Deportação em massa de Trump eleva risco para brasileiros Ilegais nos EUA

Brasileiros em situação irregular enfrentam maior pressão, mas qualificados veem espaço em setores estratégicos

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A proposta de deportação massiva de imigrantes indocumentados do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, lança uma nova onda de preocupação entre os brasileiros que vivem ilegalmente no país. Segundo Rodrigo Costa, CEO da consultoria de imigração Viva América, o cenário é especialmente crítico para quem já perdeu a validade do visto de turista ou entrou de forma irregular nos EUA. “Imigrantes não documentados vão sofrer pressão real”, afirma Costa, explicando que a permanência ilegal expõe muitos brasileiros a um risco direto de deportação.

Por outro lado, trabalhadores com vistos válidos, seja de trabalho ou de estudo, podem respirar um pouco mais aliviados.

“O grande desafio da imigração é manter seu status válido”, observa Costa, destacando que a regularização do visto continua sendo a principal defesa contra deportações.

A postura de Trump não ignora, porém, a importância do trabalho qualificado. Em setores como tecnologia, engenharia, saúde e logística, a demanda por mão de obra qualificada supera a oferta local, abrindo oportunidades para estrangeiros capacitados.

“Há vagas que simplesmente não conseguem ser preenchidas por americanos”, aponta Costa, sublinhando o valor estratégico dos imigrantes com qualificações específicas. A nova administração tem indicado que pretende manter e até expandir programas para atrair talentos internacionais, reconhecendo sua importância para a economia dos EUA.

Trump também sugere flexibilizar a emissão de green cards para estudantes estrangeiros formados no país, medida que poderia beneficiar brasileiros que pretendem construir carreira nos EUA. Em entrevista recente, ele afirmou que graduados deveriam receber o green card imediatamente ao se formarem, o que, segundo especialistas, pode abrir uma rota mais acessível para o imigrante qualificado.

Enquanto o caminho se fecha para indocumentados, brasileiros capacitados encontram uma possibilidade de inserção no mercado, desde que estejam prontos para investir em qualificação e cumprir as exigências de imigração. As informações são do Portal UOL.

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Travessia no Mar Mediterrâneo lidera estatísticas fatais de migrantes, aponta relatório recente da OIM

O estudo aponta que mais da metade do número total de mortes no período resultou de afogamentos

Caso de Política, com OIM – O mais recente levantamento da Organização Internacional para as Migrações (OIM) revelou um cenário alarmante: em 2023, um total de 8.565 indivíduos perderam suas vidas em rotas migratórias ao redor do mundo, tornando este ano o mais letal já registrado pela agência.

O Projeto Migrantes Desaparecidos, ligado à OIM, enfatizou um aumento de 20% em comparação ao ano anterior, colocando em destaque a urgência de implementação de medidas preventivas para evitar mais perdas irreparáveis.

Rotas perigosas e desregulamentadas A análise divulgada recentemente evidencia que a persistente escassez de vias seguras e regulamentadas está levando centenas de milhares de pessoas a se aventurarem anualmente em rotas perigosas e desregulamentadas, com destaque para a travessia do Mar Mediterrâneo, que se mantém como a rota mais mortal, com pelo menos 3.129 mortes e desaparecimentos registrados somente no último ano.

Ugochi Daniels, vice-diretora-geral da OIM, ressaltou que a triste marca de uma década do Projeto Migrantes Desaparecidos é um poderoso lembrete das vidas tragicamente ceifadas, uma realidade que reverberará em famílias e comunidades por muitos anos.

Renovação do compromisso pela segurança migratória Frente aos dados preocupantes, a vice-chefe da OIM enfatizou a necessidade premente de reafirmar o compromisso coletivo com ações que garantam uma migração segura para todos, visando assegurar que, daqui a uma década, indivíduos não precisem mais colocar em risco suas vidas em busca de circunstâncias melhores.

Afogamentos, acidentes viários e violência A atualização da OIM destacou que mais da metade das mortes de migrantes em 2023 resultou de afogamentos, seguidos por 9% em acidentes viários e 7% em episódios de violência.

Desde a implementação do Projeto Migrantes Desaparecidos em 2014, mais de 63 mil óbitos foram documentados ao redor do globo, embora a OIM ressalte os desafios na coleta de dados, especialmente em regiões remotas, indicando que o número real pode ser ainda maior.