Guto Volpi planeja implantar tarifa zero no transporte público de Ribeirão Pires, acompanhando tendência nacional

São Caetano do Sul é a primeira cidade da região do ABC Paulista a implantar a tarifa zero

Repórter ABC | Luís Carlos Nunes – Fontes confiáveis ligadas à administração municipal revelaram ao Repórter ABC que o prefeito de Ribeirão Pires, Guto Volpi (PL), está estudando a possibilidade de implementar a tarifa zero no transporte público municipal. O projeto, segundo informações privilegiadas, tem como principal articulador Clovis Volpi.

Vale ressaltar que em dezembro de 2015, o então prefeito Saulo Benevides, por meio do Decreto nº 6589, de 11/12/2015, reduziu as tarifas do transporte coletivo da cidade, estabelecendo um valor de R$ 1 aos domingos e feriados. A medida, que buscava incentivar moradores e turistas a explorarem a cidade, permanece em vigor até os dias atuais.

Conforme apurado pelo Repórter ABC, a abolição das tarifas no transporte coletivo público urbano ganhou força em 2023 em todo o país, atingindo 31 municípios que adotaram o sistema pleno, proporcionando tarifa zero em todos os dias para toda a população. O ano de 2021 registrou o segundo maior número de adesões, com 15 cidades, totalizando 94 municípios com Passe Livre pleno, segundo dados do pesquisador da Universidade de São Paulo (USP), Daniel Santini.

São Paulo lidera o ranking nacional com 29 municípios adotando a tarifa zero, seguido por Minas Gerais (25), Paraná (11) e Rio de Janeiro (10). No decorrer de 2023, o estado paulista também se destacou, com dez municípios adotando o Passe Livre, seguido por Minas Gerais (6), Santa Catarina (5), Rio de Janeiro (5), Paraná (3), Goiás (1) e Rondônia (1).

O Brasil vivencia uma expansão da política de tarifa zero, sendo 2023 o ano de maior adesão, evidenciando uma clara tendência. Multiplicidade de experiências, influência entre cidades vizinhas e um efeito contagioso são fatores que impulsionam essa tendência.

A implementação da tarifa zero ocorre em meio a uma significativa redução no número de passageiros no transporte público e à crise no sistema de financiamento baseado na cobrança de passagens. Dados da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) indicam que, em outubro de 2013, o país registrou 398,9 milhões de passageiros, enquanto em outubro de 2022, esse número caiu para 226,7 milhões, representando uma diminuição de 43%.

A NTU destaca a existência de um círculo vicioso, onde a diminuição de passageiros leva à necessidade de aumentar o valor da passagem para manter a receita, porém, esse aumento resulta na redução do número de passageiros. Nesse contexto, o modelo de financiamento baseado na receita das catracas torna-se insustentável, motivando a busca por alternativas como a tarifa zero, que combina aspectos sociais e ambientais.

São Caetano do Sul é a primeira cidade da região do ABC Paulista a implantar a tarifa zero

Entre os 94 municípios brasileiros que já adotaram o Passe Livre, apenas 11 possuem mais de 100 mil habitantes, sendo liderados por Caucaia, no Ceará, com uma população de 355 mil pessoas; seguido por Luiziânia (GO) (209 mil) e Maricá (RJ) (197 mil). A complexidade dos sistemas de transporte nas cidades mais populosas é apontada como um desafio para a adoção da tarifa zero.

São Caetano do Sul tornou-se a primeira cidade da região do ABC Paulista a implantar a tarifa zero. No entanto, em 2023, observou-se uma mudança de tendência, com seis municípios com mais de 100 mil habitantes adotando o sistema gratuito, incluindo Luiziânia (GO) (209 mil habitantes), Ibirité (MG) (170 mil), São Caetano do Sul (165 mil), Itapetininga (SP) (157 mil), Balneário Camboriú (SC) (139 mil) e Ituiutaba (MG) (102 mil).

A adesão de cidades mais populosas à tarifa zero reflete uma crescente percepção de que é possível implementar o sistema em áreas com redes de transporte público mais complexas. Embora seja um desafio trabalhar com redes mais estruturadas, o orçamento geralmente mais robusto dessas cidades também se apresenta como uma oportunidade.

Auricchio confirma tarifa zero em ônibus de São Caetano a partir desta quarta. Foto: Divulgação

Repórter ABC | Luís Carlos Nunes – O prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnio, informou que a tarifa  zero nos ônibus passará a valer a partir desta quarta-feira (01/11). Ele disse que o novo contrato com a concessionária será assinado nesta segunda-feira (30/11). “Vamos conseguir cumprir nosso cronograma”, afirmou o prefeito.

Auricchio disse que empresários da cidade elogiaram a iniciativa da Prefeitura porque vão eles vão economizar com vale-transporte. “Tem um empresário na cidade que nos falou que a economia para a empresa será de R$ 600 mil por ano”, contou o prefeito.

O chefe do Executivo acredita que a medida estimulará as empresas a contratarem moradores da cidade. A tarifa zero só vale para as linhas municipais.

Lei aprovada

A Câmara de São Caetano do Sul aprovou na manhã desta sexta-feira (27/10) o projeto do Executivo para a criação do programa Tarifa Zero, projeto da prefeitura que visa disponibilizar aos usuários do transporte coletivo municipal a gratuidade para o seu uso. A Casa se tornou a primeira Câmara do ABCD a debater matéria que institui a gratuidade no transporte coletivo.

O presidente do Legislativo, vereador Professor Pio Mielo (PSDB), destacou o debate positivo feito pelos vereadores e pontuou a celeridade na apreciação do projeto em plenário, ressaltando que houve tempo para estudo e apresentação de emendas à matéria.

“Não houve toque de caixa, não houve pressa, não houve nada. Todo mundo teve a oportunidade de fazer a discussão para uma sessão extraordinária sexta-feira, às 11 da manhã. Tudo planejado, tudo tranquilo, dentro da vontade política do Executivo e da responsabilidade dos 19 vereadores que compõe esta Casa de Leis”, afirmou o presidente.

Os parlamentares entenderam que a implantação do Tarifa Zero trará diversos benefícios para a população, em especial para a mobilidade urbana da cidade, aprovando o projeto por unanimidade.

O líder do Governo na Casa, vereador Gilberto Costa (Avante), salientou a relevância da iniciativa para o município e a prioridade dada ao tema para se propor tal medida. “Nós priorizamos para chegar neste dia. Por isso, podemos estar aqui e sabemos por que fizemos planejamento, levantamento de custo, fomos assessorados”, disse Costa.

De acordo com a justificativa encaminhada com o texto do projeto de lei, entre os objetivos da proposta está o de garantir “acesso aos meios de locomoção, reduzindo emissões de carbono por meio de veículos automotores e os engarrafamentos no Município de São Caetano do Sul”. O projeto seguiu para sanção do poder Executivo municipal.

População do ABC ultrapassa 2,6 milhões de pessoas, aponta Censo 2022

Censo Demográfico 2022 revela crescimento de 5,6% na população do ABC Paulista

Repórter ABC | Luís Carlos Nunes – O ABC Paulista, atingiu a marca de 2.696.530 habitantes, de acordo com os dados do Censo Demográfico 2022 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (28/6). Esses números indicam um crescimento de 5,6% em relação ao levantamento realizado em 2010, quando a região contava com 2.551.328 moradores.

Entre as sete cidades que compõem o Grande ABC, São Bernardo do Campo mantém-se como a mais populosa, com 810.729 habitantes, seguida de Santo André, que possui 748.919 residentes. Mauá registra uma população de 418.261 habitantes, enquanto Diadema conta com 393.237. São Caetano do Sul aparece com 165.655 moradores, Ribeirão Pires com 115.559 e Rio Grande da Serra com 44.170.

O presidente do Consórcio Intermunicipal Grande ABC e prefeito de Mauá, Marcelo Oliveira, ressaltou a importância do levantamento para a definição de políticas públicas nas sete cidades da região. Segundo ele, os dados do Censo são fundamentais para orientar as políticas sociais, o planejamento da gestão e dos orçamentos municipais.

É importante ressaltar que o número total de habitantes no Grande ABC ficou abaixo das projeções anteriores do IBGE. A última estimativa, divulgada em dezembro do ano passado, apontava uma população de 2.725.209 na região. Em agosto de 2021, a estimativa era de 2.825.048 habitantes.

O Censo, realizado a cada dez anos por lei, consiste em uma ampla coleta de dados sobre a população brasileira. Ele permite traçar um perfil socioeconômico do país, identificando as características e condições de vida dos brasileiros.

Vale lembrar que a edição anterior do Censo havia sido realizada em 2010. As entrevistas para o Censo atual deveriam ter ocorrido em 2020, mas foram suspensas devido à pandemia do coronavírus.

Em abril de 2021, o governo federal anterior informou que o orçamento daquele ano não contemplava recursos para a realização do Censo, o que resultou no anúncio do cancelamento da pesquisa. No entanto, no mês seguinte, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a obrigatoriedade da realização do levantamento em 2022. Embora a pesquisa não tenha sido concluída no ano passado, a divulgação dos dados foi agendada para este ano.

Clóvis Volpi lidera o PL de Mauá em evento de inauguração da nova sede e foca nas eleições de 2024

Vereador Zé Carlos Nova Era ressalta unidade interna e projeto político do PL de Mauá

Repórter ABC | Luís Carlos Nunes – Em uma noite repleta de atividades, ocorrida na última quinta-feira (22), foi solenemente inaugurada a nova sede do Partido Liberal (PL) de Mauá. O evento contou com a presença de diversas lideranças políticas da região.

Durante seu discurso, o ex-prefeito Clóvis Volpi, que é pré-candidato a prefeito na cidade, ressaltou a importância da nova sede para fortalecer as articulações políticas que envolverão as eleições de 2024. Volpi destacou a relevância de possuir um espaço físico que proporcione um ambiente adequado para a criação de estratégias e alianças visando ao próximo pleito.

O recém-eleito presidente do partido, vereador Zé Carlos Nova Era, também enfatizou a importância da unidade interna do PL, destacando que o partido está unido em torno de um projeto político “forte” para o próximo ano.

A solenidade contou com a presença dos prefeitos José Auricchio Júnior, de São Caetano do Sul, e Guto Volpi, de Ribeirão Pires, que reforçaram a importância do evento e manifestaram seu apoio ao PL de Mauá. Além disso, vice-prefeitos, vereadores e dirigentes partidários também estiveram presentes na cerimônia.

Consta nos registros da Justiça Eleitoral que Clovis Volpi ainda não solicitou a sua mudança de domicílio eleitoral para a cidade de Mauá.

Prefeitura de São Caetano distribui cartilha antirracista nas escolas

Município implementa  política antirracista nas escolas da rede municipal, da qual a cartilha é um dos materiais pedagógicos, listando diversas expressões que devem ser evitadas e excluídas do vocabulário

“Cabelo ruim, lista negra, mercado negro, inveja branca”… expressões assim são tão comuns em nosso vocabulário, e são ditas há tanto tempo, que muita gente nem percebe o alto teor de racismo que elas contêm. Foi para romper com esse passado racista que a Prefeitura de São Caetano do Sul, por meio da Seeduc (Secretaria de Educação), está distribuindo nas escolas da Rede Municipal de Ensino a cartilha Expressões Racistas: Por que não usar.

“Nos últimos anos, temos acompanhado, estarrecidos, o aumento dos casos de discriminação racial no Brasil. O Painel de Dados da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, mostra que, somente em 2022, foram registradas 1.663 denúncias de racismo no País, 193 a mais do que no ano anterior”, escreve o prefeito José Auricchio Júnior na apresentação do livro. Ele também cita dados de violência contra negros e faz uma conclusão impactante: “estamos falhando como sociedade.”

Para reverter tal cenário, Auricchio conclama o engajamento de toda a sociedade, a começar do Poder Público. A Prefeitura está implementando uma política antirracista nas escolas da rede municipal, da qual a cartilha é um dos materiais pedagógicos, listando diversas expressões que devem ser evitadas e excluídas do nosso vocabulário.

“Este é um documento construído de forma colaborativa por profissionais que têm se dedicado aos estudos do pensamento decolonial”, informa a secretária de Educação, Minéa Fratelli. Ela explica que o objetivo é levar para a escola, e toda comunidade educativa, discussões importantes para a promoção de um currículo e de práticas antirracistas, visando à garantia dos direitos de aprendizagem dos bebês, crianças e jovens, além de uma educação verdadeiramente equânime.

A cartilha Expressões Racistas: Por que não usar já está sendo distribuída às escolas da rede municipal de ensino e o download pode ser feito no link: bit.ly/cartilha_expressoes_racistas

Como conclui o prefeito Auricchio, “não basta apenas dizer ser contra o racismo. É preciso combatê-lo de fato”.

NEGRAS QUE NOS HABITAM

Como parte das iniciativas para uma educação antirracista, o Cecape (Centro de Capacitação dos Profissionais da Educação) Drª Zilda Arns recebe até o dia 19 de junho a exposição Negras que nos Habitam, da artista plástica Joyce Cristina Fesan Rodrigues.

A exposição já passou por diversos lugares públicos do ABC, além de percorrer os municípios do interior paulista. Professora e pesquisadora da História do Negro no Brasil, a artista Joyce Rodrigues diz que hoje buscar transferir seus conhecimentos e sentimentos sobre o tema para as artes visuais, “no intuito é transformar o olhar sobre a mulher negra brasileira”. Em seu trabalho ela usa técnicas como colagem em madeira e entalhe em madeira, acrílico e guache em tela.

A exposição é aberta à visitação do público, de segunda a sexta-feira das 10h às 11h30 e das 13h30 às 15h, mediante agendamento pelo telefone 4224-0676.

Cidades do ABC apresentam grandes riscos de inundação, aponta pesquisa

Pesquisadores apontam a necessidades de aplicação do conceito de cidade inteligente e melhor planejamento

Repórter ABC, com EBC – Uma combinação de modelos de previsão de expansão urbana e de mudança do uso do solo e hidrodinâmicos resultou em uma metodologia capaz de fornecer informações geográficas que identificam os locais com maior risco de inundações em cidades, inclusive as provocadas por chuvas extremas.

O estudo é pioneiro e foi realizado com base em dados de São Caetano do Sul, na região metropolitana de São Paulo. A cidade foi escolhida por ter passado por eventos extremos de inundações.

Em parceria com as universidades federais da Paraíba (UFPB) e do Rio Grande do Sul (UFRGS) e órgãos locais, os pesquisadores testaram o modelo com dados da Defesa Civil do município, considerando a enchente de 10 de março de 2019, quando três pessoas morreram afogadas e diversas ruas em São Caetano do Sul ficaram com quase dois metros de altura de água.

Os resultados preliminares do estudo, que recebe apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), foram publicados na revista Water. Eles são parte do trabalho do doutorando Elton Vicente Escobar Silva, também do Inpe, primeiro autor do artigo, orientado por Claudia Maria.

Para a modelagem hidrodinâmica, o grupo de pesquisadores utilizou o software Hec-Ras (Hydrologic Engineering Center’s River Analysis System, na sigla em inglês). É um programa de computador que consegue simular o fluxo e a elevação da superfície da água, além do transporte de sedimentos.

Na análise da extensão de áreas inundáveis foram adotados dois modelos digitais de terreno (DTM, na sigla em inglês) com diferentes resoluções espaciais – de 0,5m e 5m. O DTM é uma representação matemática da superfície do solo, que pode ser manipulada por programas de computador e geralmente representada em forma de grade retangular, na qual um valor de elevação é atribuído a cada pixel.

Vegetação, edifícios e outras características são removidas digitalmente. Além disso, quatro diferentes intervalos de computação (1, 15, 30 e 60 segundos) foram adotados para avaliar o desempenho das saídas das simulações.

Os melhores resultados foram obtidos com as simulações de resolução espacial de 5m, que mostraram os mapas de inundação com maior cobertura dos pontos alagados (278 em um total de 286 pontos, ou seja, 97,2%) nos menores tempos de cálculo. Chegaram a mapear pontos de inundação que não foram observados pela Defesa Civil, nem por pessoas de São Caetano do Sul durante a inundação que atingiu a cidade.

“A nossa ideia foi criar uma metodologia de suporte para os tomadores de decisão. Simulamos como será a mudança do solo nos próximos anos e também o que isso impacta na rede de escoamento fluvial. A partir daí, é possível fazer simulações com cenários. Um exemplo é cruzar os milímetros de chuva em um determinado intervalo de tempo para projetar o que pode ocasionar em uma área do município. Com isso, os gestores poderiam tomar decisões visando evitar danos tanto econômicos quanto de vidas perdidas”, disse o pesquisador Elton Vicente Escobar Silva.

Ligado com a capital e com os vizinhos São Bernardo do Campo, Santo André, o município de São Caetano do Sul tem um histórico de inundações – foram 29 ocorrências entre 2000 e 2022, segundo os pesquisadores. Não diferente, a cidade de Mauá também vem registrando alagamentos ao longo dos anos.

Por outro lado, São Caetano do Sul é a cidade mais sustentável entre as 5.570 do Brasil, segundo o Índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades (IDSC). E, com uma população estimada em 162 mil moradores, apresenta 100% de domicílios com esgotamento sanitário adequado, 95,4% de domicílios urbanos em vias públicas com arborização e 37% em vias com urbanização adequada (presença de bueiro, calçada, pavimentação e meio-fio), de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O experimento pode vir a ser usado por outros municípios na construção de políticas públicas e na tomada de decisões para enfrentar os impactos desses fenômenos, podendo evitar, além da destruição de edificações e de infraestrutura, a morte de moradores, apontam os pesquisadores. Além disso, tem baixo custo.

A plataforma e a capacitação de pessoal técnico são investimentos de baixo custo. “Os dados, caso estejam disponíveis, não implicam inversões de recursos públicos. No entanto, a obtenção de dados não disponíveis pode demandar custos, que, a depender do porte da prefeitura, serão facilmente cobertos”, explicaram os pesquisadores Cláudia Maria de Almeida e Elton Vicente Escobar Silva.

Cidades Inteligente e Planejamento das Cidades

Para a pesquisadora Claudia Almeida, um diferencial do estudo é, além de aliar modelagem hidrodinâmica para área urbana à complexidade da rede de drenagem subterrânea pluvial, usar dados reais para parametrizar e validar o modelo.

“Conjugamos imagens de altíssima resolução espacial e deep learning [aprendizado profundo]. Tudo isso está ligado à big data e às smart cities”.

O conceito de smart cities (cidades inteligentes) começou a ser discutido nos anos 2010, envolvendo questões tecnológicas, como semáforos integrados ou paradas de ônibus com wi-fi. Recentemente, passaram a incluir temas voltados à sustentabilidade e qualidade de vida dos moradores.

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a população mundial atingiu oito bilhões de pessoas no ano passado, sendo que 56% vivem em áreas urbanas. Estima-se que até 2050 a população crescerá para 9,7 bilhões de pessoas, das quais 6,6 bilhões estarão em cidades (cerca de 68% do total).

O estudo alia modelagem hidrodinâmica para área urbana à complexidade da rede de drenagem subterrânea pluvial, utilizando dados reais para parametrizar e validar o modelo. Além disso, o estudo conjugou imagens de altíssima resolução espacial e deep learning, em uma abordagem que está ligada à big data e às smart cities (cidades inteligentes).

O conceito de smart cities começou a ser discutido nos anos 2010, focando em aspectos tecnológicos, como semáforos integrados e paradas de ônibus com wi-fi. Entretanto, atualmente, o termo engloba temas relacionados à sustentabilidade e qualidade de vida dos moradores. A Organização das Nações Unidas (ONU) alerta para a crescente população mundial, que atingiu oito bilhões de pessoas no ano passado, com 56% vivendo em áreas urbanas. A estimativa é que até 2050, a população mundial chegue a 9,7 bilhões de pessoas, sendo que 6,6 bilhões estarão concentradas em áreas urbanas, cerca de 68% do total.

Nesse cenário, torna-se imprescindível um melhor planejamento urbano das cidades para que possam ser transformadas em cidades inteligentes, com tecnologias que permitam o uso eficiente dos recursos naturais e infraestruturas urbanas. Uma gestão eficiente de água, energia, resíduos, transporte e mobilidade, além de áreas verdes e espaços públicos, são fatores-chave para a qualidade de vida dos habitantes e o desenvolvimento sustentável das cidades.

O estudo realizado pode ser considerado um importante avanço para o desenvolvimento de cidades inteligentes, uma vez que oferece soluções para o gerenciamento de águas pluviais e contribui para a redução de impactos ambientais e sociais. É necessário que governos, empresas e sociedade civil estejam alinhados e comprometidos com um planejamento urbano sustentável e inovador para enfrentar os desafios das cidades do futuro.

José Auricchio Júnior negocia mudança para o PSD visando sucessão municipal

Com carteira de obras estimada em 700 milhões, Auricchio pode ser gatilho para mudanças partidárias no ABC

Repórter ABC | Luís Carlos Nunes – O prefeito de São Caetano do Sul, José Auricchio Júnior, filiado ao PSDB, é um ativo cobiçado entre os grandes partidos que já articulam projetos para as próximas eleições. Com uma carteira de obras estimada em 700 milhões de reais até 2024, a prefeitura de São Caetano do Sul deixará um investimento recorde na cidade.

O prefeito pretende fazer seu sucessor nas próximas eleições municipais e sua eventual troca de partido pode consumar o declínio tucano no ABC paulista. Além do bom trânsito na política, a cidade terá um investimento significativo em obras públicas.

Nesta semana, Auricchio assinou o edital de construção de dois piscinões na cidade, avaliados em 170 milhões de reais, que deve começar ainda neste semestre e faz parte do Programa Avança São Caetano.

O secretário de Governo do Estado, Gilberto Kassab, afirmou que fará um convite ao prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior, para que ele ingresse no seu partido, o PSD. Auricchio fez críticas à lentidão do PSDB em tomar decisões para sair da crise agravada nas últimas eleições. A sigla tem perdido representatividade na Câmara dos Deputados e nas Assembleias Legislativas. Além disso, o PSDB perdeu o comando do governo do Estado de São Paulo no pleito do ano passado, após 28 anos no poder.

Por outro lado, o PSD tem crescido em São Paulo, com a filiação de nomes importantes, como a do vice-governador Rodrigo Garcia e de deputados estaduais.

O deputado estadual Thiago Auricchio, filho do atual prefeito de São Caetano do Sul, também é um nome cogitado para migrar para o PSD.

Com a possível mudança de partido do prefeito de São Caetano do Sul para o PSD, outras figuras políticas da região do ABC paulista também podem seguir o mesmo caminho. Dentre eles, destaca-se o prefeito de Ribeirão Pires, Guto Volpi, além de Penha Fumagalli e outros diversos prefeituráveis para as eleições de 2024.

Além disso, a mudança pode ter um efeito cascata, com diversos vereadores da região do ABC paulista também acompanhando a mudança de partido de Auricchio.

Caso essas mudanças de fato ocorram, pode haver uma mudança significativa no cenário político da região do ABC paulista, que há anos tem sido dominada pelo PSDB. A chegada de novas figuras políticas no PSD pode trazer uma nova dinâmica para a política local, impactando diretamente nas eleições de 2024.