Bahia exonera servidores da Ciretran de Barreiras em meio a investigação por corrupção

Publicadas no Diário Oficial, as exonerações de dois coordenadores da 10ª Ciretran em Barreiras ocorrem no contexto de uma operação que apura possíveis irregularidades na unidade do Detran-BA

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O Governo da Bahia exonerou dois servidores da 10ª Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran) de Barreiras.

As portarias oficializando as demissões de David Willian Oliveira de Santana, que exercia o cargo de Coordenador II (DAS-3), e Valdeci Marques de Souza Filho, Coordenador Técnico (DAS-2D), foram publicadas no Diário Oficial do Estado nesta quinta-feira (24). As medidas foram assinadas pelo diretor-geral do Departamento Estadual de Trânsito da Bahia (Detran-BA), Rodrigo Pimentel de Souza Lima.

Ambos os servidores estavam lotados na unidade da Ciretran em Barreiras, localizada no Extremo Oeste baiano. As exonerações acontecem em um momento em que a unidade é alvo de uma operação que investiga a ocorrência de possíveis fraudes, embora o governo estadual não tenha detalhado a natureza das irregularidades apuradas.

Entenda o caso

Uma operação conjunta do Ministério Público da Bahia (MPBA) e da CIPE Cerrado, denominada “Fraus Omnia”, deflagrada na manhã da última terça-feira (23 de abril), desarticulou um suposto esquema de corrupção na 10ª Ciretran de Barreiras. A ação, conduzida pelo Gaeco, investiga fraudes sistemáticas em processos de habilitação (CNH) e vistorias veiculares, com ramificações em São Desidério.

Durante o cumprimento de seis mandados de busca e apreensão, foram apreendidos R$ 282.950,00 em espécie e R$ 14.220,00 em cheques, além de outros materiais como celulares, carimbos e anotações suspeitas.

As investigações apontam para um grupo estruturado dentro da Ciretran, com a participação de servidores e um empresário local, que atuava na manipulação de exames teóricos e práticos, falsificação de documentos e aprovação irregular de veículos.

Os crimes apurados incluem corrupção passiva majorada, falsidade ideológica e associação criminosa. A operação visa aprofundar a identificação de todos os envolvidos no esquema, que, segundo os investigadores, estava disseminado em diversas etapas do funcionamento da Ciretran.

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Operação do MP afasta servidores do Ciretran de Barreiras por suspeita de fraudes em CNHs e vistorias

Ministério Público da Bahia deflagra operação “Fraus Omnia” e cumpre mandados de busca e apreensão, investigando esquema de corrupção na 10ª Ciretran; Detran-BA confirma afastamento e colabora com as investigações

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Uma operação do Ministério Público da Bahia (MP-BA) deflagrada nesta quarta-feira (24) resultou no afastamento de servidores da 10ª Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran) de Barreiras, no extremo oeste do estado.

Denominada “Fraus Omnia”, a ação cumpriu seis mandados de busca e apreensão com o objetivo de desarticular um esquema de fraudes na liberação de Carteiras Nacionais de Habilitação (CNHs) e na vistoria de veículos.

Embora o Departamento Estadual de Trânsito da Bahia (Detran-BA) tenha confirmado o afastamento dos funcionários, os nomes dos servidores envolvidos e detalhes específicos sobre o esquema ainda não foram divulgados.

Em nota oficial, o Detran-BA informou que sua Corregedoria já iniciou a análise das informações que embasaram a operação do MP-BA.

Adicionalmente, uma equipe do órgão está se deslocando para Barreiras para acompanhar de perto o desenvolvimento das investigações e colaborar com as autoridades competentes.

O departamento estadual de trânsito também destacou que está em andamento um processo licitatório para a implantação de um sistema de monitoramento das provas práticas de direção, como parte de um conjunto de medidas de controle e modernização para garantir a lisura dos serviços prestados à população.

“O Detran-BA continuará colaborando com os órgãos de controle e investigação, reafirmando sua atuação firme e transparente em defesa do interesse público e da integridade institucional”, concluiu a nota.

Conforme noticiou o Portal Caso de Política, o MP-BA apreendeu durante a Operação “Fraus Omnia” cerca de R$ 300 mil entre dinheiro em espécie e cheques durante a operação. Além disso, foram confiscados um aparelho celular, um caderno com diversas anotações, um carimbo e dois extratos bancários. As investigações apontam para a atuação estruturada de um grupo dentro da 10ª Ciretran de Barreiras, com participação interligada em diferentes etapas das fraudes.

As apurações preliminares indicam a possível prática de crimes como corrupção passiva majorada, falsidade ideológica, associação criminosa e continuidade delitiva por parte dos investigados.

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“Trumpelão” da Massa: elogio de Trump ao sistema eleitoral BR causa “Apoplexia Patriótica” em bolsonaristas desavisados

Nem Trump, nem hino para pneu, nem fé na Micheque ou visão na goiabeira: bolsonaristas entram em parafuso com elogio gringo ao sistema eleitoral do Brasil no dia da “reuzação” do capitão

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Em reviravolta digna de roteiro de comédia-pastelão, Trump (sim, AQUELE Trump!) elogia a segurança eleitoral do Brasil NO MESMO DIA em que o STF manda Bolsonaro e a “seleção” virarem réus por tentativa de golpe. Patriotas verde-amarelos, com seus bonés “Make América Great Again”, entram em pane geral para conciliar o “ex-mito” americano com a vergonha alheia tupiniquim. De nada adiantou pedir intervenção alienígena, cantar hino para pneu ou acreditar na inocência da Micheque, tão pouco crer na ex-ministra Goiabeira. Ou ainda defender que o inelegível vale mais do que um pequi roído.

Naquele dia, a realidade superou a ficção. O ex-presidente americano Donald Trump, aquele que os “patriotas” com bandeirinha “Made in China” juram defender com unhas e dentes, resolveu mandar um beijinho (meio torto, mas valeu a intenção) para o sistema eleitoral brasileiro. Aquele mesmo que, por anos a fio, foi esculachado por Jair Bolsonaro e sua claque de “defensores da pátria” como sinônimo de fraude, corrupção e até ET Bilu dançando na urna.

E para deixar a torta de climão ainda mais indigesta para a “tchurma do patriota”, a patada do “Trumpelão” (com o perdão do trocadilho infame, mas irresistível) veio justamente no dia em que o STF, com uma canetada que ecoou até nas profundezas do zap, tornou Bolsonaro e sua tropa de choque réus por tentativa de golpe. É como se a terra plana, num momento de puro sadismo cósmico, resolvesse esfregar na cara dos “patriotas” a seguinte verdade: o ex-ídolo de vocês os desmoralizou em rede mundial, e de quebra, o STF mandou o chefe de vocês para o banco dos réus. Um combo de humilhação que nem a “Fazenda” conseguiria superar.

A cena, digna de entrar para os anais do “mico do século”, pegou os bolsonaristas com a cueca na mão (e, provavelmente, com a tornozeleira eletrônica a caminho). Afinal, como ousar criticar o ex-mito Trump depois de anos idolatrando tudo que sai da boca dele? A solução, claro, tinha que ser digna de um roteiro de “Os Três Patetas”: fingir demência, negar a realidade, e berrar a plenos pulmões que o Brasil é uma potência mundial (mesmo com o preço do ovo nas alturas).

Ministros do STF, durante o julgamento, não perderam a chance de dar aquela alfinetada marota, lembrando que, enquanto o Brasil era linchado virtualmente pelos “patriotas”, o sistema eleitoral recebia um selo de qualidade do “gringo” Trump.

Aos “patriotas” resta agora engolir o sapo, vestir a carapuça, e tentar entender como o mundo virou de cabeça para baixo. Afinal, como explicar que o ex-presidente americano elogia o sistema eleitoral que eles juram ser fraudulento? E como lidar com a “reuzação” do “capitão”, que agora terá que explicar suas “brincadeiras” com a democracia para a justiça?

A resposta, meus caros, é tão complexa quanto achar uma camisa da seleção sem a etiqueta “Made in China”. Mas uma coisa é certa: o dia 26 de junho de 2024 entrou para a história como o dia em que o universo resolveu dar um “tapa com luva de pelica” nos “patriotas” de araque.

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Fake News contra o Pix: Governo Lula amplia alerta e desmascara narrativas oposicionistas

Banco Central endurece regras para chaves Pix irregulares e enfrenta onda de desinformação orquestrada por bolsonaristas, reacendendo teorias conspiratórias e expondo motivações obscuras por trás dos ataques

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O governo Lula elevou o tom do alerta contra a crescente onda de desinformação que tomou as redes sociais após o anúncio do Banco Central (BC) sobre a exclusão de chaves Pix vinculadas a CPFs e CNPJs com situação irregular na Receita Federal. A medida, que visa combater fraudes e inconsistências cadastrais, desencadeou uma enxurrada de notícias falsas propagadas por setores da oposição, em especial, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro.

O chefe adjunto do Departamento de Competição e Estrutura de Mercado Financeiro do BC, em declaração enfática, ressaltou o objetivo central da medida: “A gente não quer morto fazendo Pix”. A fala expõe a gravidade da situação, com criminosos utilizando dados de pessoas falecidas para realizar transações ilícitas, incluindo acertos de contas ligados ao tráfico de drogas, grupos de extermínio e tráfico de pessoas. A nova regra impede o uso do Pix em casos de CPF cancelado, suspenso, nulo ou de titular falecido. CPFs pendentes de regularização, por outro lado, continuam aptos a utilizar o sistema.

A polêmica gerada pelas novas regras motivou uma análise do Valor Econômico, assinada por Alvaro Campos, que questiona o motivo de tanta resistência a aprimoramentos na segurança do Pix. A resposta, segundo fontes do governo, reside nos interesses de indivíduos e grupos que se beneficiaram de esquemas ilícitos, como desvio de dinheiro público através de “rachadinhas” e funcionários fantasmas. Essas pessoas, identificadas por sistemas de monitoramento como o COAF, nutrem um ódio visceral por qualquer tipo de fiscalização e se organizam nas redes sociais para defender seus interesses obscuros.

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), apontado como um dos principais disseminadores de desinformação, utilizou suas redes sociais para acusar o Banco Central de “tomar medidas de controle social”. A narrativa oposicionista busca desacreditar a iniciativa do BC, distorcendo seu propósito e gerando pânico entre os usuários do sistema.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reafirmou o compromisso da instituição em aprimorar a segurança do Pix, dificultando a ação de fraudadores e protegendo os cidadãos. O BC reitera que a medida não tem cunho fiscal, buscando apenas corrigir erros e inconsistências cadastrais que facilitam a aplicação de golpes.

Ainda sem data definida para entrar em vigor, as novas regras prometem gerar um impacto significativo no combate à criminalidade e na proteção dos usuários do Pix. O governo Lula, por sua vez, intensifica o monitoramento das redes sociais e se prepara para desmascarar as fake news e defender a integridade do sistema de pagamentos instantâneos.

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Urgente: Onda de golpes no WhatsApp aterroriza Usuários; saiba como se proteger

Editor do Caso de Política foi alvo de três tentativas de fraude via Pix nos últimos 60 dias, expondo a crescente ousadia dos criminosos e a importância de redobrar a atenção, criminosos se passam por amigos e familiares para extorquir

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Os golpes via WhatsApp estão se tornando cada vez mais frequentes e sofisticados em 2025. A prova disso é que, em poucos meses, este redator foi alvo de três tentativas de fraude, todas com o mesmo modus operandi: criminosos se passando por contatos conhecidos, solicitando transferências via Pix sob falsas alegações de urgência.

Em uma das tentativas, o golpista, utilizando um número desconhecido, enviou a seguinte mensagem:

“Consegue fazer um pagamento agora via Pix R$1.998,89 até mais tarde te devolvo, Chave Pix, CPF: 713.835.464-95, Nome: Vanessa Maira”

A crescente incidência desses golpes demonstra a necessidade de redobrar a atenção e adotar medidas de segurança para evitar prejuízos financeiros. Os criminosos se aproveitam da confiança e do senso de urgência para induzir as vítimas a realizar transferências sem confirmar a veracidade das informações.

Como se proteger
  • Desconfie sempre: Ao receber mensagens de números desconhecidos solicitando dinheiro, mesmo que se identifiquem como conhecidos, desconfie imediatamente.
  • Confirme a identidade: Tente entrar em contato com a pessoa por outros meios, como ligação telefônica, redes sociais ou através de familiares.
  • Verifique a história: Questione detalhes sobre a situação apresentada para verificar se a história faz sentido.
  • Nunca transfira sem confirmar: Jamais realize transferências bancárias ou pagamentos via Pix sem ter certeza absoluta da identidade do solicitante.
  • Ative a verificação em duas etapas: A verificação em duas etapas do WhatsApp adiciona uma camada extra de segurança à sua conta, dificultando o acesso de golpistas.
  • Denuncie: Em caso de tentativa de golpe, denuncie o número no próprio WhatsApp e registre um boletim de ocorrência na polícia.
  • Informe seus contatos: Avise seus amigos e familiares sobre o golpe para que eles também fiquem atentos e não caiam na armadilha.

A prevenção é a melhor forma de evitar cair em golpes no WhatsApp. Ao seguir estas dicas e se manter atento, você estará mais preparado para identificar e evitar fraudes, protegendo seu patrimônio e sua segurança.

Ainda nesta terça-feira (04) ouve uma tentativa de invasão ao meu e-mail que prontamente foi negado acesso ao servidor que enviou notificação ao celular cadastrado com um número que imediatamente foi cancelado.

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Empresário acusa grupo de Milei de cobrar propina de US$ 5 milhões para promover criptomoeda

Denúncia aponta que pessoa próxima ao presidente teria recebido pagamento milionário para impulsionar golpe financeiro

Caso de Política, com informações da C5N – O governo de Javier Milei enfrenta mais uma crise após a denúncia de que uma pessoa próxima ao presidente teria recebido US$ 5 milhões para promover a criptomoeda $Libra. A revelação foi feita pelo jornalista e economista argentino Alejandro Bercovich, em seu programa La ley de la selva, da emissora C5N. A acusação tem como base informações do empresário Diógenes Casares, especialista em finanças descentralizadas e filho do investidor Wenceslao Casares, que afirma ter tido acesso a detalhes do esquema.

A denúncia surge em meio a um escândalo financeiro que, segundo relatos, teria prejudicado milhares de investidores. Após a promoção feita por Milei, a criptomoeda perdeu valor rapidamente, levantando suspeitas sobre manipulação e favorecimento indevido.

Bastidores da suposta fraude e o pagamento milionário

Diógenes Casares revelou que, antes de Milei mencionar publicamente a $Libra, já circulavam informações sobre o lançamento de uma criptomoeda associada ao presidente argentino. Segundo ele, rumores indicavam a criação de um “token meme” vinculado ao governo, mas, ao consultar fontes oficiais, recebeu a garantia de que não havia envolvimento do governo com esse tipo de ativo.

No entanto, ao aprofundar sua investigação, Casares descobriu que integrantes do governo confirmaram a ideia inicial de um token chamado $Afuera, que teria sido concebido para arrecadar fundos destinados à chamada “batalha cultural” de Milei. O projeto, porém, não foi adiante.

A reviravolta veio quando Casares foi informado de que alguém próximo ao presidente teria aceitado um suborno de US$ 5 milhões para viabilizar a promoção da criptomoeda $Libra.

“Isso não significa que Milei tenha recebido dinheiro diretamente, mas sim que uma pessoa muito próxima a ele aceitou esse pagamento para garantir que o presidente promovesse a moeda”, afirmou Casares.

Milei minimiza a crise, mas denúncias aumentam

A denúncia se intensificou poucos dias depois de Javier Milei tentar reduzir a gravidade do escândalo, afirmando que menos de cinco mil pessoas teriam sido afetadas pelo golpe da $Libra. O jornalista Alejandro Bercovich contestou a versão do presidente, classificando o episódio como “um escândalo que sacode a Argentina e parte do mundo”.

“O dia dos namorados foi marcado por um presidente promovendo um golpe com criptomoedas, que gerou US$ 110 milhões em ganhos para alguém do entorno de Milei”, declarou Bercovich.

A revelação aumenta a crise de confiança no governo argentino, que já enfrenta desafios políticos e econômicos. O suposto envolvimento direto ou indireto de Milei em um esquema fraudulento amplia a instabilidade da gestão, enquanto novas denúncias e investigações continuam surgindo.

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Operação nacional desarticula esquema de sementes falsificadas no Oeste da Bahia, RS, SP e MG

Fraude gerou prejuízo milionário; grupo vendia grãos de baixa qualidade como sementes de alto rendimento

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Uma operação coordenada pela Polícia Civil desmantelou um esquema de falsificação e pirateamento de sementes agrícolas que operava em pelo menos quatro estados: Rio Grande do Sul, São Paulo, Bahia e Minas Gerais. Batizada de Operação Piratas do Agro, a ação foi deflagrada na manhã desta quarta-feira (4) e mobilizou 120 policiais civis e 15 agentes fiscais agropecuários.

Mandados e apreensões

Durante a operação, foram cumpridos 41 mandados de busca e apreensão em residências e empresas e 33 em veículos. Além disso, 18 contas bancárias — de 10 pessoas físicas e 8 jurídicas — foram bloqueadas. No total, 35 veículos e documentos foram apreendidos, e duas pessoas acabaram presas, uma delas em Luís Eduardo Magalhães (BA) e a outra em São Luiz Gonzaga (RS).

Segundo a Polícia Civil, o grupo criminoso transformava grãos destinados à produção de ração ou alimentos, além de sementes de baixa qualidade, em produtos que imitavam marcas renomadas de sementes de milho e soja. As falsificações incluíam embalagens quase idênticas às originais, que eram produzidas em gráficas localizadas em São Paulo e na Bahia.

Prejuízos e lucros milionários

De acordo com o delegado Heleno dos Santos, titular da Draco de São Luiz Gonzaga, as investigações começaram após denúncia de uma cooperativa local que identificou prejuízos causados por sementes falsificadas. Em uma das negociações fraudulentas, o grupo causou um prejuízo de R$ 2 milhões aos produtores, com movimentações bancárias de mais de R$ 13 milhões em 15 meses.

O lucro do grupo era exorbitante. Eles vendiam cada saca falsificada com um ágio que superava R$ 1.000, chegando a gerar até R$ 1,8 milhão por carga”, explicou o delegado.

Rede criminosa e alcance nacional

As sementes falsificadas eram transportadas em caminhões do grupo e distribuídas em estados como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins e Distrito Federal, além dos locais onde a operação foi deflagrada. Representantes comerciais e corretores atuavam como intermediários, vendendo os produtos diretamente para cooperativas e agricultores.

A fraude foi descoberta após uma carga de 1.500 sacas de milho, anunciada como de alto rendimento, ser adquirida e revendida para produtores. A safra foi perdida, já que as sementes eram de baixíssima qualidade, comprometendo a produção.

Participação conjunta

A operação contou com o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF), das secretarias e agências de Agricultura e Pecuária dos estados envolvidos e de diversas forças locais. “Essa é uma vitória importante contra o crime organizado, que vinha lesando diretamente agricultores e cooperativas em várias regiões do Brasil”, concluiu o delegado Heleno.

As investigações seguem em curso para identificar outros possíveis envolvidos no esquema e ampliar o alcance das apreensões.

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Ministério Público revela esquema de manipulação em jogos de futebol

Promotores afirmam que organizações criminosas subornaram atletas para cometerem irregularidades em partidas oficiais

Repórter ABC | Luís Carlos Nunes – Nas últimas semanas, o noticiário esportivo foi tomado por denúncias de esquemas de manipulação de resultados em jogos de futebol para favorecer os apostadores. As denúncias decorrem de uma operação denominada Penalidade Máxima realizada pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) e envolvem jogadores que participaram de campeonatos estaduais e Séries A e B do Campeonato Brasileiro em 2022.

Segundo promotores que atuaram na operação, organizações criminosas estariam subornando atletas profissionais de futebol para que cometessem determinadas ocorrências em partidas oficiais, como cometer pênaltis ou receber cartões amarelos ou vermelhos, para que os apostadores envolvidos no esquema pudessem prever corretamente uma aposta feita anteriormente. . A investigação começou em fevereiro de 2023, a partir de uma denúncia do presidente do Vila Nova, Hugo Jorge Bravo, e depois foi ampliada para apurar possíveis irregularidades em jogos da Série A.

Alguns dos jogadores acusados ​​de envolvimento no esquema fraudulento incluem Eduardo Bauermann (Santos), Gabriel Tota (Ypiranga-RS), Victor Ramos (Chapecoense), Igor Cariús (Sport), Paulo Miranda (Náutico), Fernando Neto (São Bernardo) , e Matheus Gomes (Sergipe). Além disso, outras nove pessoas, entre apostadores e integrantes da organização criminosa, também foram implicadas nas denúncias.

Após as denúncias iniciais, mensagens de texto trocadas entre os apostadores sob investigação e outros jogadores foram tornadas públicas. Alguns desses jogadores não foram indiciados inicialmente, mas alguns times ainda os suspenderam, como Vitor Mendes (Fluminense), Pedrinho (Athletico-PR), Bryan García (Athletico-PR), Richard (Cruzeiro), Maurício (Internacional), Nino Paraíba (América-MG), Raphael Rodrigues (Avaí), Alef Manga (Coritiba) e Jesús Trindade (Coritiba).

O mercado brasileiro de apostas esportivas foi estabelecido em 2018 com a publicação da Lei 13.756, mas ainda carece de regulamentação. No entanto, o Ministério da Fazenda anunciou que vai editar uma medida provisória para regulamentar o mercado no país. O texto foi encaminhado aos ministérios coautores (Planejamento, Gestão, Saúde, Turismo e Esportes) e será encaminhado à Casa Civil após avaliação e assinatura. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) declarou seu apoio à investigação das denúncias de manipulação de resultados e confirmou que não há intenção de interromper a atual edição do Campeonato Brasileiro. A CBF afirmou que está trabalhando “em conjunto com a FIFA [Federação Internacional de Futebol] e outras esferas internacionais para um modelo padrão de investigação”.