Real lidera valorização global e registra maior alta frente ao dólar em 29 meses

Moeda brasileira supera 32 divisas internacionais após decisão de Trump adiar tarifas sobre importados, enquanto mercado reage à retomada pós-feriado e à redução de incertezas

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O real registrou na quarta-feira (5) a maior valorização global frente ao dólar, encerrando o dia com alta de 2,72% e cotado a R$ 5,755. A queda da moeda norte-americana representou o maior recuo percentual em 29 meses, desde outubro de 2022, quando o dólar caiu 4,03% em meio ao período eleitoral.

O movimento ocorre após dias de forte oscilação no mercado financeiro. Antes do feriado de Carnaval, na sexta-feira (28), o dólar havia atingido R$ 5,918, no maior patamar desde janeiro, acumulando alta semanal de 3,25% e avanço de 1,39% no mês. O cenário começou a mudar com a decisão do governo de Donald Trump de adiar em um mês as tarifas sobre carros importados do México e do Canadá, reduzindo pressões sobre moedas emergentes, incluindo o real.

A reversão da tendência de alta do dólar também reflete a retomada do apetite por risco no mercado. Operadores voltaram a investir em ativos brasileiros, impulsionados pelo alívio nas tensões comerciais e pela reabertura da Bolsa após o feriado. Especialistas destacam que, apesar da valorização expressiva, a volatilidade cambial permanece como um fator de atenção, uma vez que o câmbio segue influenciado por fatores externos, como a política monetária dos Estados Unidos.

A desvalorização do dólar tem efeitos diretos sobre a economia brasileira, reduzindo os custos de importação e aliviando pressões inflacionárias em setores dependentes de insumos estrangeiros. No entanto, economistas alertam que o movimento pode ser temporário, dependendo dos próximos desdobramentos da política econômica global e das sinalizações do Federal Reserve sobre os juros nos EUA.

Com o real assumindo a liderança entre 32 moedas globais, o cenário abre espaço para novos ajustes no câmbio, enquanto investidores monitoram os desdobramentos no cenário externo e suas repercussões no Brasil.

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Guerra comercial de Trump causa inflação imediata nos EUA

Tarifas sobre importações de parceiros comerciais geram alta de preços em alimentos, combustíveis e automóveis, impactando o bolso do consumidor americano e gerando incertezas na economia

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A população dos Estados Unidos já sente os efeitos das tarifas impostas pelo governo de Donald Trump sobre produtos importados do Canadá, México e China. Anunciadas na terça-feira (4) sob o lema “Make America Great Again”, as medidas visam, segundo o presidente, fortalecer o mercado interno e impulsionar a produção nacional. No entanto, o aumento nos preços de produtos essenciais tem pesado no bolso dos consumidores.

Economistas apontam que, após um breve período de otimismo pós-eleitoral, os consumidores demonstram pessimismo crescente em relação à economia do país. Um levantamento do Instituto Peterson de Economia Internacional estima que o “tarifaço” pode representar um custo adicional de mais de US$ 1,2 mil (cerca de R$ 7 mil) por ano para a família norte-americana média.

A empresa de análise de mercado InMarket revelou que os consumidores estão trocando marcas tradicionais por opções mais baratas e diversificando os locais de compra para encontrar melhores ofertas. Até mesmo os consumidores de renda mais alta têm recorrido a marcas econômicas para itens como água engarrafada, vegetais congelados, aves, ovos e queijos.

As novas taxas incluem um aumento de 25% sobre produtos do Canadá e do México, além de uma tarifa adicional de 10% sobre produtos chineses, atingindo diretamente aliados estratégicos dos EUA e provocando ameaças de retaliações comerciais.

Segundo Brian Cornell, CEO da rede varejista Target, os consumidores notarão rapidamente a alta de preços em frutas e hortaliças importadas do México, como morangos, bananas e abacates. Dados apontam que os preços dos alimentos subiram 28% desde 2020, com um salto de 0,5% apenas entre dezembro e janeiro, a maior alta mensal em mais de dois anos.

Na região da Nova Inglaterra (Maine, Vermont, New Hampshire, Massachusetts, Connecticut e Rhode Island), o preço da gasolina deve subir entre 20 e 40 centavos por galão nos próximos dias, segundo Patrick De Haan, analista-chefe da GasBuddy, devido à dependência de refinarias canadenses para abastecimento de combustíveis e óleo de aquecimento.

O setor automobilístico também será severamente afetado. Os novos impostos impactam a importação de veículos prontos, motores, transmissões e componentes essenciais para a produção de carros nos EUA, que já estão próximos de níveis recordes. A General Motors, maior montadora dos EUA, será uma das mais prejudicadas, pois cerca de 40% de seus veículos na América do Norte são produzidos em fábricas no Canadá e no México.

O secretário de Comércio, Howard Lutnick, sugeriu que o governo estuda reverter algumas das tarifas aplicadas ao Canadá e ao México, sem fornecer detalhes sobre possíveis flexibilizações.

Diante das incertezas, empresas estão reduzindo contratações, os pedidos na indústria manufatureira caíram e a compra de imóveis desacelerou, indicando um cenário econômico cada vez mais instável.

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Trump amplia guerra comercial e mira Europa com novas tarifas

Após taxar Canadá, México e China, presidente dos EUA confirma que União Europeia será o próximo alvo

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou nesta sexta-feira (31) que pretende impor tarifas sobre produtos da União Europeia. A declaração foi feita durante uma entrevista no Salão Oval, em um momento em que tarifas de 25% sobre importações do Canadá e do México, além de 10% sobre produtos chineses, entram em vigor.

Questionado sobre a possibilidade de ampliar as tarifas para a Europa, Trump respondeu de forma enfática:

“Vou impor tarifas à União Europeia. Você quer uma resposta verdadeira ou uma resposta política?”, disse, antes de completar com um sonoro “Absolutely” (com certeza).

A ameaça já era esperada por líderes europeus, que vinham se preparando para uma resposta à crescente ofensiva comercial dos EUA. Olli Rehn, presidente do Banco Central Europeu (BCE), alertou que a União Europeia precisa acelerar acordos de livre comércio para conter os impactos das tarifas americanas, destacando o Mercosul como um parceiro estratégico.

UE se mobiliza e reforça laços com o Mercosul

O aprofundamento da guerra comercial preocupa os europeus, que temem prejuízos à economia da Zona do Euro. Olli Rehn reforçou a importância de ratificar o acordo comercial com o Mercosul antes que países como o Brasil fortaleçam laços com a China.

Democracias da América Latina são parceiros naturais da Europa. Precisamos agir rapidamente para garantir que esses laços se solidifiquem antes que a região volte sua atenção para outros mercados”, afirmou Rehn.

O dirigente do BCE garantiu que a União Europeia não pretende ficar de braços cruzados e já trabalha em estratégias para mitigar as ameaças tarifárias dos EUA.

Acreditamos que o bom senso pode prevalecer, mas, se necessário, estamos preparados para reagir”, destacou.

Novas tarifas americanas incluem aço, alumínio e petróleo

Além da taxação sobre Canadá, México e China, Trump anunciou que os EUA também vão impor tarifas sobre aço, alumínio e cobre, com implementação prevista para fevereiro. Produtos como chips de computador, itens farmacêuticos e petróleo também devem ser afetados.

Segundo o presidente americano, as novas tarifas sobre o aço entram em vigor no dia 18 de fevereiro. Ele minimizou os riscos de inflação e de impacto nas cadeias globais de suprimentos, sustentando que a estratégia fortalecerá a economia dos EUA.

O impacto das tarifas vai nos tornar muito ricos e fortes”, afirmou Trump, demonstrando pouco receio sobre possíveis reações do mercado ou do eleitorado.

Com a escalada das tarifas e a inclusão da Europa na disputa comercial, analistas avaliam que as tensões entre EUA e seus principais parceiros comerciais devem crescer, abrindo espaço para retaliações e novos desdobramentos nos próximos meses.

100 milhões de mexicanos escolhem nova Presidente

Claudia Sheinbaum, de 61 anos, a herdeira política de Andrés Manuel López Obrador, será a primeira mulher a presidir o México, indica a pesquisa de boca de urna divulgada pelo instituto Enkoll neste domingo, 2. Ela tem 58% dos votos, segundo a projeção.

A senadora Xóchitl Gálvez, da coalizão de oposição que uniu os antigos rivais Partido Ação Nacional (PAN) e Partido Revolução Institucional (PRI), além do Partido da Revolução Democrática (PRD) teve 29% e o ex-deputado Jorge Álvarez Máynez (Movimento Cidadão), que tentou se apresentar como uma alternativa à polarização, teve 11%.

A eleição foi marcada pela violência, pela polarização em torno do legado de Obrador e por discussões sobre o futuro da democracia mexicana. Ela deve ser empossada em 1 de outubro para um mandato de seis anos.

A especialista em Meio Ambiente e Clima Claudia Sheinbaum tem origem em família judaica, claras posições de esquerda e deve dar continuidade à obra social de Obrador.