China é grande rival na corrida por tecnologia, admite presidente da Microsoft

Repórter ABC – A China está avançando rapidamente no desenvolvimento de novos sistemas de inteligência artificial e pode se tornar a maior rival das empresas e organizações de pesquisa dos Estados Unidos, segundo afirmou o presidente da Microsoft, Brad Smith, em entrevista ao jornal japonês Nikkei Asia. Smith, que está no Japão para acompanhar reuniões do G7, ressaltou que as companhias chinesas de tecnologia estão prontas para entrar na competição com as gigantes americanas Amazon, Google e Microsoft, bem como com a OpenAI, startup que criou o ChatGPT.

De acordo com Smith, existem três empresas que estão na vanguarda absoluta do desenvolvimento de inteligência artificial: a OpenAI, a Microsoft e o Google, seguidas de perto pela Academia de Inteligência Artificial de Pequim. No entanto, Smith alertou que a diferença entre quem está na frente e quem está atrás é medida em meses, não em anos.

“Quem está à frente e quem está atrás é algo que pode mudar um pouco de tempos em tempos, mas uma coisa tem sido absolutamente constante: a diferença é quase sempre medida em meses, não em anos. Tudo é muito rápido”, disse o presidente da Microsoft.

A rápida evolução da tecnologia de inteligência artificial na China é uma preocupação crescente para as empresas americanas e para os líderes mundiais que se reúnem no G7. Smith destacou a necessidade de se manter vigilante e atento às ameaças à liderança tecnológica americana, especialmente no campo da inteligência artificial. Com as empresas chinesas prontas para entrar na disputa, a corrida para a liderança em inteligência artificial se intensifica cada vez mais.

Visita de Lula à fábrica da Huawei inicia série de encontros com empresas chinesas

Acordos visam promover pequenas e médias empresas dos dois países

Repórter ABC, com informações do Governo Federal – Uma comitiva do governo federal brasileiro, liderada pelo presidente Lula, visitou o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Huawei em Xangai na quinta-feira, 13. O grupo foi recebido pelo CEO da empresa, Liang Hua, que mostrou soluções tecnológicas desenvolvidas pela fabricante. Durante o encontro, a Huawei reforçou seu compromisso de trabalhar com o Brasil em parcerias de longo prazo para o desenvolvimento sustentável, com foco em conectividade, inclusão digital, educação, saúde e reindustrialização.

Segundo o governo, a empresa destacou projetos de conectividade digital em áreas remotas da Amazônia e ações para conectar escolas públicas e interligar setores de segurança. O 5G também foi tema do debate, como afirmou o presidente Lula em rede social.

O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, destacou a importância de visitar empresas globais como a Huawei para aproximar o setor de telecomunicações brasileiro das grandes empresas. O MCom ainda anunciou a assinatura de um Memorando de Entendimento com a China para o intercâmbio de informações sobre políticas, regulamentos e padrões técnicos de telecomunicações.

Além disso, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) assinará três memorandos para cooperação industrial, economia digital e facilitação e promoção comercial. Esses acordos visam promover as pequenas e médias empresas dos dois países e proporcionar a troca de visões sobre as principais pautas de tecnologias da informação e da comunicação nos foros internacionais como União Internacional de Telecomunicações (UIT) e G20.

Durante a visita, está prevista a assinatura de cerca de 20 acordos bilaterais entre Brasil e China, incluindo a construção do CBERS-6, um satélite construído em parceria entre os dois países. O objetivo é monitorar biomas como a Floresta Amazônica mesmo com nuvens. Em março, uma comitiva de empresários brasileiros já havia visitado a China para firmar parcerias em apoio a startups e medidas para facilitar transações bancárias entre os países.