Suécia escolhe Embraer C-390 para reforçar transporte tático militar

Primeira aquisição do modelo na Europa nórdica destaca reconhecimento internacional da aeronave brasileira

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O Ministério da Defesa da Suécia anunciou a aquisição do Embraer C-390 Millennium como nova aeronave de transporte tático, marcando a entrada da fabricante brasileira no mercado militar nórdico e fortalecendo a presença da Embraer entre os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). A decisão sublinha o compromisso sueco com a modernização de sua frota, privilegiando tecnologias de ponta que assegurem maior capacidade operacional e eficiência em missões táticas.

Para a Embraer, o acordo com a Suécia representa mais do que um contrato: é uma validação de sua tecnologia no competitivo setor de defesa global. “A Embraer sente-se honrada com a escolha da Suécia. Depois que vários países pertencentes à União Europeia e à OTAN selecionaram o C-390, essa decisão confirma o fato de que nossa aeronave multimissão representa um tremendo avanço de capacidade operacional em relação às aeronaves de transporte tático da geração anterior”, afirmou Bosco da Costa Junior, presidente e CEO da Embraer Defesa & Segurança. As palavras de Costa Junior refletem a importância estratégica desse novo mercado, que inclui Forças Aéreas de alto padrão.

A escolha do C-390 pela Suécia, uma das forças aéreas mais bem equipadas da OTAN, consolida a reputação da aeronave brasileira como uma das opções mais versáteis e confiáveis para transporte militar em ambientes desafiadores. “A aeronave está sendo reconhecida, gradualmente, pelas Forças Aéreas mais avançadas do mundo, como a Força Aérea Sueca”, comentou Costa Junior. A afirmação reforça o papel da Embraer na expansão de sua linha de defesa com clientes de alto calibre, estabelecendo o C-390 como uma alternativa de ponta para países que buscam aliar confiabilidade e alto desempenho em operações táticas.

Com esta aquisição, a Suécia se junta a um seleto grupo de nações que já contam com o C-390 em suas frotas, destacando a Embraer como um player competitivo no cenário global.

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Interesse internacional por avião cargueiro militar da Embraer aumenta após feira de defesa no Rio

Países como Suécia e Colômbia manifestaram interesse em adquirir o KC-390, que já conta com encomendas da Força Aérea Brasileira, Portugal, Hungria e Holanda. Ministério da Defesa destaca que certificação pela Otan pode abrir portas para a Europa

Repórter ABC com imformações da Reuters – Durante a Laad, feira do setor de defesa no Rio de Janeiro, o ministro da Defesa, José Múcio, afirmou que diversos países manifestaram interesse na compra do avião cargueiro militar KC-390, fabricado pela Embraer. Segundo Múcio, Suécia e Colômbia estão entre os países que discutiram a aquisição do avião em reuniões bilaterais realizadas na feira.

“Muitos países (falaram do KC-390). Evidentemente que essas vendas precisam ser planejadas, estudadas e avaliadas, ter fonte de financiamento, garantia. Mas o conceito do KC-390 é muito grande com todos os países”, disse o ministro à Reuters.

“A própria Suécia falou do KC-390, outros também falaram e ele é um grande sucesso. A Suécia ficou de dar uma posição, a Colômbia também interessada em fazer aquisição”, acrescentou.

Além da Suécia e da Colômbia, outros países já firmaram acordos para adquirir a aeronave, como Portugal, com cinco unidades, e Hungria, com duas. A Força Aérea Brasileira (FAB) também já encomendou 19 unidades do cargueiro.

De acordo com fontes ouvidas pela Reuters, a Áustria enviou uma delegação à Laad deste ano e está em conversas com a Embraer para uma potencial compra. Além disso, a Embraer assinou um memorando de entendimento com a Saab para oferecer o avião à Suécia.

Bosco da Costa Júnior, presidente da unidade de Defesa e Segurança da Embraer, afirmou que a companhia tem como objetivo em 2023 materializar sua internacionalização, com foco especialmente no aumento das vendas do KC-390. Durante a feira, Costa Júnior reiterou que “vários países” estavam em conversas para possíveis compras do cargueiro, embora não tenha especificado quais.

Múcio avaliou que a certificação do cargueiro pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) pode abrir portas para a Europa e outros países. “A produção em Portugal é importante porque já atende pré-requisitos da Otan. Fabricando aqui para vender lá tem pré-requisitos que não são preenchidos. A partir daí, a Embraer vai fazer com todas exigências da Otan”, disse o ministro.

Suécia está prestes a se tornar o primeiro país da Europa livre do cigarro

A Suécia tem a menor taxa de doenças relacionadas ao tabaco na União Europeia e uma incidência de câncer 41% menor do que outros países europeus

A Suécia, norte da Europa, está próxima de uma taxa de tabagismo abaixo de 5%. De acordo com o relatório “A experiência sueca: um roteiro para uma sociedade sem fumo”, apresentado em 14 de março em um seminário internacional de pesquisa em Estocolmo, a estratégia do país para minimizar os efeitos prejudiciais do tabagismo combina as recomendações da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco da Organização Mundial da Saúde (OMS) e aceitar produtos sem fumaça como alternativas menos prejudiciais. As informações foram publicadas pelo jornal O Globo.

A Suécia tem a menor taxa de doenças relacionadas ao tabaco na União Europeia e uma incidência de câncer 41% menor do que outros países europeus. De acordo com o relatório, a porcentagem de fumantes no país caiu de 15% para 5,6% da população em 15 anos.

“Trata-se de combinar o controle do tabagismo com a minimização de danos”, explica o médico especializado em questões globais de saúde pública, Delon Human, um dos autores do relatório, em comunicado. “Não existem produtos de tabaco isentos de riscos, mas os cigarros eletrônicos, por exemplo, são 95% menos prejudiciais que os cigarros. É muito melhor para um fumante mudar de cigarros comuns para cigarros eletrônicos ou sachês de nicotina oral do que continuar fumando”, acrescentou.

“A Suécia tem uma estratégia para o tabaco muito bem-sucedida que precisa ser exportada”, disse o professor Karl Fagerström, também autor do relatório, em comunicado. “Seria um benefício enorme para o mundo se mais países fizessem como a Suécia, com incentivos para mudar de cigarros para alternativas menos prejudiciais”, acrescentou.