MP-SP investiga policiais militares por ritual com cruz em chamas e gesto semelhante à saudação nazista

Cerimônia gravada pelo 9º Baep de São José do Rio Preto apresenta simbologia associada ao nazismo e à Ku Klux Klan; caso é apurado pelo Ministério Público e pela Polícia Militar

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) abriu investigação para apurar um vídeo divulgado pelo 9º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep), de São José do Rio Preto, que mostra policiais militares realizando um gesto semelhante à saudação nazista diante de uma cruz em chamas. As imagens, que remetem a rituais da Ku Klux Klan, grupo supremacista branco dos Estados Unidos, causaram forte repercussão nas redes sociais e também levaram a Polícia Militar a abrir procedimento interno.

No vídeo, gravado com drones e trilha sonora cinematográfica, cerca de 14 policiais aparecem enfileirados fazendo o gesto com o braço estendido, enquanto uma grande cruz e a sigla “Baep” queimam ao fundo. Viaturas da corporação cercam a cena. A Procuradoria-Geral de Justiça afirmou, por nota, que “comprovando-se eventual desvio de conduta, serão tomadas as medidas necessárias para punição dos agentes da Polícia Militar, corporação que continua contando com a confiança do MP-SP”.

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) também se pronunciou, classificando a PM como “uma instituição legalista que repudia toda e qualquer manifestação de intolerância”. Segundo a SSP, “qualquer manifestação que contrarie seus valores e princípios será rigorosamente apurada”.

Embora a PM alegue que o ritual faz parte de uma cerimônia tradicional de formação de novos policiais e simboliza “a superação dos limites físicos e psicológicos”, o uso da cruz em chamas, do gesto com o braço estendido e de símbolos associados ao nazismo chamou a atenção de especialistas e organizações políticas. O emblema do 6º Baep, por exemplo, exibe uma águia branca central semelhante à Reichsadler – símbolo do poder nazista – e utiliza as cores preto, branco e vermelho, presentes na bandeira do Terceiro Reich, regime liderado por Adolf Hitler.

Diante da repercussão negativa e da possibilidade de interpretações distorcidas, a corporação afirmou que o vídeo foi imediatamente retirado do ar.

As bancadas do PSOL na Câmara Municipal e na Assembleia Legislativa de São Paulo encaminharam ofícios à Corregedoria da PM e à SSP cobrando esclarecimentos sobre as providências adotadas contra os envolvidos e exigindo medidas para prevenir práticas semelhantes.

O caso reacende o debate sobre a presença de elementos ideológicos extremistas em setores das forças de segurança pública e reforça o alerta sobre a necessidade de controle, transparência e formação baseada em princípios democráticos dentro das instituições policiais.

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Barrado no STF, deputado do PL dispara contra segurança: “Filho da Puta”

Coronel Meira critica atuação dos agentes, alega perseguição e relata entrada de assessores do PSOL enquanto ele era impedido de acessar o plenário

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O deputado Coronel Meira (PL) expressou forte indignação após ter sido impedido de acessar o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira (25). A Corte julga a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais sete aliados.

Meira relatou que se cadastrou para acompanhar a sessão, mas, mesmo assim, teve a entrada negada. Segundo ele, a decisão partiu da equipe de segurança do tribunal, e não do ministro Alexandre de Moraes. O deputado criticou a atuação dos agentes, afirmando que a restrição não teve fundamento e que os responsáveis estavam “querendo aparecer”. Ele também disse ter se exaltado no momento e chamado os envolvidos de “filho da puta”.

“Isso não é culpa de Alexandre de Moraes, não, é culpa lá deles, da segurança deles [do STF]. Não querem respeitar. Sou coronel e sou deputado, me respeite. Não coloque a mão em mim, não. Isso não existe. Tem que respeitar. Eu fui lá, me cadastrei, fiz tudo certinho. Quando chega lá, mete um elevador para o quarto andar. Vocês sabem quem era que estava? Assessores do PSol, que se dizem oprimidos pela ditadura”, disse o deputado.

Além de Bolsonaro, que compareceu ao julgamento, outros parlamentares do PL marcaram presença na sessão, entre eles Luciano Lorenzini Zucco, Zé Trovão, Maurício do Vôlei, Evair de Melo, Paulo Bilynski, Mário Frias, Delegado Caveira, Jorge Seif e Coronel Chrisóstomo. O grupo chegou atrasado e também encontrou dificuldades para acessar o local, mas, posteriormente, foi autorizado a entrar por decisão do ministro Cristiano Zanin.

Em nota, o Partido Liberal repudiou o impedimento de seus deputados, classificando a restrição como uma medida contra a oposição.

A sessão do STF, presidida por Zanin, foi aberta às 9h46. O julgamento decidirá se os denunciados no chamado “Núcleo 1” da peça da PGR, que foi dividida em cinco partes, se tornarão réus. A análise do caso deve se estender até quarta-feira (26), com sessões extras programadas para garantir a conclusão.

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Justiça Eleitoral de SP torna Pablo Marçal inelegível por 8 anos

Influenciador bolsonarista é condenado por irregularidades na campanha à Prefeitura de São Paulo; decisão ainda cabe recurso

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A Justiça Eleitoral de São Paulo declarou o influenciador e empresário Pablo Marçal (PRTB) inelegível pelos próximos oito anos, após condená-lo por abuso de poder político e econômico durante a campanha à Prefeitura da capital em 2024. A decisão foi proferida pelo juiz Antonio Maria Patiño Zorz, da primeira Zona Eleitoral, e atende a ações movidas pelo PSOL, PSB e Ministério Público Eleitoral.

A sentença reforça que Marçal utilizou estratégias irregulares para impulsionar sua candidatura, incluindo concursos que premiavam internautas pelo compartilhamento de conteúdos favoráveis a ele e a oferta de gravação de mensagens de apoio a candidatos a vereador em troca de doações via Pix no valor de R$ 5.000. Essas práticas foram classificadas como captação ilícita de recursos e uso indevido dos meios de comunicação social.

A competição de “cortes” de vídeos, promovida por Marçal, foi um dos pontos centrais do julgamento. Segundo a Justiça Eleitoral, o esquema comprometeu a equidade da disputa ao fomentar uma rede de colaboradores com benefícios financeiros, em uma tentativa de maximizar sua presença digital. Além disso, a suspensão dos perfis de Marçal nas redes sociais durante o período eleitoral já havia sido determinada como medida cautelar diante das suspeitas de irregularidades.

A defesa de Marçal pode recorrer da decisão, mas, até o momento, não se manifestou oficialmente sobre o caso. Caso mantida, a condenação impede Marçal de disputar eleições até 2032.

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Marciel Viana: A Voz do PSOL para a Prefeitura de Barreiras em 2024

Em nível nacional, Marciel é Secretário Nacional de Movimentos Populares da Ação Popular Socialista (APS/PSOL) e integra a Coordenação Nacional do Setorial Ecossocialista do PSOL

Do Se liga Barreiras, editado por Caso de Política – Marciel Viana, nascido e criado em Barreiras, surge como um dos principais nomes na política local, especialmente com sua pré-candidatura à prefeitura em 2024 pelo PSOL. Formado em Geografia pela Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB), ele tem dedicado sua trajetória ao ensino e ao serviço público, acumulando mais de 13 anos de experiência como professor da educação básica.

Paralelamente à sua carreira docente, Marciel desempenha um papel fundamental como Assessor Parlamentar do Deputado Estadual Hilton Coelho, onde coordena o Eixo Ambiental. Sua atuação vai além das fronteiras locais, sendo membro ativo da Câmara Técnica do Comitê de Bacia do Rio Grande e do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente de Barreiras (COMDEMA).

Em nível nacional, Marciel é figura de destaque como Secretário Nacional de Movimentos Populares da Ação Popular Socialista (APS/PSOL) e integra a Coordenação Nacional do Setorial Ecossocialista do PSOL, representando o Estado da Bahia. Sua militância política é longa, estando filiado ao PSOL desde 2009. Após concorrer a Deputado Estadual em 2022, ele preside atualmente o PSOL em Barreiras e lança sua pré-candidatura à prefeitura.

Marciel Viana não hesita em apontar os desafios climáticos que Barreiras enfrenta. A cidade ganhou notoriedade nacional no último ano como uma das mais afetadas pelas ondas de calor, com mudanças climáticas que já são reconhecidas oficialmente. Agora classificada como parte das cidades de Clima Semiárido da Bahia, Barreiras enfrenta uma preocupante redução das chuvas, enquanto as precipitações intensas continuam a causar desastres socioambientais previsíveis.

Viana destaca a situação alarmante dos rios da região, que sofrem com o desmatamento do Cerrado e a irrigação irresponsável por pivô central. Ele adverte que, se o modelo agrícola atual persistir e se forem instaladas Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH) no Rio Grande e no Rio de Ondas, em uma década o Rio Grande pode secar durante os meses de setembro e outubro.

“Precisamos ver o Rio Grande completamente seco para mudar nosso comportamento político?” questiona Marciel. Ele defende uma visão de futuro que abranja as próximas duas décadas, promovendo políticas de convivência com o clima semiárido e infraestrutura adequada para enfrentar as chuvas torrenciais.

Marciel alerta que a falta de uma política ambiental adequada poderá levar a cidade a enfrentar tragédias previsíveis, com gestores tentando se isentar de responsabilidade e culpando a natureza, como já ocorre no Rio Grande do Sul.

Em 2024, Marciel Viana se posiciona como uma escolha clara para aqueles que desejam uma Barreiras comprometida com o meio ambiente, educação de qualidade e políticas públicas sustentáveis para um futuro melhor.

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Frente parlamentar e ambientalistas protocolam ação no TJBA contra espigões na orla de Salvador: Ativistas

Coletivo é contrário à lei municipal que ignora estudos de impacto ambiental e de sombreamento para construção de edifícios na orla

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Em um esforço conjunto para preservar o litoral de Salvador, líderes políticos e defensores do meio ambiente se unem em um protesto marcante nesta sexta-feira (12) em frente ao Tribunal de Justiça da Bahia, no Centro Administrativo da Bahia (CAB). O movimento, encabeçado pela Frente Parlamentar composta por membros do PSOL, PT, PCdoB e PSB, em conjunto com representantes do movimento SOS Buracão, busca expor uma preocupante realidade: a construção desenfreada de grandes empreendimentos imobiliários na orla marítima da cidade.

O foco principal desse ato é a denúncia contra uma legislação municipal controversa que facilita a erupção de imponentes edifícios à beira-mar sem a devida avaliação de impacto ambiental. Uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) foi protocolada no Tribunal de Justiça da Bahia, contestando os artigos 103 da Lei 9.148/2016, conhecida como Lei de Uso e Ordenamento do Solo do Município de Salvador, e o 275 da Lei 9.069/2016, o Plano Diretor.

Os críticos dessas leis argumentam que elas foram aprovadas pela Câmara Municipal de Salvador sem o necessário debate público e violam princípios constitucionais tanto estaduais quanto federais. Em particular, as disposições dispensam estudos de sombreamento para empreendimentos na área costeira, abrindo a porta para a construção de estruturas verticais que comprometem o ambiente natural.

Um exemplo emblemático é o projeto da OR Imobiliária Incorporadora, que planeja erguer um luxuoso complexo residencial na Praia do Buracão, com até 16 pavimentos. O deputado Hilton Coelho (PSOL), figura proeminente nessa causa, destaca a urgência de impedir danos irreparáveis ao patrimônio ambiental e à função social da propriedade imobiliária. Ele denuncia o uso de artifícios legislativos questionáveis que priorizam interesses privados em detrimento do bem-estar público.

“É imprescindível deter essas iniciativas que comprometem nossa cidade. Não podemos permitir que empreendimentos como esse se aproveitem de brechas para privatizar o que é de todos”, enfatizou o deputado.

Além da exposição pública dessa questão, a Frente Parlamentar e os ativistas solicitaram ao TJBA a concessão de uma medida cautelar para suspender os efeitos das normas municipais consideradas inconstitucionais, buscando assim proteger o ecossistema costeiro de Salvador para as gerações futuras.

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Relatório da PF revela a existência de um “Estado Paralelo” no Caso Marielle

No relatório, a PF expressou sua indignação diante do cenário de crime ‘pré-pago’ no Estado, onde os autores intelectuais planejam homicídios em conluio com a polícia judiciária

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Um relatório da Polícia Federal (PF) lançou luz sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol-RJ), levando à prisão de três suspeitos de envolvimento no caso, e apontou para a existência de um “Estado paralelo” liderado por figuras influentes na política carioca. O documento completo com 479 páginas está disponível para acesso na tela clicando aqui

A instituição declarou que “todos esses elementos [apresentados pelo relatório] descortinam a existência de um verdadeiro Estado paralelo, capitaneado pelos capos da política fluminense e detentores da palavra final de quem deve morrer ou viver na Guanabara”.

A PF descreveu uma “política perniciosa” dos crimes contra a vida, inicialmente restrita a conflitos como guerras de facções do tráfico e confrontos entre milícias. Contudo, o caso de Marielle revelou que as disputas políticas transbordaram para a violência e corrupção.

Segundo as investigações, Marielle teria contrariado os interesses de Domingos e Chiquinho Brazão no Rio de Janeiro, conforme afirmado pelo ex-policial militar Ronnie Lessa, acusado de matar a vereadora em um acordo de delação premiada. As declarações constam no relatório da PF.

“Lessa afirmou que o assassinato de Marielle foi encomendado em setembro de 2017 por Chiquinho e Domingos, que a consideravam um ‘obstáculo’ para seus interesses, após receberem informações de Laerte Lima da Silva, supostamente um infiltrado no Psol, partido de Marielle.”

A PF salientou que a motivação é “complexa” e não se reduz a um único fato. O relatório apresenta “indícios” que corroboram o depoimento de Lessa, mas também aponta para uma colisão de interesses na questão fundiária entre a família Brazão e políticos do Psol no Rio de Janeiro.

Durante uma coletiva de imprensa, o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, destacou que a motivação para o crime envolve todo o contexto de atuação de milícias, disputa por territórios e regularização de loteamentos na cidade.

“No relatório, a PF expressou sua indignação diante do cenário de crime ‘pré-pago’ no Estado, onde os autores intelectuais planejam homicídios em conluio com a polícia judiciária.”

Prisões e Desdobramentos da Investigação

Na manhã deste domingo (24.mar), a PF prendeu três suspeitos adicionais no caso Marielle. Entre eles estão Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, e Chiquinho Brazão, deputado federal pelo partido União Brasil-RJ. Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio, também foi detido.

“Além das prisões, a PF realizou 12 mandados de busca e apreensão na capital carioca em endereços ligados à investigação.”

Posteriormente, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, anunciou que os trabalhos de investigação sobre o assassinato seriam encerrados. Segundo ele, embora novos fatos possam surgir, a investigação, que se estendeu por 6 anos, foi oficialmente concluída.

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