Coordenação de pré-campanha de Tito organiza encontro estratégico com pré-candidatos a vereador

“Temos uma real oportunidade de fazer a diferença em Barreiras. Juntos, podemos construir uma cidade mais justa, solidária e próspera para todos os seus habitantes”, declarou Tito.

Na noite desta segunda-feira, dia 3 de junho, a equipe de Coordenação da pré-campanha de Tito organizou um encontro político crucial: pré-candidatos a vereador se reuniram para discutir estratégias e conhecer a estrutura organizacional da pré-campanha.

Com uma pauta que incluiu o alinhamento de estratégias e a apresentação da estrutura da pré-campanha, representantes dos diversos partidos que compõem a aliança marcaram presença, destacando a amplitude do evento. Entre os partidos representados estavam a Federação (PT, PV, PCdoB), PRTB, PSB, PSD e REDE.

Durante o encontro, os participantes tiveram a oportunidade de compartilhar ideias, alinhar propostas e entender como suas candidaturas poderiam se integrar ao projeto político liderado por Tito.

Um dos momentos marcantes foi o discurso inspirador do pré-candidato a prefeito, Tito. Com clareza e objetividade, ele enfatizou a importância da união e da colaboração para construir uma cidade mais justa e próspera para todos os seus habitantes.

“Temos uma real oportunidade de fazer a diferença em Barreiras. Juntos, podemos construir uma cidade mais justa, solidária e próspera para todos os seus habitantes”, declarou Tito, motivando os presentes com sua visão e entusiasmo.

O encontro não apenas serviu para fortalecer alianças e estabelecer compromissos, mas também marcou o início de uma pré-campanha eleitoral embasada na transparência, na ética e no serviço à comunidade. A união de esforços e a determinação em construir um futuro melhor para Barreiras foram os elementos-chave desse momento político importante para a cidade.

Ascom Tito

“Jusmari marchará com Tito em todos os dias”, diz Charles Samuel, presidente do PSD de Barreiras

O evento contou com a presença dos presidentes dos partidos: PT, PSD, PCdoB, PV, PSB, Rede e PRTB

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Na última segunda-feira, 29 de abril, Barreiras testemunhou um encontro estratégico liderado por Tito (PT), pré-candidato à prefeitura da cidade, que reuniu os pré-candidatos a vereador dos sete partidos que compõem sua base de apoio. Esta reunião teve como objetivo principal estabelecer estratégias para as eleições municipais vindouras e consolidar uma base de apoio robusta para a disputa tanto pela prefeitura quanto pela câmara municipal.

O evento contou com a presença dos presidentes dos órgãos partidários locais, além dos vereadores Beza, BI e João Felipe, e outros pré-candidatos representando os partidos PT, PSD, PCdoB, PV, PSB, Rede e PRTB.

“Barreiras não pode viver só de asfalto, não pode deixar de ter, como hoje não tem, um hospital para as crianças”, Charles Samuel

Durante o encontro, Charles Samuel, presidente do PSD de Barreiras, fez uma forte intervenção abordando as atuais deficiências enfrentadas por Barreiras em áreas essenciais como saúde, educação, assistência social, cultura e esporte.

“Barreiras deixou de ter, há muito tempo, saúde, educação, assistência social, cultura, esporte. A cidade não pode viver só de asfalto. Barreiras não pode deixar de ter, como hoje não tem, um hospital para as crianças. Barreiras não pode ter um Eurico Dutra engessado como tem hoje, porque nós não temos saúde. Nós estaremos de mãos dadas. Dia após dia, noite após noite, até alcançarmos o nosso objetivo.”

Ainda em sua intervenção, Charles Samuel destacou as alianças políticas e o apoio significativo para a candidatura de Tito.

“Nós temos a força de Jerônimo, de Rui, de Wagner e de Otto. Nós temos a força de Lula, nós temos a força de Alckmin, nós temos a força de Jusmari junto com Tito. Por isso, Tito, eu trago de Jusmari esta palavra: Diga a Tito que eu estarei marchando, andando com ele em todos os dias.”

Por sua vez, Tito demonstrou confiança no compromisso e no trabalho árduo de sua equipe e aliados políticos para transformar Barreiras.

“Eu tenho certeza de que com comprometimento, nós poderemos chegar muito longe, e o que se constrói aqui, a partir desse momento, a cada reunião, é o presente e o futuro da nossa cidade”, afirmou o pré-candidato.

A ausência notável de Jusmari Oliveira, ex-prefeita da cidade e atual secretária de Desenvolvimento Urbano do governo estadual, é sentida em Barreiras. Sua presença e um encontro com Tito são aguardados com expectativa pela comunidade local, dado o apoio significativo que ela representa para a candidatura de Tito e os projetos futuros para Barreiras.

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Frente parlamentar e ambientalistas protocolam ação no TJBA contra espigões na orla de Salvador: Ativistas

Coletivo é contrário à lei municipal que ignora estudos de impacto ambiental e de sombreamento para construção de edifícios na orla

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Em um esforço conjunto para preservar o litoral de Salvador, líderes políticos e defensores do meio ambiente se unem em um protesto marcante nesta sexta-feira (12) em frente ao Tribunal de Justiça da Bahia, no Centro Administrativo da Bahia (CAB). O movimento, encabeçado pela Frente Parlamentar composta por membros do PSOL, PT, PCdoB e PSB, em conjunto com representantes do movimento SOS Buracão, busca expor uma preocupante realidade: a construção desenfreada de grandes empreendimentos imobiliários na orla marítima da cidade.

O foco principal desse ato é a denúncia contra uma legislação municipal controversa que facilita a erupção de imponentes edifícios à beira-mar sem a devida avaliação de impacto ambiental. Uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) foi protocolada no Tribunal de Justiça da Bahia, contestando os artigos 103 da Lei 9.148/2016, conhecida como Lei de Uso e Ordenamento do Solo do Município de Salvador, e o 275 da Lei 9.069/2016, o Plano Diretor.

Os críticos dessas leis argumentam que elas foram aprovadas pela Câmara Municipal de Salvador sem o necessário debate público e violam princípios constitucionais tanto estaduais quanto federais. Em particular, as disposições dispensam estudos de sombreamento para empreendimentos na área costeira, abrindo a porta para a construção de estruturas verticais que comprometem o ambiente natural.

Um exemplo emblemático é o projeto da OR Imobiliária Incorporadora, que planeja erguer um luxuoso complexo residencial na Praia do Buracão, com até 16 pavimentos. O deputado Hilton Coelho (PSOL), figura proeminente nessa causa, destaca a urgência de impedir danos irreparáveis ao patrimônio ambiental e à função social da propriedade imobiliária. Ele denuncia o uso de artifícios legislativos questionáveis que priorizam interesses privados em detrimento do bem-estar público.

“É imprescindível deter essas iniciativas que comprometem nossa cidade. Não podemos permitir que empreendimentos como esse se aproveitem de brechas para privatizar o que é de todos”, enfatizou o deputado.

Além da exposição pública dessa questão, a Frente Parlamentar e os ativistas solicitaram ao TJBA a concessão de uma medida cautelar para suspender os efeitos das normas municipais consideradas inconstitucionais, buscando assim proteger o ecossistema costeiro de Salvador para as gerações futuras.

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Com o fim da janela eleitoral, governo de Barreiras vê base encolher; oposições avançam

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Com o término da janela eleitoral, a Câmara Municipal de Barreiras sofreu uma reconfiguração política, resultado das articulações entre o prefeito Zito e a base do governo estadual. Teoricamente, o governo municipal, que antes não contava com resistência aos seus projetos e contava praticamente com 19 parlamentares em sua base, agora se vê reduzido a 13, enquanto o número de representantes que devem se alinhar à oposição passou para seis.

Apesar do grupo de oposição ser numericamente menor, isso não significa que esteja sem força ou sem a capacidade de influenciar o cenário político local. Pelo contrário, mesmo com um número menor de parlamentares, a oposição – se unida – ainda possui voz e poder para fiscalizar as ações do governo, propor alternativas e cobrar transparência e eficiência na gestão municipal. Além disso, podem apresentar projetos de lei coletivos e indicações de obras e serviços que reflitam os interesses da população.

Durante o período da janela eleitoral, os parlamentares tiveram a oportunidade de trocar de siglas partidárias sem que isso resultasse na perda de seus mandatos. Um total de 13 vereadores optou por fazer essa movimentação, buscando alinhamentos políticos que melhor atendam aos seus interesses e aos interesses de seus eleitores.

Entre as mudanças partidárias, destacam-se algumas movimentações importantes:

  • Adriano Stein: do PP para o PL;
  • Eurico Queiroz Filho: do Republicanos para o União Brasil;
  • Sobrinho: do MDB para o PDT;
  • Hipólito dos Passos de Deus: do MDB para o PRD;
  • Missionária Ivete Ricardi: do Avante para o Republicanos;
  • Beza: do Avante para o PSB;
  • João Felipe: do União Brasil para o PCdoB;
  • Otoniel Teixeira: do PSD para o União Brasil;
  • Rodrigo do Mucambo: do União Brasil para o MDB;
  • Dr. Sileno: do PSD para o PL;
  • Valdimiro José dos Santos Filho: do Podemos para o PDT; e
  • Yure Ramon da Silva Cunha: do MDB para o PRD.

Alguns vereadores optaram por permanecer nos mesmos partidos, mantendo sua linha política:

  • Alcione Rodrigues: União Brasil;
  • Ben-Hir Aires de Santana: PSD;
  • Carmélia da Mata: PP;
  • Dra. Graça: Solidariedade;
  • Rider Castro: União Brasil;
  • Irmã Silma: Republicanos.

Essas mudanças e permanências refletem as estratégias políticas adotadas pelos vereadores em busca de maior alinhamento ideológico, apoio político e melhores condições para exercerem seus mandatos e conquistarem uma reeleição. No entanto, as negociações tanto do governo de Barreiras quanto das oposições ainda não se encerraram. Muita coisa ainda pode acontecer até o dia das eleições e mesmo antes, no período em que começarem as convenções partidárias, com impugnações, contestações e o protagonismo dos “famosos tapetões”, quando caciques políticos de instâncias partidárias superiores possam intervir em atendimento a interesses políticos supostamente maiores.

Uma outra questão que deve ser posta aqui, é que mesmo que determinados candidatos a reeleição de vereador estejam filiados a determinadas agremiações partidárias, isso não os impede de que sua atuação nos bastidores não seja contrária aos interesses políticos e eleitorais do grupo que atualmente comanda a cidade. A dinâmica política na Câmara Municipal de Barreiras seguirá em evolução, com novas articulações e debates acalorados, ou mesmo de bastidores.

Fazem parte da base de sustentação política do governo municipal até o momento, os partidos:

União Brasil, PL, PDT, PRD, Republicanos.

Entre as oposições, próximas ou alinhadas ao governo do estado, estão: PSD, PSB, PCdoB, Solidariedade, isso sem acrescentar os partidos que não dispõem de assento no parlamento, como é o caso do PV, PT e Avante.

No cenário da eleição majoritária em Barreiras, desenha-se neste momento, a possibilidade de cinco candidaturas, Otoniel Teixeira (União), Tito (PT), Emerson Cardoso (Avante), Danilo Henrique (PP) e Karlúcia Macêdo (MDB).

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Zito e Otoniel, em Brasília selam acordo com o PL de Bolsonaro com vista as eleições de 2024

Em barreiras, o indicativo é de nacionalização e polarização para as eleições municipais

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O prefeito de Barreiras é o pré-candidato a prefeito nas eleições deste ano, Zito Barbosa (União-BA) e Otoniel Teixeira (União-BA) seguiram para Brasília, onde foram recebidos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e pelo presidente do PL, Valdemar da Costa Neto para tratar da sucessão ao cargo de prefeito.

A informação vem de postagem feita pelo prefeito em suas redes sociais:

O PL está chegando para somar com nosso projeto em 2024! Ao lado do nosso pré-candidato a prefeito de Barreiras Otoniel, fomos recebidos em Brasília por grandes nomes da política nacional e do partido, como o ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro”.

O presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, recebeu Zito e sua comitiva em ambiente apartado de Bolsonaro, em cumprimento de decisão do STF que proíbe ambos de se comunicarem pois são investigados em diversos escândalos e crimes contra a nação.

Participaram ainda do encontro, o presidente do PL na Bahia, João Roma, o presidente do PL em Barreiras, Comandante Rangel, e o empresário e ex-candidato a deputado federal, José Alípio.

Zito assume o seu lado de cabo eleitoral e principal articulador político de seu escolhido para concorrer ao cargo máximo em Barreiras, Otoniel Teixeira (União- BA).

Por outro lado, fazendo uma análise sobre essa movimentação, Zito impõe a nacionalização e polarização política na cidade de Barreiras, buscando além do PL, outras legendas que são oposição aos governos Federal e estadual.

Analisando o ambiente político-eleitoral e movimentações nos bastidores da cidade, o prefeito Zito que busca uma extensão de seu mandato com Otoniel, não faz, – ao menos neste aspecto – nada diferente de seus opositores.

Recentemente, como noticiou o Caso de Política, tanto os ex-governadores da Bahia, Jaques Wagner e Rui Costa, como o atual governador do estado, Jerônimo Rodrigues (todos do PT) defenderam a união das legendas que integram a base de sustentação na Bahia, priorizando a cidade de Barreiras.

Entre os prefeituráveis de oposição, estão os nomes de Tito (PT), Emerson Cardoso (Avante), Jusmari Oliveira (PSD), Karlucia Macedo (MDB), além de Carmélia da Mata (PSB).

Com essa nacionalização já sendo desenhada, os números e possibilidades de transferência de votos, carecer de uma análise mais aprofundada.

Nas eleições nacionais de 2022, no 1º turno, o presidente Lula (PT) foi o mais votado de Barreiras, recebendo 47.952 votos (58,05%). Jair Bolsonaro (PL) que buscava uma reeleição, 30.197 votos (36,56%).

Presidente 2022 – Barreiras – (1º Turno)

  • Lula (PT): 47.952 votos (58,05%)
  • Jair Bolsonaro (PL): 30.197 votos (36,56%)
  • Simone Tebet (MDB): 1.950 votos (2,36%)
  • Ciro Gomes (PDT): 1.854 votos (2,24%)
  • Soraya Thronicke (UNIÃO): 373 votos (0,45%)
  • Felipe D Avila (Novo): 194 votos (0,23%)
  • Padre Kelmon (PTB): 42 votos (0,05%)
  • Léo Péricles (UP): 12 votos (0,01%)
  • Sofia Manzano (PCB): 10 votos (0,01%)
  • Constituinte Eymael (DC): 9 votos (0,01%)
  • Vera (PSTU): 5 votos (0,01%)
  • Brancos – 1,14%
  • Nulos – 2,25%
  • Abstenções – 17,87%

Governador 2022 – Barreiras (1º Turno)

O hoje governador, Jerônimo Rodrigues (PT) recebeu 32.695 votos (41,75%), ACM (União) 30.101 votos (38,44%) e João Roma (PL): 15.037 votos (19,20%)

  • Jerônimo (PT): 32.695 votos (41,75%)
  • Acm Neto (UNIÃO): 30.101 votos (38,44%)
  • João Roma (PL): 15.037 votos (19,20%)
  • Kleber Rosa (PSOL): 417 votos (0,53%)
  • Giovani Damico (PCB): 43 votos (0,05%)
  • Marcelo Millet (PCO): 11 votos (0,01%) *candidatura anulada – candidato recorre
  • Brancos – 3,47%
  • Nulos – 4,50%

Senado 2022 – Barreiras

O candidato do PSD, Oto Alencar foi o mais votado na cidade, tendo recebido 33.945 votos (47,37%) e conduzido pa um novo mandato de 8 anos.

Os 10 deputados federais mais votados em Barreiras em 2022

Em uma disputa acirrada por uma cadeira na Câmara Federal, a candidata e esposa do prefeito, Marisete (União-BA) foi a mais votada em Barreiras nas eleições nacionais de 2022 tendo recebido 21.573 votos (27,65%). Logo atrás vem o atual pré-candidato a prefeito Tito (hoje no PT) que recebeu 21.183 votos (27,15%).

Oziel Oliveira (PSD) recebeu 4.590 votos (5,88%), Comandante Rangel (PL): 2.731 votos (3,50%) e Zeca Alípio (PTB): 1.649 votos (2,11%).

Presidente – 2022 – Barreiras (2º Turno)

Com o resultado nacional divulgado pelo TSE, passaram para o 2º Turno: Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL).

Nesse 2º Turno das eleições de 2022, Lula (PT) foi o candidato mais votado para a Presidência da República em Barreiras. Ele recebeu 50.058 votos (59,47%) do total da cidade. Já Jair Bolsonaro (PL) foi a escolha de 40,53% dos eleitores e recebeu 34.122 votos

Ao todo, em Barreiras, 3,71% dos eleitores votaram branco ou nulo para presidente

Governador 2022 (2º Turno)

Para o cargo de governador da Bahia, ACM Neto (UNIÃO) recebeu mais votos na cidade. Foram 44.943 votos (54,01%). Seu adversário, Jerônimo (PT), teve a preferência de 38.277 votos dos eleitores (45,99%).

  • Brancos e nulos: 4,37%
  • Abstenção: 16,01%

A missão de articulação tanto de Zito Barbosa, como das oposições não é das mais fáceis.

Bolsonaro, principal cabo eleitoral do PL, enfrenta uma onda de graves acusações na justiça federal, podendo ser inclusive preso.

Po outro lado, o presidente Lula (PT), Jaques Wagner (PT), Rui Costa (PT) e a (Federação Brasil da Esperança, composta por PT, PV e PCdoB), Gilberto Kassab (PSD), Oto Alencar (PSD), Carlos Siqueira (PSB), Luís Tibé (Avante), Edvaldo Nogueira (PCdoB) e Paula Coradi (Psol) tem se mostrados unidos em diversos rincões do Brasil buscando sempre o consenso e objetivos comuns.

Um gesto político relevante que deve ser destacado, é que na capital Salvador, o PT abriu mão de lançar candidatura própria para apoiar o nome  de Geraldo Júnior (MDB) para a disputa de prefeito.

Essas eleições municipais que se avizinham, com a cristalina polarização política em âmbito nacional entre PL e partidos aliados mostrara ao final qual o tipo de projeto de nação os brasileiros desejam. Por fim, o eleitorado nestas eleições, deverá optar por políticas sociais e desenvolvimentistas contra o neoliberalismo econômico.

Projeto de Lei das Fake News apresentado por Orlando Silva é amplamente questionado

Proposta põe em questão as condições de existência da mídia independente no Brasil

Ouça o áudio

 

Repórter ABC | Luís Carlos Nunes – Aprovado sua urgência na Câmara dos Deputados com regime de urgência, o projeto de lei 2630, conhecido como PL das Fake News, vem gerando polêmicas e preocupações quanto à sua tramitação. Prevista para ser votada no próxima terça-feira (02), uma das principais críticas está relacionada à falta de transparência em torno do projeto, uma vez que o substitutivo apresentado pelo relator, deputado Orlando Silva (PCdoB), permaneceu secreto até o dia da votação da urgência. O sigilo em torno do projeto sugere uma estratégia questionável, ainda mais partindo de um parlamentar colocado à esquerda do espectro político.

Confira a íntegra do parecer do PL das Fake News ao final.

A aprovação da urgência, antes de ir a Plenário para votação, implica que o projeto não será examinado nas comissões da Câmara, onde geralmente a sociedade e seus representantes têm a oportunidade de realizar um escrutínio mais cerrado da proposta. Abre-se a oportunidade de examinar as repercussões da propositura, observando seus detalhes com transparência, permitindo a expressão dos interessados, submetendo a exame mais minucioso, suas fragilidades e melhoramentos.

O projeto 2630/20 altera profundamente as condições de funcionamento do ambiente democrático no país, pois ao pretender regrar as plataformas, ele altera as condições de funcionamento da ordem informativa, fundamento do regime democrático. Põe em questão as condições de existência de uma miríade de participantes, inclusive jornais e mídias independentes, que vêm ocupando espaços graças a novas ferramentas de exercício do jornalismo e questionando a hierarquia injusta que historicamente prevaleceu no país.

Um dos principais e mais ferrenhos críticos do projeto é o editor da página Click Política no YouTube, João Antônio, que afirmou em entrevista que a proposta foi feita para atender aos interesses da Globo, que busca os bilhões da publicidade digital. Ele ainda lamentou que isso ocorra no governo de Lula, a quem a imprensa independente ajudou eleger, e afirmou ter sido ameaçado por defender o ex-presidente. Para Antônio, o projeto de combate às fake news é apenas uma desculpa para tirar dos pequenos e dar aos grandes, evidenciando interesses tenebrosos.

Além disso, o senador Ângelo Coronel (PSD-BA), relator do Projeto de Lei das Fake News no Senado, afirmou que não participou das discussões sobre mudanças que ocorreram no texto na Câmara dos Deputados. Segundo ele, as alterações feitas no PL das Fake News prejudicam diversos setores e seguimentos da sociedade.

Com todas essas questões polêmicas em torno do projeto, é importante que haja uma discussão ampla e transparente sobre suas implicações para a democracia e a liberdade de imprensa no Brasil uma vez que o Projeto de Lei 2630/20, apresentado por Orlando Silva, que defende a extensão da imunidade parlamentar para as redes sociais. Isso, será uma verdadeira pá de cal no combate contra as fake news. Caso aprovada, essa extensão de imunidade permitirá que alguns parlamentares continuem a difundir mentiras.

No Brasil, grandes mentiras têm sido divulgadas por diversos políticos. A deputada Carla Zambelli, por exemplo, espalhou informações falsas sobre a morte de Marielle Franco, alegando que a vereadora carioca teria ligações com facções criminosas. O hoje deputado federal Nicolas Ferreira, Nikolas Ferreira divulgou notícia falsa onde afirmava que Lula incentivaria a criminalidade e o uso de drogas por crianças e adolescentes, teria a intenção de censurar redes sociais, patrocinaria “ditaduras genocidas”, fecharia igrejas e promoveria perseguição aos cristãos, defenderia a censura e prenderia cidadãos que fossem às ruas para se manifestar politicamente, e ainda seria a favor do aborto.

O vídeo também compartilhado por outros três apoiadores do candidato Jair Bolsonaro: o senador Flávio Bolsonaro e os deputados Eduardo Bolsonaro e Carla Zambelli.

O ministro do TSE Paulo de Tarso Sanseverino determinou que as redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e Facebook removesse o vídeo em que Nikolas Ferreira disseminou várias notícias falsas sobre o seu adversário, ex-presidente e candidato e atual presidente Lula.

Uma das principais fake news do primeiro turno das eleições nacionais de 2022, partiu do site Antagonista, que divulgou um suposto áudio do traficante Marcola alegando que o líder do PCC dizia preferir Lula a Bolsonaro. O site foi além e deu a manchete: “Exclusivo: em interceptação telefônica da PF, Marcola declara voto em Lula”. 

Em reação, o ministro do STF Alexandre de Moraes determinou que a reportagem fosse retirada do ar. Foi duro: “Tal contexto evidencia, com clareza, a divulgação de fato sabidamente inverídico e descontextualizado, que não pode ser tolerada por esta CORTE, notadamente por se tratar de notícia falsa divulgada na véspera da eleição” disse o ministro.

A decisão determinou “a imediata remoção do conteúdo” dos canais da Jovem Pan e também dos sites Terra Brasil Notícias, Jornal da Cidade Online, dos perfis do presidente Jair Bolsonaro (PL) e dos parlamentares Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Bia Kicis (PL-DF), Carla Zambelli (PL-SP) e Paulo Eduardo Martins (PL-PR) nas redes sociais, assim como blogueiros e youtubers, como Bárbara Destefani, Gustavo Gayer, Kim Paim e Leandro Ruschel. Foi determinada multa diária de R$ 100 mil.

A questão das fake news não é algo novo no Brasil e no mundo. Desde o surgimento da imprensa, já havia preocupações sobre a disseminação de informações falsas. No entanto, com a popularização das redes sociais e a facilidade de compartilhamento de conteúdo, o problema se agravou.

Um caso recente que chamou a atenção foi o da CNN, que divulgou informações falsas sobre investimentos bilionários da Ucrânia, posteriormente desmentidas pelo próprio governo ucraniano.

Entre os políticos brasileiros, um dos mais notórios propagadores de fake news é o ex-presidente Jair Bolsonaro. Desde a sua campanha eleitoral em 2018, Bolsonaro alega que as eleições são fraudulentas e que as urnas eletrônicas são suscetíveis a manipulação. Essas afirmações, no entanto, não possuem nenhuma base factual.

Em 2022, novamente Bolsonaro colocou em dúvida a legitimidade do processo eleitoral, alegando que haveria uma fraude nas eleições presidenciais em curso. Tais alegações foram amplamente refutadas por autoridades eleitorais e por uma investigação realizada pelo TSE, que não encontrou nenhuma evidência de irregularidades.

Além disso, a grande mídia também já cometeu mentiras históricas, como o caso da Revista Veja, que publicou em 2015 uma matéria falsa sobre o ex-presidente Lula e sua suposta propriedade de um apartamento no Guarujá. Outro exemplo foi a cobertura da Rede Globo sobre a eleição de 1989, que manipulou a edição do debate entre Lula e Collor para prejudicar o candidato do PT.

A falta de transparência em torno do projeto, aliada à extensão da imunidade parlamentar para as redes sociais, coloca em questão as condições de existência da ordem informativa e da liberdade de imprensa no Brasil. É necessário que haja uma discussão ampla e transparente sobre as implicações do projeto para a democracia brasileira.

Repórter ABC – A informação passa por aqui

Parecer de Plenário PL 2630.docx (1)