Pablo Barrozo anuncia Paulo Baqueiro para coordenar expansão do Matopiba

O anúncio aconteceu durante o Cerrado Summit em Luís Eduardo Magalhães; engenheiro agrônomo confirmou que aceitou a missão de liderar construção de plano de ação regional

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O secretário de Agricultura da Bahia, Pablo Barrozo, anunciou na manhã desta terça-feira (15), durante o Cerrado Summit em Luís Eduardo Magalhães, que o engenheiro agrônomo Paulo Baqueiro foi convidado para coordenar a expansão do MATOPIBA – região agrícola estratégica formada pelos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. A missão de Baqueiro, segundo Barrozo, será conduzida em nome do governo estadual, com o objetivo de formular um plano de ação a ser apresentado durante a COP30, marcada para o segundo semestre em Belém (PA).

Durante seu discurso, Pablo Barrozo destacou a necessidade de uma agricultura que concilie produtividade, sustentabilidade e inclusão social. Ele frisou que a proposta será construída de forma participativa e que a escolha de Baqueiro considera sua profunda ligação com o Oeste baiano e sua trajetória técnica.

Portanto, essa é a mensagem que trago do governo do estado, do governador: estaremos cada vez mais próximos, incentivando, escutando, dialogando, mas ouvindo quem realmente entende do negócio, para produzir uma agricultura que tenha sustentabilidade, mas que olhe o lado social e o econômico”, afirmou Pablo Barrozo.

Na continuidade, Pablo Barrozo disse:

Meu amigo Paulo Baqueiro, trago aqui em primeira mão que você vai tocar com a gente esse plano. Como presidente da comissão do MATOPIBA, e você, como oestino, junto com uma equipe extremamente preparada e com a realidade da região, faremos o melhor plano possível, a quatro mãos com toda a sociedade civil organizada”, completou o secretário.

Procurado pelo Portal Caso de Política, Paulo Baqueiro confirmou que aceitou o convite feito por Pablo Barrozo. O engenheiro agrônomo, que vive há 40 anos no Oeste da Bahia, ressaltou a responsabilidade do cargo e o compromisso de conduzir o trabalho com representações de todos os estados que integram o Matopiba.

Sim, recebi o convite do secretário de Agricultura da Bahia, Pablo Barrozo, e aceitei. Sou engenheiro agrônomo, moro há quatro décadas na região oeste e conheço Pablo antes mesmo de qualquer determinação política”, disse Baqueiro.

O desafio é coordenar a construção de um plano de expansão da agropecuária, da agroindústria e da mitigação dos impactos ambientais. Será um trabalho articulado com todos os estados, ouvindo produtores, secretarias de Agricultura e de Meio Ambiente, para que tenhamos um plano que possa ser apresentado de forma unificada ao governo federal”, explicou.

Paulo Baqueiro é esposo da vereadora de Barreiras, Diciola (União Brasil), parlamentar ligada à base de sustentação do prefeito Otoniel Teixeira. A nomeação dele para um posto estratégico dentro da articulação interestadual do governo Jerônimo Rodrigues pode ser interpretada como um movimento de aproximação entre alas do governo municipal de Barreiras e a gestão estadual.

O gesto político sinaliza, nos bastidores, a tentativa de criar pontes entre lideranças locais e a administração estadual, em meio a um cenário de tensões e realinhamentos políticos no Oeste baiano.

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Bahia domina lista dos municípios mais ricos do MATOPIBA

Com quatro cidades entre as 40 maiores do agro no Brasil, oeste baiano lidera produção na região e confirma nova geografia da riqueza agrícola nacional

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Ao final de 2024, o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) divulgou a lista dos 100 municípios com maior valor de produção do agronegócio em 2023, com base nos dados da Produção Agrícola Municipal (PAM) do IBGE. O levantamento revelou que esses municípios foram responsáveis por R$ 260 bilhões do total de R$ 814,5 bilhões movimentados pela agropecuária brasileira no ano.

Entre os destaques nacionais, o MATOPIBA – região que reúne áreas do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia – consolidou seu protagonismo como nova fronteira agrícola do país. A Bahia se sobressaiu entre os estados do bloco, com quatro municípios do oeste baiano entre os 100 mais ricos: São Desidério (2º no ranking nacional), Formosa do Rio Preto (7º), Barreiras (25º) e Luís Eduardo Magalhães (32º).

Confira o ranking dos 10 municípios do MATOPIBA com maior valor de produção agrícola em 2023 (em ordem crescente de posição no ranking nacional):

  1. São Desidério (BA): 2º lugar no ranking nacional, com R$ 7.789.575 (7,79 bilhões)
  2. Formosa do Rio Preto (BA): 7º lugar no ranking nacional, com R$ 5.789.526 (5,79 bilhões)
  3. Baixa Grande do Ribeiro (PI): 22º lugar no ranking nacional, com R$ 3.221.423 (3,22 bilhões)
  4. Barreiras (BA): 25º lugar no ranking nacional, com R$ 3.116.859 (3,12 bilhões)
  5. Correntina (BA): 28º lugar no ranking nacional, com R$ 3.027.527 (3,03 bilhões)
  6. Luís Eduardo Magalhães (BA): 32º lugar no ranking nacional, com R$ 2.705.861 (2,71 bilhões)
  7. Uruçuí (PI): 38º lugar no ranking nacional, com R$ 2.435.233 (2,44 bilhões)
  8. Riachão das Neves (BA): 48º lugar no ranking nacional, com R$ 2.096.875 (2,09 bilhões)
  9. Balsas (MA): 55º lugar no ranking nacional, com R$ 1.959.781 (1,96 bilhões)
  10. Tasso Fragoso (MA): 56º lugar no ranking nacional, com R$ 1.820.901 (1,82 bilhões)

São Desidério (2º no ranking nacional), com valor de produção agrícola estimado em R$ 7,8 bilhões, ocupa o primeiro lugar no Matopiba, alavancado especialmente pela soja, milho e algodão. Formosa do Rio Preto (7º no ranking), outro destaque do oeste baiano, segue como um dos maiores produtores de soja e algodão do Brasil. Barreiras (25º no ranking) também figura entre os 100 mais ricos, além de ter sido apontada como a melhor cidade do país para negócios no setor agropecuário, segundo levantamentos independentes. Luís Eduardo Magalhães (32º no ranking) se firma como a capital do MATOPIBA, reunindo tecnologia agrícola, infraestrutura logística e alto volume de produção de grãos.

Além da Bahia, Baixa Grande do Ribeiro no Piauí contribui para este cenário. O Maranhão contribui com Uruçuí e Tasso Fragoso. Riachão das Neves completa o decaimento baiano entre os 10 municípios mais ricos e com maior produção do Matopiba.

Com 337 municípios, o Matopiba concentra lavouras modernas e extensas, que combinam inovação tecnológica e expansão sobre áreas do cerrado. A força do oeste baiano nesse cenário revela uma reorganização da geografia do agronegócio no país, com a Bahia assumindo papel central em volume de produção e geração de riqueza.

Os dados indicam que os municípios do Matopiba cultivaram parte expressiva dos 33,1 milhões de hectares colhidos pelos 100 municípios líderes, o que corresponde a 34,5% da área agrícola total do país. Os principais produtos seguem sendo soja, com R$ 348,6 bilhões, e milho, com R$ 101,8 bilhões — ambos pilares da economia agrícola do bloco.

O domínio do oeste baiano no Matopiba confirma uma tendência de interiorização da riqueza agrícola brasileira. Com destaque em produtividade e eficiência, cidades como Luís Eduardo Magalhães assumem não apenas liderança econômica, mas também papel simbólico no novo eixo do agronegócio nacional.

Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) / Produção Agrícola Municipal (PAM) – IBGE – 2023

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Bahia Farm Show 2025 chega a 95% do espaço comercializado

A feira agrícola transformará Luís Eduardo Magalhães (BA) entre os dias 9 a 14 de junho na capital nacional da tecnologia agrícola

A Bahia Farm Show, uma das maiores e mais importantes feiras agrícolas do Brasil, está chegando com grandes expectativas de negócios e difusão de conhecimento e tecnologia. A apenas três meses do seu início, o evento chega a 95% do espaço destinado às empresas expositoras comercializado. Com o tema “Agro Inteligente, Futuro Sustentável”, a 19ª edição da feira pretende, mais uma vez, ser a grande vitrine de novas tecnologias e soluções para o setor agrícola, ampliando as parcerias e negócios entre expositores, agentes financeiros e agricultores.

O grande interesse dos expositores é reflexo da confiança depositada na feira e da projeção do agronegócio da Bahia e do Matopiba”, afirma o presidente da Bahia Farm Show, Moisés Schmidt. “Na área externa, os espaços estão praticamente fechados com as tradicionais revendas que trazem as grandes máquinas agrícolas e insumos, como sementes e, que sempre destacam o que há de mais moderno com as melhores condições de negócio”, reforça Schmidt, que também é o presidente da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba).

No pavilhão coberto, a feira agrícola tem ganhado espaço para startups com soluções em inteligência artificial, automação, energia renovável e agricultura de precisão, que prometem aumentar a eficiência e otimizar os custos no campo. “Temos também uma área dedicada às inovações sustentáveis, com tecnologias que agregam em todas as etapas do negócio, na produção, gestão de pessoas, logística e comercialização da safra”, afirma Schmidt.

Com uma infraestrutura que só cresce e com uma operação que se aperfeiçoa a cada edição, os expositores e visitantes da Bahia Farm Show terão acesso a um complexo com ruas asfaltadas, com parte delas cobertas, auditórios climatizados, pista de test drive, áreas de alimentação, espaço para as crianças e amplo estacionamento com capacidade para mil vagas. Em 2024, o evento ocupou 246 mil metros quadrados, reunindo 434 empresas expositoras e representando mais de mil marcas de produtos e serviços voltados ao agronegócio.

Durante os cinco dias de feira, também serão realizados leilões de gado de corte, demonstrações e lançamentos de produtos, palestras, oficinas, treinamentos e espaço destinado à comercialização de produtos da agricultura familiar. A Bahia Farm Show 2025 é uma realização da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), com o apoio da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), Fundação de Apoio à Pesquisa e Desenvolvimento do Oeste Baiano (Fundação Bahia) e Associação dos Revendedores e Representantes de Máquinas, Equipamentos e Implementos Agrícolas do Oeste da Bahia (Assomiba).

SERVIÇO:

Bahia Farm Show 2025

Data: 9 a 14 de junho

Local: Complexo Bahia Farm Show – BA 020/242, km 535, Luís Eduardo Magalhães – Bahia

Mais informações: www.bahiafarmshow.com.br

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Em audiência tensa, ANTT debate FICO FIOL e traçado centrado no oeste baiano em meio a disputas políticas regionais

Sessão da ANTT em Brasília escancara divergências sobre a Ferrovia Oeste Leste e o traçado que corta a Bahia, enquanto governo busca equilibrar interesses regionais e viabilidade do projeto

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A audiência pública da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) sobre a concessão da Ferrovia de Integração Centro-Oeste (FICO) e da Ferrovia de Integração Leste-Oeste (FIOL) foi palco de intensos debates nesta terça-feira (11), em Brasília. Em pauta, as implicações do projeto para o desenvolvimento do país, a sua viabilidade econômica e, principalmente, a definição do traçado, elemento central de uma acirrada disputa política e econômica que envolve o futuro do oeste baiano. As próximas sessões da audiência, em Salvador (12/03) e Cuiabá (14/03), prometem ampliar a discussão e trazer novas perspectivas sobre a questão.

Robson Crepaldi, Ouvidor da ANTT, coordenou a sessão, que contou com a participação de Leonardo Ribeiro, Secretário Nacional de Transporte Ferroviário, Marcelo Fonseca, Superintendente de Concessão de Infraestrutura da ANTT, Huber Tokunaga, Presidente da audiência, e Diogenes Alvares, Superintendente de Projetos Ferroviários da Infra S.A.

Ribeiro enfatizou a importância estratégica do corredor Leste-Oeste FICO Fiol para a segurança alimentar global, justificando a reavaliação do traçado como forma de atrair o interesse do setor privado. Marcelo Fonseca detalhou os objetivos, estudos técnicos e o modelo regulatório, destacando que a integração com a Ferrovia Norte-Sul visa criar um “cruzamento” no país, dividindo-o em quadrantes e otimizando a logística nacional.

O vereador Rider Castro, da Câmara Municipal de Barreiras, expressou o apoio da região à implantação da FIOL, destacando a importância da ferrovia para o desenvolvimento regional:

“Em Barreiras, e em toda a região, aguardamos ansiosamente a concretização da Fiol. Reconhecemos a sua importância não apenas para o Brasil, mas especialmente para o nosso oeste baiano, um grande produtor de grãos. Esperamos que, em breve, a ferrovia esteja em plena operação, impulsionando a nossa logística e o desenvolvimento de toda a região.”

Entretanto, a aparente convergência de opiniões daria lugar a questionamentos e divergências. Fernanda Rodrigues levantou dúvidas sobre a viabilidade econômica do projeto, alertando para as dificuldades da Bamin e o possível desinteresse da Vale em investir na ferrovia. Suas declarações sinalizaram uma preocupação com a sustentabilidade financeira do projeto.

“Após analisar os documentos, vejo um edital comprometido, distante da realidade do setor. A modelagem da FICO Fiol se baseia em premissas frágeis e ignora riscos que podem condenar o projeto ao fracasso. A situação da Bamin é alarmante: não consegue concluir a Fiol 1 nem o Porto Sul, essenciais para o escoamento da ferrovia. Sem essa conexão eficiente com o litoral, como garantir a viabilidade econômica?

A possível aquisição da Bamin pela Vale adiciona mais incerteza. Se a Vale condicionar a compra à paralisação do FICO 1, a concessão se torna insustentável. E o Porto Sul em Ilhéus… Insistir nessa construção em uma área turística e ecologicamente sensível é uma aberração logística e ambiental! Não há precedentes de sucesso sem um porto funcional.

Diante disso, os riscos são altíssimos, afastando investidores e comprometendo o sucesso da concessão. É preciso rever urgentemente essa modelagem, sob pena de vermos mais um megaprojeto ferroviário fracassar por falta de realismo econômico e planejamento adequado.”

Oziel Oliveira, ex-prefeito de Luís Eduardo Magalhães, que teve participação on-line, expressou uma visão divergente, defendendo a manutenção do projeto original, com o Porto Seco em Barreiras e a ligação com o Porto de Ilhéus. Em sua fala, Oziel Oliveira declarou:

“É importante que o Porto Seco, que está estabelecido já no projeto original que é no município de Barreiras, que atende toda essa dinâmica já instalada da indústria. […] Nós precisamos primeiro da condição de ter o Porto Seco, aqui no município de Barreiras, que já tá definido o projeto e também do Porto Sul”.

O ex-prefeito enfatizou a importância do Porto Seco para o desenvolvimento da indústria local e a ligação com o Porto de Ilhéus como essencial para o escoamento da produção regional. Essa defesa explicita a disputa de interesses entre os municípios do oeste baiano e a articulação de forças políticas e econômicas para influenciar o projeto.

Outras vozes se fizeram ouvir na audiência. Edeon Vaz Ferreira (Apro Soja) defendeu um modelo de concessão mais competitivo. Daniel Monteiro Ferreira questionou a obrigatoriedade de investimento na Fiol 3, propondo uma reavaliação do projeto. Daniel Keller (Una Partners) expressou preocupações com as incertezas e riscos, sugerindo a necessidade de maior segurança jurídica para atrair investidores.

A polêmica sobre o traçado da Fiol também veio à tona, com alguns participantes defendendo um projeto que atendesse aos interesses de outras regiões. Embora as críticas não tenham sido direcionadas explicitamente ao oeste baiano, elas evidenciam a existência de diferentes visões sobre o futuro da ferrovia e a necessidade de equilibrar os interesses regionais.

Em resposta aos questionamentos, os representantes da ANTT e do Ministério dos Transportes reafirmaram o compromisso de analisar as sugestões apresentadas. Uber Tokunaga ressaltou o caráter inovador do projeto, com a incorporação de mecanismos de mitigação de risco, enquanto Marcelo Fonseca enfatizou a importância do debate para aprimorar o projeto e garantir o seu sucesso.

As próximas audiências em Salvador e Cuiabá prometem trazer novas perspectivas para o debate, enriquecendo a análise das questões técnicas, econômicas e políticas que envolvem a FICO Fiol. A expectativa é que a ANTT consiga construir um modelo de concessão que seja viável, sustentável e que impulsione o desenvolvimento do país, sem negligenciar os interesses do oeste baiano.

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Agricultores são multados em R$ 66 milhões por desmatamento em áreas embargadas

Operação apreende maquinário e reforça combate ao avanço ilegal no Cerrado, berço das águas do Brasil

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Mais de R$ 66 milhões em multas, 18 máquinas agrícolas apreendidas e uma nova demonstração da urgência de proteger o Cerrado. Assim se encerrou a Operação Nova Fronteira, realizada pelo Ibama com apoio da Polícia Militar Ambiental e fiscais da Fundação Natureza do Tocantins (Naturatins), entre os dias 11 e 13 de novembro. A ação foi voltada ao combate de desmatamento ilegal em áreas embargadas na região do Matopiba, abrangendo Dianópolis e Mateiros (TO) e Formosa do Rio Preto (BA).

De acordo com o Ibama, os produtores autuados utilizavam terras previamente interditadas para cultivo de grãos, desrespeitando embargos e impedindo a regeneração natural do bioma. Foram flagrados oito tratores, quatro pulverizadores e seis plantadeiras operando nas áreas em desacordo com a legislação ambiental.

Desmatamento em alta no Cerrado

O Cerrado, conhecido como o “berço das águas” do Brasil, abriga nascentes que alimentam seis das oito principais bacias hidrográficas do país e é considerado um dos biomas mais ameaçados. Entre agosto de 2022 e julho de 2023, o desmatamento na região cresceu 3%, segundo dados do Prodes, alcançando a destruição de 11.011,7 km² do bioma.

Grande parte dessa devastação se concentra no Matopiba — que abrange o sul do Maranhão, todo o Tocantins, o sul do Piauí e o oeste da Bahia. A área, classificada como nova fronteira agrícola do país, registrou 72% de todo o desmatamento do Cerrado no último período monitorado.

Ações intensificadas contra práticas ilegais

Os agentes de fiscalização enfatizaram que a reincidência no uso irregular de terras embargadas é uma preocupação crescente.

“A aplicação de penalidades tão expressivas visa inibir a continuidade dessas práticas e proteger o equilíbrio ambiental da região”, afirmou uma fonte do Ibama.

Além de prejuízos ambientais, o avanço do agronegócio em terras proibidas reflete o desafio de alinhar a expansão econômica à preservação de recursos naturais estratégicos. O Cerrado não é apenas um celeiro agrícola, mas também um reservatório de biodiversidade essencial para o equilíbrio climático e hídrico do Brasil.

Os nomes dos responsáveis pelas áreas autuadas não foram divulgados, e a defesa dos envolvidos não foi localizada para comentar. A Operação Nova Fronteira exemplifica um esforço mais robusto na fiscalização ambiental, uma resposta à escalada de crimes ambientais em uma das regiões mais pressionadas do país.

Com informações do G1 e Ibama

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Parque Vida Cerrado: Projeto de reabilitação de lobos-guará no Oeste baiano realiza mais uma soltura em vida livre 

A soltura da lobo-guará Jurema ao seu habitat ocorreu no dia 4 de abril. Com essa ação, o projeto em parceria com o agro – que está em sua segunda edição e iniciou em 2020 – contabiliza a sua terceira reabilitação bem-sucedida

O Parque Vida Cerrado – primeiro e único centro de conservação da biodiversidade, pesquisa e educação socioambiental da região, idealizado pela Galvani Fertilizantes, promoveu, com o apoio de parceiros, mais uma importante etapa do projeto que está em sua segunda edição: a soltura da lobo-guará Jurema à natureza. A ação, realizada nos dias 3 e 4 de abril, reforça os esforços para conservação da espécie e reafirma o êxito do programa, que associa propostas de conservação do Cerrado a uma agricultura responsável e engajada. O Parque é responsável pela execução do protocolo de reabilitação e soltura de lobos-guará em vida livre no Oeste da Bahia, em parceria com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

A bióloga e coordenadora do Parque, Gabrielle Bes da Rosa, explica que o momento é extrema importância para o manejo e a conservação da espécie, que está ameaçada de extinção na região.

“Esta é a nossa terceira experiência. Em 2021, reabilitamos e soltamos os primeiros animais (Caliandra e Baru). Em abril do ano passado, renovamos o contrato para realização da segunda edição do projeto, iniciando ali a transferência da Jurema para o recinto de reabilitação. Um ano depois, ela está apta para ser devolvida à natureza: expressa comportamentos de forrageamento, caça e demarcação de território – característicos da espécie. Temos certeza de que essa soltura será novamente um sucesso, assim como foi com a Caliandra, que permanece em vida livre e já se reproduziu”, destaca.

Ainda de acordo com Rosa, todo esse aprendizado e experiência são de grande importância, pois os resultados gerados vão se somar a outras iniciativas e tornar o protocolo uma referência para todas as regiões de ocorrência da espécie e beneficiar outros canídeos silvestres. “É importante lembrar que tal protocolo é urgente e beneficiará não apenas um animal, mas toda a espécie que, inclusive, está ameaçada de extinção em nossa região”, reforça.

Para o porta-voz das patrocinadoras oficiais do projeto (Sementes Oilema, Irmãos Gatto Agro e Condomínio Agrícola Santa Carmem), Celito Missio, o projeto demonstra o comprometimento do agronegócio com a sustentabilidade ambiental.

“Estamos imensamente honrados por abrigar o recinto e participar da realização desse protocolo inédito e de grande importância que beneficiará toda uma cadeia, possibilitando que animais possam ser devolvidos para a natureza. Da nossa parte temos aprendido muito a olhar a nossa cadeia produtiva e como podemos ter processos mais justos com a fauna local. O agronegócio tem consciência de sua responsabilidade e nesse projeto nós demonstramos que é possível produzir com sustentabilidade, mantendo-se um ambiente favorável à fauna e flora do bioma, deixando um legado para as futuras gerações”, avalia.

O processo de reabilitação

O processo para reabilitação inicia-se com a chegada do lobo-guará às dependências do criadouro conservacionista do Parque Vida Cerrado e tem continuidade com a transferência para o recinto de reabilitação em Área de Preservação Permanente (APP) da propriedade rural parceira do projeto (Irmãos Gatto Agro, em Barreiras). Neste local, o animal permanece pelo período de, no mínimo, dez meses, com disponibilização de abrigo e oferta diária de água e alimentação. Além disso, o recinto conta com condições adequadas para propiciar uma transição bem-sucedida. Com 3 mil m², o recinto de treinamento está totalmente imerso no Cerrado e permite que o animal esteja em contato com a realidade que vai encontrar. A propriedade escolhida é referência na adoção de diversas práticas sustentáveis e dispõe de árvores e arbustos com frutas da região que estão entre as preferidas dos lobos-guará, bem como paisagem característica com a presença de presas naturais, como pequenos mamíferos, aves, lagartos e anfíbios.

Nesse local, o animal é monitorado por câmeras trap para avaliar a evolução comportamental, com especial atenção ao aprimoramento das técnicas de captura. Além disso, o isolamento do recinto permitiu a diminuição do imprinting à presença humana, o ajuste ao horário de atividade e o reconhecimento dos demais animais de vida livre presentes na região. Por se tratar de uma espécie territorialista, esse processo busca minimizar os possíveis conflitos. A soltura para a vida livre ocorre de forma gradativa, até que se perceba a total independência do recinto, que permanecerá aberto nos primeiros dias, garantindo o sucesso adaptativo da soltura.

O Projeto

Realizado pelo Parque Vida Cerrado, o projeto de reabilitação de filhotes de lobos-guará para vida livre no Cerrado do Oeste baiano teve início em 2020, com apoio das empresas Sementes Oilema, Irmãos Gatto Agro, Condomínio Agrícola Santa Carmem e Galvani Fertilizantes, após tratativas entre o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (INEMA), para receber três filhotes órfãos de lobos-guará (Caliandra, Seriguela e Baru) e conduzir o desenvolvimento de um protocolo para reabilitação e posterior soltura dos animais no meio ambiente. Na sua segunda edição, o projeto alcançou a marca de sua terceira reabilitação e soltura, contando ainda com o valioso apoio técnico e científico do ICMBio/CENAP.

O Parque Vida Cerrado

Fundado em 2006, como resultado de uma iniciativa da Galvani Fertilizantes – sua principal mantenedora, o Parque Vida Cerrado mantém um Centro de Excelência em Restauração com ampla expertise no bioma Cerrado, um núcleo para realização de projetos e atividades socioambientais e um criadouro científico para fins de conservação de animais silvestres. Em 18 anos de atuação, distribuiu milhares de mudas para reflorestamento urbano e rural, capacitou centenas de coletores de sementes nos assentamentos, envolveu mais de 30 mil pessoas em suas ações e reproduziu, com sucesso, mais de 40 animais silvestres.

Sobre a Galvani

Empresa 100% brasileira que atua no setor de fertilizantes desde a década de 1960. É líder em produção e distribuição de fertilizantes fosfatados no Matopiba, região agrícola que compreende os estados de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Possui unidades de mineração e beneficiamento em Angico dos Dias e Irecê, um complexo industrial em Luís Eduardo Magalhães, todos na Bahia, e escritórios corporativos em Campinas (SP) e na capital paulista.

Sobre a OILEMA

A Oilema Comércio de Sementes LTDA é uma empresa brasileira que atua no ramo de comercialização de sementes de soja e sorgo. Fundada em 1998, a empresa se destaca no mercado pela qualidade dos seus produtos e pelo compromisso com a inovação e sustentabilidade. Seu foco principal é fornecer sementes de alta qualidade para agricultores e empresas do setor agrícola, contribuindo para o desenvolvimento da agricultura no Brasil. Além disso, a empresa busca constantemente expandir sua atuação e investir em tecnologias que promovam a produtividade e a eficiência no campo.

Em Brasília, prefeito Neo Araújo participa de debates sobre estratégicas para o desenvolvimento agroindustrial do Matopiba

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O prefeito Neo Araújo, de Formosa do Rio Preto, esteve presente na primeira reunião do Comitê Gestor do Plano de Desenvolvimento Agropecuário e Agroindustrial do Matopiba, realizada nesta terça-feira, dia 26, em Brasília. Organizado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), o encontro contou com a participação de representantes dos estados do Tocantins, Maranhão, Piauí e Bahia, sendo este último notável pela abrangência do Oeste baiano.

O Matopiba, região de considerável potencial agrícola, tem experimentado um notável aumento na produção de grãos, desempenhando um papel vital na economia nacional. Nesse contexto, o estabelecimento do Comitê Gestor visa formular um plano estratégico para o desenvolvimento agropecuário e agroindustrial, buscando promover políticas públicas que impulsionem o crescimento regional de maneira responsável e sustentável, visando melhorar as condições de vida da população local.

Além de representar o Executivo de Formosa do Rio Preto, Neo Araújo assume o papel de representante titular do município baiano neste comitê de importância crucial. Expressando sua gratidão pela confiança depositada pelo Ministro Carlos Fávaro, o prefeito reiterou seu compromisso em contribuir para o sucesso deste projeto.

“Agradeço aos representantes do Ministério da Agricultura e Pecuária, aos colegas do poder executivo e da sociedade civil envolvidos e atuantes nessa nobre causa”, ressaltou Neo Araújo.

O gestor de Formosa também fez questão de expressar sua gratidão ao presidente do comitê, Oziel Oliveira, Coordenador Geral de Apoio às Superintendências do Ministério da Agricultura, pelo convite estendido.

A participação ativa do prefeito Neo Araújo neste comitê vital reflete o compromisso de sua gestão com o desenvolvimento sustentável e a promoção do bem-estar não só de Formosa do Rio Preto, mas de toda a região do Matopiba.

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Não se aperreie Vacilino, filho de Tonho, de Zé de Dodó – por Luís Carlos Nunes

Corre aos quatro ventos deste sertão sertanejado que um certo chefe-político lá pelas bandas do Matopiba, em terra onde gorjeiam os sabiás, encontra-se extremamente aperreado com parcela da opinião pública que, por meio de memes questionáveis e frases controversas, invadiram os grupos de “zap-zap” questionando a sua habilidade política e sua reputação ilibada.

Embora seja verdade que, de vez em quando, o magnânimo prócer busca acalmar os ânimos daqueles que se manifestam livremente nos feirões deste pequeno retalho de “Aphriké”, ameaçando chamar as forças de repressão para silenciar os que ousam expor suas rebeldias e revoltas, desta vez suas motivações para tanta aporrinhação não são insignificantes como o mero direito de se expressar em local supostamente indevido.

O tal prócer está tão estupefato que chega a ficar roxo de raiva e declarou que tomará as medidas cabíveis!

Já ordenei a minha inestimável banca jurídica para que tome diligência e rume para conversa ao pé de ouvido com a autoridade policial desta jurisdição teritorial para que seja aberto um “litígio litigioso” para que o honorável togado sumária, sumaríssimamente decrete a condenação destes. Assim, aqueles que me difamam e me causam gastura, sentirão os rigores da lei vigente em nosso Brasil varonil!”

O que indigitado discricionário-mor não se apercebe em toda a sua sapiência, é o que qualquer matuto, analfabeto desde a sétima geração, já sabe desde a sua mais tenra infância.

Como diz o antigo ditado popular:

“Num adianta dá cabença prás coisa que num nos pertence! Mais vale zelar do nosso próprio chão, que nem a planta na roça: se moiá, vai brotá fartura!”

O bulício que se coloca é esse, a questão shakespeariana do “Ser ou Não Ser”.

Na tentativa de desnudar a fantástica sabedoria popular, transmitida de geração em geração, se consultássemos um de seus maiores expoente, Patativa do Assaré, ele certamente responderia filosoficamente e enigmaticamente exibindo uma das suas maiores obras literárias:

“Cante lá que eu canto cá!”

Com esta dica do nosso Camões do Agreste, o provérbio matuto, “Num adianta dá cabença prás coisa que num nos pertence! Mais vale zelar do nosso próprio chão, que nem a planta na roça: se moiá, vai brotá fartura!” se torna ainda mais cristalina: “não se deixe abalar por acusações infundadas, ohhhhh nobre prócer, mantenha a calma e cuide de sua pressão”.

Há, também, um outro “causo” oriundo da cultura popular que serve como exemplo e conselho para que as ofensas injustas não lhe afetem como uma tatuagem na pele.

A história envolve um veredeiro chamado Vacilino, conhecido como o melhor tirador de leite das redondezas onde morava. Vacilino, filho de mãe solteira, nunca teve notícias de seu pai. Pessoa mansa, respeitadora, devoto do Sagrado Coração de Jesus, sempre sorridente, e só ficava bravo por uma coisa. Ele não suportava ser chamado de Vacilino, filho de Tonho que era filho de Zé que era filho de Dodó!

Segundo a lenda, Dodó era um cabra robusto, comedôzinho de rapadura e com uma barriga saliente, pai de Zé que era pai de Tonho. Dodó era conhecido por ser um homem festeiro, gostava de tomar uma brejeirinha enquanto saboreava cajus. Sua reputação não era das melhores, pois diziam que Dodó “era gordo do alheio”!

Convenhamos, eita adjetivozinho enfastioso e desagradável!

Vacilino ficava tão irritado em ser associado a Tonho de Zé de Dodó que, por vezes, ficava roxo tal qual um cururu inchado.

As proles zangavam Vacilino, não faltava um, eram as carolas, os pés-inchados na porta das bodegas, as moças de capricho nas janelas e dizem que até o padre! Todos que ver Vacilino aloprado e espumando pelas ventas.

Conselhos não adiantavam, mas eram dados, Calma Vacilino, não vacile porque abuso quando não lhe pertence só pega se tomar como seu!

Mas o conselho que fica é, “cuidado para que tu também não se torne Vacilino, filho de Tonho, filho de Zé que é filho de Dodó que é que era pai de Zé que era pai de Tonho suposto pai de Vacilino”.

P.S. Qualquer semelhança com a realidade é (ou pode ser) mera coincidência.

Ahhhhh!!!! Um último conselho. Se alguém que conhece  Vacilino, filho de Tonho, que é filho de Zé que é filho de Dodó estiver lendo esta singela resenha, avise-o de evitar ouvir: Tatuagem de Chico Buarque!

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