Indiciados pela PF, Valdemar, influenciador argentino, padre e coronéis ficam fora de denúncia da PGR

Investigação aponta rede de aliados de Bolsonaro envolvidos na tentativa de golpe, incluindo militares, assessores e empresários ligados à disseminação de fake news e articulações contra o resultado das eleições de 2022

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou, nesta terça-feira (18), denúncia contra 34 pessoas no inquérito sobre a tentativa de golpe de Estado, deixando de fora dez nomes da lista de indiciados pela Polícia Federal (PF). Entre os que não foram denunciados estão o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, o influenciador argentino Fernando Cerimedo, o padre José Eduardo de Oliveira e Silva e quatro coronéis do Exército.

A exclusão levanta questionamentos sobre os critérios adotados pela PGR, uma vez que todos foram apontados pela PF como participantes do esquema golpista. Além dos nomes retirados, a denúncia de Paulo Gonet incluiu um coronel que não constava na lista original da PF, além de três outros nomes já indiciados anteriormente, como Silvinei Vasques, ex-chefe da PRF, e dois policiais federais.

Nomes excluídos da denúncia
  • Valdemar Costa Neto – Presidente do PL, foi preso em flagrante por posse ilegal de arma durante a investigação sobre a tentativa de golpe. A PF o classificou como parte do “Núcleo de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral”, apontando que financiou e divulgou ações que tentavam legitimar a tese de fraude nas eleições de 2022.
  • Alexandre Castilho Bitencourt da Silva – Coronel do Exército, foi apontado pela PF como suspeito de articular carta que pressionava a cúpula das Forças Armadas a dar um golpe contra Lula.
  • Anderson Lima de Moura – Coronel do Exército, foi apontado pela PF como suspeito de articular carta que pressionava a cúpula das Forças Armadas a dar um golpe contra Lula.
  • Carlos Giovani Delevati Pasini – Coronel da reserva do Exército, foi apontado pela PF como suspeito de articular carta que pressionava a cúpula das Forças Armadas a dar um golpe contra Lula.
  • Laercio Vergilio – Coronel da reserva, segundo a PF, atuou para incitar o golpe. Em depoimento, disse que a prisão de Alexandre de Moraes seria necessária para a “volta da normalidade institucional”.
  • Aparecido Andrade Portella – Tenente da reserva, foi indiciado pela PF em dezembro, ele apareceu no relatório final da PF sobre a trama golpista como um dos interlocutores dos manifestantes que pediam golpe de Estado junto ao governo Bolsonaro. Ele é suplente da senadora Tereza Cristina (PL-MS), que foi ministra da Agricultura na gestão do ex-presidente.
  • Fernando Cerimedo – Influenciador argentino que passou a fazer a fazer lives e publicações logo após a vitória de Lula no segundo turno das eleições que tiveram grande alcance. Ele alegava que as eleições brasileiras teriam sido fraudadas.
  • José Eduardo de Oliveira e Silva – O padre foi citado pela PF como integrante do núcleo jurídico do esquema golpista. Segundo a investigação, ele tem vínculo com pessoas e empresas envolvidas na produção de notícias falsas.
  • Tércio Arnaud Tomaz – Ex-assessor de Bolsonaro, Tércio chegou a ser apontado como o líder do chamado “gabinete do ódio”, responsável por espalhar fake news e outras informações a favor do governo Bolsonaro. Em operação realizada em fevereiro, a PF apreendeu o telefone celular de Tércio na casa de Bolsonaro em Angra dos Reis (RJ).
  • Amauri Feres Saad – O advogado teria participado das discussões sobre a minuta golpista, segundo a PF. Ele foi apontado por Mauro Cid como uma das pessoas que apresentou um documento pedido por Bolsonaro com uma série de considerandos -um compilado de momentos em que, na visão do ex-presidente, a Justiça teria interferido ilegalmente em seu governo.
Bolsonaro pode ser condenado a 43 anos

A PGR enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) denúncia contra Jair Bolsonaro e outros 33 envolvidos na tentativa de golpe. Segundo a peça acusatória, Bolsonaro não só tinha conhecimento da conspiração como atuou diretamente como seu líder. Entre os denunciados, 23 são militares, incluindo o general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e seu candidato a vice em 2022.

Caso condenado, Bolsonaro pode pegar até 43 anos de prisão. Ele e seus advogados negam qualquer envolvimento e alegam falta de provas.

A denúncia lista crimes como tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, organização criminosa armada, dano qualificado contra patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado. O caso agora segue para análise do STF, que decidirá sobre a abertura de uma ação penal.

Conspiração e reunião com cúpula militar

Um dos principais elementos da acusação é a reunião de Bolsonaro com comandantes das Forças Armadas, em 14 de dezembro de 2022. Segundo a PF, o encontro foi uma preparação para o golpe, que não avançou por falta de adesão do Exército. A PGR classificou a reunião como “ato de insurreição em curso”.

Além disso, a denúncia menciona um suposto plano que previa o assassinato de Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes, reforçando a gravidade da tentativa de ruptura democrática.

O STF agora decidirá os próximos passos do caso, com potencial para se tornar o maior processo criminal já enfrentado por um ex-presidente no Brasil.

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Polícia Federal em Barreiras prende homem por abuso sexual infantojuvenil

Foram cumpridos mandados de busca e apreensão e de prisão preventiva

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A Polícia Federal deflagrou, nesta quarta-feira (12/02), a Operação São Nicolau II, com o objetivo de investigar crimes de produção, venda, armazenamento e compartilhamento de vídeos e imagens de abuso sexual infantojuvenil.

Durante a ação, um mandado de busca e apreensão foi cumprido, e um homem foi preso na cidade de São Desidério por compartilhar conteúdos criminosos envolvendo crianças e adolescentes na internet.

O suspeito já havia sido preso anteriormente na primeira fase da operação, realizada em 2023, mas se encontrava em liberdade provisória.

Agora, ele poderá responder por crimes de venda, produção, divulgação e armazenamento de material contendo abuso sexual infantojuvenil, com penas que podem ultrapassar 15 anos de prisão.

Segundo a Polícia Federal, com as investigações seguem para identificar outros possíveis envolvidos na disseminação desse tipo de crime na deep web e nas redes sociais.

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PF autoriza abertura de concurso público para 1.000 novos cargos

Novo concurso público prevê vagas para delegados, peritos, agentes, escrivães e papiloscopistas – além de 192 cargos do PECPF

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A Polícia Federal anunciou, nesta sexta-feira (14/02), a realização de um novo concurso público para o preenchimento de 1.000 vagas em diversas carreiras da corporação. A distribuição será a seguinte:

  • 120 vagas para delegados
  • 69 vagas para peritos criminais
  • 630 vagas para agentes
  • 160 vagas para escrivães
  • 21 vagas para papiloscopistas

A autorização do certame foi oficializada pela portaria nº 19.026-DG/PF, de 13 de fevereiro de 2025, publicada no Diário Oficial da União.

Além disso, o governo federal já havia autorizado, em dezembro de 2024, outro concurso para 192 cargos do Plano Especial de Cargos da Polícia Federal (PECPF), conforme a Portaria MGI nº 9.363, de 5 de dezembro de 2024.

Os editais de ambos os concursos serão divulgados em breve, detalhando requisitos, provas, remunerações e demais informações sobre as seleções.

A realização desses concursos reforça o compromisso da Polícia Federal com o fortalecimento da segurança pública e o aprimoramento da investigação criminal no Brasil.

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Investigações sobre emendas avançam e atingem PL, União Brasil, PSB e PDT

Operações da PF apontam falta de transparência e volume bilionário de recursos ampliam apurações

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – As investigações sobre o uso de emendas parlamentares ganharam força nos últimos anos e se tornaram um foco de operações da Polícia Federal. O aumento expressivo dos valores destinados ao Congresso não apenas intensificou a tensão com o Supremo Tribunal Federal (STF), mas também colocou políticos de diferentes partidos no centro de suspeitas.

Desde 2020, o volume de emendas disparou, alcançando cerca de R$ 150 bilhões — um montante cinco vezes superior aos aproximadamente R$ 30 bilhões utilizados entre 2015 e 2019. Entre essas destinações, a chamada “emenda do relator” se tornou um dos principais pontos de contestação, com R$ 36 bilhões distribuídos sem transparência, fator que tem gerado impasses com o STF.

Com mais dinheiro fluindo para estados e municípios, também aumentou a frequência de operações da PF para apurar possíveis desvios. Desde 2022, pelo menos sete operações já tiveram desdobramentos públicos que atingiram membros do PL, União Brasil, PDT e PSB. Esse número, no entanto, pode ser ainda maior, considerando que diversas investigações seguem sob sigilo no STF e podem resultar em novas ações policiais nos próximos meses.

Na semana passada, foi a vez do PDT entrar na mira. O deputado Afonso Motta (PDT-RS) surgiu na operação Emendafest após seu assessor, Lino Furtado, ser flagrado em conversas com um lobista contratado por um hospital para captar recursos de emendas parlamentares.

No entanto, o PL é o partido que mais aparece entre os alvos. O deputado Josimar Maranhãozinho foi citado em diversas operações — Odoacro, Descalabro, Engrenagem e Emendário — envolvendo destinações de verbas para obras da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), convênios do Ministério da Agricultura e projetos na área da Saúde. O caso resultou em denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Maranhãozinho e os deputados Pastor Gil (PL-MA) e Bosco Costa (PL-SE). Segundo a PGR, o grupo teria exigido R$ 1,6 milhão em propina para liberar R$ 6,6 milhões em emendas ao município de São José do Ribamar (MA).

Além disso, a investigação também atingiu o senador Eduardo Gomes (PL-TO), após um ex-assessor seu ser flagrado cobrando valores de um assessor de Maranhãozinho.

O União Brasil também se tornou um dos principais alvos das operações sobre emendas. O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, foi investigado após a PF encontrar mensagens sobre suas emendas na operação Odoacro. A partir dessas evidências, a PF deflagrou a operação Benesse, que resultou no indiciamento do ministro por desvios em obras de recapeamento asfáltico.

Outro caso envolvendo o União Brasil é a operação Overclean, deflagrada na Bahia, que chegou ao STF após surgirem indícios contra o deputado Elmar Nascimento (União Brasil-BA). Os contratos sob investigação, majoritariamente sem transparência, envolvem o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS).

Já o PSB entrou no radar da PF por meio do deputado Junior Mano, investigado por desvios em emendas destinadas a municípios do Ceará. Na última sexta-feira (14), o ministro Gilmar Mendes cobrou da PF um relatório parcial sobre o caso.

Com novas investigações em andamento e processos ainda sob sigilo, as operações da PF sobre emendas parlamentares devem continuar avançando, atingindo mais nomes e aprofundando o debate sobre a transparência na distribuição desses recursos.

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Ação entre PF e PM prende suspeito com notas falsas em Luís Eduardo Magalhães

Operação conjunta com a Polícia Federal resulta na prisão de homem acusado de falsificação de dinheiro

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Na manhã de quinta-feira (13), a CIPE Cerrado prendeu um homem em Luís Eduardo Magalhães (LEM), acusado de falsificação de moeda, após informações repassadas pela Polícia Federal (PF). Por volta das 12h, a polícia recebeu a denúncia de que um pacote contendo notas falsas de dinheiro chegaria pelos correios na cidade.

A guarnição da CIPE Cerrado se deslocou até o endereço indicado pela PF e, durante a abordagem ao suspeito, encontrou o dinheiro falso. O homem, que não teve a identidade revelada, foi detido em flagrante. O pacote com as cédulas falsificadas foi apreendido como parte da operação.

Após a prisão, o indivíduo e a quantia foram encaminhados à sede da Polícia Federal em Barreiras, onde as medidas legais cabíveis foram adotadas. A operação reforça a cooperação entre as forças de segurança pública na região e o combate ao crime de falsificação de moeda, que afeta diretamente a economia local e regional.

Essa não é a primeira vez em que a Polícia faz esse tipo de prisão. Em outubro de 2023 dois homens foram presos na cidade com R$ 3 mil em notas falsas após uma comunicação da Polícia Federal de que os homens compravam e recebiam dinheiro falso pelos Correios.

Um dos presos confessou que recebia os envelopes e indicou o comparsa, que também foi encontrado pela polícia. Segundo as investigações, o dinheiro era usado em jogos de sinuca e no comércio local.

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Nunes Marques mantém investigação sobre esquema de desvio de emendas do “Rei do Lixo” na Bahia

STF autoriza continuidade das apurações sobre fraude que teria desviado R$ 1,4 bilhão. PF retoma perícia do material apreendido na Operação Overclean.

Caso de Política com O Globo – O ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a continuidade das investigações da Polícia Federal (PF) sobre um suposto esquema de desvio de emendas parlamentares do Orçamento federal, atribuído ao empresário José Marcos de Moura, conhecido como “Rei do Lixo”. A decisão, que impõe sigilo total ao caso, foi tomada na quarta-feira (12), conforme informações da coluna de Malu Gaspar, do jornal O Globo.

O inquérito apura fraudes em licitações e contratos de prefeituras que receberam verbas do Departamento Nacional de Obras contra a Seca (DNOCS), a partir de emendas de parlamentares do União Brasil. As investigações chegaram ao STF em janeiro, após surgirem indícios da participação do deputado Elmar Nascimento (União Brasil-BA). Desde então, o caso estava paralisado à espera de definição sobre o foro adequado para sua tramitação.

Com a decisão de Nunes Marques, a PF retomará a análise dos 144 dispositivos digitais apreendidos na Operação Overclean, incluindo celulares, HDs e notebooks. A expectativa é que o conteúdo desses materiais ajude a esclarecer o esquema e a identificar outros parlamentares possivelmente envolvidos.

Entre as suspeitas em torno de Elmar Nascimento, há indícios de que ele teria recebido um imóvel como pagamento de Moura. Seu primo, o vereador Francisco Nascimento, foi preso na operação e, segundo relatos, teria arremessado R$ 200 mil pela janela ao perceber a chegada dos agentes federais. Além disso, a PF interceptou um avião em Brasília carregando mochilas com dinheiro, supostamente remetido por integrantes do esquema.

As investigações apontam que o grupo criminoso teria desviado cerca de R$ 1,4 bilhão em verbas de emendas destinadas ao DNOCS, utilizando contratos fraudulentos para lavagem de dinheiro. Moura, empresário com forte atuação no setor de limpeza urbana na Bahia, era membro da Executiva Nacional do União Brasil e mantinha relações próximas com figuras influentes do partido, como Antonio Rueda e ACM Neto. Sua prisão gerou apreensão nos bastidores políticos, diante da possibilidade de um acordo de delação premiada que comprometeria lideranças com mandato.

Pouco mais de uma semana após serem detidos, Moura e outros investigados foram soltos por decisão da desembargadora Danielle Maranhão, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região. Apesar disso, as investigações continuam e voltaram ao STF devido às menções a Elmar Nascimento.

O relatório da PF também cita Ana Paula Magalhães de Albuquerque Lima, chefe de gabinete do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). Segundo as investigações, ela teria atuado na liberação de emendas que favoreceram empresas de Moura, incluindo um repasse de R$ 14 milhões no último dia do orçamento de 2023. O montante foi autorizado pelo Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional, comandado por Waldez Góes, indicado por Alcolumbre.

A Polícia Federal segue analisando as provas para avançar nas apurações sobre o esquema, que envolve figuras centrais do União Brasil e recursos federais direcionados a prefeituras pelo DNOCS.

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Operação EmendaFest da PF investiga desvio de emendas e mira deputado do PDT

PF cumpre mandados em cinco cidades gaúchas e em Brasília; investigação apura repasses ao Hospital Ana Nery e pagamentos a lobista

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (13) a Operação EmendaFest para apurar desvios de recursos públicos por meio de emendas parlamentares destinadas ao Hospital Ana Nery, em Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul. Foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão em Estrela, Rosário do Sul, Santa Cruz do Sul, Venâncio Aires, Lajeado e Brasília. A ação foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino e tem como foco emendas do deputado federal Afonso Motta (PDT-RS).

Durante as diligências, os agentes localizaram cerca de R$ 350 mil em dinheiro e dois celulares ocultados no forro de um escritório. A investigação revelou um contrato que previa uma “contrapartida” de 6% dos valores captados para emendas, supostamente intermediado por Cliver André Fiegenbaum, apontado como lobista. O documento indicava que os pagamentos seriam feitos em até 30 dias após o recebimento dos recursos pela entidade beneficiária.

Fiegenbaum mantinha relação próxima com Lino Rogério, então secretário parlamentar de Motta. Conversas extraídas do celular do lobista sugerem que ele intermediava a destinação de emendas em troca de vantagens indevidas. No aparelho, também foram encontradas três notas fiscais de serviço que somam R$ 509,4 mil, emitidas pelo hospital entre julho de 2023 e fevereiro de 2024, com a descrição “referente captação de recursos através de indicações de emendas parlamentares”.

As investigações apontam que, entre novembro de 2023 e janeiro de 2024, três emendas parlamentares de Motta destinaram aproximadamente R$ 1 milhão ao hospital. Em um dos áudios recuperados pela PF, Fiegenbaum menciona pagamentos e reforça a continuidade dos repasses:

“Os pequenos eu posso complementar e botar mais 10 em cima. Pra tu confiar na parceria e eu quero continuar com a tua parceria ano que vem”.

Funcionários do hospital também são suspeitos de atuar na intermediação desses recursos em troca de vantagens financeiras. Embora o deputado não tenha sido alvo direto das buscas, o ministro Dino considerou que a investigação deve permanecer sob a competência do STF por envolver verbas federais destinadas por um parlamentar.

A assessoria de Afonso Motta afirmou que ele ainda não teve acesso aos autos da investigação e que não houve mandado de busca e apreensão em seu nome ou em seu gabinete. Informou ainda que o secretário parlamentar investigado foi exonerado.

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Operação Overclean: Nunes Marques decreta sigilo total em investigação sobre o ‘Rei do Lixo’

Decisão do ministro impede qualquer consulta pública ao caso que envolve o deputado Elmar Nascimento e suspeitas de desvios por emendas parlamentares

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou sigilo total nas investigações da Operação OverClean, ampliando ainda mais as restrições sobre um caso já coberto por segredo de Justiça. A decisão, tomada nesta quarta-feira (12), impede qualquer acesso público aos autos e restringe as informações apenas ao gabinete do ministro e ao Ministério Público Federal (MPF).

A operação OverClean apura desvios de recursos públicos por meio de emendas parlamentares e teve origem na Bahia teve início na Bahia, mas foi remetida ao STF após as investigações apontarem a participação do deputado federal Elmar Nascimento (União Brasil-BA).

A escolha do relator gerou controvérsias. A PF havia solicitado que o processo fosse distribuído ao ministro Flávio Dino, responsável por outras investigações ligadas a emendas parlamentares. No entanto, o sorteio levou o caso para Nunes Marques, e o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, manteve a relatoria, garantindo que o processo permanecesse sob a condução do ministro.

Com a nova medida, qualquer movimentação no inquérito ficará inacessível ao público em uma investigação que desperta atenção por envolver o uso de recursos públicos.

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Elmar Nascimento acusado de corrupção se irrita ao ser questionado sobre aluguel de imóveis: “Vai tomar no c*, pô”

O deputado do União-BA aluga uma casa de luxo em Trancoso, Porto Seguro (BA), do empresário Gervásio Meneses de Oliveira, acusado de corrupção. Elmar, que está sob investigação da PF, se recusou a informar detalhes do aluguel e ameaçou processar a reportagem

Caso de Política com UOL – O deputado federal Elmar Nascimento (União-BA), que atualmente está sob investigação da Polícia Federal por uma compra de imóvel em Salvador, aluga uma casa de luxo em Trancoso, Porto Seguro (BA), de um empresário denunciado por corrupção. A informação foi divulgada pela reportagem do UOL, que buscou esclarecimentos sobre o valor do aluguel, mas tanto o parlamentar quanto o empresário se recusaram a informar a quantia.

Em resposta ao questionamento da reportagem, Elmar Nascimento reagiu de forma agressiva: “Você olhou no meu Imposto de Renda que eu tenho uma empresa, que eu tenho duas empresas? Você sabe quanto é que a minha empresa me dá? Vá procurar o que fazer, minha filha. Tá apaixonada por mim, é? Vai tomar no c*, pô”, disparou o deputado.

O imóvel alugado por Elmar ocupa um terreno de 3.900 m², com uma área construída de 318,5 m². Em outubro de 2023, foi adquirido em leilão judicial pelo empresário Gervásio Meneses de Oliveira por R$ 4,1 milhões, com entrada de R$ 1 milhão e 30 parcelas de R$ 103 mil. A propriedade está localizada em um condomínio reservado, com vista para o mar, deque com piscina, a cerca de dez minutos da praia, e foi reformada após a compra por um escritório de arquitetura de luxo.

De acordo com o UOL, os aluguéis na região podem atingir até R$ 100 mil por mês. Questionado sobre o valor do aluguel, Elmar evitou dar uma resposta e ameaçou processar a reportagem caso a matéria fosse publicada. Em sua declaração de patrimônio à Justiça Eleitoral de 2022, o deputado informou possuir bens no total de R$ 2,3 milhões, incluindo uma casa em Salvador e participações em uma distribuidora de bebidas e em uma empresa agropecuária.

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União Brasil celebra manutenção de Nunes Marques na relatoria da Overclean

Decisão de Barroso frustra PF e mantém investigação sobre desvios na Bahia com ministro nomeado por Bolsonaro

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Caciques do União Brasil comemoraram a decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, que manteve com o ministro Nunes Marques a relatoria da Operação Overclean. A investigação apura desvios de verbas de emendas parlamentares na Bahia e irregularidades em contratos do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), com um prejuízo estimado de R$ 1,4 bilhão aos cofres públicos.

A Polícia Federal havia solicitado a redistribuição do caso para o ministro Flávio Dino, que conduz investigações sobre o uso de emendas parlamentares. No entanto, Barroso rejeitou o pedido, alegando que não há conexão direta entre os casos e que a relatoria deve permanecer com Nunes Marques, sorteado inicialmente para o processo. A decisão foi respaldada por pareceres técnicos da Secretaria Judiciária do STF e pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que defendeu a livre distribuição da ação.

A investigação foi remetida ao STF após suspeitas recaírem sobre um deputado federal, garantindo-lhe prerrogativa de foro. A operação já identificou um sofisticado esquema de corrupção, no qual empresas de fachada e laranjas eram utilizadas para fraudar contratos públicos e lavar dinheiro oriundo de emendas parlamentares e convênios. Em 2024, suspeitos do esquema movimentaram R$ 825 milhões apenas em contratos firmados com órgãos públicos.

Entre os principais alvos da investigação estão políticos e empresários que operavam o esquema de desvios. Os empresários Alex Rezende Parente e Fábio Rezende Parente são apontados como articuladores do esquema, juntamente com José Marcos de Moura, conhecido como o “Rei do Lixo”. Empresário do ramo de limpeza urbana, Moura operava contratos em 17 estados e fazia parte do diretório e da executiva nacional do União Brasil, partido liderado por ACM Neto. Registros mostram que ele esteve na Câmara dos Deputados ao menos 27 vezes em dois anos, participando de reuniões na liderança da sigla.

Além de Moura, no setor público a PF mira Lucas Lobão, ex-coordenador do DNOCS na Bahia durante o governo Bolsonaro, e Rafael Guimarães de Carvalho, atual coordenador do órgão no estado, acusado de favorecer empresas em contratos superfaturados. Também estão sob investigação Francisquinho Nascimento, vereador de Campo Formoso e primo do deputado federal Elmar Nascimento (União Brasil), e Flávio Henrique de Lacerda Pimenta, servidor da Secretaria de Educação de Salvador.

Durante as diligências, foram apreendidos mais de R$ 3 milhões em espécie, 23 carros de luxo, três barcos, três aeronaves, seis imóveis de alto padrão, além de relógios e joias. Os crimes investigados incluem corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitações e contratos, lavagem de dinheiro e obstrução da justiça.

Diante do avanço da investigação, a cúpula do União Brasil discute a possível expulsão de José Marcos de Moura do partido, na tentativa de se desvincular do escândalo. O desfecho da disputa judicial gerou reações políticas, sobretudo entre lideranças da sigla, que viram na manutenção de Nunes Marques um alívio. O ministro, indicado ao STF pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, tem sido alvo de críticas por decisões alinhadas à ala conservadora e por posições que, em alguns casos, beneficiam investigados ligados ao centrão.

Nos bastidores, a decisão de Barroso é interpretada como um revés para a PF, que esperava ampliar o escopo das investigações sob a condução de Dino. A Operação Overclean segue em andamento, com desdobramentos que podem atingir novas figuras políticas ligadas ao esquema.

Leia a íntegra da decisão.

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