Bahia domina lista dos municípios mais ricos do MATOPIBA

Com quatro cidades entre as 40 maiores do agro no Brasil, oeste baiano lidera produção na região e confirma nova geografia da riqueza agrícola nacional

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Ao final de 2024, o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) divulgou a lista dos 100 municípios com maior valor de produção do agronegócio em 2023, com base nos dados da Produção Agrícola Municipal (PAM) do IBGE. O levantamento revelou que esses municípios foram responsáveis por R$ 260 bilhões do total de R$ 814,5 bilhões movimentados pela agropecuária brasileira no ano.

Entre os destaques nacionais, o MATOPIBA – região que reúne áreas do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia – consolidou seu protagonismo como nova fronteira agrícola do país. A Bahia se sobressaiu entre os estados do bloco, com quatro municípios do oeste baiano entre os 100 mais ricos: São Desidério (2º no ranking nacional), Formosa do Rio Preto (7º), Barreiras (25º) e Luís Eduardo Magalhães (32º).

Confira o ranking dos 10 municípios do MATOPIBA com maior valor de produção agrícola em 2023 (em ordem crescente de posição no ranking nacional):

  1. São Desidério (BA): 2º lugar no ranking nacional, com R$ 7.789.575 (7,79 bilhões)
  2. Formosa do Rio Preto (BA): 7º lugar no ranking nacional, com R$ 5.789.526 (5,79 bilhões)
  3. Baixa Grande do Ribeiro (PI): 22º lugar no ranking nacional, com R$ 3.221.423 (3,22 bilhões)
  4. Barreiras (BA): 25º lugar no ranking nacional, com R$ 3.116.859 (3,12 bilhões)
  5. Correntina (BA): 28º lugar no ranking nacional, com R$ 3.027.527 (3,03 bilhões)
  6. Luís Eduardo Magalhães (BA): 32º lugar no ranking nacional, com R$ 2.705.861 (2,71 bilhões)
  7. Uruçuí (PI): 38º lugar no ranking nacional, com R$ 2.435.233 (2,44 bilhões)
  8. Riachão das Neves (BA): 48º lugar no ranking nacional, com R$ 2.096.875 (2,09 bilhões)
  9. Balsas (MA): 55º lugar no ranking nacional, com R$ 1.959.781 (1,96 bilhões)
  10. Tasso Fragoso (MA): 56º lugar no ranking nacional, com R$ 1.820.901 (1,82 bilhões)

São Desidério (2º no ranking nacional), com valor de produção agrícola estimado em R$ 7,8 bilhões, ocupa o primeiro lugar no Matopiba, alavancado especialmente pela soja, milho e algodão. Formosa do Rio Preto (7º no ranking), outro destaque do oeste baiano, segue como um dos maiores produtores de soja e algodão do Brasil. Barreiras (25º no ranking) também figura entre os 100 mais ricos, além de ter sido apontada como a melhor cidade do país para negócios no setor agropecuário, segundo levantamentos independentes. Luís Eduardo Magalhães (32º no ranking) se firma como a capital do MATOPIBA, reunindo tecnologia agrícola, infraestrutura logística e alto volume de produção de grãos.

Além da Bahia, Baixa Grande do Ribeiro no Piauí contribui para este cenário. O Maranhão contribui com Uruçuí e Tasso Fragoso. Riachão das Neves completa o decaimento baiano entre os 10 municípios mais ricos e com maior produção do Matopiba.

Com 337 municípios, o Matopiba concentra lavouras modernas e extensas, que combinam inovação tecnológica e expansão sobre áreas do cerrado. A força do oeste baiano nesse cenário revela uma reorganização da geografia do agronegócio no país, com a Bahia assumindo papel central em volume de produção e geração de riqueza.

Os dados indicam que os municípios do Matopiba cultivaram parte expressiva dos 33,1 milhões de hectares colhidos pelos 100 municípios líderes, o que corresponde a 34,5% da área agrícola total do país. Os principais produtos seguem sendo soja, com R$ 348,6 bilhões, e milho, com R$ 101,8 bilhões — ambos pilares da economia agrícola do bloco.

O domínio do oeste baiano no Matopiba confirma uma tendência de interiorização da riqueza agrícola brasileira. Com destaque em produtividade e eficiência, cidades como Luís Eduardo Magalhães assumem não apenas liderança econômica, mas também papel simbólico no novo eixo do agronegócio nacional.

Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) / Produção Agrícola Municipal (PAM) – IBGE – 2023

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Brasil terá colheita recorde de grãos em 2024/25, aponta CONAB

Levantamento da Conab aponta para 330,3 milhões de toneladas, impulsionada por clima favorável e expansão da área plantada. Soja, milho e arroz lideram o crescimento.

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O Brasil se prepara para colher a maior safra de grãos de sua história em 2024/25, com uma estimativa de 330,3 milhões de toneladas, de acordo com o 7º Levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta quinta-feira (10). O volume representa um salto de 32,6 milhões de toneladas em relação à safra anterior, marcando um novo patamar para a produção nacional.

O otimismo da Conab se baseia em dois fatores principais: a expansão da área plantada, que atingiu 81,7 milhões de hectares (um aumento de 1,7 milhão em relação a 2023/24), e as condições climáticas favoráveis que beneficiaram as principais regiões produtoras, especialmente na primeira safra. A expectativa é que a segunda safra também colha os frutos desse cenário positivo, com uma recuperação de 8,6% na produtividade média, alcançando 4.045 quilos por hectare.

A soja se destaca como a grande protagonista desse recorde, com uma projeção de 167,9 milhões de toneladas, superando em 20,1 milhões a safra anterior. No coração do agronegócio brasileiro, o Centro-Oeste, a produtividade média deve alcançar 3.808 kg/ha , ultrapassando os níveis de 2022/23. Em Mato Grosso, a colheita já atingiu 99,5% da área plantada, com um recorde de produtividade de 3.897 kg/ha . Goiás também impressiona, com 97% da soja colhida e uma média ainda maior: 4.122 kg/ha .

O avanço da colheita da soja abre caminho para a conclusão do plantio do milho segunda safra. A produção total de milho, considerando os três ciclos da cultura, deve atingir 124,7 milhões de toneladas, 9 milhões a mais que na safra anterior. A segunda safra, responsável por 97,9 milhões de toneladas, é impulsionada pela ampliação da área plantada para 16,9 milhões de hectares e pelo aumento de 5,5% na produtividade média, projetada em 5.794 kg/ha .

O arroz também apresenta um desempenho notável, com mais de 60% da área colhida e uma expectativa de crescimento de 7,2% na produtividade média, atingindo 7.061 kg/ha . Com um aumento de 7% na área plantada, a produção deve chegar a 12,1 milhões de toneladas, um aumento de 14,7% em relação ao ciclo anterior.

A produção de feijão deve crescer 2,1%, totalizando 3,3 milhões de toneladas nas três safras. Embora a área plantada permaneça estável em 2,86 milhões de hectares, a produtividade média passará de 1.135 para 1.157 kg/ha . Já a produção de algodão em pluma deve atingir 3,9 milhões de toneladas, com um aumento de 5,1% e uma área plantada 6,9% maior, totalizando 2,1 milhões de hectares.

Com a revisão dos dados da produção de milho, a Conab ajustou a estimativa de consumo interno para 87 milhões de toneladas. As exportações devem somar 34 milhões, e o estoque final está projetado em 7,4 milhões de toneladas. O crescimento do algodão também deve influenciar o consumo e os estoques de passagem da fibra.

Para mais informações, o 7º Levantamento da Safra de Grãos 2024/25 está disponível no site da Conab.

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China acelera compra de soja brasileira temendo “efeito Trump” e eleva preços nos portos e nas sedes das esmagadoras

 

Em meio à guerra comercial EUA-China, importadores chineses garantem 40 cargas de soja do Brasil, impulsionando preços e gerando cautela sobre o futuro do mercado

Caso de Política com Bloomberg – O Brasil se consolida como principal fornecedor de soja para a China em um cenário de crescente tensão comercial entre as duas maiores economias do mundo. Segundo a Bloomberg, processadores chineses fecharam a compra de pelo menos 40 cargas de soja brasileira, o equivalente a 2,4 milhões de toneladas, um volume expressivo que representa quase um terço do processamento mensal chinês.

A aquisição em larga escala, considerada atípica para o período, foi motivada pela combinação de dois fatores cruciais: a recente queda nos preços da soja brasileira, após um período de alta, e as incertezas geradas pela política comercial protecionista do governo de Donald Trump. As tarifas impostas pelos EUA sobre produtos chineses, que chegaram a 125%, provocaram uma reação de Pequim, que retaliou com tarifas de até 84%, impactando o apetite chinês por grãos americanos.

As 40 cargas de soja brasileira serão entregues entre maio e julho, período considerado estratégico para a China, que tradicionalmente depende da safra brasileira neste trimestre. Apesar de os esforços chineses para diversificar seus fornecedores, o Brasil tem se mantido como líder nas exportações de soja para o país asiático, superando os Estados Unidos em meio aos embates comerciais.

Além da vantagem cambial e da queda recente dos preços, as margens de lucro mais elevadas no processamento interno da soja também influenciaram a decisão dos importadores chineses. O farelo de soja, um insumo essencial para a alimentação animal, teve seus preços inflacionados pelo clima de incerteza no mercado internacional.

Apesar do otimismo momentâneo para os exportadores brasileiros, a continuidade das tensões comerciais pode gerar um efeito colateral preocupante: a escassez de soja no mercado no último trimestre do ano. Historicamente, a China retoma as compras da safra americana entre setembro e dezembro, mas com as tarifas elevadas, a tendência é que os compradores chineses permaneçam atentos a oportunidades de compra no Brasil, aproveitando eventuais quedas de preço.

Essa movimentação expressiva da China contrasta com a postura da empresa estatal responsável pelos estoques estratégicos do país, que acelerou as compras de soja dos EUA antes da posse de Trump, mas agora restringe drasticamente os negócios com os americanos.

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Guerra comercial EUA-China: Brasil vê oportunidade no agro e Lula busca novos acordos com Pequim e União Europeia

Tarifas americanas abrem espaço para produtos brasileiros, enquanto governo Lula negocia ampliação das exportações de soja e farelo de milho para a China, e mira no mercado europeu

Caso se Política com Reuters – A escalada da tensão comercial entre Estados Unidos e China pode ser uma oportunidade para o agronegócio brasileiro, avalia o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. Em meio ao “tarifaço” imposto pelo governo de Donald Trump, o Brasil busca fortalecer suas relações comerciais com a China e a União Europeia, visando ampliar a exportação de produtos como soja e farelo de milho.

Fávaro ressaltou a competitividade do agronegócio brasileiro e afirmou que o país “certamente vai saber usufruir disso e fazer disso uma grande oportunidade”.

Ele fez a declaração antes de participar de um evento sobre etanol de milho em Mato Grosso, onde também comentou sobre a iminente abertura do mercado chinês para o farelo de milho brasileiro (DDG).

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) planeja aproveitar sua viagem à China em maio para negociar o aumento das exportações de soja brasileira, aproveitando o vácuo deixado pelos produtos agrícolas americanos no mercado chinês. Atualmente, a China é responsável por cerca de 75% das exportações brasileiras de soja, e o governo espera que esse percentual ultrapasse os 80%.

Além da visita à China, Lula também deve intensificar negociações com a União Europeia, buscando ampliar a presença de produtos agrícolas brasileiros no mercado europeu em meio às tensões comerciais entre os dois blocos. A comitiva brasileira à China contará com a presença do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, e de um grupo de empresários ligados ao agronegócio. A mesma equipe deve acompanhar o presidente em junho, durante viagem oficial à França.

Fávaro também mencionou que o Brasil deverá elevar “em breve” a mistura de etanol anidro na gasolina dos atuais 27% para 30%, assim como a composição de biodiesel no diesel, de 14% para 15%.

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Agro brasileiro brilha em março: exportações disparam 12,5% e atingem us$ 15,6 bilhões

Setor impulsiona balança comercial do país com volume recorde de vendas, destacando soja, café e carne bovina, e projeta um futuro promissor com novos mercados e produtos de maior valor agregado

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O agronegócio brasileiro celebrou em março de 2025 um desempenho histórico, com exportações que alcançaram US$ 15,6 bilhões, um salto de 12,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) divulgou os dados, que revelam o protagonismo do setor, responsável por 53,6% de todas as exportações brasileiras no mês.

O aumento no volume exportado (10,2%) e a alta nos preços internacionais (2,1%) foram os principais motores desse crescimento. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, atribuiu os resultados à estratégia de fortalecimento sustentável do setor, com foco em novos mercados e produtos de maior valor agregado.

Produtos em Alta

  • Soja em grãos: US$ 5,7 bilhões (+7%)
  • Café verde: US$ 1,4 bilhão (+92,7%)
  • Carne bovina in natura: US$ 1,1 bilhão (+40,1%)
  • Celulose: US$ 988 milhões (+25,4%)
  • Carne de frango in natura: US$ 772,3 milhões (+9,6%)

Novos Mercados

Além dos produtos tradicionais, o governo tem investido na promoção de itens com alto potencial de expansão, como gelatinas, café solúvel, óleo essencial de laranja, pimenta-do-reino e rações para animais domésticos. Esses produtos atingiram recordes de exportação em março e são considerados estratégicos para ampliar a presença do Brasil em mercados da Ásia, Europa e América do Norte.

No acumulado do primeiro trimestre de 2025, o agronegócio brasileiro exportou US$ 37,8 bilhões, valor recorde para o período e 2,1% superior aos US$ 32,6 bilhões registrados no mesmo intervalo do ano anterior. China, União Europeia e Estados Unidos seguem como os principais destinos das exportações, mas outros países asiáticos têm ampliado significativamente suas importações de produtos brasileiros.

Para o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Luís Rua, os resultados confirmam o avanço da estratégia do Brasil de se firmar como um fornecedor global confiável, com foco na segurança alimentar global e na oferta de produtos com sanidade, qualidade e competitividade.

A expansão das exportações fortalece a economia nacional, estimula a geração de empregos e renda, atrai divisas, diversifica parceiros comerciais e reduz a vulnerabilidade externa, além de incentivar investimentos em inovação e sustentabilidade.

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Colheita de soja entra na reta final com 90% da área já trabalhada

Conselho Técnico da Aiba divulga panorama atualizado da colheita e condições das lavouras

A colheita da safra 2024/25 de soja na Bahia já alcançou 90% da área plantada, consolidando um dos momentos mais importantes do calendário agrícola estadual. Durante reunião realizada no dia 26 de março, o Conselho Técnico da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) apresentou uma atualização detalhada da safra, trazendo informações sobre a produtividade das lavouras e os desafios enfrentados pelos produtores.

Os dados, coletados pelo Núcleo de Agronegócio da Aiba em mais de 130 pontos amostrais, abrangem diversas microrregiões produtoras do estado. Além da soja, o levantamento revisou as estimativas de área e produtividade do milho e do algodão, considerando os impactos das variações climáticas registradas ao longo do ciclo.

Apesar do avanço da colheita, as chuvas registradas recentemente interromperam temporariamente as operações em algumas áreas. O levantamento confirma uma tendência observada desde o início da safra: lavouras semeadas dentro da janela ideal (outubro e novembro) apresentaram melhor desempenho, enquanto o plantio tardio sofreu com o déficit hídrico de fevereiro, principalmente nos municípios de Formosa do Rio Preto e São Desidério.

Pela primeira vez, a Bahia alcança a maior média de produtividade da soja na história, com 68 sacas por hectare, segundo consenso do Conselho Técnico. “Ainda há cerca de 10% da área a ser colhida, e os números finais serão revisados na próxima reunião, em maio. Mas os dados já apontam um resultado muito positivo para a safra”, destacou o presidente do Conselho Técnico da Aiba, Orestes Mandelli. Ele também ressaltou que o retorno das chuvas trouxe um alívio importante para a cultura do algodão, evitando perdas em áreas que estavam próximas do limite de estresse hídrico.

Monitoramento técnico e perspectivas para o setor

A Aiba reforça a importância do acompanhamento técnico contínuo da safra, garantindo que os dados reflitam com precisão o cenário agrícola da Bahia. O monitoramento realizado pela equipe técnica do Núcleo de Agronegócio e validado pelo Conselho Técnico serve como referência para produtores, agentes do mercado e tomadores de decisão do setor.

Para Aloísio Júnior, gerente de Agronegócio da Aiba, a atualização desses números é fundamental para a previsibilidade do mercado e o planejamento estratégico dos produtores. “O avanço da colheita confirma a força do setor agrícola da Bahia, mas também evidencia a importância de um monitoramento constante das condições climáticas e produtivas. Os dados atualizados ajudam a traçar um panorama mais realista da safra e auxiliam os produtores a tomarem decisões mais seguras para os próximos ciclos agrícolas”, destaca Aloísio.

Com a colheita da soja se aproximando da reta final, o foco agora se volta para o desenvolvimento das demais culturas de grãos e fibras no estado, consolidando a Bahia como uma das maiores potências agrícolas do país.

Texto e fotos: Ascom/Aiba

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Guerra Comercial: China mira América Latina e Europa para suprir alimentos e reduzir dependência dos EUA

Escalada nas tarifas americanas impulsiona busca chinesa por novos fornecedores de carne, grãos e laticínios no Brasil, Austrália e União Europeia

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A escalada na guerra comercial entre China e Estados Unidos deve redesenhar o mapa do comércio global de alimentos. Em resposta às novas tarifas impostas por Washington, Pequim mira na América Latina e na Europa para diversificar suas fontes de importação de produtos agrícolas, antes dependentes dos EUA. As informações são da agência Reuters.

Com a imposição de tarifas retaliatórias sobre US$ 21 bilhões em produtos agrícolas americanos, a China, maior importadora global do setor, busca alternativas para garantir o abastecimento de carne, laticínios e grãos. O Brasil, principal fornecedor de soja, a Austrália, exportadora de trigo, e a União Europeia, forte na produção de carne suína, despontam como os principais beneficiados, segundo analistas e autoridades do setor.

“Haverá um redirecionamento do comércio após as tarifas de importação da China sobre os produtos norte-americanos”, prevê Pan Chenjun, analista sênior do Rabobank em Hong Kong. A especialista destaca que o setor de carne suína, incluindo miúdos, e pés de frango serão os mais impactados, abrindo espaço para um aumento nas importações chinesas do Brasil, Espanha, Holanda e outros países da União Europeia.

A medida representa uma continuidade na estratégia chinesa de reduzir a dependência do agronegócio americano, iniciada durante o governo de Donald Trump. Em 2024, a China importou US$ 29,25 bilhões em produtos agrícolas dos EUA.

Apesar das investigações antidumping sobre a carne suína e laticínios europeus, as vendas para a China não foram afetadas. A dependência dos EUA em relação aos pés de frango, iguaria apreciada na culinária chinesa, deve persistir, ao menos no curto prazo, devido à dificuldade em encontrar alternativas.

No mercado de grãos, o Brasil e a Argentina devem se beneficiar da taxação da soja americana. A Austrália também pode ampliar suas exportações de sorgo e trigo para a China.

A guerra comercial, somada às tarifas impostas por Trump sobre produtos do Canadá e do México, ameaça o setor de exportação agrícola dos EUA, que movimenta US$ 191 bilhões.

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Governo Lula e o agro: Brasil terá safra recorde em 2025, com alta de 9,4%

Produção histórica impulsiona economia, abastecimento interno e exportações

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A safra brasileira de grãos em 2025 atingirá um novo patamar histórico, com previsão de 325,7 milhões de toneladas colhidas. O volume representa um crescimento de 9,4% em relação ao ciclo anterior, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgados nesta quinta-feira (13). O avanço reflete a combinação do aumento de 2,1% na área cultivada, que chega a 81,6 milhões de hectares, e da recuperação de 7,1% na produtividade média, estimada em 3.990 quilos por hectare.

O presidente da Conab, Edegar Pretto, destacou o peso da produção para o mercado interno, com ênfase na expansão de cultivos essenciais como arroz e feijão. “O arroz, por exemplo, terá uma safra de 11,75 milhões de toneladas, crescimento superior a 11% em relação ao ano passado”, afirmou. Ele também apontou as políticas públicas e o crédito rural subsidiado como fatores que viabilizaram esse desempenho.

Expectativa é de estabilidade nos preços dos alimentos com maior disponibilidade de produtos

O impacto da supersafra deve ser sentido no abastecimento e nos preços dos alimentos. A maior oferta de arroz, feijão e milho pode resultar em valores mais acessíveis ao consumidor. “Com mais produtos no mercado, a tendência é que os preços fiquem mais justos”, explicou Pretto. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, reforçou essa previsão:

“A lógica de mercado indica que uma oferta elevada contribui para a queda de preços”.

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, celebrou os números e destacou o fortalecimento do Brasil como um dos maiores produtores globais de alimentos. Segundo ele, o governo já discute novas estratégias para estimular a produção e garantir maior segurança alimentar.

Soja e milho lideram expansão, culturas impulsionam crescimento e mantêm Brasil como referência no agronegócio global

A soja continua sendo o carro-chefe da produção nacional, com estimativa de 166 milhões de toneladas colhidas, um avanço de 12,4% sobre o último ciclo. A colheita já começou em estados como Mato Grosso, Paraná, Goiás e Bahia. No caso do milho, a safra deve alcançar 122 milhões de toneladas, um aumento de 5,5%, com forte desempenho no Centro-Oeste e no Sul.

Já a produção de arroz deve crescer 11,4%, totalizando 11,8 milhões de toneladas. O trigo, por sua vez, tem projeção de 9,1 milhões de toneladas, com plantio previsto para começar entre abril e maio nos estados do Paraná e Rio Grande do Sul.

Brasil deve bater recorde de exportação de soja e ampliar participação no mercado global

Com a produção em alta, as exportações brasileiras também devem crescer. A Conab projeta um volume recorde de 105,4 milhões de toneladas de soja exportadas. O milho, impulsionado pela demanda internacional, também deve reforçar a balança comercial do país.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ressaltou que o governo está trabalhando para garantir que essa produção histórica beneficie a população.

“Nosso compromisso é incentivar a produtividade, garantir o abastecimento interno e fortalecer a agricultura familiar”, declarou.

Com a colheita recorde e o fortalecimento do setor agrícola, o Brasil se consolida como um dos maiores celeiros do mundo, garantindo não apenas a segurança alimentar nacional, mas também reforçando sua posição como um grande exportador de grãos.

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Safra de grãos no Brasil deve atingir 298,6 milhões de toneladas em 2023/2024

Conab revela impacto das adversidades climáticas e destaca recordes em algumas culturas

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou hoje a estimativa para a safra de grãos 2023/2024, projetando uma produção total de 298,6 milhões de toneladas. Apesar de representar uma queda de 6,6% em relação à safra anterior, essa quantidade se mantém como a segunda maior já registrada no país.

Queda na Produtividade e Aumento da Área Cultivada

O 11º Levantamento da Safra de Grãos aponta que a redução na produtividade é o principal fator para a diminuição no volume total de grãos. Adversidades climáticas, como variações na precipitação e inundações, impactaram negativamente as lavouras. A Conab destaca que áreas com chuvas abaixo do esperado desaceleraram o desenvolvimento das plantas, enquanto regiões com excesso de água enfrentaram inundações.

Apesar da queda na produtividade, a área cultivada teve um acréscimo de 1,5%, com 1,18 milhão de hectares a mais em comparação com a safra passada. O aumento foi liderado pela soja, com expansão de 1,95 milhão de hectares, seguido por culturas como gergelim, algodão, sorgo, feijão e arroz. Em contrapartida, o milho teve uma redução de 1,3 milhão de hectares, refletindo as dificuldades enfrentadas nas safras.

Produção de Milho e Impactos Regionais

A colheita da segunda safra de milho está avançada, com uma produção estimada de 90,28 milhões de toneladas. As semeaduras realizadas na janela ideal apresentaram boas produtividades, especialmente devido à regularidade das chuvas. No entanto, veranicos e ataques de pragas em estados como Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul prejudicaram o potencial produtivo. A produção total de milho para o ciclo atual deve ser de 115,65 milhões de toneladas, marcando uma queda de 12,3% em relação ao período anterior.

Recordes em Algodão e Arroz

A produção de algodão pluma alcançará 3,64 milhões de toneladas, estabelecendo um recorde histórico e um aumento de 14,8% em relação à safra anterior. Esse crescimento é atribuído a condições climáticas favoráveis e ao aumento de 16,9% na área semeada.

A colheita de arroz foi finalizada com um total estimado de 10,59 milhões de toneladas, representando um aumento de 5,6%. A produção de arroz irrigado é esperada em 9,74 milhões de toneladas, enquanto o arroz de sequeiro deve atingir 844,8 mil toneladas. O aumento é atribuído à maior área cultivada, apesar de desafios climáticos que afetaram a produtividade.

Feijão, Soja e Trigo

A produção de feijão, com três safras combinadas, deve totalizar 3,26 milhões de toneladas, refletindo um aumento de 7,3%. No entanto, a segunda safra enfrentou dificuldades devido à falta de chuvas, altas temperaturas e pragas.

A soja, principal grão cultivado no Brasil, tem uma previsão de 147,38 milhões de toneladas, o que representa uma queda de 4,7% em relação ao ciclo anterior. Alterações no potencial produtivo ocorreram devido a baixos índices pluviométricos e altas temperaturas.

O trigo, destaque entre as culturas de inverno, completou sua semeadura na Região Sul, que representa 85% da área cultivada. O atraso inicial devido ao excesso de chuvas no Rio Grande do Sul não impediu a conclusão do plantio. No entanto, a área destinada ao trigo deve reduzir em 11,6%, atingindo 3,07 milhões de hectares.

A safra 2023/2024 reflete a resiliência do setor agrícola brasileiro, apesar dos desafios climáticos e das reduções em algumas culturas.

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Colheita da soja se aproxima do fim no Oeste da Bahia, com quase 2 milhões de hectares cultivados

A previsão é que as médias de rendimento se mantenham em torno de 60 a 63 sacas de soja por hectare, com tendência de estabilidade ou até mesmo aumento

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O maior polo produtor de grãos do Nordeste está prestes a concluir a colheita da safra 2023/2024 de soja na região Oeste da Bahia. Até o momento, foram colhidos 1,85 milhão de hectares da oleaginosa, de um total de 1,98 milhão dedicados à cultura nesta temporada.

Segundo a Associação dos Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), a expectativa é que a colheita seja finalizada ainda na primeira quinzena de maio. Após a conclusão, serão divulgados os dados finais de produtividade, incluindo as médias regionais de cada microrregião produtiva.

A colheita da soja está em fase final na maioria das microrregiões, com um ritmo constante de operação. Apesar de pequenas interrupções devido a pancadas de chuva, as áreas restantes concentram-se principalmente nos municípios de Formosa do Rio Preto, Correntina e Jaborandi.

A previsão é que as médias de rendimento se mantenham em torno de 60 a 63 sacas de soja por hectare, com tendência de estabilidade ou até mesmo aumento. Nos últimos anos, a Bahia tem registrado recordes de produtividade na soja, sendo reconhecida como um dos principais polos de alta produtividade no mundo.

Enquanto a colheita da soja se encaminha para o término, a safra de milho está em estágio inicial na mesma região. Até o momento, cerca de 23 mil hectares foram colhidos, representando menos de 20% da área total dedicada ao milho.

É importante ressaltar que a área plantada com soja nesta temporada registrou um aumento de 6,5%, alcançando 1,98 milhão de hectares. Por outro lado, a área destinada ao cultivo de milho apresentou uma redução de 38%, totalizando 135 mil hectares, conforme levantamento mais recente da Aiba.

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