Davi Alcolumbre lidera delegação do Congresso na cerimônia de despedida ao Papa Francisco no Vaticano

Presidente do Senado e do Congresso Nacional representou o Legislativo em meio a autoridades de diversos países, prestando homenagem ao pontífice falecido, cuja trajetória foi enaltecida por sua mensagem de compaixão e justiça

Repórter Brasil – O presidente do Senado Federal e do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre, participou na manhã desta sexta-feira (25) da cerimônia de despedida do Papa Francisco. A solenidade, realizada no Vaticano, reuniu uma expressiva representação de autoridades de diversas nações para render as últimas homenagens ao pontífice, que faleceu na segunda-feira (21), aos 88 anos.

Davi Alcolumbre integrou a comitiva oficial brasileira, liderada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

A delegação contou ainda com a presença do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, do presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, da ex-presidente Dilma Roussef, das senadoras Leila Barros (PDT-DF) e Soraya Thronicke (Podemos-MS), do senador Renan Calheiros (MDB-AL), e de ministros do governo federal. O grupo brasileiro também acompanhará o sepultamento do Papa Francisco, agendado para este sábado (26) na Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma.

Em suas redes sociais, Davi Alcolumbre expressou sua homenagem ao pontífice, ressaltando o impacto de seu legado na história da humanidade.

Como primeiro presidente judeu do Congresso Nacional, tenho profunda admiração pela trajetória espiritual e humanitária do papa Francisco, cuja mensagem de compaixão, justiça e fé inspirou milhões de pessoas em todo o mundo. Essa é a homenagem do Brasil e do Parlamento a um líder que marcou para sempre a história da humanidade”, declarou o presidente do Congresso.

Em sinal de luto pelo falecimento do Papa Francisco, Davi Alcolumbre decretou luto oficial de sete dias no âmbito do Senado Federal na segunda-feira (21). O período de luto se estenderá até o próximo domingo (27), com o cancelamento de sessões de homenagem e projeções na cúpula do Senado que estavam previstas para a semana.

Ao justificar a medida, Alcolumbre destacou a trajetória de dedicação ao próximo e a relevância mundial do pontífice, considerando ser um dever do Senado prestar essa última homenagem como reconhecimento de sua grandeza moral, espiritual e humanitária.

Com informações da Agência Senado

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Lula critica guinada de Trump no comércio global, comparando-o a um “bobo da corte” e alertando para o fim do multilateralismo, enquanto o Brasil se prepara para reciprocidade em caso de tarifas mantidas

Por Carlos Alberto Sampaio do Jornal OExpresso LEM – Existem outros sinônimos para esta extrema-direita que quer tomar o poder do Mundo? Donald Trump, Jair do Chapéu de Pontas, Milei da Moto-Serra? Só para citar os mais salientes. Ontem, Trump recuou e baixou todas as tarifas de impostos de importação. Lula afirmou, frente ao descalabro, que Trump quer acabar com as relações comerciais multilaterais. Uma grande piada de bobo da corte.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a se dizer preocupado com as decisões unilaterais dos Estados Unidos de aplicar tarifas em produtos de todos os parceiros comerciais do planeta e apontou riscos de um “efeito devastador” na economia mundial.

Nós não sabemos qual vai ser o efeito devastador disso na economia. É preciso saber quanto vai custar isso do ponto de vista do preço dos produtos, da relação multilateral”, criticou Lula nesta quarta-feira (9), em entrevista a jornalistas brasileiros, após participação na Cúpula da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac), em Tegucigalpa, capital de Honduras.

O presidente observou a nova decisão do presidente dos Estados Unidos (EUA), que aumentou ainda mais as tarifas contra a China, ao mesmo tempo em que reduziu as cobranças adicionais para outros 75 países. Para Lula, o método sinaliza a intenção de um confronto direto com os asiáticos e põe em xeque a sustentabilidade do multilateralismo e equilíbrio entre os países

Me parece que tá ficando cada vez mais visível que é uma briga pessoal [de Trump] com a China. Ora, querer fazer negociação individual é colocar fim no multilateralismo. E o multilateralismo é muito importante para a tranquilidade econômica que o mundo precisa. Não é aceitável a hegemonia deum país, nem militar, nem cultural, nem industrial, nem tecnológica e nem econômica sobre os outros”, apontou.

Em discurso durante a Cúpula , ele já havia criticado a adoção de tarifas unilaterais.

Sobre a postura do governo brasileiro frente a essa pressão, Lula disse que haverá reciprocidade, caso, ao final das negociações, as tarifas se mantenham.

Vamos utilizar todas as palavras de negociação que o dicionário permitir. Depois que acabar, nós vamos tomar as decisões que entendermos serem cabíveis”, garantiu.

Tentativa de veto

Ainda sobre a Cúpula da Celac, Lula criticou a postura de países que tentaram barrar a aprovação da declaração final. Na assembleia de chefes de Estado e de governo, as delegações de Paraguai e Argentina tentaram vetar o texto final, mas ele foi aprovado com a indicação de contrariedade dos dois países.

É muito importante que a gente distribua sempre a ideia do consenso, mas o consenso não pode ser o direito de veto. Você não pode ter 40 países e um só decidir que não gosta de alguma coisa e não assinar um documento. É melhor você assinar o documento e colocar no rodapé que tal país não quis assinar. É mais democrático e as coisas andam, evoluem”.

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Trump humilha Zelensky e impõem acordo de US$ 500 bilhões em minérios em troca de apoio militar

Exigência de Trump reforça pressão sobre Zelensky e amplia dependência ucraniana

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A relação entre Estados Unidos e Ucrânia entra em um novo ciclo de pressão econômica e submissão geopolítica. O governo Donald Trump determinou que Kiev entregue US$ 500 bilhões em minérios críticos como forma de compensar a assistência militar recebida de Washington. A imposição americana ocorre em meio às tentativas do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky de manter o suporte ocidental, enquanto lida com a crescente vulnerabilidade de seu país frente às condições impostas por Trump.

As negociações para o repasse dos minérios estão nos estágios finais, conforme indicam fontes ucranianas citadas pela Reuters. Inicialmente, Zelensky recusou um rascunho do acordo em fevereiro, o que irritou a Casa Branca e elevou a tensão diplomática entre os dois países. No entanto, diante da possibilidade de perder o apoio estratégico americano, a Ucrânia cedeu e passou a aceitar os termos do governo Trump.

A vice-primeira-ministra ucraniana, Olha Stefanishyna, confirmou que o acordo está próximo da conclusão e que “quase todos os detalhes-chave foram finalizados”. Em uma postagem na rede X, ela reforçou que espera a assinatura do pacto “o mais rápido possível” para garantir um compromisso de longo prazo entre os dois países. A previsão é que o documento seja firmado ainda nesta semana, consolidando o que pode se tornar um dos maiores espólios econômicos da guerra.

Os EUA já forneceram US$ 67 bilhões em armamentos e US$ 31,5 bilhões em apoio financeiro direto à Ucrânia desde o início do conflito. Agora, Trump quer transformar essa assistência em um investimento rentável, garantindo que os Estados Unidos tenham acesso exclusivo às vastas reservas minerais ucranianas. O governo americano argumenta que a medida é necessária para que a Ucrânia “assuma responsabilidade” pelos auxílios recebidos e para fortalecer os laços comerciais bilaterais.

Para Kiev, no entanto, a exigência representa mais um passo em direção à dependência total dos interesses americanos. A guerra, que já enfraqueceu a economia e a soberania ucraniana, agora coloca as riquezas naturais do país na mesa de negociação como moeda de troca. A cessação de minérios é vista como uma forma de pagamento que poderá comprometer o futuro econômico do país a longo prazo.

O acordo, se concretizado, marcará um precedente inédito, reforçando a nova postura de Trump em relação à Ucrânia: menos ajuda gratuita e mais cobranças diretas por apoio. A assinatura do pacto deve selar um capítulo crucial da relação entre os dois países e definir os rumos da influência americana sobre Kiev nos próximos anos.

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Rio de Janeiro sediará Cúpula do Brics em julho, reforçando protagonismo internacional

Encontro reunirá chefes de Estado e autoridades de países-membros do bloco para debater cooperação e desenvolvimento

Caso de Política com Agência Brasil – O Rio de Janeiro foi confirmado como sede da Cúpula dos Líderes do Brics em 2025. O evento ocorrerá nos dias 6 e 7 de julho, consolidando a cidade como um dos principais palcos da diplomacia global. O anúncio foi feito neste sábado (15), após reunião entre o prefeito Eduardo Paes, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e representantes do governo federal no Palácio da Cidade, em Botafogo.

A escolha do Rio não ocorre por acaso. Apenas um ano após ter recebido a Cúpula do G20, a capital fluminense se projeta novamente no cenário internacional como ponto estratégico para negociações multilaterais. Além dos chefes de Estado e ministros dos países do Brics, o evento reunirá representantes da sociedade civil e do setor empresarial, reforçando a agenda de cooperação econômica e diplomática do bloco.

“A gente se sente muito orgulhoso de representar todos os brasileiros com as belezas da nossa cidade, com seus desafios, ninguém é ingênuo, inocente aqui. Mas é uma cidade muito especial, que a gente tem muito orgulho. Rio mais uma vez capital do mundo, com G20 no ano passado, agora Brics e quem sabe eu não consigo a assinatura do decreto presidencial de Rio capital honorária do Brasil”, afirmou Eduardo Paes em vídeo publicado nas redes sociais ao lado do chanceler Mauro Vieira.

Com a presidência rotativa do Brics sob comando do Brasil desde 1º de janeiro, o encontro no Rio simboliza uma oportunidade de fortalecer laços entre os países-membros, que atualmente incluem Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Etiópia, Emirados Árabes Unidos e Irã. O chanceler Mauro Vieira destacou a importância do evento para o avanço das relações internacionais.

“Receberemos os chefes de Estado dos 20 países que integram o Brics nas categorias de membros plenos e parceiros em que vamos tomar decisões importantes para o desenvolvimento desses países, para a cooperação e para a melhoria das condições de vida dos habitantes desses países. Mais uma vez o Rio de Janeiro será palco de uma importantíssima reunião internacional”, afirmou Vieira.

Para coordenar as ações relacionadas ao evento, a prefeitura criou o Comitê Rio Brics, que ficará responsável pelo “Calendário Brics Rio”, reunindo iniciativas e atividades até o fim de 2025. Além disso, o comitê participará de fóruns e comissões em nível nacional e internacional, acompanhando debates estratégicos sobre economia, desenvolvimento sustentável e inovação.

A Cúpula do Brics promete ser um marco na agenda diplomática do Brasil em 2025, fortalecendo sua posição no bloco e ampliando o protagonismo do Rio de Janeiro como polo de grandes eventos internacionais.

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“O Brasil quer construir a paz” Lula reforça sua posição de mediador na guerra da Ucrânia e Rússia

Repórter ABC | Luís Carlos Nunes – O ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva reiterou neste sábado (22) o apoio do Brasil à solução negociada para a paz na Ucrânia, em declaração à imprensa no Palácio de Belém, em Lisboa, onde esteve em encontro com o presidente português Marcelo Rebelo de Sousa.

Em meio à guerra entre a Ucrânia e a Rússia, que começou em 2014 com a anexação da Crimeia pela Rússia, Lula defendeu a importância de um diálogo pacífico para a resolução do conflito. “Precisamos criar urgentemente um grupo de países que tentem sentar-se à mesa tanto com a Ucrânia como com a Rússia para encontrar a paz”, afirmou o ex-presidente.

Lula também condenou a violação da integridade territorial da Ucrânia pela Rússia e afirmou que o Brasil é contra a guerra. “É melhor encontrar uma saída em torno de uma mesa do que continuar tentando encontrar a saída num campo de batalha. Se você não fala em paz, você contribui para a guerra”, disse ele.

Além disso, Lula ressaltou o potencial de aumento do fluxo de comércio exterior entre Portugal e Brasil, que atualmente gira em torno dos US$ 6 bilhões. “É preciso que a gente seja mais ousado. E é preciso que tanto nossos empresários quanto nossos ministros conversem mais e projetem perspectivas de futuro no financiamento das nossas indústrias e na produção de novos produtos entre os dois países”, afirmou.

O presidente português, por sua vez, destacou a necessidade da retirada imediata das forças armadas russas do território ucraniano como condição fundamental para ser possível encontrar uma reparação ao povo que sofreu a agressão, mas também como ponto de partida para a construção de uma paz duradoura.

Por fim, ambos reafirmaram o apoio ao acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia, que precisa ser ratificado pelos parlamentos de todos os países dos dois blocos para entrar em vigor. O acordo cobre temas tanto tarifários quanto de natureza regulatória, como serviços, compras governamentais, facilitação de comércio, barreiras técnicas, medidas sanitárias e fitossanitárias e propriedade intelectual.

“Não somos obrigados a seguir todas as orientações dos EUA”, diz Celso Amorim

Repórter ABC, com informações da Folha S.Paulo – Celso Amorim, ex-chanceler e assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, concedeu uma entrevista à Folha de S.Paulo em que discutiu vários aspectos da política externa brasileira. Amorim, que liderou o Ministério das Relações Exteriores em três governos, além de ter sido ministro da Defesa, destacou a importância da independência na tomada de decisões internacionais e defendeu a busca pela paz em vez de sanções ou tentativas de derrotar outros países.

Em relação à Ucrânia, Amorim afirmou que o Brasil condenou a invasão da Rússia, mas que não concorda com as sanções adotadas pelos EUA e pela União Europeia contra a Rússia. Ele argumentou que a busca por uma solução pacífica é mais importante do que a tentativa de impor sanções ou derrotar um país. Amorim citou o exemplo do Tratado de Versalhes, que tentou impor sanções à Alemanha após a Primeira Guerra Mundial e acabou levando ao surgimento do nazismo.

Amorim também destacou a importância da integração regional e criticou o isolacionismo adotado por alguns países. Ele afirmou que o Brasil tem um papel fundamental na liderança regional, mas que isso não significa que o país deva agir sozinho ou de maneira hegemônica. Em vez disso, ele defendeu a busca por uma maior cooperação regional e a construção de alianças estratégicas com outros países da América Latina.

O ex-chanceler também abordou a questão do papel dos EUA na política internacional. Ele reconheceu a importância do país, mas argumentou que o Brasil não está obrigado a seguir todos os seus interesses. Amorim destacou que a independência na tomada de decisões é fundamental para o fortalecimento da política externa brasileira e para a construção de uma ordem internacional mais justa e equilibrada.

Por fim, Amorim comentou sobre a importância da diplomacia para a resolução de conflitos internacionais. Ele destacou que o diálogo é essencial para a busca por soluções pacíficas e que a diplomacia é um instrumento poderoso na construção de relações internacionais baseadas no respeito mútuo e na cooperação. Amorim afirmou que a política externa brasileira deve continuar a se pautar por esses princípios, buscando sempre o diálogo e a cooperação em todas as suas relações internacionais.

Lula e Xi Jinping emitem declaração conjunta sobre combate às mudanças climáticas

O encontro entre o presidente Lula e o presidente chinês, Xi Jinping, em Pequim, resultou em uma declaração conjunta Brasil-China sobre combate às mudanças climáticas. Nessa declaração, ambos os líderes se comprometeram a ampliar, aprofundar e diversificar a cooperação bilateral sobre o clima.

Esse compromisso é extremamente importante, pois o Brasil e a China estão entre os maiores emissores de gases de efeito estufa do mundo, e a cooperação entre esses países pode ter um grande impacto na redução dessas emissões.

Além disso, essa declaração conjunta pode ser um sinal de que a China está disposta a trabalhar com outros países para enfrentar o problema das mudanças climáticas. Como uma das maiores economias do mundo, a China desempenha um papel crucial na luta contra as mudanças climáticas, e a sua disposição em cooperar com outros países é um sinal positivo para o futuro.

Em resumo, a declaração conjunta Brasil-China sobre combate às mudanças climáticas é um passo importante na luta global contra as mudanças climáticas. O compromisso de ampliar, aprofundar e diversificar a cooperação bilateral sobre o clima pode ter um impacto significativo na redução das emissões de gases de efeito estufa, e pode ser um sinal de que a China está disposta a trabalhar com outros países para enfrentar esse problema global.

Leia na íntegra:

  1. Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Xi Jinping reuniram-se em Pequim em 14 de abril de 2023. Durante sua conversa, os presidentes Lula e Xi reconheceram que a mudança climática representa um dos maiores desafios de nosso tempo e que o enfrentamento desta crise contribui para construir um futuro compartilhado de prosperidade equitativa e comum para a humanidade.
  2. A comunidade científica internacional tem mostrado, de maneira inequívoca, que a atividade humana está mudando o sistema climático global e criando novos desafios para o desenvolvimento sustentável dos países em desenvolvimento. Os países desenvolvidos têm responsabilidade histórica pelas emissões de gases de efeito estufa e devem assumir a liderança na ampliação das ações climáticas, alcançando a neutralidade climática antes de 2050, fornecendo financiamento climático e respeitando o direito ao desenvolvimento e o espaço político dos países em desenvolvimento.
  3. O Brasil e a China enfatizam a necessidade de combinar uma ação urgente para o clima com a conservação da natureza para alcançar os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), incluindo a erradicação da pobreza e da fome, sem deixar ninguém para trás.
  4. Brasil e China comprometem-se a ampliar, aprofundar e diversificar a cooperação bilateral sobre o clima, bem como esforços conjuntos para uma melhor governança global no âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC), de acordo com a equidade e o princípio de responsabilidades comuns, mas diferenciadas e respectivas capacidades, à luz das diferentes circunstâncias nacionais, no contexto do desenvolvimento sustentável, do inalienável Direito ao Desenvolvimento e dos esforços para erradicar a pobreza e a fome.
  5. Sob a égide da UNFCCC, o Acordo de Paris nos oferece um guia para coletivamente manter o aumento da temperatura média global bem abaixo de 2ºC acima dos níveis pré-industriais e para perseguir esforços para limitar o aumento da temperatura a 1,5ºC acima dos níveis pré-industriais. Estamos determinados a fortalecer ainda mais o multilateralismo, inclusive com todos os nossos parceiros dentro do Grupo dos 77 e da China (G77+China), com vistas a um modelo de solidariedade climática que seja coletivo, que rejeite o unilateralismo e as barreiras comerciais verdes, e que esteja firmemente fundamentado em valores de solidariedade e cooperação em nossa comunidade internacional.
  6. Saudamos a mensagem política central da COP27, em particular a necessidade de meios de implementação para os países em desenvolvimento, em momento em que o Acordo de Paris está sendo implementado em conformidade com a melhor ciência disponível e com base na equidade e no princípio de responsabilidades comuns, mas diferenciadas, e respectivas capacidades, à luz das diferentes circunstâncias nacionais.
  7. Os países em desenvolvimento requerem apoio previsível e adequado dos países desenvolvidos, incluindo financiamento climático com escopo, escala e velocidade necessários e comensuráveis, bem como acesso à tecnologia e aos mercados para garantir e possibilitar seu desenvolvimento sustentável. Considerando que a implementação de uma transição justa para uma economia de baixo carbono e resiliente ao clima nos países em desenvolvimento custará trilhões de dólares, como apresentado no primeiro Relatório sobre a determinação das necessidades dos países em desenvolvimento relacionadas à implementação da UNFCCC e de seu Acordo de Paris, continuamos muito preocupados com que o financiamento climático fornecido pelos países desenvolvidos continue a ficar aquém do compromisso de US$ 100 bilhões por ano, como tem acontecido todos os anos desde que a meta foi estabelecida em 2009, mesmo quando o montante real necessário ultrapassava de longe esse compromisso. Exortamos os países desenvolvidos a honrarem suas obrigações não cumpridas de financiamento climático e a se comprometerem com sua nova meta quantificada coletiva que vai muito além do limite de US$ 100 bilhões por ano e fornecer um roteiro claro de duplicação do financiamento da adaptação. Tal provisão de meios de implementação para os países em desenvolvimento é a ambição climática que o mundo precisa para fortalecer a implementação da UNFCCC e de seu Acordo de Paris.
  8. Estamos determinados a contribuir para uma COP28 bem sucedida com o foco na implementação, em Dubai, no final deste ano. Como principal mecanismo para promover a implementação e ambição em todos os aspectos do Acordo de Paris sob a UNFCCC, o Estoque Global deve ser eficaz na avaliação e identificação de lacunas de implementação no âmbito do regime climático, enquanto prospectivamente lança as bases para que os países desenvolvidos assumam a liderança na redução de emissões e preencham as lacunas pendentes nos meios de implementação para os países em desenvolvimento.
  9. Os resultados do Estoque Global e do 6º Relatório de Avaliação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) (AR6) serão importantes para informar os países na apresentação de sua próxima rodada de contribuições determinadas nacionalmente (NDCs) ao Acordo de Paris em 2025, de forma determinada nacionalmente e levando em conta as diferentes circunstâncias nacionais, na COP30. A China apoia a candidatura brasileira para sediar a COP30, já que a cúpula de 2025 será fundamental para o próprio futuro da resposta global às mudanças climáticas.
  10. Saudamos os esforços de cientistas brasileiros e chineses para participar ativamente da eleição do Escritório AR7 do IPCC e sua dedicação às avaliações científicas sobre a mudança climática global.
  11. Congratulamo-nos e estamos determinados a continuar nossos respectivos e ambiciosos esforços e progresso climático em nossos países, e nos comprometemos a ampliar, aprofundar e diversificar nossa cooperação bilateral em questões climáticas, em áreas como transição para uma economia global sustentável e de baixo carbono; cidades inteligentes; infraestrutura verde; desenvolvimento de indústrias verdes; energias renováveis, incluindo acesso e apoio a comunidades isoladas; mobilidade elétrica; inovação, pesquisa e desenvolvimento de tecnologias verdes; e finanças e investimentos verdes. Pretendemos nos engajar de forma colaborativa no apoio à eliminação do desmatamento e da exploração madeireira ilegal global através da aplicação efetiva de suas respectivas leis de proibição de importações e exportações ilegais. Continuaremos a cooperar no desenvolvimento e compartilhamento de tecnologias, incluindo o novo satélite CBERS 6, que permitirá um melhor monitoramento da cobertura florestal. Além disso, promoveremos o intercâmbio de conhecimentos, melhores práticas e outras formas de cooperação para conservação e manejo sustentável das florestas, regeneração e reflorestamento de áreas degradadas.
  12. O Brasil e a China promoverão diálogos políticos e compartilhamento de experiências sobre investimentos e finanças climáticas.
  13. O Brasil e a China decidem estabelecer um Subcomitê de Meio Ambiente e Mudança Climática sob o Comitê de Coordenação e Cooperação de Alto Nível China-Brasil (COSBAN).
  14. O Presidente Lula agradeceu ao Presidente Xi e ao governo chinês pela calorosa acolhida dada à delegação brasileira durante sua visita.