Abstenção no segundo turno das eleições de 2024 é a segunda maior desde 2000

Com 9,9 milhões de eleitores ausentes, o segundo turno das eleições municipais de 2024 registra uma das maiores taxas de abstenção desde o início do século, ficando atrás apenas do pleito de 2020, realizado durante a pandemia

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O segundo turno das eleições municipais de 2024 registrou uma taxa de abstenção de 29,26%, o que equivale a 9,9 milhões de eleitores que deixaram de votar em todo o país. Esse é o segundo maior índice de abstenção já registrado desde o ano 2000, ficando atrás apenas das eleições municipais de 2020, quando 11,3 milhões de brasileiros não compareceram às urnas, representando 29,53% dos eleitores aptos. O alto número de ausências neste ano reflete um padrão crescente de desinteresse ou dificuldade em votar, que se intensificou desde o início da pandemia.

São Paulo, a maior cidade do Brasil, é um exemplo emblemático dessa tendência. No segundo turno de 2024, 2,9 milhões de paulistanos não foram às urnas, o equivalente a 31,54% do total de eleitores da capital paulista. Esse número supera o total de votos obtidos pelo candidato Guilherme Boulos (PSOL), que recebeu 2,3 milhões de votos. O prefeito reeleito Ricardo Nunes (MDB) venceu com 3,3 milhões de votos, mas a quantidade de abstenções evidenciou um distanciamento significativo de parte do eleitorado.

A capital paulista já havia registrado uma taxa de abstenção elevada no primeiro turno, quando mais de 2,5 milhões de eleitores optaram por não votar. A continuidade desse cenário no segundo turno reforça a tendência de crescimento da abstenção nas principais cidades do país.

O aumento da abstenção no Brasil pode ser visto ao longo das últimas duas décadas. Em 2016, a taxa foi de 21,55%, o que significava que 7,1 milhões de eleitores não votaram. Em 2012, esse número foi de 6 milhões (19,12%), enquanto em 2008, 4,9 milhões de eleitores (18,09%) se abstiveram. Desde então, a curva tem sido ascendente, refletindo desafios como a desilusão com a política, dificuldades logísticas ou mesmo a apatia eleitoral.

Em 2024, o primeiro turno das eleições também foi marcado por uma abstenção significativa. Mais de 33,8 milhões de brasileiros, ou 21,71% dos eleitores aptos, não participaram do processo eleitoral, um dos maiores índices para a primeira etapa do pleito.

A crescente abstenção no Brasil aponta para uma questão que vai além da logística eleitoral. Enquanto alguns apontam o desinteresse e descrença na política como fatores determinantes, outros veem na abstenção um reflexo de uma série de desafios enfrentados pelos eleitores, como o cansaço político após anos de crise institucional e econômica, além da falta de engajamento com os candidatos e suas propostas. Esse cenário, que se repete em diversos países, exige atenção e uma reflexão sobre a participação democrática nas próximas décadas.

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“Pandemia” de bets avançou mais rápido que surto da covid-19 no Brasil

Pesquisa mostra que jogo aumenta ansiedade e altera humor

Agência Brasil – Vinte e cinco milhões de pessoas passaram a fazer apostas esportivas em plataformas eletrônicas nos sete meses iniciais de 2024, de janeiro a julho, uma média de 3,5 milhões por mês. Para se ter uma ideia dessa velocidade, o intervalo de tempo é maior do que o que o coronavírus levou para contagiar o mesmo número de pessoas no Brasil – 11 meses, entre 26 de fevereiro de 2020 e 28 de janeiro de 2021.

Em cinco anos, o número de brasileiros que apostaram nas chamadas bets chegou a 52 milhões. Do total, 48% são considerados novos jogadores – apostaram nos primeiros sete meses deste ano. Os dados fazem parte de pesquisa de opinião do Instituto Locomotiva, aplicada entre os dias 3 e 7 de agosto. O hábito de tentar a sorte nas plataformas eletrônicas atinge uma população no Brasil do mesmo tamanho do número de habitantes da Colômbia e superior à de países como Coreia do Sul, Espanha e Argentina.

O levantamento traçou um perfil dos apostadores de bets. Cinquenta e três por cento são homens e 47% são mulheres. Quatro de cada dez jogadores têm entre 18 e 29 anos; 41% estão na faixa etária de 30 a 49 anos; e 19% têm 50 anos ou mais. Oito de cada dez são pessoas das classes CD e E; e dois de cada dez são classe A ou B.

Sete de cada dez apostadores costumam jogar pelo menos uma vez ao mês. Sessenta por cento dos que já ganharam a aposta usam ao menos parte do valor do prêmio para tentar nova jogada. Para o presidente do Instituto Locomotiva, Renato Meirelles, a facilidade de fazer aposta nos celulares à mão, o apelo publicitário das bets patrocinando times e campeonatos brasileiros, e a dinâmica do jogo são atrativos das plataformas de jogos online.

A pessoa aposta em quem vai fazer o gol, se o gol será feito no primeiro ou no segundo tempo, como ficará a tabela do Campeonato Brasileiro, se alguém vai tomar cartão vermelho ou não… Essa lógica faz com que alguma coisa o sujeito ganhe. No final ele perde mais do que ganha, mas essa sensação de ganho é uma sensação muito forte na cabeça dele. E isso acaba permeando esse imaginário de que está sempre ganhando”, diz o presidente do Instituto Locomotiva.

Nome sujo

O Instituto Locomotiva também verificou que 86% das pessoas que apostam têm dívida e que 64% estão negativados na Serasa. Do universo de pessoas endividadas e inadimplentes no Brasil, 31% jogam nas bets. “Quando uma pessoa endividada opta por apostar, muitas vezes na perspectiva de sair do endividamento, nós temos alguma coisa errada nisso”, pondera Renato Meirelles.

A situação econômica ajuda a entender por que “ganhar dinheiro” é a principal razão apontada para fazer apostas esportivas online (53%) – acima de “diversão/entretenimento/prazer” (22%); “emoção e adrenalina” (10%); “passar o tempo” (7%); “curiosidade” (6%); e “aliviar o estresse” (2%).

Meirelles considera o fenômeno das apostas esportivas eletrônicas “uma pandemia” com efeitos sobre a saúde mental. A pesquisa levantou informações e opiniões sobre o impacto psicológico das apostas. Sessenta e sete por cento dos entrevistados conhecem pessoas que “estão viciadas em apostas esportivas”.

Estado emocional

Entre os entrevistados, há quem acredite que o jogo aumente a ansiedade (51%); cause mudanças repentinas de humor (27%); possa gerar estresse (26%) e sentimento de culpa (23%). Quanto aos entrevistados que fazem apostas online, seis de cada dez admitem que a prática afeta o estado emocional e causa sentimentos negativos como ansiedade (41%); estresse (17%) e culpa (9%).

O relatório da pesquisa assinala descontrole entre parte dos apostadores. Segundo os dados, 45% dos entrevistados jogadores admitem que as apostas esportivas “já causaram prejuízos financeiros”, 37% dizem ter usado “dinheiro destinado a outras coisas importantes para apostar online” e 30% afirmaram ter “prejuízos nas relações pessoais”.

Mas também são apontados sentimentos positivos como emoção (54%); felicidade (37%) e alívio (11%). Para 42%, as apostas esportivas online “são uma forma de escapar de problemas ou emoções negativas.”

A pesquisa do Instituto Locomotiva entrevistou 2.060 pessoas, com 18 anos ou mais, de 142 cidades de todo o país. O levantamento foi feito entre os dias 3 e 7 de agosto, por meio de telefone em plataforma de autopreenchimento. A margem de erro é de 2,1 pontos percentuais em um intervalo de confiança de 95%.

O crescimento de apostadores a partir de janeiro deste ano ocorreu após a sanção da Lei 14.790/2023, que regulamentou a atividade das bets no Brasil. Atualmente, o Ministério da Fazenda analisa 113 pedidos de regulamentação das plataformas de aposta online.

OMS divulga lista de 33 vírus e bactérias com potencial de desencadear uma nova pandemia

Caso de Política com OMS – A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou uma lista de 33 vírus e bactérias que possuem potencial para desencadear uma nova pandemia, resultado do trabalho de mais de 200 cientistas que analisaram cerca de 1.650 espécies. A lista inclui patógenos conhecidos no Brasil, como os vírus da dengue e Zika, além de subtipos do vírus influenza A e a bactéria que causa a peste.

O grupo de cientistas considerou a forma de transmissão, o acesso a tratamentos e o nível de virulência dos patógenos. A lista de “patógenos prioritários” não indica que todos esses agentes infecciosos se tornarão pandemias, mas aponta a necessidade de priorização em pesquisas para evitar possíveis impactos na saúde pública.

“O processo de priorização ajuda a identificar lacunas críticas de conhecimento que precisam ser abordadas com urgência”, destaca Ana Maria Henao Restrepo, uma das cientistas responsáveis pelo relatório, em declaração à revista Nature.

Lista dos patógenos com potencial pandêmico:

  • Mammarenavirus lassaense (Febre de Lassa)
  • Vibrio cholerae (cólera)
  • Yersinia Pestis (peste)
  • Shigella dysenteriae (disenteria)
  • Salmonella não-tifoide
  • Klebsiella pneumoniae (superbactéria)
  • Sarbecovírus (incluindo SARS-CoV-2)
  • Merbecovírus (MERS)
  • Vírus de Marburg
  • Vírus Ebola
  • Vírus Sudão
  • Vírus Zika
  • Vírus dengue
  • Vírus da febre amarela
  • Orthohantavirus sinnombreense
  • Orthohantavirus hantanense
  • Vírus da febre hemorrágica da Crimeia-Congo
  • Influenza A (H1, H2, H3, H5, H6, H7, H10)
  • Vírus Nipah
  • Bandavirus dabieense
  • Vírus de Coxsackie
  • Orthopoxvirus variola (varíola)
  • Vírus da Mpox (anteriormente, varíola dos macacos)
  • Vírus Chikungunya
  • Alphavirus venezuelan
  • Lentivírus humimdef1
  • Patógeno da Doença X

A OMS destacou a importância de revisões periódicas na lista de patógenos, especialmente devido a fatores como mudanças climáticas e desmatamento, que aumentam o risco de zoonoses. Além disso, pela primeira vez, a OMS criou uma segunda lista de “patógenos protótipos”, que são agentes infecciosos modelo, como o vírus Vaccinia, para o desenvolvimento de novas terapias e vacinas.

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Brasil tem capacidade para enfrentar futuras pandemias, diz ministra

Nísia Trindade e OMS defendem cooperação entre países

Agência Brasil – “A próxima pandemia pode vir de qualquer lugar”. Essa é a mensagem de alerta da Cúpula Global de Preparação para Pandemias, evento internacional que uniu especialistas de várias partes do mundo no Rio de Janeiro, nesta segunda-feira (29). O encontro funciona como uma troca de experiências sobre enfrentamento de doenças que podem ser alastrar, como a covid-19, que deixou mais de 7 milhões de mortos no planeta.

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, garantiu que o Brasil é capaz de participar da Missão 100 Dias, união de esforços para desenvolver, produzir e distribuir vacinas e tratamentos mundialmente dentro de pouco mais de três meses.

Esse prazo representa um terço do tempo que levou para ser criada uma vacina contra a covid-19 e que poderá interromper uma nova pandemia ainda no início, poupando vidas.

Sem dúvida o Brasil tem condições de adotar esse objetivo. O Brasil é parte desse esforço e nós retomamos uma agenda que as instituições de pesquisas científicas levantaram com muita força”, disse a ministra.

Segundo ela, o Brasil, que enfrentou adversidades durante a pandemia de covid-19 e acumulou mais de 700 mil mortes, tem no atual governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva bases na ciência, tecnologia e esforços industriais que abrangem a área da saúde.

Nísia Trindade citou o Complexo Econômico Industrial da Saúde – conjunto de investimentos que incentivam a produção de medicamentos, insumos e vacinas, parte da Nova Indústria Brasil, política industrial do governo federal.

Para a ministra, o preparo do país para o enfrentamento de futuras pandemias deve ser visto como política de Estado, e não apenas de governo.

Nísia frisou a importância da troca de experiência e conhecimento entre países e defendeu ainda que o esforço seja com equidade, dando “acesso e desenvolvimento da produção local [de vacinas e tratamentos] não só no Brasil, mas nos países em desenvolvimento, em um esforço organizado”.

Nísia entende que é preciso protagonismo do Sul Global (conjunto de países emergentes). “Não é possível pensar em proteção de forma equitativa sem a participação dos nossos países”, afirmou.

É hora de traduzir equidade e solidariedade em ações concretas para garantir acesso junto a produtos para o enfrentamento a pandemias e outras emergências de saúde”, disse a ministra, acrescentando que é preciso também preocupação com doenças negligenciadas, como as arboviroses. Este ano, por exemplo, o Brasil enfrentou epidemia de dengue, com mais de 6 milhões de casos e 4,8 mil mortes.

A presidente da Coalizão para Inovações em Preparação para Epidemias (Cepi), Jane Halton, explicou que a Missão dos 100 Dias não é apenas uma questão de velocidade na resposta. Inclui também equidade na disponibilização dos recursos. “É sobre proteger todas as pessoas de novas doenças antes que tenham as vidas delas e de familiares destruídas.”

Parceria para vacinas

O encontro da Cúpula Global de Preparação para Pandemias termina na terça-feira (30). Essa é a segunda edição do evento. A primeira foi em Londres, em 2022.

No evento desta segunda-feira foi anunciada uma parceria da Cepi com a Fiocruz para a produção de vacinas que poderão ser distribuídas para países da América Latina, em caso de nova pandemia.

O presidente da Fiocruz, Mario Moreira, durante a Cúpula Global de Preparação para Pandemias 2024, no Rio – Tomaz Silva/Agência Brasil

Segundo o presidente da Fiocruz, Mario Moreira, o acordo faz parte de um esforço global para “um mundo mais equilibrado no acesso a vacinas”.

Não há condição de apenas os países do Norte produzirem vacina para o mundo. Não deu certo na [pandemia de] covid-19. Então a ideia é também incluir país do Sul Global, onde a Fiocruz terá destaque nisso”, declarou.

Por meio de uma mensagem gravada em vídeo, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, destacou a liderança da ministra Nísia Trindade em colocar o tema preparação para pandemia como uma das prioridades do mandato brasileiro na presidência do G20 (grupo que reúne as 19 maiores economias do país mais a União Europeia e União Africana).

Segundo a autoridade máxima da OMS, uma próxima pandemia “não é questão de se, mas de quando”. Ele manifestou o desejo de que não sejam repetidos erros cometidos na pandemia de covid-19.

Temos ainda um longo caminho antes de poder dizer que o mundo está verdadeiramente preparado para a próxima pandemia. Mas, junto, estamos fazendo um mundo mais preparado do que antes”, definiu.

Vereadores propõem centro de referência para pessoas com TEA em Ribeirão Pires

Projeto busca atendimento inclusivo e humanizado para pessoas com Transtorno do Espectro Autista; Síndrome de Down também será contemplada pelo projeto

Repórter ABC | Luís Carlos Nunes – Na próxima quinta-feira (27), a Câmara Municipal de Ribeirão Pires votará em primeira discussão um projeto de lei nº 013/2023 apresentado pelos vereadores Edmar Aerocar (PSD), Leonardo Biazi (PL) e Valdir O Gordo (Podemos), que tem como objetivo comum estabelecer na cidade um importante centro de referência para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e Síndrome de Down. O centro será administrado pelo Poder Público Municipal e visa atender de forma inclusiva e humanizada essas pessoas, indo além das deficiências físicas ou motoras.

Leia a íntegra do Projeto ao final da matéria

De acordo com a justificativa anexa ao projeto, a falta de atendimento para pessoas diagnosticadas com TEA e Síndrome de Down é crescente nos sistemas educacionais e de saúde pública, o que torna necessária a criação de um centro referencial. Além disso, o desconhecimento geral da população sobre o tema ainda é muito grande e a falta de políticas públicas relacionadas a essa parte da população é evidente.

A situação de pandemia ocasionada pelo COVID-19 prejudicou diretamente as crianças e pessoas com TEA e Síndrome de Down, que em razão das restrições impostas para contenção da disseminação do vírus, acabaram por não poder dar continuidade aos seus tratamentos, que foram suspensos e muitos extintos pelos entes que os promoviam.

É importante destacar que o Transtorno do Espectro Autista – TEA é estabelecido conforme o grau de deficiência, sendo muitas vezes difícil identificar – sem conhecimento técnico – uma pessoa com TEA. Já a Síndrome de Down é uma alteração genética que ocorre durante a gestação e afeta a capacidade cognitiva e física do indivíduo.

Protesto anunciado

Fontes procuraram o Repórter ABC e informaram que a APRAESPI questiona a aprovação do projeto uma vez que a solicitação deste centro de atendimento para TEA e Síndrome de Down é um pleito feito há, pelo menos, duas gestões passadas. Segundo ainda a fonte, a instituição é um importante centro de saúde com know-how em questões assemelhadas, o que faz efervescer os questionamentos por parte de pessoas ligas a entidade sobre a necessidade de um novo centro de referência em Ribeirão Pires.

Ainda de acordo com nossa fonte, a manifestação de pessoas contrárias ao projeto é esperada na porta da Câmara Municipal na próxima quinta-feira, data em que os vereadores votarão a proposta em primeira discussão.

O projeto visa atender de forma inclusiva e humanizada as pessoas com deficiência, indo além das deficiências físicas ou motoras, e prevê ainda uma ala de atendimento para pessoas com Síndrome de Down, contribuindo para o desenvolvimento psicossocial de diversas pessoas. A interação entre pessoas com deficiência também é vista como um fator importante para a evolução geral do quadro de resposta aos tratamentos, principalmente quando utilizados animais como na terapia com cavalos, conhecida como equoterapia.

Pelas movimentações, não seria exagero expor que a direção da APRAESPI teme que a criação de um novo centro de atendimento administrado pela prefeitura possa prejudicar os atuais serviços já prestados pela instituição, que conta com uma vasta experiência no atendimento a pessoas com deficiência. Tão pouco seria desconexo afirmar que a APRAESPI vislumbra que o parlamento municipal leve em consideração esses pontos antes de aprovar o projeto.

A discussão sobre a criação do centro de referência para pessoas com TEA em Ribeirão Pires promete ser acirrada e o Repórter ABC continuará acompanhando os desdobramentos do projeto junto a Casa de Leis.

Acompanhe abaixo a íntegra da propositura:

edmar, leo e gordo

“Mundo vive maior retrocesso na vacinação infantil em 30 anos”, aponta Unicef

Repórter ABC, com informações Unicef – Uma em cada cinco crianças em todo o mundo não recebeu todas as vacinas necessárias para estar completamente imunizada contra doenças preveníveis. Por exemplo, uma em cada cinco crianças no mundo não foi vacinada contra o sarampo, enquanto sete em cada oito meninas elegíveis para a vacinação contra o HPV não receberam a dose que protege contra o câncer do colo do útero.

Esses dados foram divulgados pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), que alerta que o mundo está experimentando o maior retrocesso contínuo na imunização infantil em 30 anos, impulsionado pela pandemia de COVID-19. O Unicef cobra urgência na retomada das coberturas vacinais globais, lembrando que as vacinas salvam cerca de 4,4 milhões de vidas todos os anos, um número que pode chegar a 5,8 milhões até 2030 se as metas de imunização forem alcançadas.

O relatório Situação Mundial da Infância 2023: Para cada criança, vacinação, divulgado pelo Unicef, mostra que 67 milhões de crianças perderam, completamente ou parcialmente, a chamada imunização de rotina entre 2019 e 2021. O documento destaca a sobrecarga dos sistemas de saúde, a falta de recursos e as mudanças na percepção sobre a importância das vacinas. A estimativa é que as coberturas vacinais tenham caído em 112 países.

As crianças que não estão recebendo vacinas vivem nas comunidades mais pobres, remotas e vulneráveis. Nos domicílios mais pobres, uma em cada cinco crianças não recebeu nenhuma vacina, enquanto nos mais ricos, apenas uma em 20. O relatório identificou que crianças não vacinadas vivem frequentemente em comunidades de difícil acesso, tais como zonas rurais ou favelas urbanas.

Para ser considerada imunizada, a criança precisa tomar todas as doses recomendadas do imunizante, incluindo os reforços, quando necessário. No caso da DTP, o esquema é composto por três doses, aos 2 meses, aos 4 meses e aos 6 meses. Para retomar as coberturas vacinais, o Unicef classifica como vital fortalecer a atenção primária e fornecer recursos e apoio aos trabalhadores da saúde que atuam na linha de frente.

O Unicef pede que os governos do mundo todo fortaleçam a demanda por vacinas, construindo confiança entre a população, priorizem o financiamento de serviços de imunização e atenção primária à saúde e reforcem seus sistemas de saúde, incluindo investimento e valorização de profissionais de saúde. O relatório também destaca a importância de identificar e alcançar todas as crianças, especialmente as que perderam a vacinação durante a pandemia de COVID-19. Além disso, a entidade destaca a necessidade de garantir melhores condições de trabalho para as mulheres que estão na linha de frente da distribuição de vacinas, incluindo melhores salários e oportunidades de carreira, além de medidas para garantir sua segurança.

Prefeitura de Ribeirão Pires adota flexibilização no uso de máscaras em unidades de saúde

Pessoas acima de 65 anos e com comorbidades ainda são incentivadas a usar equipamento. Orientação da OMS embasa medida adotada pela Secretaria de Saúde

Repórter ABC, com informações da ASCOM-RP – A Prefeitura de Ribeirão Pires, seguindo as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS), anunciou nesta quarta-feira (19) a flexibilização do uso de máscaras na cidade. A partir de agora, o uso do equipamento de proteção individual não será mais obrigatório em unidades de saúde do município.

No entanto, a Secretaria de Saúde recomenda que o uso da máscara continue sendo feito por pessoas acima de 65 anos, pacientes com comorbidades ou imunodeficiência, pacientes com síndrome respiratória ou que tenham testado positivo para Covid-19, profissionais que fazem triagem de pacientes e que trabalham em áreas de internação ou emergência.

A medida foi tomada levando em consideração o baixo número de casos e mortes pela Covid-19 na cidade, bem como as diretrizes da OMS. A flexibilização do uso de máscaras não significa o fim dos cuidados necessários para a prevenção da doença, mas sim uma adequação às condições atuais de saúde da população.

A Prefeitura ressalta que a medida pode ser revista caso haja mudanças no cenário epidemiológico da cidade. É importante que a população continue seguindo todas as recomendações de prevenção, como a lavagem frequente das mãos, distanciamento social e, quando necessário, o uso da máscara de proteção individual.

Consórcio ABC participa de reunião com presidente Lula sobre segurança em escolas

Encontro debateu fortalecimento dos municípios para o combate à violência nas escolas

O presidente do Consórcio ABC e prefeito de Mauá, Marcelo Oliveira, participou, nesta terça-feira (18/4), em Brasília, de reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva com os chefes dos poderes Judiciário e Legislativo, ministros de Estado, governadores, entidades representativas de prefeitos e parlamentares para discutirem políticas de prevenção e enfrentamento à violência nas escolas.

O objetivo da reunião foi criar estratégias de promoção da paz nas instituições educacionais e de combate aos discursos de ódio e ao extremismo. Durante o encontro, o presidente da República ressaltou que, diante da predominância na pregação da violência no ambiente da internet, a sociedade e as famílias devem assumir a responsabilidade pelo processo educacional das crianças e adolescentes.

“Nunca antes na história deste país houve uma reunião para discutir um problema tão grave e ela só foi convocada porque tomei consciência de que sozinho não tenho a solução. Quero compartilhar um pouco da sabedoria de cada um de vocês para que possamos, um dia, levar os nossos filhos às escolas com a certeza de que são lugares de extrema segurança”, afirmou Lula.

O presidente do Consórcio ABC destacou a união dos poderes Executivo, por meio dos governos federal, estaduais e municipais, Legislativo e Judiciário para a proteção de todas as crianças.

“Discutimos também mais políticas públicas para garantir escolas seguras para todos. Estamos todos empenhados em tornar o ambiente escolar cada vez mais seguro para as crianças da nossa região”, ressaltou Marcelo Oliveira.