O agronegócio respondeu por 53,4% das exportações da Bahia no primeiro trimestre de 2024

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – No primeiro trimestre de 2024, o agronegócio se destacou como pilar fundamental das exportações da Bahia, contribuindo com expressivos 53,4% do total exportado pelo estado nesse período. Esse número representa um significativo aumento em relação aos 42% registrados no mesmo período do ano anterior, demonstrando a crescente dependência da economia baiana em relação ao setor agrícola.

Dados oficiais da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX) do Governo Federal revelam que as exportações baianas alcançaram cerca de US$ 1,3 bilhão nos primeiros três meses de 2024, marcando um crescimento notável de 25% em comparação ao mesmo período de 2023. Esse aumento expressivo é atribuído, principalmente, ao incremento da produtividade no campo, sinalizando uma maior eficiência na produção agrícola do estado.

Um aspecto relevante é o aumento no volume embarcado em diversos setores do agronegócio, que compensou os impactos dos preços mais baixos das commodities no mercado internacional. Um exemplo é a soja, principal produto de exportação da Bahia, que registrou uma redução nos preços, porém, uma expansão significativa na quantidade exportada. No primeiro trimestre de 2023, as exportações de soja somaram US$ 433,4 milhões; já em 2024, houve um expressivo aumento de 29,89%, totalizando US$ 562,9 milhões.

Outro destaque é o algodão não cardado nem penteado, simplesmente debulhado, produzido no estado, que também apresentou um aumento expressivo nas exportações. De janeiro a março de 2023, o valor exportado foi de US$ 55,9 milhões, enquanto no mesmo período de 2024, esse valor cresceu surpreendentes 291,37%, alcançando US$ 218,6 milhões.

Esses dados evidenciam a resiliência e a competitividade do agronegócio baiano, que continua a impulsionar a economia regional mesmo em um cenário global de flutuações nos preços das commodities. O aumento da produtividade e a busca por novos mercados são fatores-chave para sustentar esse crescimento nas exportações, destacando a importância estratégica do setor agrícola para o desenvolvimento econômico do estado da Bahia.

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China reduz importação de soja dos EUA e amplia negócios com o Brasil

Importações do Brasil aumentaram 81%, para 3,02 milhões de toneladas, mais da metade do total importado

Caso de Política com informações de Reuters – A balança comercial agrícola entre China e EUA sofreu uma reviravolta significativa em março, com dados recentes revelando uma redução drástica nas importações chinesas de soja dos Estados Unidos e um aumento substancial nos negócios com o Brasil.

De acordo com dados divulgados neste sábado pela Administração Geral de Alfândega da China, as importações de soja dos EUA despencaram para a metade em março, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Enquanto isso, as exportações de milho também sofreram uma queda acentuada, com os compradores chineses optando por suprimentos mais competitivos da vasta safra brasileira.

Os fornecedores norte-americanos estão enfrentando uma forte concorrência no mercado global de exportação da América do Sul, que testemunhou colheitas abundantes e oferece preços mais atrativos.

Em março, a China importou 2,18 milhões de toneladas métricas de soja dos EUA, enquanto suas importações do Brasil aumentaram 81%, atingindo 3,02 milhões de toneladas – mais da metade do total importado durante o mês.

As importações totais em março atingiram uma mínima de quatro anos, totalizando 5,54 milhões de toneladas, conforme indicado pelos dados da alfândega. Isso se deve, em parte, aos preços elevados e às margens ruins dos suínos, que desencorajaram as compras para ração.

Segundo o Ministério da Agricultura da China, a crescente preferência pelos suprimentos brasileiros se deve aos preços de mercado.

“Os compradores de soja da China incluem tanto empresas financiadas pela China quanto muitas empresas financiadas por estrangeiros. A origem das compras das empresas é totalmente independente”, disse Chen Bangxun, diretor de planejamento de desenvolvimento do ministério, em coletiva de imprensa.

Ele acrescentou: “A China é o maior importador de soja do mundo e mantém boas relações comerciais com todos os países exportadores de soja”.

De janeiro a março, os embarques chineses de soja dos EUA caíram 50% em comparação com o mesmo período do ano anterior, totalizando 7,14 milhões de toneladas. Enquanto isso, os embarques totais do Brasil aumentaram 155%, chegando a 9,99 milhões de toneladas.

Esses números elevam a participação total do Brasil no mercado durante o primeiro trimestre para 54%, em comparação com os 38% dos EUA, de acordo com cálculos da Reuters.

O Brasil lidera como o maior exportador de soja do mundo, seguido pelos Estados Unidos. Sua participação no mercado chinês, que é responsável por mais de 60% da soja embarcada em todo o mundo, tem se expandido significativamente no último ano.

No que diz respeito ao milho, as importações do Brasil pela China aumentaram 72% em março, totalizando 1,18 milhão de toneladas – quase a totalidade das remessas totais de 1,71 milhão de toneladas no mesmo mês. Enquanto isso, os embarques dos EUA caíram 78%, para 109.685 toneladas.

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Obras de restauração em estradas impulsionam escoamento da produção em Formosa do Rio Preto

As obras são realizadas numa parceria entre governo baiano, empresários e associações de produtores da região – Foto: Divulgação

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – As estradas que conectam as fazendas produtoras do Oeste da Bahia passam por um processo de revitalização que está desempenhando um papel crucial no escoamento de aproximadamente 300 mil toneladas de milho, soja e algodão da safra 2023/2024. Um dos principais projetos em execução é a restauração da BA 458, que interliga os municípios de Formosa do Rio Preto e Riachão das Neves (BA), cujas obras recentes de asfaltamento ao longo de 35 quilômetros há dois anos estão agora sendo complementadas com 5 quilômetros de cascalhamento. Este esforço visa facilitar o tráfego dos cerca de 1,7 mil caminhões e carretas que mensalmente percorrem essa rota vital para o transporte das safras.

Os empresários rurais da região têm grandes expectativas em relação a essas obras, que representam um investimento estimado em R$ 500 mil. Daniel Ferraz, gerente-geral do Agronegócio Estrondo, ressalta a importância dessas melhorias, revelando que equipamentos de produção estão sendo aproveitados para acelerar o processo de construção.

“Estamos utilizando nossos recursos para garantir que a estrada esteja pronta o mais rápido possível. Estabilizamos o solo e agora estamos realizando o nivelamento da via com o terraceador, equipamento disponível em uma das fazendas, para garantir um escoamento eficiente da água da chuva e prevenir danos e alagamentos. Em seguida, a estrada receberá a camada de cascalho”, explica.

Ao final das obras, a estrada contará com 7 metros de largura, o equivalente a duas pistas, uma em cada direção, além de acostamento em ambos os lados. Maquinários, equipamentos e funcionários das próprias fazendas foram disponibilizados para o projeto. Ferraz enfatiza o compromisso das fazendas em investir recursos próprios para melhorar a conexão até a rodovia TO 387, aprimorando assim a movimentação dos caminhões responsáveis pelo escoamento da produção do agronegócio local.

Além dos benefícios para o transporte de safra, as melhorias nas estradas impactam positivamente a população local, que utiliza essas vias para locomoção diária. A conclusão da construção da nova estrada está prevista para abril de 2024.

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