8ª Festa Literária Internacional de Barreiras será Parque Engenheiro Geraldo Rocha

Evento acontecerá entre 22 e 24 de maio de 2025 com foco na literatura ribeirinha e ampliação do acesso à cultura

Caso de Política com Dircom – Histórias, raízes e identidade cultural se entrelaçam na 8ª edição da Festa Literária Internacional de Barreiras (Flib), que será realizada de 22 a 24 de maio de 2025 no Parque Municipal Natural Engenheiro Geraldo Rocha. A escolha do espaço reforça a proposta do evento deste ano: integrar literatura, meio ambiente e a vivência das comunidades ribeirinhas do Oeste da Bahia.

A visita técnica realizada nesta quinta-feira (13) marcou mais uma etapa no planejamento da Flib. Organizadores, curadores e representantes de instituições parceiras percorreram o parque para avaliar as estruturas e definir os espaços que receberão a programação, incluindo a Flibinha, voltada ao público infantil. Além de ser um ambiente de lazer e conservação, o local oferece condições para um evento dinâmico e acessível.

A curadoria aposta em uma programação ampla, com lançamentos de livros, oficinas, rodas de conversa e apresentações culturais. Para Anderson Breno, pró-reitor de Extensão e Cultura da Universidade Federal do Oeste da Bahia (Ufob), a escolha do tema “Literatura Ribeirinha: histórias e raízes” reflete um compromisso com a valorização do território.

O evento vai além da literatura. Ele se torna um espaço de conexão entre arte, memória e as vivências da nossa comunidade”, afirmou.

Participaram da visita Marta Juliene e Naggila Kalliny Rodrigues, da Secretaria de Cultura e Turismo; Anderson Breno, da Ufob; Marcelo Figueiredo, historiador e técnico em educação da Ufob; além de representantes da Academia Barreirense de Letras (ABL), do Instituto Federal da Bahia (Ifba) e da Escola Mirandolina Ribeiro Macêdo.

A Flib 2025 se consolida como um dos principais encontros literários da região, mantendo o compromisso de ampliar o acesso à cultura e fortalecer a identidade local. A expectativa é de que o evento traga novas perspectivas para a literatura e sua relação com o cotidiano dos barreirenses.

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‘Cuidar da visão é também cuidar da sociedade que queremos ter’

Por Gabriela Cupani, da Agência Einstein – Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, 2,2 bilhões de pessoas sofrem com algum grau de perda de visão no mundo. Dessas, 1 bilhão poderia ser prevenido ou tratado. Isso porque entre as principais causas estão a catarata e os chamados erros de refração (miopia, hipermetropia, presbiopia e astigmatismo), além de glaucoma, degeneração macular relacionada à idade e retinopatia diabética – todos problemas que podem ser identificados precocemente e tratados. Mas, para se ter uma ideia, entre as pessoas que precisam óculos, menos da metade (43%) faz uso deles, estima artigo publicado no Lancet.

No mês dedicado à conscientização sobre os diversos tipos de cegueira, o chamado Abril Marrom, a Agência Einstein conversou com Claudio Lottenberg, oftalmologista, Presidente do Conselho da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein e Presidente Institucional do Instituto Coalizão Saúde (ICOS) sobre os impactos da perda da visão e a importância do tratamento precoce.

Claudio Lottenberg – Há inúmeras causas reversíveis, mas uma das principais é a falta de óculos. Então é estarrecedor que algo tão básico leve à perda de visão e que uma medida muito simples possa reverter esse quadro. A gente deveria ter mais ações para prescrição de óculos a quem precisa. E a falta de óculos traz um impacto enorme. Nas crianças, o sistema visual amadurece desde o nascimento até a primeira infância, lá pelos 6 ou 7 anos – alguns autores consideram até os 12. Se há um problema de visão e os olhos não recebem o estímulo correto, o sistema não vai se desenvolver de forma adequada e essa criança não vai chegar a ter visão 100%. Além disso, pode haver repercussões na visão de profundidade..

Quais outros problemas reversíveis podem levar à cegueira?

O impacto cognitivo de não enxergar bem é muito grande. Às vezes o jovem tem baixo rendimento escolar porque tem um problema de visão que não foi detectado e tratado. Quem sofre de hipermetropia, por exemplo, sente muito cansaço ao ler de perto. E tudo isso aparece como problemas no rendimento escolar e de integração social.

Para um adulto é mais fácil identificar quando sente dificuldade de enxergar, mas a criança pode não entender sua dificuldade e até os motivos do seu isolamento.

Os problemas de visão refletem o perfil de sociedade que temos hoje. Por todos os motivos acima, acho que o Brasil perde muito por não tratar os vícios de refração. Cuidar da visão é também cuidar da sociedade que queremos ter.

Mais Livros: Governo quer retomar políticas públicas para leitura

Este domingo (23) é marcado pelo Dia Mundial do Livro e do Direito Autoral, data instituída há 17 anos pela Organização das Nações Unidas para a educação, a ciência e a cultura (Unesco) que surgiu em homenagem a dois nomes da literatura mundial: Miguel de Cervantes e William Shakespeare. E fazer uma nação leitora, este é o desafio do atual governo.

Em entrevista exclusiva para a Agência Brasil, o secretário de Formação, Livro e Leitura do Ministério da Cultura, Fabiano Piúba, destaca as ações de retomada das políticas para a área, assim como aponta propostas da pasta para o novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). De acordo com ele, a formação leitora dos brasileiros é uma das prioridades da gestão.

“O próprio presidente Lula, no processo de campanha, trouxe muito essa pauta quando falava menos armas e mais livros, menos clubes de tiro e mais bibliotecas. Eu creio que essa política ganha um relevo desde o fato de estar numa secretaria como também em uma agenda social e política do governo federal”, afirma.

Reduzida a uma diretoria dentro da Secretaria de Economia Criativa durante o governo Bolsonaro, a pasta recupera agora um grau institucional maior, segundo Piúba. Uma das atribuições da atual Secretaria é implementar o Plano Nacional de Livro e Leitura (PNLL), de forma articulada com o Ministério da Educação. O PNLL trata de diretrizes básicas para a democratização do acesso ao livro e para o fortalecimento de sua cadeia produtiva.

“Nós estamos com um grupo técnico específico para a construção desse PNLL e uma das linhas é a implementação e a modernização de bibliotecas, tanto da rede pública como da rede escolar”, explica o secretário.

Criar e recuperar bibliotecas

Para Fabiano Piúba, é preciso modernizar o próprio conceito de biblioteca. “Ela deve ser vista como um dínamo cultural, conforme diz a Unesco, não como um depósito de livros”, defende.

Uma das propostas para levar essa inovação adiante é a implementação das chamadas Bibliotecas Parque, atualmente em fase de estudo. Criadas na cidade de Medellín, na Colômbia, essas bibliotecas são centros culturais que desenvolvem diversas atividades educativas e lúdicas, com forte envolvimento da comunidade.

O secretário também aponta a experiência das Bibliotecas Parque do Rio de Janeiro, inauguradas nos anos de 2010 e 2011. “A gente quer desenvolver também uma ação para as Bibliotecas Parque em áreas de periferia, em áreas de vulnerabilidade, não necessariamente nas capitais”, especifica.

Outro desafio é recuperar as bibliotecas públicas fechadas nos últimos anos. Segundo o Censo Nacional das Bibliotecas Públicas Municipais (2009), empreendido pela Fundação Getúlio Vargas, 1.152 municípios não contavam com este aparelho cultural.

“Em 2010, a gente zerou o déficit de municípios sem bibliotecas. Isso era uma meta que estava vinculada à presidência da República à época”, afirma.

Segundo a pasta, atualmente faltam bibliotecas públicas em pelo menos 991 cidades brasileiras e apenas dois estados, Amapá e Sergipe, estão contemplados em todos os municípios. A ideia agora é abrir uma linha, por meio de edital, para que os municípios apresentem seus projetos.

Bibliodiversidade por princípio

Para Piúba, o fomento ao livro e à leitura deve ser pensado a partir da bibliodiversidade. Esse conceito faz referência à diversidade da produção editorial de um país.

“Uma política de aquisição e de atualização de acervos [para bibliotecas públicas] tem que compreender essa bibliodiversidade, isto é, uma diversidade regional, de editoras, mas compreendendo também que há autores e autoras independentes, além de uma diversidade cultural e étnica”.

A proposta é que as aquisições de livros para bibliotecas públicas possam abranger obras variadas e não se concentrar apenas na produção de poucas editoras da Região Sudeste, como costumava ser feito.

Também para incentivar a diversidade, a Secretaria lançou o Prêmio Carolina Maria de Jesus em abril deste ano. O edital prevê a seleção de 40 obras inéditas escritas por mulheres, destinando o valor de R$ 50 mil reais por agraciada.

“Esse edital já deu o tom do que vem por aí. Ele estabeleceu cotas importantes, 20% no mínimo para mulheres negras, 10% para mulheres indígenas, 10% para mulheres com deficiência, 5% para mulheres ciganas e 5% para mulheres quilombolas”, detalha o secretário. De acordo com ele, as políticas afirmativas também compõem as estratégias da Secretaria e seguem as diretrizes da ministra da Cultura Margareth Menezes.

PAC e livros para exportação

A Secretaria tem apresentado propostas para o novo PAC do governo federal. “Um dos projetos é que, ao receber a chave da casa [no programa Minha Casa, Minha Vida], a família receba também um kit com uma biblioteca básica de literatura brasileira, universal e infantil”, explica Piúba.

Outra proposta é retomar o programa Agentes de Leitura, que operou entre 2009 e 2011: “São jovens entre 18 e 29 anos, com ensino médio completo, que passam por um processo de seleção e formação contínua para criar ambientes favoráveis para a leitura dentro das casas, só que agora queremos conectar isso com a escola, em parceria com o MEC”. Esta seria uma ação desenvolvida no âmbito do Programa Nacional de Incentivo à Leitura (PROLER).

Literatura nacional

A promoção da literatura brasileira também está na agenda da Secretaria. Dentre as prioridades, está a participação estratégica de autores em feiras literárias internacionais importantes, como a Feira de Guadalajara e a Feira de Frankfurt, que realizam rodadas de negócios para compra e venda de direitos autorais.

“As editoras brasileiras ainda vão muito mais comprar direitos do que vendê-los e a gente quer fazer uma via de mão dupla”, explica.

Além disso, existe a expectativa de destacar recursos orçamentários para o programa de tradução de obras de autores brasileiros, coordenado pela Fundação Biblioteca Nacional. Dessa forma, a pasta espera repercutir nossa criação literária em línguas diversas.

Desafios de um país que lê pouco

Um dos desafios apontados por Piúba é a formação leitora. Publicada em 2019, a 5ª edição da pesquisa Retratos da Leitura, do Instituto Pró-Livro, revelou uma redução no percentual de leitores entre 2015 e 2019. De acordo com os dados divulgados, passamos de 104,7 milhões de leitores para 100,1 milhões – uma queda de 4,6 milhões. Além disso, o Brasil continua no patamar de quase 50% de não leitores.

“A escola brasileira não tem sido capaz de formar um leitor para a vida inteira e esse é um desafio”.

Segundo o Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf) de 2018, três em cada dez brasileiros entre 15 e 64 anos sofrem de analfabetismo funcional, isto é, não são capazes de compreender aquilo que leem.

“A criança precisa ser alfabetizada no tempo certo e os jovens têm que chegar ao ensino médio não com analfabetismo funcional, mas aptos a dar um salto maior para chegar à universidade com essa capacidade de leitura e escrita”, avalia.

Para Piúba, um eixo importante para a alfabetização plena é justamente o da formação leitora. Doutor em educação pela Universidade Federal do Ceará (UFC), ele defende que os programas de alfabetização enfatizem essa formação específica, com destaque à literatura infantil e juvenil, o que vem sendo tratado com o MEC.

“Muito mais importante do que saber quantos livros a gente lê ao ano, comparando o Brasil com outros países, é saber o que somos capazes de fazer com aquilo que se leu”, conclui.

Fonte: Agência Brasil

Homenagem ao Dia Mundial do Livro: o poder da leitura

Luís Carlos Nunes – No dia 23 de abril de 2023, o Brasil e todo o mundo celebram o Dia Mundial do Livro. Essa data é uma homenagem a uma das ferramentas mais importantes para a disseminação do conhecimento e da cultura: o livro.

Apesar da era digital e dos avanços tecnológicos, é essencial reconhecer a importância do livro como difusor de ideias e reflexão. No passado, ele foi censurado e combatido porque representava uma ameaça ao controle da informação e do status quo.

Embora a censura e a tecnologia tenham ameaçado a existência do livro, ele resistiu e, como uma Fênix, se reinventou ao longo dos anos. Ele tem o poder de transportar o leitor para outras realidades, de proporcionar sonhos e de transformar a realidade.

Em tempos de desinformação e intolerância, o livro é um valioso aliado. Através da leitura, podemos exercitar a empatia, a capacidade crítica e o respeito pelas diferenças. Além disso, é possível sonhar com um mundo melhor e trabalhar para torná-lo uma realidade.

No entanto, é importante lembrar que o livro por si só não é uma solução mágica para os problemas do mundo. As pessoas precisam estar dispostas a ler e refletir sobre o que é lido e compartilhar o conhecimento adquirido para gerar mudanças e transformações.

Em resumo, o livro é uma fonte inesgotável de conhecimento, cultura e inspiração. Ao comemorar o Dia Mundial do Livro, celebramos não apenas um objeto físico, mas todo um universo de possibilidades e transformação que ele representa.

Portanto, neste Dia Mundial do Livro, vamos celebrar a importância dessa poderosa ferramenta que nos permite viajar, sonhar e transformar o mundo.

Por isso, em homenagem ao Dia Mundial do Livro, gostaria de compartilhar um poema em celebração ao poder da leitura:

Homenagem ao Livro

No dia do livro, uma homenagem merecida
Ao objeto que nos guia e nos ensina
Que nos conduz ao conhecimento verdadeiro
E nos mostra um mundo muito mais inteiro

Páginas cheias de sabedoria e arte
Que nos levam a lugares distantes e fazem parte
De uma vida que se expande em cada leitura
E nos dá poder e liberdade sem censura

Como uma janela para o mundo
O livro nos mostra o que há de profundo e superficial
E nos leva a questionar o que é certo ou errado
A refletir sobre o que é justo ou desigual

Através de histórias e pensamentos
O livro nos ensina a agir com discernimento
A buscar sempre a verdade e a beleza
E a construir uma vida com nobreza

Assim, no dia do livro, agradeço por essa maravilhosa ferramenta de progresso que nos faz voar sem sair do lugar e nos mostra que sempre podemos nos reinventar. Afinal de contas, sem ele, eu simplesmente não seria eu!