Taka Yamauchi solicita transição em Diadema e escolhe Kiko Teixeira para liderar equipe

Prefeito eleito reúne nomes estratégicos e cobra informações para garantir continuidade e planejamento na mudança de gestão

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O prefeito eleito de Diadema, Taka Yamauchi (MDB), oficializou nesta segunda-feira (4) o pedido de criação da comissão de transição com a administração de José de Filippi Júnior (PT). A escolha de Kiko Teixeira, ex-prefeito de Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, para coordenar a equipe reflete a intenção de Taka em contar com figuras experientes para conduzir o processo de transição de forma planejada e eficaz.

Também foram indicados para a equipe de transição Bruno Gabriel de Mesquita, que assumirá o papel de secretário, e Marcos Michels, ex-vereador e ex-secretário de Educação, que coordenou a campanha de Taka. Ao lado de Ricardo Souza, Michels terá como função revisar os projetos e identificar aqueles que poderão ser continuados no próximo governo.

Para assegurar que o início de sua gestão ocorra de forma eficiente, Taka solicitou documentos detalhados sobre o estado atual da Prefeitura. A equipe já trabalha na análise das prioridades, visando garantir que as políticas públicas em andamento não sofram descontinuidade. A formação da comissão e a escolha dos profissionais para a transição evidenciam o compromisso do futuro prefeito em manter o ritmo das ações essenciais e alinhar a administração às necessidades de Diadema.

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Taka Yamauchi, candidato a prefeito em Diadema omite gastos de campanha e pode ficar inelegível

Emedebista segue sem declarar despesas de campanha, apesar de, nas ruas, mostrar grande estrutura; ele já é alvo de uma representação na Justiça Eleitoral por suposto abuso de poder econômico

Revista Fórum – Candidato do MDB à Prefeitura de Diadema, Taka Yamauchi repetiu o expediente adotado no primeiro turno e omitiu as despesas de campanha feitas no segundo turno da corrida eleitoral na cidade. Taka é investigado por abuso de poder econômico na etapa inicial do pleito, correndo risco de ficar inelegível.

No primeiro turno, Taka passou praticamente toda a campanha sem informar as despesas no processo eleitoral. Mesmo contando com centenas de windbanners, caminhões de som, pessoas contratadas para panfletar e segurar bandeiras, além de divulgar outros materiais publicitários, o candidato ficou 43 dos 45 dias sem relatar as despesas.

O relatório só foi tornado público no dia 5 de outubro, véspera da votação do primeiro turno. Pela Lei Eleitoral, ele deveria ter relatado parcialmente suas despesas no dia 13 de setembro.

Taka foi alvo de uma representação – e o caso corre na Justiça Eleitoral – por abuso de poder econômico. A peça, assinada pela Coligação Tamo Junto Diadema, está em trâmite em Diadema e sob apreciação do Ministério Público.

A representação judicial identificou a existência de ao menos 382 windbanners, cujo valor unitário é de R$ 137, e utilização de 45 veículos de som. Há também a comprovação de distribuição de ao menos 39.500 panfletos, de locações de espaços para montagem de comitê, confecção de adesivos e até mesmo gastos com impulsionamento de conteúdo nas redes sociais.

Outro apontamento feito pela coligação é com relação à suspeita de uso de estrutura da Prefeitura de São Paulo, como carros oficiais, para a campanha de Taka em Diadema. O candidato foi presidente da SPObras, autarquia da prefeitura paulistana, antes de deixar o cargo para concorrer às eleições.

Chama a atenção, neste segundo turno, que o maior gasto eleitoral de Taka é de um aluguel de um imóvel em Diadema. Apesar do volume publicitário nas ruas, não há registros consideráveis na prestação de contas presentes no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).