PF investiga igreja de Bispo Bruno Leonardo por suspeitas de ligação com o PCC

Relatório da Polícia Federal aponta transações milionárias da Igreja Batista Avivamento Mundial, liderada pelo bispo Bruno Leonardo, para empresa investigada por envolvimento com facção criminosa

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) investigam transações financeiras suspeitas entre a Igreja Avivamento Mundial, liderada pelo bispo Bruno Leonardo Santos Cerqueira, e uma empresa ligada a Willian Barile Agati, apontado como integrante do alto escalão do Primeiro Comando da Capital (PCC). A informação foi divulgada pelo portal de notícias DCM.

De acordo com documentos da Operação Mafiusi, a igreja do bispo Bruno Leonardo, um fenômeno nas redes sociais, transferiu R$ 2,225 milhões para a empresa Starway em sete operações realizadas entre agosto de 2021 e abril de 2022.

As autoridades não encontraram notas fiscais que justificassem as movimentações financeiras, levantando a suspeita de que a empresa seria uma fachada usada para lavagem de dinheiro.

Apesar das suspeitas, o bispo Bruno Leonardo não é formalmente investigado no caso. Seu nome aparece apenas citado no relatório da investigação, que tem como alvo Willian Barile Agati, apontado como facilitador de operações da cúpula do PCC e integrante de um grupo ligado ao tráfico internacional de drogas.

O bispo Bruno Leonardo é um fenômeno nas redes sociais. Seu canal no YouTube soma 50,9 milhões de inscritos, colocando-o em terceiro lugar no ranking da plataforma Social Blade. No Instagram, ele acumula 9,8 milhões de seguidores, superando inclusive o perfil oficial da igreja que fundou (DCM, 2024). Em seus vídeos, o bispo costuma chamar os fiéis de “ovelhas queridas” e já anunciou doações milionárias a hospitais.

A Igreja Avivamento Mundial, com sede em Salvador (BA), realiza grandes eventos em diversas cidades. Em 2024, um deles lotou um estádio em Minas Gerais. Quatro dias atrás, o bispo publicou imagens de outro evento realizado na capital baiana.

Após a repercussão do caso, Bruno Leonardo publicou um vídeo em que afirma que a igreja comprou veículos da empresa investigada em 2021 e que há notas fiscais da transação. Ele também alegou perseguição e fez uma comparação com a compra de alimentos doados ao Rio Grande do Sul, em 2024.

“Ano passado, nós compramos R$ 2 milhões de alimentos para enviar ao Rio Grande do Sul. Eu também não conheço os donos da loja. A nossa equipe foi, olhou, comprou e nós enviamos. Se daqui a alguns anos, essa distribuidora estiver com algum envolvimento com coisas ilícitas, nós também estamos envolvidos porque somos clientes?”, questionou o bispo.

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Caso de Política levanta a presença digital de pré-candidatos a prefeito de Barreiras

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Em um levantamento exclusivo realizado pelo Portal Caso de Política, foi analisada a presença digital por número de seguidos dos pré-candidatos à Prefeitura de Barreiras nas redes sociais. A pesquisa focou nas duas principais plataformas utilizadas pelos futuros candidatos: Facebook e Instagram.

Facebook

No Facebook, a presença digital dos pré-candidatos é variada. Tito (PT) lidera com impressionantes 102.000 seguidores, seguido por Danilo Henrique (PP) com 7.300. Karlúcia Macêdo (MDB) com 8.000, Otoniel Teixeira (UB) 4.900, Davi Schmidt (Novo) 479 e Emerson Cardoso (Avante) com 3.947.

Instagram

No Instagram, Tito (PT) novamente se destaca com 100.000 seguidores. Danilo Henrique (PP) também mostra forte presença com 19.200 seguidores, seguido por Emerson Cardoso (Avante) com 15.800 e Karlúcia Macêdo (MDB) com 9.811 seguidores. Otoniel Teixeira (UB) e Davi Schmidt (Novo) completam a lista com 7.483 e 6.054 seguidores, respectivamente. Nas páginas dos candidatos, pode-se verificar o volumes de publicações.

Importância das Redes Sociais na Campanha Eleitoral

As redes sociais desempenham um papel crucial em campanhas eleitorais modernas. Elas funcionam como um palanque digital, oferecendo aos candidatos uma plataforma para alcançar e engajar diretamente com o eleitorado. Uma boa inserção nas redes sociais não apenas amplifica a visibilidade dos candidatos, mas também facilita a comunicação de suas propostas e o estabelecimento de um relacionamento mais próximo com os eleitores.

É essencial para os candidatos reconhecerem o potencial das redes sociais para melhorar seu desempenho nas urnas. Mesmo que alguns ainda sejam céticos quanto ao impacto dessas plataformas, é inegável que elas podem ser decisivas em uma campanha, permitindo uma comunicação rápida e eficaz, além de um alcance sem precedentes.

Whatsapp e Métodos Tradicionais

Embora o levantamento exclusivo não inclua dados sobre o número de contatos no Whatsapp, é importante não subestimar a importância dessa ferramenta. O Whatsapp é uma plataforma poderosa para a divulgação de campanhas, permitindo a comunicação direta e personalizada com os eleitores.

No entanto, o Caso de Política ressalta que os futuros candidatos não devem abandonar os métodos tradicionais de campanha, como visitas e reuniões físicas. Essas práticas continuam a ser fundamentais para estabelecer uma conexão genuína com o eleitorado.

Regras para a Campanha de 2024: Inteligência Artificial e Deepfakes

Para a campanha de 2024, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) implementou novas regras para o uso da Inteligência Artificial (IA) e proibiu o uso de deepfakes. Entre as regulamentações aprovadas, destacam-se:

  • Identificação de conteúdos manipulados por IA.
  • Restrição ao uso de chatbots e avatares na comunicação de campanha.
  • Proibição absoluta de deepfakes.

Essas medidas são consideradas essenciais pelo TSE para combater as milícias digitais e garantir a integridade do processo eleitoral. A Justiça Eleitoral agora possui instrumentos modernos e eficazes para combater desvios nas campanhas, assegurando a remoção rápida de conteúdos ilegais e a responsabilização de provedores que não cumprirem essas determinações.

Além disso, serão protegidas a liberdade de expressão de artistas e influenciadores, que poderão se manifestar politicamente de forma voluntária e gratuita. No entanto, é proibida a contratação ou remuneração para que divulguem conteúdos eleitorais.

As lives eleitorais nas redes sociais também serão regulamentadas, sendo consideradas atos de campanha e sujeitas à avaliação da Justiça Eleitoral.

Com essas novas regulamentações, a campanha eleitoral de 2024 promete ser mais transparente e justa, utilizando a tecnologia de forma responsável e ética.

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