Concurso Público em Bom Jesus da Lapa: Aprovados denunciam contratações irregulares e ação judicial paralisada

Aprovados em concurso público denunciam paralisação judicial e contratações irregulares na gestão Eures Ribeiro (PSD), gerando incerteza e prejuízos para os candidatos

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Um grupo de candidatos aprovados no concurso público realizado em meados de 2024, durante a administração do então prefeito Fábio Nunes, buscou o Portal Caso de Política para expor o que descrevem como uma série de graves irregularidades que têm consistentemente impedido a nomeação dos candidatos que obtiveram aprovação no certame. De acordo com o Comunicado 01 ao Edital 02/2024, a aguardada divulgação do resultado final do concurso estava originalmente programada para ocorrer em 6 de dezembro de 2024.

GCM’s estariam sendo contratados irregularmente, alguns não teriam sido aprovados no Concurso Público

A principal reclamação dos aprovados reside no fato de que, mesmo com o concurso devidamente homologado e candidatos classificados dentro do número de vagas estabelecido, a prefeitura municipal estaria sistematicamente contratando indivíduos que não participaram do concurso ou que não alcançaram a aprovação necessária.

“Todos esses que estão sendo contratados perderam na prova e foram contratados pelo prefeito de maneira irregular e estão cometendo o crime de usurpação de função pública, usando fardamento e viatura do município”, afirmou um dos denunciantes, cuja identidade será preservada em virtude de temores de possíveis represálias. O Portal Caso de Política teve acesso a uma lista contendo nomes de pessoas que teriam participado do certame e não foram aprovados e estariam sendo contratados pelo atual prefeito irregularmente.

A ação popular em questão, que atualmente possui um volume de 2.645 páginas, foi inicialmente movida por um candidato que questiona a própria legalidade do concurso. Uma decisão judicial recente, datada de 06 de dezembro de 2024, e assinada pela presidente do Tribunal de Justiça da Bahia, Desembargadora Cynthia Maria Pina Resende, indeferiu o pedido de suspensão dos efeitos da decisão que paralisou o concurso (suspensão de liminar e de sentença nº 8055690-23.2024.8.05.0000).

Na decisão, a Desembargadora Cynthia Maria Pina Resende detalhou:

“A suspensão dos efeitos da liminar ou da sentença é incidente processual excepcional, não se tratando de sucedâneo recursal para reforma ou anulação de decisões judiciais contrárias ao Poder Público. Nos termos do art. 4º da Lei 8.437/1992, ‘compete ao presidente do tribunal, ao qual couber o conhecimento do respectivo recurso, suspender, em despacho fundamentado, a execução da liminar nas ações movidas contra o Poder Público ou seus agentes, a requerimento do Ministério Público ou da pessoa jurídica de direito público interessada, em caso de manifesto interesse público ou de flagrante ilegitimidade, e para evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas’.”

Trecho da decisão da Desembargadora Cynthia Maria Pina Resende – Fonte: TJBA

A referida decisão judicial enfatiza a crucial importância do ajuste orçamentário para a continuidade do concurso público, mencionando expressamente que “a continuidade do concurso, sem previsão orçamentária, comprometerá a saúde financeira da municipalidade”.

Os aprovados alegam que a LOA de 2025 já foi devidamente aprovada pela Câmara de Vereadores em 26 de dezembro de 2024, conforme amplamente divulgado pelo blog local Notícias da Lapa.

No entanto, a administração municipal não teria anexado o referido documento aos autos do processo judicial, o que, segundo os denunciantes, mantém a suspensão do concurso e impede o prosseguimento do processo seletivo.

A prefeitura de Bom Jesus da Lapa publicou nove contratos para médicos e serviços no Diário Oficial do Município em 25 de fevereiro de 2025 – Fonte: DOM – PMBJL

Outra preocupação levantada pelos aprovados é uma publicação datada de 25 de fevereiro de 2025 no Diário Oficial do Município referente à nove contratações de médicos e serviços na modalidade de pessoa jurídica, totalizando um montante de R$ 3,8 milhões. Tal valor representa mais de 4% do orçamento anual destinado à saúde no município de Bom Jesus da Lapa. Segundo os aprovados, essa contratação suscita questionamentos substanciais sobre o equilíbrio financeiro destinado à área da saúde, uma vez que, os limites estabelecidos para despesas com pessoal, previstos na legislação, indicam um Limite Máximo de 60% da Receita Corrente Líquida (RCL), sendo 54% destinados ao Poder Executivo e 6% ao Poder Legislativo, e um Limite Prudencial de 51,3% da RCL para o Poder Executivo. Ao atingir esse percentual, a legislação determina que o município adote medidas preventivas para evitar o comprometimento de suas finanças.

Esse prolongado impasse tem gerado grande apreensão e crescente frustração entre os candidatos aprovados no concurso, muitos dos quais renunciaram a seus empregos anteriores, depositando suas esperanças na iminente posse nos cargos públicos. Eles relatam dificuldades financeiras significativas e um profundo abalo emocional em decorrência da incerteza que permeia a situação.

O Portal Caso de Política buscou estabelecer contato com a prefeitura municipal de Bom Jesus da Lapa, a fim de obter um posicionamento oficial sobre as denúncias apresentadas e a atual situação do concurso público. No entanto, até o fechamento desta matéria, não obtivemos resposta. O espaço permanece aberto para que a administração municipal se manifeste e apresente seus esclarecimentos.

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Saúde em colapso: crise em Formosa do Rio Preto expõe abandono e negligência

Portal do Cerrado denuncia caos no sistema de saúde municipal; secretária Edna Cristina enfrenta pressão para deixar o cargo

Caso de Política – A crise sanitária em Formosa do Rio Preto alcançou um patamar insustentável. Em meio às graves denúncias de sucateamento dos serviços de saúde, o Portal do Cerrado publicou uma análise preocupante que reforça a dimensão do problema: pacientes peregrinam em busca de atendimento, estruturas hospitalares deterioradas colocam vidas em risco, e a secretária de Saúde, Edna Cristina, se tornou alvo de forte pressão política.

A publicação reforça que a gestão de Edna é vista como um reflexo do desgoverno de Manoel Afonso (PSD), que acumula fracassos administrativos na cidade. Após assumir a pasta em 6 de setembro de 2024, substituindo João Rocha, a secretária não conseguiu reverter a situação crítica da saúde municipal. Falta de profissionais, exames básicos indisponíveis e um hospital municipal em condições precárias são apenas alguns dos problemas relatados.

Instalação elétrica no Hospital Municipal Dr Altino Lemos Santiago – Foto: Reprodução

O texto do Portal do Cerrado destaca imagens alarmantes da infraestrutura da unidade hospitalar, incluindo instalações elétricas comprometidas, fios queimados e derretidos, e marcas de fuligem que indicam risco iminente de incêndio. Em meio ao caos, até mesmo a secretária precisou recorrer a outra cidade para ser atendida. Sem suporte médico adequado em Formosa do Rio Preto, ela foi levada para Cristalândia, no Piauí, e posteriormente transferida para Barreiras para uma cirurgia de emergência.

A precariedade também se reflete na revolta popular. Um paciente, ao ter atendimento negado, quebrou a porta de um posto de saúde, num episódio que simboliza o desespero da população. Enquanto isso, o Centro de Especialidades segue fechado desde o ano passado, agravando a situação de pacientes crônicos sem acompanhamento adequado.

A crise política também se aprofunda. Fontes apontam que Edna Cristina foi confrontada por vereadores aliados do governo em uma reunião reservada, na tentativa de se eximir de responsabilidades. Contudo, o silêncio da base governista tem sido alvo de críticas, dado que oito dos onze vereadores são governistas e pouco ou nada fizeram para evitar o colapso da saúde municipal.

O contraste com cidades vizinhas acende ainda mais o alerta. Enquanto Formosa do Rio Preto enfrenta caos e abandono, municípios como Cristalândia e Riacho Frio avançam em infraestrutura e atendimento. O governo de Manoel Afonso segue estagnado, incapaz de reverter o cenário, enquanto a população paga o preço pelo descaso e pela ineficiência administrativa.

Leia a íntegra do texto publicado pelo Portal do Cerrado.

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