Operação Escola Segura prende mais de 300 suspeitos de ameaçar escolas, aponta balanço

Operação Escola Segura promove ações preventivas contra a violência e a criminalidade

O Ministério da Justiça e Segurança Pública divulgou na quinta-feira (20) o balanço da Operação Escola Segura, que tem como objetivo monitorar, investigar e cumprir mandados de busca e apreensão de suspeitos de ameaçar ou arquitetar ataques a escolas pelas redes sociais, seja em grupos ou individualmente.

A operação, que foi deflagrada em 5 de abril após o ataque à Creche Cantinho do Bom Pastor, em Blumenau (SC), já realizou 302 prisões ou apreensões e 270 buscas e apreensões de armas letais, não-letais e artefatos que sugerem ligação com grupos extremistas, sobretudo nazistas e neonazistas. Até o momento, são investigados 1.738 casos e 1.072 pessoas já foram conduzidas às delegacias. A operação conta com 27 delegacias especializadas da Polícia Civil e agentes da Polícia Federal, totalizando 4.253 policiais envolvidos.

Além dos órgãos de segurança e inteligência do Brasil, a operação conta com a cooperação da Homeland Security Investigations (HSI), dos Estados Unidos. A operação, que inicialmente era temporária, agora não tem prazo para ser encerrada, uma vez que o principal objetivo é punir os responsáveis pelas ameaças. Até o momento, foram lavrados 2.593 boletins de ocorrência e instaurados inquéritos da Polícia Federal. Além disso, também foram apresentados os números referentes às solicitações feitas às redes sociais em relação a conteúdos que incitem ou façam apologia a crimes.

Até o momento, foram 812 pedidos de remoção ou preservação de conteúdo para investigação. No âmbito da prevenção, o MJSP assinou dois editais para a segurança comunitária. Um é referente à adesão ao Programa Nacional de Segurança nas Escolas, que prevê R$ 150 milhões para o fortalecimento das capacidades institucionais dos órgãos de segurança pública para atuação nas escolas, por meio de ações preventivas das patrulhas das polícias militares ou das guardas civis municipais.

Outro, assinado em 12 de abril, libera R$ 100 milhões para fortalecimento das Guardas Municipais. Os projetos serão analisados pelo MJSP até o fim de maio, e, a partir daí, os recursos serão liberados.

O que é a Operação Escola Segura?

A Operação Escola Segura é um programa do Governo Federal brasileiro que tem como objetivo garantir a segurança nas escolas públicas do país, por meio de ações conjuntas de diversos órgãos governamentais, como as polícias Militar, Civil e Federal, o Ministério Público, o Poder Judiciário, as secretarias estaduais e municipais de Educação, entre outros.

Lançada em 2003, a Operação Escola Segura busca prevenir a violência e a criminalidade nas escolas, promovendo ações de policiamento ostensivo e preventivo, ações educativas e campanhas de conscientização, além de estimular a participação da comunidade escolar na promoção da segurança.

Entre as atividades desenvolvidas pelo programa estão o patrulhamento ostensivo nas escolas e em seus arredores, a realização de palestras educativas e ações de conscientização sobre segurança, a capacitação de professores e funcionários para identificar sinais de violência e a promoção de programas de prevenção ao uso de drogas e à violência.

Operação Escola Segura apreende 10 adolescentes por ameaças

Repórter ABC | Luís Carlos Nunes – Uma equipe especial do Ministério da Justiça e Segurança Pública realizou a Operação Escola Segura nesta quarta-feira (19) e apreendeu dez adolescentes por ameaças de ataques a escolas. Além das dez ordens de internação provisória, foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão e 11 afastamentos de sigilo de dados dos adolescentes envolvidos.

Os jovens apreendidos, com idades entre 11 e 17 anos, são investigados por atos infracionais equiparados a delitos como ameaça, incitação ao crime, apologia ao crime ou criminoso, associação criminosa, além de violação dos artigos 12 e 14 do Estatuto do Desarmamento.

A ação envolveu policiais civis de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Pernambuco e resultou de investigações iniciadas após o ataque à creche Cantinho do Bom Pastor, em Blumenau (SC), que deixou quatro crianças mortas e cinco feridas por golpes de machadinha. A partir dessas investigações, foram localizados outros indivíduos que estariam fazendo ameaças de ataques similares pelas redes sociais.

O ministro da Justiça, Flávio Dino, comentou a ação em suas redes sociais, agradecendo às polícias civis que atuaram em rede com o Ministério da Justiça para garantir maior eficácia nas ações preventivas e repressivas.

A Operação Escola Segura trabalha de forma integrada, com 51 chefes de delegacias de investigação e 89 chefes de agências de inteligência de Segurança Pública (polícias Civil e Militar).

O canal Escola Segura, criado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública em parceria com a SaferNet Brasil, recebe denúncias sobre ameaças de ataques, que são mantidas sob sigilo e não identificam o denunciante. Em caso de emergência, a orientação é ligar para o 190 ou para a delegacia de polícia mais próxima.

Polícia deflagra operação simultânea em 5 estados contra menores suspeitos de planejar atentados em escolas

Repórter ABC | Luís Carlos Nunes – O Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, anunciou através das redes sociais a deflagração de uma operação simultânea em cinco estados brasileiros – Pernambuco, Santa Catarina, São Paulo, Paraná e Rio de Janeiro – com o objetivo de conter ameaças de atentados contra escolas. A operação, denominada “Escola Segura”, contará com a realização de 10 mandados de internação provisória, 13 de busca e apreensão e 11 de afastamentos de sigilos de dados.

De acordo com o Ministro, as polícias civis dos estados envolvidos estão atuando em rede com o Ministério da Justiça para garantir a eficácia das ações preventivas e repressivas. Os mandados de internação dos menores estão sendo cumpridos em várias cidades dos estados envolvidos na operação, incluindo Blumenau (SC); São Paulo (SP), Itapira (SP), São José dos Campos (SP), Salto (SP), Curitiba e Guaíra (PR), Recife (PE), Barra Mansa (RJ), Duque de Caxias (RJ) e São Gonçalo (RJ).

Os menores são investigados por atos infracionais equiparados aos delitos de ameaça, incitação ao crime, apologia ao crime ou criminoso, associação criminosa, além de crimes previstos no Estatuto do Desarmamento. As investigações foram iniciadas após o ataque a uma creche na cidade de Blumenau (SC), em 5 de abril, quando um homem invadiu a instituição e matou quatro crianças de 4 a 6 anos. O assassino foi preso.