Bolsonaro defende Trump contra “Vírus Socialista” com tarifas, mas esquece que Brasil é um paraíso liberal

Ex-presidente se enrola em cortina de fumaça ideológica para defender protecionismo, enquanto o mundo real desmente suas teorias da conspiração

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Em mais um dia de notícias indigestas para o bolsonarismo, Jair Bolsonaro resolveu vestir a fantasia de paladino da liberdade para defender o protecionismo de Donald Trump. Em uma postagem nas redes sociais, o ex-presidente afirmou que Trump estaria “defendendo os Estados Unidos de vírus socialista com tarifaço”. Acontece que, no mundo real, a própria equipe de Trump divulgou uma tabela que coloca o Brasil como um dos países mais abertos ao comércio internacional, com tarifas bem abaixo de outras nações, inclusive aliadas dos EUA.

Ou seja, segundo Trump, o Brasil é quase um paraíso liberal, longe de qualquer ameaça “socialista”. A tentativa de Bolsonaro de criar uma narrativa épica de luta contra o “vírus vermelho” com tarifas soou como uma piada de mau gosto, expondo sua desconexão com a realidade e a sua dificuldade em lidar com fatos que contrariam suas convicções ideológicas.

A declaração de Bolsonaro não passou despercebida e virou piada nas redes sociais. Internautas ironizaram a sua subserviência a Trump e a sua falta de conhecimento sobre economia, questionando como um país com um “vírus socialista” tão forte poderia ser tão pouco tarifado. A situação ficou ainda mais constrangedora com a repercussão negativa da guerra comercial promovida por Trump, que pode prejudicar a economia mundial e, principalmente, a dos Estados Unidos.

Bolsonarismo em queda livre

Enquanto Bolsonaro tentava defender o indefensável, outras notícias desfavoráveis para o bolsonarismo circulavam na imprensa. A dificuldade em aprovar o projeto de Anistia na Câmara dos Deputados e o sucesso financeiro da Globo, que contrariou as expectativas de boicote dos bolsonaristas, foram mais dois golpes para um movimento que parece cada vez mais distante do poder e da realidade.

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Brasil responde à Tarifa de Trump com urgência na Câmara

Diante da imposição de tarifas americanas, deputados agem rápido e aprovam regime de urgência para projeto que visa retaliar sanções comerciais ao país

Caso de Política com Agência Câmara – A Câmara dos Deputados agiu prontamente em resposta ao anúncio de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, sobre a aplicação de tarifas de 10% sobre produtos brasileiros. Em uma demonstração de apoio ao governo, os deputados aprovaram em regime de urgência o Projeto de Lei 2088/23, que concede ao Poder Executivo a prerrogativa de retaliar nações que imponham restrições ao comércio brasileiro, seja através de sobretaxas ou exigências ambientais consideradas excessivas.

O anúncio de Trump, justificado como uma medida para proteger o trabalhador americano e corrigir desequilíbrios comerciais, colocou o Brasil na mira de novas tarifas. Embora o país figure com a menor alíquota na lista de sanções (10%), o governo brasileiro e o Congresso demonstraram preocupação com o impacto potencial sobre a economia nacional e agiram em conjunto para mitigar os efeitos. China (34%) e União Europeia (20%) também serão afetadas pelas novas tarifas.

O Projeto de Lei, já aprovado no Senado, busca proteger os interesses comerciais do Brasil em um cenário global marcado pelo crescente protecionismo. A medida permite ao governo brasileiro taxar importações de países que demandem padrões ambientais mais rigorosos do que os praticados no Brasil.

A aprovação do regime de urgência reflete a convergência de esforços entre o governo e o Congresso. Apesar de divergências pontuais, como a manifestada pelo deputado Gilson Marques (Novo-SC) sobre a extensão dos poderes concedidos ao Executivo, houve um entendimento geral sobre a necessidade de uma resposta rápida e coordenada.

O líder do PL, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), em gesto de apoio ao agronegócio, um dos setores mais vulneráveis às tarifas americanas, retirou a obstrução do partido, demonstrando o amplo apoio à medida.

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Sentindo-se prejudicado, agronegócio pressiona Lula por ações após ameaças de Trump sobre tarifas

Parlamentares cobram ação do governo para proteger exportações diante de possível sobretaxa dos EUA

Caso de Política com Metrópoles – O setor do agronegócio no Brasil demonstra crescente preocupação com as recentes ameaças do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de sobretaxar produtos brasileiros, e cobra uma postura mais incisiva do governo Lula em defesa do comércio exterior. Parlamentares da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) criticam a aparente prioridade dada a temas ambientais em detrimento de medidas para proteger as exportações brasileiras.

A FPA pressiona o presidente Lula e a Casa Civil, liderada por Rui Costa, para que se manifestem publicamente em defesa do agronegócio diante do risco de restrições comerciais impostas pelos Estados Unidos. A insatisfação nos bastidores é evidente, com lideranças do setor argumentando que a atenção do governo está mais voltada para a realização da COP30 em Belém do que para as ameaças protecionistas de Trump.

O deputado Danilo Forte (União-CE) expressou sua preocupação com a falta de políticas públicas direcionadas a aumentar a competitividade do setor. “Há uma inércia do governo em avançar com a abertura de novos mercados e políticas públicas para o nosso comércio exterior”, declarou Forte, enfatizando a necessidade de levar essa pauta ao Congresso.

O presidente da FPA, deputado Pedro Lupion (PP-PR), alertou para a possibilidade de o protecionismo americano atingir diretamente o agronegócio brasileiro, setor estratégico para as exportações do país. Lupion ressaltou o histórico de Trump em estender tarifas para além do setor de aço, o que causa “receio” no setor.

“É um movimento que o presidente americano tem feito em todas as negociações. Tem muita bravata também, movimentos feitos para chamar [os demais países] para a mesa de negociação, como nos casos do México, Panamá e Canadá. O Partido Republicano é mais protecionista”, disse Lupion em entrevista ao Metrópoles.

A cobrança do agronegócio surge em um momento em que o setor busca fortalecer sua presença no mercado internacional, especialmente no setor de proteínas animais, um dos principais produtos de exportação do Brasil.

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