“Caguei para prisão”, diz Bolsonaro após denúncia da PGR

Em primeiro discurso após ser denunciado pela PGR, ex-presidente ignora possível condenação e foca em estratégia digital do partido para as próximas eleições

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quinta-feira (20) que não se preocupa com uma eventual condenação no processo em que é acusado de tentar impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Durante evento do Partido Liberal (PL) em Brasília, Bolsonaro reagiu com desdém à possibilidade de ser preso.

“Caguei para prisão”, declarou.

A fala ocorre dois dias após a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentar uma denúncia contra o ex-presidente e outros 33 aliados, sob a acusação de conspirar contra o Estado Democrático de Direito. Bolsonaro é acusado de cinco crimes: tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, participação em organização criminosa armada, dano qualificado contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.

Especialistas estimam que as penas somadas podem variar entre 12 e 43 anos de prisão, caso o ex-presidente seja condenado. A defesa de Bolsonaro nega as acusações e afirma que a denúncia tem motivação política.

O evento do PL, intitulado “1º Seminário Nacional de Comunicação do Partido Liberal”, reuniu políticos da sigla e representantes de grandes plataformas digitais, como Google, X (ex-Twitter) e Kwai. O foco do encontro foi traçar estratégias para as eleições municipais de 2026. Entre os temas abordados estavam a segmentação de conteúdo, métodos de impulsionamento digital e a organização de campanhas online.

A programação incluiu painéis sobre engajamento digital e discursos de diversas lideranças do PL. Entre os presentes estavam Valdemar Costa Neto, presidente do partido; o senador Rogério Marinho (PL-RN); e o deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder da bancada na Câmara. Bolsonaro e Valdemar, no entanto, não se encontraram, pois estão impedidos de manter contato por decisão judicial.

No local, banners destacavam a relação entre as big techs e o partido. “O Partido Liberal e as big techs unidos pela liberdade de expressão” e “As maiores big techs do mundo com o maior partido do Brasil” eram algumas das frases expostas.

Bolsonaro também usou o evento para reforçar a mobilização para os protestos do dia 16 de março e defender a aprovação do projeto de anistia a envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. O ex-presidente segue inelegível até 2030, mas busca manter sua influência política dentro da sigla.

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PP deve retornar à base de Jerônimo após acordo entre Jaques Wagner e Ciro Nogueira

Negociações avançam e PP deve oficializar apoio ao governo Jerônimo Rodrigues, garantindo o comando da Seplan e do Detran com total autonomia

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O Partido Progressista (PP) está prestes a oficializar seu retorno à base do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT). O entendimento foi consolidado após uma conversa entre o senador Jaques Wagner (PT) e o presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PI). No diálogo, Ciro garantiu que a direção do partido no estado tem autonomia para formalizar a aliança, sem interferências da cúpula nacional.

O acordo prevê a entrega da Secretaria de Planejamento (Seplan) e do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) ao PP, com gestão em “porteira fechada”. Cláudio Cajado (PP) será responsável pela indicação do novo titular da Seplan, enquanto Mário Negromonte Júnior, presidente estadual da legenda, indicará o comando do Detran. Entre os nomes cotados, destacam-se Andréia Xavier, ex-prefeita de Dias D’Ávila, e Edson Antonio de Souza Pinto, conhecido como Binho, assessor de Cajado. Para o Detran, o favorito é Gilvan Lima, ex-diretor da Companhia de Engenharia Hídrica e de Saneamento (Cerb) e primo de Negromonte Júnior.

As articulações ganharam corpo nos últimos meses e devem ser oficializadas após o Carnaval. O governador Jerônimo Rodrigues ainda se reunirá com Mário Júnior para selar a entrada oficial do partido em sua base. Paralelamente, a Executiva estadual do PP será consultada antes do anúncio definitivo.

A adesão do PP ao governo petista marca uma reaproximação estratégica, encerrando o distanciamento iniciado antes das eleições de 2022. A maioria dos prefeitos pepistas apoia a decisão, incluindo Zé Cocá, de Jequié, que já abriu canais de diálogo com Jerônimo. No entanto, ainda há resistências dentro da sigla, principalmente de Cacá Leão, deputado federal João Leão e Jabes Ribeiro, que defendem a permanência do partido no grupo de ACM Neto (União Brasil).

O cenário também é observado de perto pelos cinco vereadores do PP em Salvador, que mantêm alinhamento com a Prefeitura, mas demonstram insatisfação com Bruno Reis e Cacá Leão. Entre eles, Maurício Trindade e Sidninho têm sinalizado incômodo com a atual gestão.

Com a definição da nova composição política, o PP busca fortalecer sua presença nas eleições de 2026 e ampliar espaço nas disputas proporcionais. A formalização da adesão do partido ao governo Jerônimo Rodrigues deve ocorrer até março.

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STF anula processos da Lava Jato contra Antônio Palocci por reconhecer conluio entre Moro e procuradores

Decisão reforça abusos da operação e expõe conluio entre acusação e o ex-juiz Sérgio Moro

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), anulou todos os atos da extinta operação Lava Jato contra o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci. A decisão reconhece o conluio entre o ex-juiz Sergio Moro e procuradores do Ministério Público Federal (MPF), invalidando processos desde a fase pré-processual.

A medida estende entendimentos anteriores do STF sobre ilegalidades cometidas na condução da operação, embasadas em diálogos obtidos na Operação Spoofing. Embora as ações contra Palocci tenham sido anuladas, a decisão não interfere no acordo de colaboração premiada firmado pelo ex-ministro.

A defesa de Palocci, representada pelos advogados Tracy Reinaldet, Matteus Macedo e Leonardo Castegnaro, apontou que os diálogos revelam uma coordenação imprópria entre juiz e procuradores para garantir a persecução penal. Mensagens trocadas entre os membros da Lava Jato mostram que Palocci foi alvo de julgamentos prévios e desqualificações pessoais, evidenciando a parcialidade do processo. Em uma das conversas, a procuradora Laura Tessler questiona como Palocci deveria ser citado em documentos oficiais, ao que o procurador Antônio Carlos Welter responde: “Es-croque”. Em seguida, Deltan Dallagnol complementa: “Safado”.

Na decisão, Toffoli reforçou que a atuação de Moro e dos procuradores violou direitos fundamentais e comprometeu a lisura dos processos judiciais.

“O necessário combate à corrupção não autoriza o fiscal e o aplicador da lei a descumpri-la”, afirmou o ministro, lamentando o comportamento de Moro, Dallagnol e outros membros do MPF.

O veredicto amplia o desgaste da Lava Jato, que já teve diversas de suas decisões anuladas pelo STF em função de irregularidades processuais e desrespeito ao devido processo legal.

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Vereador Tatico cobra pavimentação no Buritis 2 e destaca avanço das obras do novo hospital de Barreiras

Vereador aponta situação precária no bairro e defende planejamento para evitar desperdício de recursos

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Durante a sessão da Câmara Municipal desta terça-feira (18), o vereador Tatico fez um apelo formal ao prefeito Otoniel Teixeira para a pavimentação do bairro Buritis 2. O parlamentar afirmou que a comunidade enfrenta condições precárias devido à falta de asfalto e ressaltou que soluções temporárias, como o uso de cascalho e a passagem de motoniveladoras, são ineficazes diante das chuvas intensas que agravam a erosão das ruas.

O bairro Buritis 2 está em uma situação deplorável. Passaram a motoniveladora, jogaram cascalho, mas quando chove, as erosões tornam as ruas intransitáveis”, declarou o vereador, solicitando o apoio dos colegas para aprovação da indicação e a atenção do prefeito.

Tatico também alertou para a importância do planejamento na execução da obra, enfatizando que a pavimentação deve ocorrer apenas após a instalação da rede de esgoto. Segundo ele, a Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) já está atuando na região e deve concluir as obras nos próximos dias.

“Não é correto asfaltar para depois quebrar. Graças a Deus, a Embasa já está lá trabalhando, e em poucos dias o esgoto estará pronto”, destacou.

Cobrança por mais agilidade em reparos de vias

Ainda na tribuna, o vereador relatou uma reunião recente com Marcos Rogério, gerente regional da Embasa, e Catarina, gerente local, na qual questionou a demora na realização de reparos em vias danificadas por obras da empresa.

De acordo com Tatico, um antigo convênio entre a prefeitura e a Embasa foi suspenso, o que interrompeu os reparos por um período. Com a retomada do acordo, a responsabilidade voltou à infraestrutura municipal, que deve providenciar soluções mais rápidas.

“A Embasa alega que sua especialidade é a instalação de tubulações, não há correção do asfalto. Agora, cabe à infraestrutura garantir que esses buracos sejam tampados o mais rápido possível”, explicou.

O parlamentar também fez uma orientação à população, destacando que reclamações devem ser formalizadas antes de serem levadas às redes sociais ou às rádios. Ele recomendou que os moradores registrem protocolos junto à Embasa ao perceberem problemas em suas ruas.

Visita ao novo hospital municipal

Tatico também acompanhou, ao lado dos vereadores Hipólito e Valdimiro e da secretária de Saúde Larissa, o andamento das obras do futuro Hospital Municipal Edsonina Neves de Souza. O vereador, que tem experiência na construção civil, elogiou a estrutura e destacou a modernidade do projeto.

Fiquei admirado com a magnitude da obra. Todas as alas estão bem definidas, e o hospital será um grande avanço para a saúde de Barreiras, ajudando a desafogar a UPA e o Hospital Eurico Dutra”, afirmou.

O vereador explicou que a unidade funcionará sob um modelo de Parceria Público-Privada (PPP) e que os atendimentos serão feitos por regulação, garantindo um fluxo organizado de pacientes. Ele ainda mencionou o trabalho do engenheiro responsável pela obra e desejou sucesso ao projeto.

“Vou torcer para que essa PPP funcione bem, pois o hospital foi muito bem pensado. Vi um verdadeiro show de engenharia lá”, concluiu.

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Empresário acusa grupo de Milei de cobrar propina de US$ 5 milhões para promover criptomoeda

Denúncia aponta que pessoa próxima ao presidente teria recebido pagamento milionário para impulsionar golpe financeiro

Caso de Política, com informações da C5N – O governo de Javier Milei enfrenta mais uma crise após a denúncia de que uma pessoa próxima ao presidente teria recebido US$ 5 milhões para promover a criptomoeda $Libra. A revelação foi feita pelo jornalista e economista argentino Alejandro Bercovich, em seu programa La ley de la selva, da emissora C5N. A acusação tem como base informações do empresário Diógenes Casares, especialista em finanças descentralizadas e filho do investidor Wenceslao Casares, que afirma ter tido acesso a detalhes do esquema.

A denúncia surge em meio a um escândalo financeiro que, segundo relatos, teria prejudicado milhares de investidores. Após a promoção feita por Milei, a criptomoeda perdeu valor rapidamente, levantando suspeitas sobre manipulação e favorecimento indevido.

Bastidores da suposta fraude e o pagamento milionário

Diógenes Casares revelou que, antes de Milei mencionar publicamente a $Libra, já circulavam informações sobre o lançamento de uma criptomoeda associada ao presidente argentino. Segundo ele, rumores indicavam a criação de um “token meme” vinculado ao governo, mas, ao consultar fontes oficiais, recebeu a garantia de que não havia envolvimento do governo com esse tipo de ativo.

No entanto, ao aprofundar sua investigação, Casares descobriu que integrantes do governo confirmaram a ideia inicial de um token chamado $Afuera, que teria sido concebido para arrecadar fundos destinados à chamada “batalha cultural” de Milei. O projeto, porém, não foi adiante.

A reviravolta veio quando Casares foi informado de que alguém próximo ao presidente teria aceitado um suborno de US$ 5 milhões para viabilizar a promoção da criptomoeda $Libra.

“Isso não significa que Milei tenha recebido dinheiro diretamente, mas sim que uma pessoa muito próxima a ele aceitou esse pagamento para garantir que o presidente promovesse a moeda”, afirmou Casares.

Milei minimiza a crise, mas denúncias aumentam

A denúncia se intensificou poucos dias depois de Javier Milei tentar reduzir a gravidade do escândalo, afirmando que menos de cinco mil pessoas teriam sido afetadas pelo golpe da $Libra. O jornalista Alejandro Bercovich contestou a versão do presidente, classificando o episódio como “um escândalo que sacode a Argentina e parte do mundo”.

“O dia dos namorados foi marcado por um presidente promovendo um golpe com criptomoedas, que gerou US$ 110 milhões em ganhos para alguém do entorno de Milei”, declarou Bercovich.

A revelação aumenta a crise de confiança no governo argentino, que já enfrenta desafios políticos e econômicos. O suposto envolvimento direto ou indireto de Milei em um esquema fraudulento amplia a instabilidade da gestão, enquanto novas denúncias e investigações continuam surgindo.

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Pesquisa Atlas/Intel indica Lula como favorito em todos os cenários para 2026

Levantamento mostra o presidente liderando contra diferentes candidatos da direita, incluindo Tarcísio de Freitas e Eduardo Bolsonaro

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aparece como favorito para a eleição presidencial de 2026 em todos os cenários simulados pela pesquisa Atlas/Intel, divulgada nesta terça-feira (11). O levantamento, realizado entre 27 e 31 de janeiro, entrevistou 3.125 pessoas por meio de questionário online geolocalizado e tem margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

No cenário que repete os principais nomes da eleição de 2022, Lula lidera com 44% das intenções de voto, contra 40,6% do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que atualmente está inelegível. Simone Tebet (MDB) aparece com 4,9%, e Ciro Gomes (PDT), com 4,5%. Apesar da inelegibilidade de Bolsonaro, seu nome ainda figura como principal alternativa da direita, refletindo sua influência sobre o eleitorado conservador.

A pesquisa também testou cenários em que a direita lança outros nomes. Contra o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), Lula venceria por 41,1% a 26,2%. Nessa disputa, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), aparece com 5,9%, seguido pelo cantor Gusttavo Lima (5,6%), Simone Tebet (4,1%), o senador Sergio Moro (3,3%), o coach Pablo Marçal (2,4%), a ministra Marina Silva (1,4%) e o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (0,9%).

Em outro cenário, com Eduardo Bolsonaro (PL) como principal candidato da direita, Lula venceria por 40% a 24,2%. Ronaldo Caiado cresceria para 7,5%, enquanto Gusttavo Lima teria 5,2%. Tebet (4,4%), Moro (4,2%), Marçal (3,4%), Marina (2,2%) e Leite (1,5%) completam a lista.

Os números reforçam a dificuldade da oposição em encontrar um nome competitivo fora da influência bolsonarista. Enquanto Tarcísio de Freitas é visto como uma alternativa viável dentro do espectro conservador, Eduardo Bolsonaro demonstra a força do nome da família entre os eleitores da direita. A presença de Gusttavo Lima na pesquisa ilustra a busca por figuras populares fora da política tradicional, estratégia já explorada com sucesso por outsiders como Donald Trump nos Estados Unidos.

Com um cenário ainda indefinido e a direita fragmentada entre diferentes possibilidades, a pesquisa sugere que Lula mantém vantagem significativa para 2026. No entanto, a corrida eleitoral ainda está distante, e a construção de candidaturas pode redefinir o equilíbrio de forças nos próximos anos.

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Senado aprova Lei Orgânica das PMs e Bombeiros com novas regras para atuação política

Repórter ABC | luís Carlos Nunes – Em uma sessão realizada nesta terça-feira (7), o Plenário do Senado Federal deu o sinal verde ao projeto que estabelece a Lei Orgânica Nacional das Polícias Militares e dos Corpos de Bombeiros dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios (PL 3.045/2022). O senador Fabiano Contarato (PT-ES) atuou como relator da matéria, que agora aguarda a sanção presidencial para se tornar lei.

Este projeto, aprovado pelo Senado, reforça a proibição rigorosa que impede policiais e bombeiros de se filiarem a partidos políticos ou sindicatos, seguindo os preceitos estabelecidos pela Constituição, que já abrange essa proibição para os membros das Forças Armadas. Agora, a nova lei amplia essas restrições para os PMs e bombeiros. De acordo com a legislação, esses profissionais não poderão se apresentar em eventos político-partidários portando armas ou vestindo seus uniformes, a menos que estejam em serviço. Além disso, ficam vedados de expressar opiniões político-partidárias publicamente, incluindo em redes sociais, fazendo uso de suas fardas, patentes, graduações ou símbolos da corporação.

O projeto também estabelece regras específicas para os militares que desejam se candidatar a cargos eletivos. Se um policial tiver menos de 10 anos de serviço, ele será afastado do serviço ativo no dia seguinte ao registro de sua candidatura na Justiça Eleitoral. Por outro lado, militares com mais de 10 anos de serviço passarão para a reserva remunerada somente se forem eleitos, no dia de sua diplomação, recebendo uma remuneração proporcional ao tempo de serviço prestado.

As Polícias Militares e os Corpos de Bombeiros permanecerão sob a subordinação dos governadores estaduais, e os detalhes de sua organização serão determinados por meio de lei, com iniciativa desses governantes, desde que observem as normas gerais estipuladas no projeto e os princípios que regem a organização das Forças Armadas.

O senador Fabiano Contarato destacou a importância deste projeto ao apontar que os policiais militares ainda eram regidos por um decreto-lei de 1969, contendo disposições desatualizadas e, por vezes, conflitantes com a Constituição Federal. Ele enfatizou que os policiais devem ser encarados como protetores de direitos, não como violadores, e considerou a aprovação da lei uma homenagem aos “guerreiros e heróis” que compõem as forças de segurança do Brasil.

O texto também delega ao Executivo federal a responsabilidade de definir, por meio de decreto, os termos utilizados no projeto, tais como segurança pública, ordem pública, preservação da ordem pública, poder de polícia, polícia ostensiva, polícia de preservação da ordem pública, Defesa Civil, segurança contra incêndio, prevenção e combate a incêndio, pânico e emergência, busca, salvamento e resgate, e polícia judiciária militar.

Além disso, a proposta assegura uma série de direitos aos militares, sejam eles da ativa, da reserva remunerada ou aposentados, incluindo o uso exclusivo de uniformes, insígnias e distintivos, porte de arma, assistência jurídica em casos de acusações de infrações penais, civis ou administrativas decorrentes do exercício de suas funções, seguro de vida e acidentes em situações relacionadas ao trabalho, e assistência médica, psicológica, odontológica e social para os militares e seus dependentes.

O projeto ressalva que algumas competências serão compartilhadas com outros órgãos e instituições municipais. Por exemplo, a perícia do Corpo de Bombeiros só será realizada após a liberação do local de incêndio por um perito criminal, com a finalidade de fornecer informações relevantes para o sistema de segurança contra incêndio e garantir a conformidade com as normas técnicas vigentes.

O projeto também abraça o princípio do uso moderado e proporcional da força por parte dos agentes de segurança pública, em conformidade com os documentos internacionais que protegem os direitos humanos, dos quais o Brasil é signatário, e que já haviam sido incorporados na Lei 13.675, de 2018, que instituiu a Política Nacional de Segurança Pública e Defesa Social.

Este desenvolvimento legislativo marca um passo significativo na regulamentação das forças de segurança do Brasil, buscando garantir uma atuação profissional e imparcial em prol da segurança pública e dos direitos dos cidadãos.

Guto Volpi visita Brasília em busca de investimentos para Ribeirão Pires

O Novo PAC Seleções é destinado a estados e municípios e prevê investimentos de R$ 65,2 bilhões em sua primeira fase

Repórter ABC | Luís Carlos Nunes – O prefeito de Ribeirão Pires, Guto Volpi (PL), fez uma visita a Brasília no dia 27 de setembro com o propósito de buscar financiamento para o município que administra. Durante sua estadia na capital federal, Guto Volpi contou com a companhia do ex-prefeito Clóvis Volpi e aproveitou a oportunidade para se reunir com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.

A iniciativa foi anunciada pelo prefeito em suas redes sociais, onde expressou sua gratidão ao ministro Padilha pelo diálogo construtivo e pela hospitalidade. A viagem a Brasília coincidiu com o lançamento do “Novo PAC Seleções” pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, um programa voltado para estados e municípios, que prevê um vultoso investimento de R$ 65,2 bilhões. Este programa proporcionará a estados e municípios a oportunidade de apresentar propostas para novas obras, com o período de inscrição estipulado entre 9 de outubro e 10 de novembro.

O “Novo PAC – Seleções” inclui a abertura de editais para projetos adicionais, além dos previamente anunciados. Na primeira fase, o governo pretende alocar esse montante de R$ 65,2 bilhões para 27 modalidades de projetos, que serão coordenados pela Casa Civil da Presidência da República e executados pelos ministérios das Cidades, Saúde, Educação, Cultura, Justiça e Esporte, com a supervisão da Casa Civil.

Desde o lançamento do “Novo PAC” em agosto, o governo tem realizado eventos em diferentes estados para detalhar os projetos planejados e os recursos destinados a cada região. O programa tem como principais metas a retomada de obras públicas paralisadas e a aceleração das obras em andamento. Além disso, prevê investimentos em novos empreendimentos em pelo menos seis áreas. Uma característica distintiva desta edição do programa é a intenção do governo em estabelecer parcerias com o setor privado, com a perspectiva de atingir um investimento total de até R$ 1,7 trilhão, combinando recursos públicos e privados, para concretizar essas obras. O objetivo primordial é impulsionar o crescimento econômico e promover o desenvolvimento sustentável em todo o país.

Com receio, cerca de 23% dos brasileiros evitam discutir política no âmbito familiar, revela pesquisa

No contraponto, 40% nunca deixa de expressar suas opiniões sobre assuntos políticos

Repórter ABC – Uma pesquisa conduzida pelo Instituto Sivis, entre 6 de maio e 9 de junho de 2023, com uma amostra de 1.128 indivíduos maiores de 18 anos, por meio de entrevistas telefônicas e encontros presenciais, apresentou um dado notável: cerca de 23% dos cidadãos brasileiros optam por não expressar suas opiniões políticas ao interagir com membros de suas famílias, seja ocasionalmente ou de maneira contínua, devido ao receio de possíveis reações desfavoráveis.

Entre os entrevistados, 21% revelaram que, de tempos em tempos, evitam discutir política por preocupação com as reações de seus familiares. Por outro lado, apenas 16% raramente deixam de abordar questões políticas, enquanto uma parcela significativa de 40% nunca deixa de expressar suas opiniões sobre assuntos políticos, de acordo com informações reportadas pela Folha de S. Paulo.

A pesquisa conduzida pelo Instituto Sivis teve como objetivo principal analisar a prática da autocensura entre as pessoas em diferentes contextos sociais.

Além disso, o estudo investigou se esse receio de expressar opiniões políticas se estende a outros cenários, como nas interações com amigos, colegas de trabalho e nas redes sociais. Os resultados apontaram uma tendência semelhante: 22% dos entrevistados frequentemente ou sempre evitam manifestar suas opiniões políticas em conversas com amigos, enquanto 23% fazem o mesmo no ambiente de trabalho e 25% replicam esse comportamento nas redes sociais.

Os participantes também foram questionados sobre o temor de serem alvos de perseguição ou represálias por parte de autoridades devido a críticas públicas a políticos ou políticas públicas. Conforme a pesquisa, 17% dos entrevistados afirmaram sentir esse temor frequentemente ou sempre.

Esses dados destacam uma dinâmica social marcada por um considerável grau de inibição no que diz respeito à expressão de opiniões políticas, seja no ambiente familiar, nas relações de amizade, no ambiente de trabalho ou nas plataformas virtuais, evidenciando um aspecto notável do cenário político e social brasileiro.

Vereadora Márcia Gomes manifesta repúdio à privatização da CPTM durante sessão da Câmara de Ribeirão Pires

Impactos sociais, econômicos e culturais da privatização da CPTM são discutidos em sessão

Ouça o áudio

 

Repórter ABC | Luís Carlos Nunes – Representantes do Sindicato dos Ferroviários de São Paulo marcaram presença durante a sessão da Câmara Municipal de Ribeirão Pires na quinta-feira, 27 de abril, para buscar apoio contra a proposta do governador Tarcísio de Freitas de privatizar as linhas 7, 10, 11, 12 e 13 da Companhia Paulista de Trens Metropolitanas (CPTM).

Assista o vídeo ao final da reportagem.

A vereadora Márcia Gomes, da Coletiva de Mulheres (PT), expressou sua indignação com a proposta, que foi aprovada por meio do Requerimento nº 0372/2023. Gomes destacou a importância da CPTM para trazer investimentos para as periferias da região metropolitana de São Paulo e para a vida cotidiana da população das cidades vizinhas.

“A degradação, precariedade e extinção da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos teriam inúmeros impactos sociais, econômicos e culturais para nossa cidade, cidades vizinhas e nosso estado, inclusive com impacto direto na vida dos ferroviários e seus familiares”, disse a parlamentar.

Ela ainda destacou que a concessão é um movimento que visa beneficiar o setor privado, e que é crucial que os representantes eleitos do povo atuem em prol do interesse público primário.

“A Coletiva de Mulheres clama pela preservação, valorização, manutenção e melhoria do Transporte Ferroviário Metropolitano e conclama aos nobres vereadores, o público aqui presente e aqueles que nos assistem, a defenderem sua preservação incondicional”, afirmou.

A moção, que foi proposta no Plenário “Roberto Bottacin Moreira”, deverá ser encaminhada ao Governador do Estado de São Paulo, à Secretaria Estadual de Transportes Metropolitanos, à Secretaria de Parcerias e Investimentos do Governo do Estado, à Presidência da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo e à Presidência do Sindicato dos Ferroviários de São Paulo. Uma cópia da proposta também será enviada aos mesmos destinatários.

Repórter ABC – A informação passa por aqui

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