Bertaiolli Proibido de Apoiar Candidatura da Esposa em Mogi das Cruzes

Caso descumpra as determinações legais, Bertaiolli pode enfrentar sanções disciplinares severas, que variam de advertências e repreensões à cassação do cargo

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A pré-candidata do PL à prefeitura de Mogi das Cruzes, Mara Bertaiolli, enfrentará um desafio adicional em sua campanha eleitoral: a ausência de apoio público de seu esposo, o ex-prefeito Marco Bertaiolli.

A decisão vem após Marco Bertaiolli ter deixado o cargo de deputado federal em setembro de 2023 para assumir a função de Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP). De acordo com determinação do próprio Tribunal, Bertaiolli está impedido de participar de atos partidários ou campanhas políticas, incluindo a produção de materiais de apoio à candidatura de sua esposa.

A medida é respaldada pelo Artigo 38 da Lei Complementar nº 143/2009, que impõe restrições aos conselheiros do TCE-SP com o objetivo de preservar a independência e imparcialidade da instituição. A legislação busca assegurar que as decisões do Tribunal sejam tomadas de maneira objetiva e justa, sem interferências de ideologias ou preferências partidárias.

Aqueles que desrespeitarem essas normas podem enfrentar sanções disciplinares severas, que variam de advertências e repreensões à cassação do cargo. Essa determinação sublinha a importância de manter a integridade e a confiança no sistema de fiscalização e controle do Estado de São Paulo.

Com isso, Mara Bertaiolli terá que conduzir sua campanha sem o respaldo direto de Marco Bertaiolli, uma figura influente na política local, e adaptar suas estratégias para compensar essa ausência.

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Rubão enfrenta condenações, mas é confirmado em chapa como vice de Guto Volpi para 2024

Erros na gestão de Rubão incluem contratações irregulares e falta de transparência

Repórter ABC | Luís Carlos Nunes – Guto Volpi, prefeito de Ribeirão Pires pelo PL, anunciou oficialmente durante um evento do PRTB no último sábado, dia 27 de maio, que seu atual vice, Rubão Fernandes (PL), será seu companheiro de chapa em uma eventual campanha de reeleição ao governo municipal. O anúncio foi feito na Câmara Municipal da cidade, durante o evento partidário.

“É assim que a gente vai continuar, até o final dessa gestão e Rubão na próxima também”, afirmou Guto em seu discurso.

Assista ao vídeo:

No entanto, a escolha de Rubão como vice levanta polêmicas devido a recentes condenações que ele enfrenta. O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) o condenou a devolver valores gastos de forma ilegal durante seu mandato como Presidente da Câmara Municipal de Ribeirão Pires. Além disso, as contas referentes a 2018 foram rejeitadas pelo TCE, o que pode torná-lo inelegível.

De acordo com o voto do Conselheiro Renato Martins Costa, foram identificados diversos erros cometidos pela gestão de Rubão à frente do legislativo municipal. Entre eles, destacam-se contratações irregulares, uso inadequado de veículos sem comprovação de sua finalidade, falta de planejamento interno, resultados financeiros inconsistentes e falta de transparência, contabilização incorreta de despesas, descrição genérica dos gastos com combustíveis e até mesmo a ausência do Alvará de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), documento essencial para garantir a segurança predial contra incêndios.

Outro ponto crítico alertado pelo TCE refere-se aos erros relacionados aos funcionários comissionados. Na gestão de Rubão, esses funcionários representavam mais de 64% do total de vagas na Câmara Municipal, um problema que já vinha sendo apontado pelo tribunal desde 2011 e resultou na reprovação das contas do período entre 2011 e 2014. No caso específico de Rubão, também foram identificadas vagas “fantasmas”, ocupadas por indivíduos sem as devidas qualificações para cargos de chefia, mas que recebiam salários como se fossem.

A gestão deixou um déficit financeiro de quase R$ 72.000,00, o que levou a uma advertência à Câmara Municipal e à condenação de Rubão a devolver pelo menos R$ 28.276,17, valor pago ilegalmente a seus assessores.

Nos últimos tempos, Rubão tem discutido com seus aliados mais próximos sobre a possibilidade de não concorrer a nenhum cargo eletivo nas eleições de 2024, especulando nomes que poderiam substituí-lo no pleito do próximo ano.