Terceira onda de calor no país começa nesta segunda (17)

Calor extremo afetará diversos estados, incluindo a Bahia. A massa de ar quente e seco elevará as temperaturas em até 5°C acima da média, com impacto em regiões como Mato Grosso do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Goiás. A situação exige atenção devido ao risco de incêndios e problemas de saúde

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O Brasil se prepara para enfrentar uma nova onda de calor, que começará nesta segunda-feira, 17 de fevereiro, com uma massa de ar quente e seco, que deve elevar as temperaturas em mais de 5°C acima da média climatológica. O fenômeno afetará inicialmente os estados de Mato Grosso do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina e Paraná, estendendo-se posteriormente para Goiás e Bahia, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

A onda de calor, que já está provocando elevação das temperaturas em diversas regiões do Sudeste, Sul e Nordeste, intensificará seu impacto a partir de domingo, 16 de fevereiro. Com isso, áreas de temperaturas máximas superiores a 40°C devem ser registradas, como já aconteceu em algumas partes do Rio Grande do Sul, onde a primeira e segunda ondas de calor de 2025 ocorreram, com Porto Alegre registrando 39,3°C.

O prognóstico aponta que a terceira onda de calor será mais intensa, com o Inmet prevendo altas de até 5°C além da média nas máximas diárias, caracterizando uma situação de grande perigo em várias regiões, especialmente devido ao ar seco.

Segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM), uma onda de calor ocorre quando as temperaturas máximas superam em 5°C ou mais a média mensal por, pelo menos, cinco dias consecutivos. A expectativa é de que este evento afete grandes áreas do país, não se limitando a um único local, o que agrava os riscos associados, como a intensificação de incêndios e problemas de saúde relacionados ao calor excessivo.

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Ciclone extratropical ameaça o sul do Brasil com ventos de até 100 km/h

Fenômeno se forma entre Uruguai e Rio Grande do Sul, com previsão de chuvas intensas e rajadas de vento até sexta-feira

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Um ciclone extratropical está se formando entre o Uruguai e o Rio Grande do Sul, com potencial para atingir o sul do Brasil com ventos que podem chegar a 100 km/h. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta para a formação do fenômeno, que deve se intensificar na noite de quarta-feira, 23 de outubro, e continuar até a madrugada de quinta-feira, 24.

Meteorologistas explicam que o ciclone resultará da interação de áreas de instabilidade com um centro de baixa pressão, ingressando no Brasil pelo oeste e sul do Rio Grande do Sul. A previsão indica ventos entre 50 e 70 km/h na maioria das regiões afetadas, com algumas áreas registrando rajadas mais intensas. O fenômeno também trará chuvas volumosas para o oeste do Paraná e o centro-oeste de Santa Catarina.

As regiões mais impactadas devem ser aquelas próximas ao Uruguai, norte da Argentina e Paraguai, onde a combinação de chuva e vento será mais severa. Mesmo com momentos de céu claro em alguns pontos, o retorno das tempestades será rápido, afetando a rotina da população. O ciclone deve seguir em direção ao alto-mar na sexta-feira, 25, quando o tempo seco começará a predominar.

Os meteorologistas recomendam atenção às previsões e alertas, uma vez que o ciclone pode causar interrupções no fornecimento de energia e impactos nas atividades cotidianas. Ventos moderados poderão continuar atingindo a faixa litorânea dos três estados da Região Sul, mesmo após a passagem do fenômeno.

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Inscrições para o Enem 2024 terminam nesta sexta-feira (07)

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Terminam na próxima sexta-feira (7) as inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024. Interessados devem acessar a Página do Participante e utilizar o cadastro na conta Gov.br. O prazo também vale para pedidos de atendimento especializado e tratamento por nome social. As provas serão aplicadas nos dias 3 e 10 de novembro.

A taxa de inscrição custa R$ 85 e pode ser paga por boleto, pix, cartão de crédito e débito em conta corrente ou poupança até o dia 12 de junho. Os resultados de recursos sobre isenção da taxa foram divulgados no último dia 24, assim como de recursos que tratam das justificativas de ausência no Enem 2023 para candidatos que estavam isentos da taxa.

Rio Grande do Sul

No Rio Grande do Sul, em razão da situação de calamidade pública provocada pelas enchentes, a população terá um prazo extra para se inscrever no exame. Um calendário estendido ainda será divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Moradores de municípios gaúchos têm isenção da taxa de inscrição.

O exame

Criado em 1998, o Enem avalia o desempenho escolar dos estudantes ao término da educação básica. O exame é considerado como a principal porta de entrada para a educação superior no país.

Os resultados da prova podem ser usados para acesso ao Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e ao Programa Universidade para Todos (ProUni), além de serem aceitos em instituições privadas e de outros países de língua portuguesa que tenham acordo com o Brasil.

Estudantes que não concluíram o ensino médio podem participar do Enem na condição de treineiros, para autoavaliação nos anos anteriores ao término da educação básica.

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Três governadores ampliam salários em mais de 100% desde 2022

Os governadores, Carlos Brandão (PSB), Romeu Zema (Novo) e Raquel Lyra (PSDB) tiveram aumento acima de 100%

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Nos últimos anos, a política salarial de alguns governadores brasileiros tem sido alvo de controvérsias. Segundo dados das Assembleias Legislativas estaduais e portais de transparência, três gestores estaduais dobraram ou mais que dobraram seus próprios salários desde 2022.

O governador Romeu Zema, representante do Novo em Minas Gerais, viu seu salário aumentar em 278% em maio passado. A questão gerou até litígio judicial, mas em dezembro, o STF negou um pedido para reverter o aumento, levando o salário mensal do governador bolsonarista de R$ 10,5 mil para R$ 41,8 mil.

Já no Maranhão, Carlos Brandão (PSB) aprovou um aumento de 107% neste mês. A partir de junho, seu rendimento mensal passará de R$ 15.915 para R$ 33.006,39. A justificativa do governo maranhense foi que Brandão recebia o menor salário entre os governadores do Brasil e não tinha reajuste desde 2014.

Por sua vez, em Pernambuco, a governadora Raquel Lyra (PSDB) sancionou um aumento de 129%. Embora a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) tenha aprovado um aumento de R$ 9,6 mil para R$ 22 mil, Lyra opta por receber R$ 42.145 mensais como procuradora do estado, cargo que ocupava antes de ingressar na política.

Vale ressaltar que Raquel Lyra possui o maior salário entre os governadores brasileiros e se destaca na comparação com a renda média do estado. Seu salário é quase 38 vezes maior do que a renda per capita média dos pernambucanos em 2023, que é de R$ 1.113, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Confira o ranking dos salários dos governadores no país:

  • Pernambuco – Raquel Lyra (PSDB) – R$ 42.145,88
  • Sergipe – Fábio Mitidieri (PSD) – R$ 41.650,92
  • Acre – Gladson Cameli (PP) – R$ 40.137,69
  • Minas Gerais – Romeu Zema (Novo) – R$ 39.717,69
  • Mato Grosso do Sul – Eduardo Riedel (PSDB) – R$ 35.462,27
  • Rondônia – Marcos Rocha (União) – R$ 35.462,22
  • Rio Grande do Sul – Eduardo Leite (PSDB) – R$ 35.462,22
  • Bahia – Jerônimo Rodrigues (PT) – R$ 35.462,22
  • Pará – Helder Barbalho (MDB) – R$ 35.363,55
  • São Paulo – Tarcisio de Freitas (Republicanos) – R$ 34.572,89
  • Roraima – Antonio Denarium (PP) – R$ 34.299,00
  • Amazonas – Wilson Lima (União) – R$ 34.070,00
  • Piauí – Rafael Fonteles (PT) – R$ 33.806,39
  • Paraná – Ratinho Junior (PSD) – R$ 33.763,00
  • Maranhão – Carlos Brandão (PSB) – R$ 33.006,39
  • Amapá – Clecio Luis (Solidariedade) – R$ 33.000,00
  • Paraíba – João Azevedo (PSB) – R$ 32.434,82
  • Espírito Santo – Renato Casagrande (PSB) – R$ 30.971,84
  • Mato Grosso – Mauro Mendes (União) – R$ 30.862,79
  • Distrito Federal (Brasília) – Ibaneis Rocha (MDB) – R$ 29.951,94
  • Alagoas – Paulo Dantas (MDB) – R$ 29.365,63
  • Goiás – Ronaldo Caiado (União) – R$ 29.234,38
  • Tocantins – Wanderlei Barbosa (Republicanos) – R$ 28.070,00
  • Santa Catarina – Jorginho Mello (PL) – R$ 25.322,25
  • Rio Grande do Norte – Fátima Bezerra (PT) – R$ 21.914,76
  • Rio de Janeiro – Claudio Castro (PL) – R$ 21.868,14
  • Ceará – Elmano de Freitas (PT) – R$ 20.629,59
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Após RS, enchentes atingem SC e deixam mais de 900 desabrigados

Rio do Sul, em Santa Catarina, decreta situação de emergência após enchentes. Foto: SDC/Divulgação

Caso de Política | Luís Carlos Nunes –  As fortes chuvas que recentemente castigaram o Rio Grande do Sul agora avançam sobre Santa Catarina, provocando sérias inundações. De acordo com a Secretaria da Proteção e Defesa Civil (SDC) catarinense, 20 municípios estão em estado de alerta devido ao aumento dos níveis dos rios e ao acúmulo de água.

Rio do Sul é a cidade mais afetada, com a prefeitura decretando situação de emergência após o nível do Rio Itajaí-Açu alcançar 9,06 metros. Em apenas 48 horas, a precipitação acumulada foi de 217 milímetros, superando mais da metade da média mensal prevista. Além de Rio do Sul, os municípios de Passo de Torres, Sombrio, São João do Sul, Balneário Gaivota, Jacinto Machado, Maracajá e Araranguá também decretaram emergência.

Mais de 900 pessoas estão desabrigadas, sendo acolhidas em cinco abrigos temporários montados para atender a população. As autoridades emitiram alertas sobre o alto risco de deslizamentos, aconselhando os moradores a ficarem atentos a sinais como rachaduras no solo e trincas nas paredes. A evacuação imediata é recomendada nesses casos.

Outras regiões do estado, incluindo o Meio-Oeste, Planalto Sul, Litoral Sul e Grande Florianópolis, também enfrentam chuvas intensas. Em resposta à situação, o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), ordenou a ativação do Centro Integrado de Operações da Defesa Civil estadual para monitorar os níveis dos rios e coordenar as ações de emergência.

As autoridades continuam em estado de prontidão, trabalhando para minimizar os impactos das enchentes e garantir a segurança dos moradores afetados.

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Intolerância Religiosa: MP denuncia mulher que associou tragédia no RS à “macumba”

Michele Dias Abreu é investigada pelo Ministério Público por crime de intolerância religiosa após comentários ofensivos nas redes sociais

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Michele Dias Abreu está sendo denunciada pelo Ministério Público (MP) por um grave crime de intolerância religiosa. A influenciadora digital associou a tragédia ocorrida no Rio Grande do Sul às religiões de matriz africana em suas redes sociais. Em uma publicação de 5 de maio, que rapidamente se tornou viral, Michele afirmou:

“O estado do Rio Grande do Sul é o estado com maior número de terreiros de macumba. Alguns profetas já estavam anunciando algo que iria acontecer devido à ira de Deus. As pessoas estão brincando, misturando aquilo que é santo, e Deus não divide sua honra com ninguém.”

De acordo com Metrópoles, a postagem de Michele gerou grande repercussão, alcançando mais de 3 milhões de visualizações. A reação negativa do público foi imediata, levando a influenciadora a privar suas redes sociais. No entanto, o dano já estava feito, e a resposta do Ministério Público foi rápida e contundente.

Repercussão e Ação do Ministério Público

A promotoria enfatizou que as declarações de Michele Dias Abreu são um exemplo claro de intolerância religiosa, um comportamento que não pode ser tolerado em uma sociedade plural e democrática. Associar uma tragédia a práticas religiosas específicas não só fomenta o preconceito como também incita o ódio contra grupos religiosos minoritários.

Impacto da Intolerância Religiosa

As religiões de matriz africana, como o Candomblé e a Umbanda, têm uma história longa e rica no Brasil, contribuindo significativamente para a diversidade cultural do país. Infelizmente, seus praticantes ainda enfrentam discriminação e violência devido a preconceitos enraizados na sociedade. Comentários como os de Michele Dias Abreu perpetuam estigmas e fomentam um ambiente de hostilidade e exclusão.

Diversas organizações de direitos humanos e líderes religiosos condenaram as declarações de Michele.

“Essa atitude é inadmissível. Precisamos combater todas as formas de intolerância e garantir que todas as religiões sejam respeitadas,” afirmou Maria das Graças Silva, representante do Centro Nacional de Direitos Humanos.

A denúncia do Ministério Público serve como um alerta sobre a necessidade de promover a educação e a conscientização sobre a importância do respeito à diversidade religiosa. É crucial que a sociedade entenda que a liberdade religiosa é um direito fundamental garantido pela Constituição Brasileira, e qualquer forma de discriminação baseada na crença religiosa é inaceitável.

A atitude de Michele Dias Abreu não é apenas um caso isolado de intolerância religiosa; ela reflete um problema mais amplo que ainda precisa ser resolvido na sociedade brasileira. Condenar e penalizar esses atos é um passo essencial para construir uma sociedade mais justa e inclusiva, onde todas as pessoas possam praticar suas crenças sem medo de discriminação ou represália.

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Parte da tragédia no Rio Grande do Sul foi causada por ação humana

Entre as ações, pesquisador cita construções em áreas de alagamento

Agência Brasil – O professor Roberto Reis, do Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Evolução da Biodiversidade da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), disse, nessa quarta-feira (15), que parte da tragédia que atingiu 446 municípios gaúchos foi causada pela ação do homem, que construiu em locais onde não deveria construir, em áreas de alagamento, e não fez as manutenções corretas nos diques de contenção e nas barreiras anti-alagamento. Acrescentou que essas obras, feitas nos anos 1970, nunca receberam manutenção adequada.

A culpa da enchente é do planeta. Mas a culpa da tragédia é dos administradores do estado e das cidades”.

Em entrevista à Agência Brasil, Reis afirmou que Porto Alegre é área de várzea, de confluência de rios na beira do Lago Guaíba, que alaga sempre que tem enchente.

É natural. A gente é que não deveria ter construído na área que alaga periodicamente”.

Segundo o professor, a cada dois ou três anos há alagamentos em Porto Alegre só que, desta vez, foi extremamente severo. “Nunca foi tão alto”. Ele explicou que não há como evitar que haja cheias no Guaíba.

Mas que haja enchente, há como evitar, fazendo bem feito os diques de contenção e tudo o mais”. A manutenção ou reconstrução dos diques e barragens nos rios do estado é a saída apontada pelo professor da PUCRS para evitar que novas tragédias voltem a ocorrer.

Reis lembrou que em setembro do ano passado, o estado enfrentou grande enchente.

Aí se viu que as comportas e parte dos diques não estavam funcionando. Era hora de ter arrumado. Foi uma mega-enchente. A grande veio agora. Deveríamos ter arrumado tudo de setembro para cá. Espero que desta vez aprendam, porque o custo está sendo muito alto”.

Na avaliação de Roberto Reis, chuva em excesso, causada por mudança climática, é fenômeno natural. “A cada tempo, há chuvas extremas que causam enchentes”, completou. Desta vez, contudo, ocorreu no estado a enchente mais forte de toda a história, que ele atribui, em parte, à mudança climática causada pelo excesso de gás carbônico na atmosfera. “Essa é a parte natural do evento”. O resto, para ele, é ação do homem.

Volume de chuvas

De acordo com o professor Rodrigo Paiva, do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o que está provocando a grande cheia no Lago Guaíba é, basicamente, um volume muito grande de chuvas que cai na bacia do Guaíba desde o final de abril e início de maio. Essa precipitação atingiu níveis recordes, registrando, em alguns locais, até 800 milímetros.

O professor Paiva explicou à Agência Brasil que, no primeiro momento, houve cheias bem rápidas nos rios da serra, onde existem vales mais encaixados em que os volumes de água correm rapidamente e os rios se elevam com rapidez e grande amplitude.

Há casos de 20 metros de elevação em menos de um dia. Isso causou muita destruição, por exemplo, no Vale do Taquari, de novo”.

Essa região sofreu grandes enchentes em setembro de 2023.

Rodrigo Paiva acrescentou que esse volume de água chega depois à região de planície, onde se espalha pelas várzeas e escoa mais lentamente. “Por isso, demora alguns dias entre a chuva na bacia hidrográfica e todo esse escoamento chegar a Porto Alegre, ao Lago Guaíba”. Desde o dia 5 de maio, observou-se um nível muito elevado do rio, atingindo recorde de 5,3 metros.

Além do corpo d’água bem grande do Lago Guaíba, tem a Laguna dos Patos, destacou o professor da UFRGS. Pelo fato de esses corpos d’água terem área superficial grande, eles estão sujeitos aos ventos.

Quando a gente tem um vento sul, isso ainda pode promover um represamento dessa água e uma elevação da ordem de 20 centímetros, ou até mais, se o vento for muito forte. Isso também ajuda um pouco na cheia do Lago Guaíba, embora o fator principal seja o grande volume das chuvas”.

Duração

Outra característica do evento é a duração, disse Rodrigo Paiva. A longa duração para baixar o nível do lago é associada à dificuldade de a água escoar nesses rios de planície, o Jacuí especialmente. “A água fica muito parada naquelas várzeas”. O professor do IPH comentou que, por outro lado, é interessante porque, se não houvesse as várzeas, o volume de água que vem das montanhas chegaria muito mais rapidamente à Grande Porto Alegre e, talvez com mais força e mais amplitude.

Se não houvesse essas várzeas, que já atuam como um reservatório natural que atenua as cheias, talvez o nível da água tivesse subido em Porto Alegre muito mais e mais rápido também”.

As consequências seriam também piores, admitiu o professor. Porque a região metropolitana de Porto Alegre está em área muito baixa, afetando cidades como Eldorado e Canoas.

As consequências seriam maiores. A inundação é grande, a profundidade, em alguns locais, atinge um metro ou dois metros, mas não há tanta velocidade da água. Já no vale, no Rio Taquari, como a profundidade é maior e é mais inclinado, a ação da água é mais destrutiva, capaz de destruir residências, arrastar coisas”, salientou Paiva.

Em entrevista, governador do RS insinua que doações de outros estados prejudicam comércio local

Foto: Reprodução / YouTube BandNews

O reerguimento desse comércio fica dificultado, na medida que você tem uma série de itens que estão vindo de outros lugares”, disse Eduardo Leite.

Caso de Política com informações da Bande News – Em meio a uma crise devastadora causada por enchentes no Rio Grande do Sul, que já afetaram 446 municípios, resultaram em 149 mortos e deixaram 538.245 pessoas desalojadas, o governador Eduardo Leite (PSDB) fez uma declaração polêmica. Ao agradecer a solidariedade dos brasileiros, Leite insinuou que as doações de outros estados poderiam prejudicar o comércio local.

Quando você tem um volume tão grande de doações físicas chegando ao estado, há um receio que nós já observamos em outras situações, em outras circunstâncias, sobre o impacto que isso terá no comércio local”, afirmou o governador em entrevista à Rádio Band News FM. “O reerguimento desse comércio fica dificultado, na medida que você tem uma série de itens que estão vindo de outros lugares também do país”, pontuou.

A fala de Eduardo Leite pode ser interpretada como uma insensibilidade diante da crise humanitária que assola o estado. Em um momento em que milhares de pessoas perderam tudo e dependem da solidariedade nacional para sobreviver, priorizar o impacto econômico local pode parecer desconectado da urgência da situação. Essa postura pode ser vista como uma tentativa de proteger interesses comerciais em detrimento do bem-estar imediato dos cidadãos mais afetados.

É verdade que a recuperação econômica das áreas afetadas é crucial para o futuro do estado. Pequenos comerciantes e empresários locais estão entre os mais atingidos pelas enchentes e precisam de apoio para se reerguer. No entanto, a sugestão de que as doações físicas possam ser prejudiciais neste momento de crise pode ser considerada míope e inadequada. A prioridade deve ser, acima de tudo, a sobrevivência e o alívio imediato das vítimas.

Adotar uma abordagem humanista significa colocar as necessidades das pessoas em primeiro lugar. A ajuda que vem de outros estados representa um ato de solidariedade e empatia que deve ser valorizado, não desencorajado. As doações são essenciais para garantir que as necessidades básicas dos desabrigados sejam atendidas, proporcionando-lhes dignidade e esperança em um momento de desespero.

Em vez de criticar as doações, o governo poderia focar em maneiras de integrar esse apoio à recuperação econômica local. Parcerias com o comércio local para a distribuição de doações ou a criação de vouchers que permitam às pessoas comprar diretamente dos comerciantes locais são exemplos de medidas que poderiam beneficiar tanto a população necessitada quanto a economia local.

A declaração do governador Eduardo Leite levanta questões importantes sobre como equilibrar a necessidade urgente de ajuda humanitária com a recuperação econômica a longo prazo. No entanto, em um momento de crise tão severa, a ênfase deve ser claramente colocada no apoio às vítimas. A postura do governo precisa refletir uma abordagem mais sensível e integrada, valorizando a solidariedade nacional enquanto busca soluções práticas para revitalizar o comércio local.

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80 milhões de brasileiros estão expostos a crises como do RS, diz ministra do Meio Ambiente

Caso de Política com informações do Canal Meio A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, em uma entrevista reveladora ao canal Meio, alertou para a situação crítica enfrentada por 80 milhões de brasileiros, que representam cerca de 37,89% da população do país, vivendo em 1.942 municípios sob constante ameaça de eventos climáticos extremos.

Marina descreveu a magnitude do desafio enfrentado, destacando a necessidade de um plano abrangente de prevenção para essas áreas vulneráveis, que ela comparou a uma “UTI climática”. No entanto, ela ressaltou que a implementação efetiva desse plano requer um esforço conjunto e um novo paradigma jurídico, enfatizando a importância do diálogo com o Congresso Nacional.

A ministra também abordou o impacto devastador das enchentes no Rio Grande do Sul, destacando que esses eventos trágicos têm potencial para despertar uma consciência renovada sobre a urgência das mudanças climáticas. Marina caracterizou essa experiência como uma “pedagogia do luto”, enfatizando as perdas de vidas, econômicas e simbólicas associadas a esses desastres.

Além disso, Marina destacou a gravidade das fake news durante esses eventos catastróficos, salientando como a disseminação de informações falsas prejudicou os esforços de socorro e apoio às vítimas. Para ela, as fake news representam não apenas uma distorção da verdade, mas um roubo da decência e da confiança.

Enquanto o governo federal toma medidas para auxiliar as vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul, incluindo ajuda financeira e a suspensão temporária do pagamento da dívida do estado com a União, a situação continua crítica, com o nível do rio Guaíba atingindo novos recordes e tremores de terra sendo sentidos em algumas regiões devido às fortes chuvas e enchentes.

Segundo a Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestruturas e a Agência Nacional de Águas, o nível do Guaíba voltou a atingir o patamar dos cinco metros nesta segunda-feira (13/05), chegando a 5,05 metros. A projeção da Defesa Civil é chegar a 5,6 metros nos próximos dias, batendo um novo recorde. A máxima das cheias no Guaíba ocorreu no domingo, quando a água atingiu 5,33 metros, ultrapassando os 4,75 metros da enchente de 1941.

A entrevista completa entre Marina Silva e os representantes do canal Meio oferece insights valiosos sobre os desafios enfrentados e a necessidade urgente de ações coordenadas para lidar com os impactos crescentes das mudanças climáticas no Brasil.

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Lula anuncia auxílio de R$ 5 mil para famílias desabrigadas e apoio bilionário para recuperação do RS

Caso de Política com informações da Agência Brasil – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou que estará presente no Rio Grande do Sul nesta quarta-feira, 15 de maio, para anunciar medidas de auxílio financeiro direto às famílias atingidas pelas enchentes no estado. O anúncio será parte dos esforços do governo federal para apoiar a recuperação das comunidades afetadas pelas recentes catástrofes naturais.

Medidas de Apoio Emergencial

Após uma reunião virtual com o governador do Rio Grande do Sul, o presidente Lula afirmou que o governo federal enviará ao Congresso Nacional um projeto de lei para suspender a dívida do estado com a União por três anos, permitindo um aporte significativo de recursos para a reconstrução da infraestrutura, estimado em R$ 11 bilhões.

Além disso, está em discussão a criação de um auxílio emergencial, semelhante ao adotado durante a pandemia de COVID-19, para apoiar especialmente as pessoas desempregadas e afetadas pelas enchentes.

Convocação Ministerial e Compromisso de Reconstrução

O presidente convocou uma reunião ministerial extraordinária para debater medidas de apoio às vítimas das enchentes, com especial atenção às famílias desabrigadas, que atualmente somam quase 80 mil pessoas. Lula reafirmou o compromisso do governo em não descansar até que o Rio Grande do Sul esteja recuperado e suas comunidades reassentadas.

Nova Medida Provisória de Apoio Financeiro

 

Em resposta às necessidades emergenciais, o governo publicou uma nova medida provisória no Diário Oficial da União, disponibilizando R$ 12,1 bilhões em crédito extraordinário para o enfrentamento das consequências das chuvas e enchentes no estado. Esses recursos serão direcionados para ações emergenciais, como distribuição de alimentos, reposição de medicamentos e garantia de atendimento nos serviços de saúde.

Ampla Abordagem de Recuperação

Os recursos da medida provisória também serão destinados à reconstrução da infraestrutura rodoviária, investimentos em segurança pública e apoio às microempresas e pequenos empreendimentos afetados pelas catástrofes. Além disso, foram anunciadas antecipações de benefícios sociais, como Bolsa Família e Auxílio gás, e a liberação de parcelas extras do seguro-desemprego.

Engajamento Nacional e Prioridades Humanitárias

Com a ampliação do crédito para o Rio Grande do Sul, o governo federal está comprometido em destinar recursos significativos para enfrentar as consequências dos desastres naturais no estado, totalizando um aporte de R$ 60 bilhões. O presidente Lula enfatizou a importância de uma resposta ágil e coordenada para garantir que as necessidades humanitárias das comunidades afetadas sejam atendidas com urgência e eficácia.

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