher

“Lute pelo fim da violência contra as mulheres”. Essa é mensagem que ganhará destaque no gramado da Arena Fonte Nova, em Salvador, minutos antes da partida entre Bahia e Vitória neste sábado, dia 1º, pelo campeonato baiano, às 16h. Faixas do projeto ‘Luto por Elas – homens pelo fim da violência contra as mulheres’, do Ministério Público do Estado da Bahia, serão estendidas no campo, na abertura do jogo. Segundo relatório de feminicídio 2023, da ONU Mulheres, 85 mil mulheres e meninas foram mortas intencionalmente naquele ano. Desse total, 60% dos feminicídios foram cometidos por parceiro íntimo ou outro membro da família. Isso equivale a 140 mulheres e meninas mortas todos os dias, sendo uma delas assassinada a cada 10 minutos.

O ‘Luto por Elas’ propõe a ampliação da conscientização sobre a violência doméstica e o feminicídio. Ele visa engajar homens como agentes de mudança do cenário de violência contra as mulheres e na luta pela igualdade e respeito a elas. Dados da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) apontam que houve aumento de 27,33% no número de denúncias de violência doméstica contra a mulher na Bahia, entre janeiro e julho de 2024, na comparação com 2023. São 27 vítimas por dia, ou uma a cada hora. Entre os meses de janeiro e novembro de 2024, o MPBA registrou 18.689 procedimentos investigatórios de casos de violência contra as mulheres e o Núcleo de Enfrentamento às Violências de Gênero em Defesa dos Direitos das Mulheres do MPBA (Nevid) solicitou 825 medidas protetivas de urgência para mulheres ameaçadas em Salvador.

A campanha chega ao campeonato baiano apoiada pela Federação Baiana de Futebol (FBF), pelos times do Bahia e do Vitória e times do interior, bem como pelo Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia (Irdeb). Ela será realizada durante os jogos do campeonato e contará, em algumas edições, com vídeos de jogadores e técnicos de futebol sendo apresentados em telões e redes sociais.

AÇÃO: Faixa e vídeo no telão com a mensagem ‘Lute pelo fim da violência contra as mulheres. #lutoporelas’ serão estendidas no campo, minutos antes do início da partida.

OBJETIVO: Chamar a atenção para importância do engajamento dos homens como agentes de mudança do cenário de violência contra as mulheres, por meio de mensagens impactantes no universo do futebol.

ONDE: Arena Fonte Nova, no jogo entre o Bahia e Vitória

PROJETO: O ‘Luto por Elas’ desenvolvido pelo MPBA promove ações de mobilização e engajamento na luta pelo fim da violência contra as mulheres.

Crueldade sem Limites: Marido mata esposa no interior de SP após ser mordido durante relação sexual

O covardão de 27 anos, foi preso depois de cometer o feminicídio

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Um ato de violência chocou a pacata cidade de Caconde (SP) nesta segunda-feira (15), quando Marcos Vinicius Paulino, de 27 anos, foi preso pelo brutal assassinato de sua própria esposa, Tatiéle de Cássia dos Reis Gonçalves, de 38 anos. O caso, classificado como feminicídio, deixou a comunidade perplexa diante da covardia do agressor.

Segundo relatos da Polícia Civil, o suspeito confessou que o crime ocorreu após uma discussão decorrente de um incidente durante uma relação sexual. Marcos alegou que sua esposa o mordeu durante o ato, o que o teria incomodado profundamente. Em um ato de desmedida violência, ele esperou que Tatiéle dormisse para então atacá-la covardemente.

O delegado João Delfino de Souza, responsável pelo caso, não poupou palavras para descrever a brutalidade do assassinato:

“Após ela se trocar e voltar para cama e dormir, ele desferiu um golpe de faca no pescoço e no tórax dela, a matando”. A crueldade da ação deixou a população atônita e indignada com a covardia demonstrada por Marcos Vinicius.

A tragédia serve como um alerta para a persistente realidade do feminicídio no Brasil, um crime que ceifa a vida de milhares de mulheres todos os anos. A violência doméstica, muitas vezes mascarada sob o véu da intimidade, revela a urgente necessidade de uma conscientização coletiva e de políticas eficazes de proteção às vítimas.

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Tentativa de feminicídio causa terror e revolta no Jardim das Acácias em Luís Eduardo Magalhães

Imagem: Divulgação

Oeste Global – No desenrolar dos acontecimentos da última 5ª feira (14/mar), uma tragédia assombrou a serenidade do bairro Jardim das Acácias, em Luís Eduardo Magalhães. Uma mulher de 47 anos, cuja identidade permanece sob sigilo, enfrentou uma tentativa brutal de feminicídio perpetrada por seu próprio companheiro.

Os ferimentos infligidos foram particularmente chocantes: cortes profundos nas costas e nas mãos, além de uma amputação traumática dos dedos. O horror da situação veio à tona quando a vítima foi levada às pressas para uma Unidade de Pronto Atendimento, onde equipes da Guarda Civil Municipal e da Polícia Militar acorreram para prestar assistência imediata.

Enquanto a vítima lutava pela vida, os detalhes do crime começaram a surgir. Um facão, ferramenta do ato violento, foi encontrado na residência do casal, revelando a dimensão da agressão. A arma foi entregue às autoridades na Delegacia de Polícia Civil, onde o caso agora está sob investigação.

Entretanto, a busca pelo agressor se mostrou infrutífera até o momento. Indícios apontam que ele tenha fugido para uma área de mata entre os bairros Jardim das Acácias e Jardim Alvorada, mergulhando a comunidade em angústia e incerteza.

Este trágico episódio não apenas abalou os moradores locais, mas também despertou um debate urgente sobre a segurança das mulheres em ambientes domésticos. O silêncio que muitas vezes encobre casos como este é agora rompido pelo clamor por justiça e medidas efetivas de prevenção.

Enquanto a busca pelo agressor continua, a comunidade se une em solidariedade à vítima, reafirmando o compromisso de não tolerar a violência de gênero em nenhuma de suas formas. Este é um momento para ação coletiva, para garantir que nenhum lar seja palco de terror e que todas as vozes sejam ouvidas e protegidas.

Crescem os números de estupros no Brasil, em 6 meses foram 34 mil casos

No pais, acontecem 1 caso a cada oito minutos

Repórter ABC – O Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) divulgou números alarmantes esta segunda-feira, revelando um aumento de 14,9% nos casos de estupro no Brasil durante o primeiro semestre deste ano. Isso representa 1 caso a cada 8 minutos, marcando um recorde na série histórica iniciada em 2019 pelo FBSP.

Os dados divulgados revelam que, além dos estupros, os feminicídios e homicídios femininos também apresentaram um crescimento de 2,6% em comparação ao mesmo período do ano passado. Foram 722 mulheres vítimas de feminicídio, e 1.902 assassinatos registrados como homicídios no período.

Para o FBSP, esses números refletem a falha contínua do Estado em proteger meninas e mulheres no país, destacando um contraponto à redução da violência letal em outros crimes no mesmo período.

Isabela Sobral, supervisora do núcleo de dados do FBSP, destaca a importância da Lei Maria da Penha para prevenir esses crimes, ressaltando a necessidade de implementação efetiva das medidas protetivas de urgência. Segundo ela, a falta de uso dessas ferramentas é um fator crítico, evidenciado pelo fato de muitas vítimas de feminicídio não possuírem medidas protetivas.

Sobral enfatiza a urgência na capacitação das forças policiais para um atendimento adequado e a identificação precisa de casos de feminicídio nos registros policiais. Ela aponta disparidades na classificação do crime entre diferentes estados, enfatizando a necessidade de uma abordagem unificada e eficaz.

O relatório do FBSP também ressalta a subnotificação dos casos de estupro, indicando que o número de 34 mil pode ser significativamente maior devido ao medo, falta de compreensão do crime ou situações em que as vítimas são incapazes de reportar o abuso.

Estudos recentes do IPEA demonstram que apenas 8,5% dos estupros são registrados pelas polícias e 4,2% pelos sistemas de informação da saúde. Com base nesses números, estima-se que cerca de 425 mil mulheres e meninas foram vítimas de violência sexual nos primeiros seis meses de 2023.

Sobral destaca que a maioria dos autores de estupros são conhecidos das vítimas, e muitas dessas vítimas são vulneráveis. Do total de casos de estupro registrados no primeiro semestre deste ano, 74,5% foram de estupro de vulneráveis, ou seja, envolvendo vítimas menores de 14 anos ou incapazes de consentir.

Os números revelados pelo FBSP apontam para uma situação alarmante e um desafio contínuo para o Brasil no combate à violência sexual e à proteção das mulheres e meninas em todo o país