“Operação Terra Justa” desarticula milícia armada ligada a conflitos fundiários no oeste da Bahia

Grupo criminoso que atuava há mais de uma década ameaçando comunidades tradicionais a serviço de grandes fazendeiros é alvo de operação do MPBA e da Polícia Civil, com prisões e apreensões em Correntina e Jaborandi

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Uma operação conjunta do Ministério Público do Estado da Bahia (MPBA), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), e da Polícia Civil, com apoio da Corregedoria Geral da Polícia Militar e da Cipe Cerrado, deflagrou nesta sexta-feira (25) a “Operação Terra Justa” no oeste da Bahia. O objetivo foi desarticular uma milícia armada que atuava há mais de dez anos na região, intimidando e praticando violência contra comunidades tradicionais em meio a conflitos fundiários.

A operação cumpriu dois mandados de prisão e quatro mandados de busca e apreensão nos municípios de Correntina e Jaborandi. Foram apreendidos aparelhos eletrônicos, armas e munição. Os alvos foram integrantes do grupo criminoso, que já havia sido denunciado à Justiça pelo MPBA pelo crime de milícia privada. Os mandados foram expedidos pela Vara Criminal de Correntina, com base em investigações que comprovaram a atuação da organização em áreas rurais do município.

Segundo as investigações, a milícia operava por meio de uma empresa de fachada com registro de segurança privada, porém sem a devida autorização legal da Polícia Federal. O grupo criminoso prestava serviços a grandes fazendeiros da região, sendo responsável por ameaças, lesões corporais e grilagem de terras contra comunidades tradicionais de fundo e fecho de pasto. A atuação da milícia visava expulsar famílias posseiras e povos tradicionais de suas terras, beneficiando os interesses dos contratantes.

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MPBA desarticula suposto esquema de fraudes na Ciretran de Barreiras e apreende quase R$ 300 mil

Ação do Gaeco e CIPE Cerrado revela estrutura de corrupção em exames para CNH e vistorias veiculares. Portal Caso de Política recebeu imagens do momento da operação, realizada em frente à casa de um vereador

Uma ofensiva deflagrada pelo Ministério Público da Bahia (MPBA) e pela CIPE Cerrado na manhã desta terça-feira (23) desmontou um suposto esquema de corrupção envolvendo servidores e empresários ligados à 10ª Ciretran de Barreiras. A operação “Fraus Omnia”, articulada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), mirou fraudes sistemáticas em processos de habilitação e vistorias veiculares, com ramificações também em São Desidério.

Durante o cumprimento de seis mandados de busca e apreensão, os agentes localizaram R$ 282.950 em espécie, além de cheques totalizando R$ 14.220, um celular, carimbo, anotações suspeitas e extratos bancários. O material foi recolhido em imóveis ligados aos alvos da investigação.

Vídeos obtidos pelo Portal Caso de Política mostram o momento da ação policial próximo à casa de um vereador, localizada no bairro Barreirinhas, em Barreiras.

  

As investigações indicam a existência de um grupo estruturado dentro da unidade de trânsito, operando em múltiplas frentes ilícitas: desde a manipulação de exames teóricos e práticos, como a baliza, até a falsificação de documentos em procedimentos de vistoria. Segundo o MPBA, a atuação fraudulenta tinha como fim a emissão irregular de CNHs e a aprovação de veículos em desacordo com os critérios técnicos.

Um empresário local, que não possui vínculo formal com a administração pública, é apontado como articulador central do esquema. Com forte influência sobre o funcionamento da Ciretran, ele teria transformado o órgão em um “balcão de negócios” voltado para obtenção de vantagens econômicas indevidas.

Entre os métodos identificados estão:

  • Aprovação indevida de candidatos com suporte de instrutores de autoescolas;
  • Fraudes em provas digitais aplicadas por computador;
  • Adulteração de laudos e etapas em processos de vistoria veicular.

Os crimes apurados incluem corrupção passiva majorada, falsidade ideológica, associação criminosa e continuidade delitiva. A Justiça autorizou as diligências com base em indícios sólidos reunidos durante o inquérito.

O MPBA pretende aprofundar a análise do material apreendido para mapear toda a rede de envolvidos. Os nomes dos investigados seguem sob sigilo. A operação reacende o alerta sobre a fragilidade dos sistemas de fiscalização nos Detrans do estado e a urgência de medidas de controle mais eficazes.

O nome da operação, “Fraus Omnia”, vem do latim e significa “tudo é fraude”. A escolha do termo reflete o entendimento dos investigadores de que as práticas ilícitas estavam disseminadas em todas as etapas do funcionamento da 10ª Ciretran, indicando um sistema completamente corrompido.

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Operação Restitutio combate fraude milionária em reembolsos a planos de saúde na Bahia

MP da Bahia desarticula esquema de falsificação de documentos e obtenção ilícita de reembolsos médicos

Caso de Política com MP Bahia – O Ministério Público da Bahia, por meio do Grupo de Atuação de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco), deflagrou na manhã desta quinta-feira, dia 13, a ‘Operação Restitutio’, para desarticular esquema de fraudes envolvendo pedidos de reembolso de serviços médicos e de fisioterapia, apresentados por profissionais e empresas não integrantes da rede de credenciados das operadoras de saúde.

Foram cumpridos, em Salvador, seis mandados de busca e apreensão em endereços residenciais e comerciais das pessoas investigadas pelo MPBA, em razão da possível prática dos crimes de estelionato, falsificação de documento particular, falsidade ideológica e uso de documento falso. O material apreendido será submetido a conferência e análise pelos promotores de Justiça e, posteriormente, encaminhado aos órgãos competentes para adoção das medidas cabíveis.

A pedido do MP, a 2ª Vara Criminal Especializada da Comarca de Salvador também determinou a indisponibilidade bens e ativos dos investigados, que chegam a totalizar mais R$ 5 milhões. A operação contou com o apoio da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic), da Polícia Civil.

Somente um dos investigados teria realizado, entre 2021 e 2024, mais de 500 pedidos de reembolsos, com solicitações médicas inautênticas, que resultaram em ganhos indevidos superiores a R$ 1 milhão.

Esquema

O direito ao reembolso ocorre quando o segurado realiza serviços com prestadores não referenciados pela operadora, mediante prévio desembolso e comprovação da despesa. No entanto, as investigações apontam que os pedidos foram formulados com documentos falsificados, incluindo notas fiscais adulteradas, solicitações médicas forjadas e registros de atendimentos inexistentes.

As fraudes identificadas teriam ocorrido por meio da apresentação de comprovantes financeiros fictícios para justificar despesas que não foram realizadas. Além disso, foram detectadas requisições médicas fraudadas e manipulação dos registros de atendimento, com a inclusão de consultas e procedimentos em volume superior ao que seria possível realizar dentro do seu tempo médio de duração. Há também indícios de irregularidades tributárias, como o cancelamento de notas fiscais logo após a liberação dos pagamentos indevidos.

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Correntina e Salvador: MP deflagra Operação Lobo Mau e prende suspeitos de integrar rede de abuso infantil

Imagens: GAECO/MP

Prisões expõem esquema de exploração sexual infantojuvenil em diversas plataformas virtuais; operação abrange 20 estados e revela desafios do combate ao crime digital

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Em ação contundente contra o abuso sexual infantil, o Ministério Público da Bahia prendeu em flagrante, nesta quinta-feira (31), dois homens suspeitos de participação em uma rede criminosa dedicada à produção e compartilhamento de pornografia infantil. As detenções, parte da Operação Lobo Mau, ocorreram nos municípios de Salvador e Correntina, revelando uma atuação coordenada no armazenamento e distribuição de materiais ilícitos envolvendo crianças e adolescentes.

Liderada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e pelo Centro de Apoio Operacional da Criança e do Adolescente (Caoca), em colaboração com a Polícia Civil e seu Núcleo Especializado em Repressão a Crimes Contra Crianças e Adolescentes no Ambiente Virtual (Nercca), a operação tem alcance nacional e visa desarticular uma vasta rede de exploração infantil, incluindo um total de 94 mandados de busca e apreensão em 20 estados. Os investigados utilizavam dispositivos eletrônicos para a produção e armazenamento do conteúdo, que agora passarão por análise forense, visando identificar mais envolvidos.

O objetivo principal da Operação Lobo Mau é desmantelar um sistema criminoso que atua dissimuladamente, explorando o anonimato proporcionado pelo ambiente virtual para se infiltrar em redes de mensagens como Telegram, Instagram, Signal, e até em plataformas de jogos como Roblox. Investigadores relatam que os criminosos utilizam táticas de engano e persuasão para induzir crianças e adolescentes a produzir material explícito, o qual é posteriormente compartilhado em grupos fechados.

O nome “Lobo Mau” faz referência ao perfil predatório dos criminosos, que, sob uma fachada de normalidade, ganham a confiança das vítimas antes de atacá-las. A operação conta com o suporte da Agência de Investigação Interna dos Estados Unidos (HSI) e da Embaixada Americana, ampliando o combate à exploração infantil online.

A ação em Correntina e Salvador evidencia o quão vasto e estruturado é o esquema, envolvendo indivíduos disfarçados de adultos comuns que se aproximam de menores em múltiplas plataformas digitais. Diante da gravidade do caso, o Ministério Público da Bahia enfatiza a necessidade de vigilância dos pais e responsáveis. Mudanças de comportamento em crianças e adolescentes podem ser sinais de alarme, e o apoio das autoridades, assim como da rede de proteção, é vital para interromper a exploração infantojuvenil.

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Ministério Público desmonta esquema de contratações irregulares em Mansidão

Operação conjunta do Ministério Público e Polícia Militar desarticula rede criminosa de contratações públicas ilegais na Prefeitura de Mansidão; R$ 140 mil em espécie são apreendidos

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O Ministério Público da Bahia (MPBA), em conjunto com a Polícia Militar, deflagrou na manhã desta quinta-feira (29) uma operação que desmantelou um esquema criminoso de contratações públicas irregulares na Prefeitura de Mansidão, localizada no extremo oeste da Bahia. Durante a ação, um dos alvos foi preso em flagrante por posse ilegal de arma.

A operação, conduzida pela Unidade de Assessoramento e Investigação da Procuradoria-Geral de Justiça (Unai) e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do MPBA, contou com o apoio da Companhia Independente de Polícia Especializada (Cipe Cerrado) e do Gaeco do Distrito Federal. Foram cumpridos 20 mandados de busca e apreensão na sede da Prefeitura, em residências de agentes públicos, e em escritórios de contabilidade nos municípios de Mansidão, Wanderley, Barreiras e até em Brasília (DF). Em Brasília, a ex-esposa do atual prefeito foi um dos alvos da operação.

Durante as buscas, foram apreendidos R$ 140 mil em espécie, além de celulares, documentos e talões de cheque. Os mandados de busca e apreensão foram expedidos pelo Tribunal de Justiça da Bahia, que também determinou o bloqueio de bens dos acusados, atendendo ao pedido do MPBA.

Segundo o Ministério Público, os investigados são suspeitos de praticar crimes contra a Administração Pública. Três deles já foram denunciados, mas os processos seguem sob sigilo enquanto as investigações prosseguem.

No início da tarde, o prefeito de Mansidão, Djalma Santos, emitiu uma nota oficial afirmando que a operação de busca e apreensão em sua residência faz parte de uma investigação sobre supostas irregularidades relacionadas à Lei de Licitações.

NOTA OFICIAL

O Prefeito Djalma Ramos vem a público esclarecer os recentes acontecimentos envolvendo uma operação de busca e apreensão em sua residência, parte de uma investigação sobre supostas irregularidades relacionadas à Lei de Licitações.

O Prefeito Djalma Ramos reafirma seu compromisso com a verdade e a transparência, tendo prestado todos os esclarecimentos necessários às autoridades competentes.

É importante destacar que o Prefeito Djalma Ramos possui uma trajetória marcada pela honestidade e pelo respeito ao patrimônio público. As denúncias feitas contra ele carecem de fundamento e surgem em um momento oportuno, no calor de um período eleitoral, onde a disseminação de inverdades pode confundir e manipular a opinião pública.

Pedimos à população de Mansidão que confie na integridade do nosso prefeito e aguardemos o desenrolar das investigações com tranquilidade e serenidade. Temos plena confiança de que a verdade prevalecerá e de que essas acusações infundadas serão devidamente esclarecidas.

Essa situação nos motiva ainda mais a continuar firme em nossa campanha, pois Mansidão merece a continuidade de um trabalho sério e comprometido com o bem-estar de todos.

Djalma Ramos

Prefeito de Mansidão – Bahia

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Esquema de propina para concessão de licenças ambientais no Oeste da Bahia é alvo da ‘Operação Ceres’

Investigação revela pagamento de R$ 16,5 milhões em propinas a servidores e ex-funcionários do Inema

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Seis pessoas, incluindo servidores e ex-funcionários do Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), foram alvos da ‘Operação Ceres’, deflagrada na manhã desta sexta-feira, 19, pelo Ministério Público estadual. A ação foi realizada pelo Grupo de Atuação de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco) e pela Promotoria de Justiça de Proteção da Moralidade Administrativa, com apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF), da Companhia Independente de Policiamento Especializado da Região Sudoeste da Polícia (Cipe Sudoeste) e do Comando de Policiamento Regional do Extremo Sul da Bahia.

Os investigados são acusados de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e associação criminosa. As investigações indicam que, entre 2019 e 2023, eles participaram de um esquema de pagamento de propinas, totalizando cerca de R$ 16,5 milhões, para facilitar a concessão ilegal de licenças ambientais e autorizações de supressão de vegetação.

Os pagamentos, realizados principalmente por fazendeiros ou empresas relacionadas a empreendimentos rurais no oeste do estado, foram feitos via depósitos bancários nas contas de um dos investigados. Na operação, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão em endereços residenciais nos municípios de Salvador, Camaçari, Guanambi e Riacho de Santana, além de uma empresa em Lauro de Freitas. A 1ª Vara Criminal Especializada da capital também determinou a suspensão das funções de um técnico do Inema e o sequestro de bens dos investigados, a pedido do Ministério Público.

O material apreendido, incluindo documentos, celulares, computadores e jóias, será analisado pelos promotores de Justiça e encaminhado aos órgãos competentes para as medidas cabíveis. A operação foi nomeada ‘Ceres’ em referência à deusa romana da agricultura e da fecundidade da terra.

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Operação Controle: Líderes de facções criminosas de Feira de Santana são transferidos para presídio de segurança máxima

Apontados como mandantes dos recentes homicídios na cidade, eles ficarão presos em Serrinha

MPBA – Quatro líderes de facções criminosas de Feira de Santana foram transferidos na manhã deste domingo, dia 12, da Penitenciária local para o Presídio de Segurança Máxima de Serrinha, como resultado da ‘Operação Controle’.

Eles são apontados como responsáveis pelo comando dos homicídios ocorridos na cidade nos últimos dias.

Foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão e quatro de transferência. As lideranças ficarão custeadas em Serrinha sob o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD). Nas celas, foram aprendidos celulares, assessórios de telefone e facas.

A operação foi deflagrada pelo Ministério Público estadual, por meio do Grupo de Atuação Especial Operacional de Combate ao Crime Organizado (Gaeco); pela Secretaria de Segurança Pública (SSP); pela Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), por meio do Grupo de Segurança Institucional (GSI), Comando de Monitoramento Eletrônico de Pessoas (Cmep) e do Grupamento Especializado em Operação Prisionais (Geop); pela Polícia Civil e pela Polícia Militar, por meio do Comando de Policiamento Especializado (CPE) e do Comando de Policiamento Regional Leste (CPRL).

Segundo as investigações, os homens transferidos para Serrinha mandaram matar rivais e orquestraram os ataques, que resultaram nas mortes registradas no município na última semana. O objetivo seria ampliar território de atuação das facções.

A transferência visa isolar as lideranças, tirando-lhes a possibilidade de comunicação com demais integrantes das facções.

Os mandados foram expedidos pelo Plantão Judiciário, acatando requerimento realizado pelo Gaeco em conjunto com promotores de Justiça plantonistas.

O material apreendido será submetido a conferência e análise pelo Gaeco e Seap, e posteriormente, encaminhado aos órgãos competentes para adoção das medidas cabíveis.

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MP investiga infiltração do PCC em prefeituras de 16 cidades em São Paulo

Caso de Política – O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) está investigando conexões entre o Primeiro Comando da Capital (PCC) e a administração de pelo menos 16 municípios do estado de São Paulo. Essas suspeitas foram levantadas a partir de investigações conduzidas pelo MP-SP e processos em andamento nos tribunais nos últimos anos, conforme relata o Estadão.

As alegadas relações entre o PCC e essas administrações variam desde fraudes em processos de licitação até indicações de cargos em prefeituras. Na última terça-feira, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), braço responsável pela investigação criminal do MP-SP, realizou uma operação que desvendou fraudes em processos licitatórios em prefeituras e câmaras municipais.

A operação abrangeu 12 municípios, incluindo Guarulhos, São Paulo, Ferraz de Vasconcelos, Cubatão, Arujá, Santa Isabel, Poá, Jaguariúna, Guarujá, Sorocaba, Buri e Itatiba. Durante a operação, foram detidos os vereadores Flávio Batista de Souza (Ferraz de Vasconcelos), Luiz Carlos Alves Dias (Santa Isabel) e Ricardo Queixão (Cubatão).

Em outras três cidades, Campinas, Cananéia e Iguape, existem suspeitas ou investigações sobre a atuação do PCC. Além disso, em Biritiba Mirim, um ex-prefeito foi condenado por nomear um membro da organização criminosa como secretário.

Recursos confiscados durante a investida do Gaeco contra o PCC, órgãos municipais e legislativos. Imagem: Divulgação MP

Segundo as investigações do MP, empresas associadas ao PCC competiam em licitações e simulavam concorrência para obter contratos públicos para serviços de mão de obra, limpeza e postos de fiscalização e controle. Nos últimos cinco anos, esses contratos supostamente fraudulentos totalizaram cerca de R$ 200 milhões.

A operação desta terça-feira, batizada de Muditia, resultou na execução de 13 dos 15 mandados de prisão até as 16h45. O promotor Yuri Fisberg detalhou as apreensões em uma coletiva de imprensa, mencionando a apreensão de armas de fogo, celulares, notebooks, cheques, dinheiro em espécie e dólares.

O MP afirmou que a operação foi desencadeada após interceptações telefônicas revelarem a atuação de criminosos do PCC em conluio com funcionários públicos e vereadores paulistas.

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Operação Muditia entre GAECO e PM desmantela esquema de fraudes em licitações associado ao PCC em municípios de São Paulo

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Na manhã desta terça-feira (16), o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), em cooperação com a Polícia Militar, iniciou a ‘Operação Muditia’ com o objetivo de desarticular um grupo criminoso suspeito de ligações com o Primeiro Comando da Capital (PCC) e envolvido em esquemas de fraudes em licitações em todo o estado de São Paulo.

A ação envolve o cumprimento de mandados de busca e apreensão em 42 endereços e a realização de 15 prisões temporárias, todos expedidos pela 5ª Vara Criminal de Guarulhos. Entre os alvos das medidas judiciais, destacam-se a prisão preventiva de agentes públicos, incluindo três vereadores de municípios do Alto Tietê e litoral.

Segundo as investigações, empresas ligadas ao grupo atuavam de forma sistemática para frustrar a concorrência nos processos de contratação de mão de obra terceirizada em várias prefeituras e Câmaras Municipais do Estado. Essas empresas detinham contratos públicos que ultrapassavam os R$ 200 milhões nos últimos anos. Algumas dessas contratações serviam aos interesses do PCC, que exercia influência na seleção dos vencedores das licitações e na distribuição dos lucros obtidos de maneira ilícita.

Municípios como Guarulhos, São Paulo, Ferraz de Vasconcelos, Cubatão, Arujá, Santa Isabel, Poá, Jaguariúna, Guarujá, Sorocaba, Buri, Itatiba, entre outros, estão sob investigação devido aos contratos sob suspeita.

De acordo com os promotores responsáveis pela operação, havia uma simulação de competição entre empresas parceiras ou do mesmo grupo econômico. Além disso, foram encontradas evidências de corrupção envolvendo agentes públicos e políticos, como secretários, procuradores, presidentes de Câmaras de Vereadores, pregoeiros, entre outros. Diversos outros crimes também foram identificados, como fraudes documentais e lavagem de dinheiro.

Esta operação sucede a ‘Operação Fim da Linha’, realizada pelo mesmo GAECO na semana passada, que resultou na prisão de quatro dirigentes de empresas de ônibus da capital paulista. Os envolvidos são acusados de vínculos com o PCC, utilizando as empresas Transwolff e UPBus, responsáveis por serviços de transporte coletivo nas Zonas Sul e Leste da cidade, para lavar dinheiro da organização criminosa.

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Justiça acata denúncia do MP Bahia contra seis acusados de lavagem de dinheiro do tráfico de drogas

Segundo o MP, os ganhos da organização eram utilizados para a compra de bens imóveis de alto valor

Caso de Política, com informações do MP-BA – A 3ª Vara Criminal da comarca de Feira de Santana recebeu, no último dia 13, a denúncia apresentada pelo Ministério Público estadual, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), contra seis indivíduos envolvidos em atividades de lavagem de dinheiro e tráfico de drogas. Os acusados são Niedja Maria Lima Umbuzeiro, Larissa Gabriela Lima Umbuzeiro, Clênia Maria Lima Bernardes, Paulo Victor Bezerra Lima, Gabriela Raizila Lima de Souza e Robélia Rezende de Souza, todos detidos durante a “Operação Kariri”, deflagrada no mês de fevereiro.

De acordo com as investigações do Ministério Público, o grupo, estruturado de forma familiar, operava há décadas no tráfico de drogas. Os membros migraram do sertão pernambucano para Feira de Santana com o objetivo de abastecer o mercado baiano e ocultar os lucros obtidos com a atividade criminosa. O MP também constatou que os ganhos financeiros da organização eram direcionados para a aquisição de bens imóveis de alto valor, beneficiando toda a família e parentes próximos, que disponibilizavam contas bancárias para tentar dificultar o rastreamento do dinheiro pelas autoridades.

A denúncia destaca Rener Manoel Umbuzeiro (falecido) como o líder e mentor da organização criminosa. Sua esposa, Niedja Umbuzeiro, e sua filha, Larissa Umbuzeiro, eram responsáveis pelo gerenciamento e fluxo dos ativos ilícitos, coordenando a ocultação e dissimulação patrimonial. Larissa, em especial, supervisionava todo o processo de lavagem de dinheiro. Além delas, Paulo Victor (marido de Larissa), Gabriela Raizila (sobrinha de Niedja), Clênia Bernardes (irmã de Niedja) e Robélia Rezende compunham o núcleo de ocultação e dissimulação patrimonial, agindo como “laranjas” para registrar bens ou movimentar fundos sem serem detectados pela fiscalização.