Petrobras lança licitação para adquirir oito navios gaseiros e ampliar frota para consumo interno de gás

A expansão da frota da Transpetro visa aumentar a capacidade de transporte de GLP e gás natural, atendendo à crescente demanda interna no Brasil

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A Petrobras, por meio da Transpetro, anunciou nesta segunda-feira (17) a abertura de uma licitação internacional para a aquisição de oito navios gaseiros, com capacidades de 7 mil, 10 mil e 14 mil metros cúbicos. A medida faz parte do programa de renovação e ampliação da frota da Transpetro, iniciado em julho do ano passado, com o objetivo de fortalecer o transporte de GLP (gás liquefeito de petróleo), gás natural e, pela primeira vez, amônia, destinada à produção de fertilizantes e plásticos. O foco principal é atender à crescente demanda interna de gás no Brasil.

A licitação será realizada no Terminal da Baía de Ilha Grande (Tebig), em Angra dos Reis, Rio de Janeiro, e contará com a presença de importantes autoridades, como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin, além de Magda Chambriard, presidente da Petrobras, e Sérgio Bacci, presidente da Transpetro.

A principal meta dessa licitação é triplicar a capacidade de transporte da Transpetro, passando de 36 mil para até 108 mil metros cúbicos de gás, consolidando a empresa como a maior armadora brasileira no transporte de gás. Com a adição de oito novos gaseiros, a frota da Transpetro passará de seis para 14 embarcações. Essa expansão está diretamente relacionada ao aumento da produção de gás natural no Brasil e ao fortalecimento das rotas marítimas e fluviais para abastecer o mercado interno, incluindo áreas como a Região Norte e a Lagoa dos Patos, no Rio Grande do Sul.

Magda Chambriard ressaltou a importância dessa ampliação para os objetivos da Petrobras:

“Além disso, vai proporcionar menor exposição aos afretamentos”, completou, reforçando o alinhamento com as necessidades da companhia para garantir um transporte mais eficiente e econômico.

Em janeiro deste ano, a Petrobras já havia contratado quatro navios graneleiros de pequeno porte, e no final de 2024, foram adquiridas 12 novas embarcações de apoio marítimo (PSVs), que serão construídas em estaleiros de Santa Catarina. A Petrobras também prevê a contratação de mais 20 embarcações para diversas funções, incluindo apoio a emergências e inspeções submarinas.

A licitação dos oito gaseiros será dividida em dois lotes, e as empresas interessadas têm um prazo de 90 dias para apresentar propostas. O cronograma de entrega prevê que o primeiro navio esteja pronto em até 30 meses após a formalização do contrato, com os demais sendo entregues sucessivamente a cada seis meses.

Sérgio Bacci, presidente da Transpetro, destacou a importância da medida para o fortalecimento da empresa:

“Com essa contratação, vamos aumentar de seis para 14 o número de navios da nossa frota de gaseiros, ampliando a capacidade de transporte de 36 mil para até 108 mil metros cúbicos. Vamos consolidar a Transpetro como maior armador brasileiro no transporte de gás, fortalecendo a companhia em um segmento de grande importância”, afirmou.

Além da ampliação da frota, a Petrobras também anunciou a assinatura de protocolos com entidades do setor naval, visando o reaproveitamento de plataformas desmobilizadas. A estatal planeja desmobilizar 10 plataformas até 2029 e está avaliando a viabilidade do reaproveitamento dessas unidades.

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Vendas de combustíveis no Brasil crescem e superam 133 bilhões de litros em 2024, diz ANP

Apesar da queda nas vendas de gasolina, o Brasil viu aumento significativo na comercialização de etanol, diesel e GLP, refletindo mudanças nas preferências do consumidor e a ampliação da oferta de biocombustíveis

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O Brasil comercializou mais de 133 bilhões de litros de combustíveis líquidos automotivos em 2024, conforme dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O volume total representou uma dinâmica mista no mercado de combustíveis, com aumentos em alguns setores e quedas em outros, quando comparado ao ano anterior.

Dentre os combustíveis mais vendidos, a gasolina C (mistura de gasolina com etanol anidro) foi o principal produto, com 44,19 bilhões de litros comercializados. Porém, essa categoria apresentou uma leve retração de 4% em relação ao ano passado. Por outro lado, o etanol hidratado combustível teve uma performance impressionante, com um aumento de 33,4% nas vendas, somando 21,66 bilhões de litros, o que reflete a crescente demanda por combustíveis mais sustentáveis.

O diesel B, que inclui a mistura de biodiesel, também registrou crescimento de 2,6%, alcançando 67,25 bilhões de litros comercializados. Este aumento se deve, em parte, à recente elevação do teor de biodiesel no diesel, que passou de 12% para 14% ao longo do ano.

Durante o Seminário de Avaliação do Mercado de Combustíveis 2025, realizado de forma híbrida no Rio de Janeiro, a ANP divulgou esses números, destacando o papel fundamental do setor no abastecimento nacional. O evento, que contou com a participação de agentes de mercado e outros stakeholders, também abordou o cenário de importações e produção local.

Em termos de produção nacional, a gasolina A (pura) representou 90% da oferta interna, com os 10% restantes sendo supridos por importações. No caso do diesel A, a dependência de importações foi maior, atingindo cerca de 25% do total consumido.

O mercado de gás também apresentou crescimento. O GLP (gás liquefeito de petróleo) teve um aumento de 2,2% nas vendas, com 7,57 milhões de metros cúbicos comercializados, sendo que as importações corresponderam a 25% das vendas totais. Esse cenário de crescimento também se refletiu no biodiesel, cujas vendas subiram de 7,34 bilhões de litros em 2023 para 8,96 bilhões de litros em 2024.

A ANP ainda revelou que, no total, 131.278 agentes foram regulados no setor de abastecimento no país em 2024, entre eles 44.678 postos de combustíveis e 58.283 revendas de GLP, além de distribuidores e produtores de lubrificantes. Esses dados evidenciam a robustez e a complexidade do setor energético brasileiro.

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Petrobras avança na recuperação da Refinaria de Mataripe e planeja Biorrefinaria na Bahia

A refinaria, além de produzir GLP, gasolina, diesel e lubrificantes, se destaca por ser a única no país a produzir parafina de teor alimentício, essencial na fabricação de chocolates e chicletes, e n-parafinas, utilizadas na produção de detergentes biodegradáveis

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A Petrobras está dando passos significativos em direção à retomada da Refinaria de Mataripe, anteriormente conhecida como Refinaria Landulpho Alves (Rlam), ao mesmo tempo em que inicia o desenvolvimento de uma biorrefinaria integrada na Bahia. A empresa agora está imersa na fase de avaliação de negócios, a qual inclui uma due diligence meticulosa dos ativos e a definição do modelo de negócios mais adequado para esses empreendimentos.

Este movimento estratégico da Petrobras está sendo acompanhado de perto pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), conforme destacado por Deyvid Bacelar, coordenador-geral da entidade. Bacelar ressaltou a importância crítica de monitorar de perto as negociações, especialmente em relação às demissões recentes promovidas pela Acelen, enquanto a Petrobras trabalha para reassumir o controle da refinaria.

“Consideramos as demissões inaceitáveis. Vamos precisar de uma força de trabalho altamente qualificada, pois nossa visão vai além da mera retomada. Buscamos expandir a presença da Petrobras na região, agora com o adicional da nova biorrefinaria,” alertou Bacelar.

A Refinaria de Mataripe, atualmente operada pela Acelen, empresa formada pelo grupo Mubadala Capital após a privatização do ativo em 2021, é um empreendimento de destaque. Com uma capacidade de produção de 377 mil barris por dia de produtos de alto valor agregado, como GLP, gasolina, diesel e lubrificantes, a refinaria se diferencia por ser a única no país a produzir parafina de teor alimentício (food grade), essencial na fabricação de chocolates e chicletes, e n-parafinas, utilizadas na produção de detergentes biodegradáveis. A Rlam é a segunda maior refinaria do Brasil, desempenhando um papel vital no abastecimento não só do estado da Bahia, mas também de outras regiões do Nordeste e de Minas Gerais.

Petrobras anuncia redução de 21,3% no preço do gás, gasolina e diesel e novas estratégias comerciais

De acordo com a Petrobras, medida visa beneficiar consumidores e impulsionar mercado interno; Redução dos preços do diesel e gasolina também faz parte da estratégia

Imagem de divulgação

Repórter ABC – A Petrobras anunciou na última terça-feira (16), uma redução significativa de 21,3% no preço médio de venda do gás liquefeito de petróleo (GLP). Essa medida faz parte da nova estratégia comercial da empresa para o mercado interno, conforme informado pelo presidente Jean Paul Prates.

Desde ontem (17), a Petrobras vende o botijão de 13 quilos de GLP às distribuidoras por um valor médio R$ 8,97 mais baixo do que o atual. Se as distribuidoras repassarem essa economia integralmente para o consumidor final, o preço médio do botijão poderá chegar a R$ 99,87 nas residências.

Após uma reunião com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, em Brasília, Prates expressou sua satisfação com a notícia:

“Esta é a melhor notícia. Baixamos o preço do botijão de R$ 100”.

Segundo o presidente da Petrobras, essa é a primeira vez desde outubro de 2021 que o preço do botijão de gás vendido às distribuidoras fica abaixo dos R$ 100.

Além da redução do preço do GLP, a nova estratégia comercial da empresa também envolve uma diminuição de R$ 0,44 no preço médio de venda do diesel e de R$ 0,40 no preço médio de venda da gasolina A para as distribuidoras.

No entanto, é importante ressaltar que a redução dos preços dos produtos para revenda depende de vários fatores, como impostos, mistura de biocombustíveis e margens de lucro das distribuidoras e revendedoras. Prates acrescentou:

“Teremos a melhor alternativa de preços para nossos clientes em cada ponto de venda da Petrobras. Lembrando que, no caso dos combustíveis, a empresa não tem mais uma distribuidora”.

Petrobras reduz em 8,1% o preço do gás natural

Os novos valores são resultado da atualização trimestral prevista nos contratos com as distribuidoras

Petrobras anuncio nesta segunda-feira (17) a redução de 8,1% no preço do gás natural a partir de 1º de maio. Segundo a estatal, os novos valores são resultado da atualização trimestral prevista nos contratos com as distribuidoras e estão vinculados às oscilações do petróleo Brent e da taxa de câmbio. No período de janeiro a abril, o petróleo apresentou queda de 8,7%, enquanto o real se valorizou 1,1% em relação ao dólar. Além disso, a parcela referente ao transporte do gás será atualizada anualmente, em maio, com um reajuste de 0,2% baseado na variação do IGP-M.

A Petrobras ressalta que o preço final do gás natural ao consumidor não é determinado apenas pelo preço de venda da companhia, mas também pelos portfólios de suprimento de cada distribuidora, suas margens e tributos federais e estaduais. As tarifas ao consumidor são aprovadas pelas agências reguladoras estaduais, conforme legislação e regulação específicas.

Com a redução anunciada, o gás vendido pela Petrobras às distribuidoras acumula uma redução de 19% no ano. A estatal informa, ainda, que a atualização do preço do gás natural não afeta o preço do gás de cozinha (GLP), envasado em botijões ou vendido a granel.