Fotos comprometedoras? PF encontra homem-bomba do STF ao lado de Eduardo Bolsonaro

Imagens e mensagens intensificam suspeitas sobre vínculos do autor do atentado com figuras públicas. Coincidência ou algo mais?

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A investigação da Polícia Federal (PF) sobre Francisco Wanderley Luiz, o “Tiu França”, autor do atentado contra o Supremo Tribunal Federal (STF), ganha novos contornos com a descoberta de fotografias que podem complicar o cenário. Entre as imagens encontradas no celular de Francisco, ele aparece ao lado de políticos e militares, incluindo o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o ex-deputado Deltan Dallagnol (Podemos-PR).

As fotografias foram anexadas ao inquérito que apura as motivações e possíveis conexões do atentado. A PF também analisa mais de 2 mil mensagens de áudio enviadas por Francisco para determinar se ele agiu isoladamente ou sob orientação ou apoio de terceiros.

Os investigadores aprofundam as apurações para compreender se houve incentivo à radicalização de Francisco. Segundo informações divulgadas pela colunista Bela Megale, de O Globo, o foco é identificar elementos que possam ligar o autor a movimentos ideológicos ou a pessoas que tenham contribuído direta ou indiretamente para o ataque.

As descobertas levantam questionamentos sobre os vínculos do homem-bomba com lideranças políticas e sobre a influência de discursos extremistas que têm ganhado espaço em determinados grupos. Coincidência ou sintoma de algo maior, a investigação avança para responder se as imagens e mensagens indicam mais do que meros encontros casuais.

Em tempos de polarização, o acaso tem poucas respostas e muitas suspeitas.

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Casa de terrorista morto após atentado ao STF é incendiada em Santa Catarina, a suspeita é de queima de arquivo

Polícia Federal investiga caso

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A casa de Francisco Wanderley Luiz, conhecido como Tiü França, bolsonarista e ex-candidato a vereador pelo Partido Liberal, foi incendiada na manhã deste domingo (17) em Rio do Sul, Santa Catarina. O incidente ocorreu dias após o homem tentar assassinar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em um atentado frustrado que culminou em sua própria morte.

Na última quarta-feira (13), Tiü França detonou explosivos em um carro próximo à Câmara dos Deputados e tentou invadir o STF. Durante a abordagem de agentes, foi atingido por uma de suas próprias bombas e morreu no local. A Polícia Federal classificou o ato como um possível desdobramento dos atentados golpistas de 8 de janeiro.

Incêndio e suspeitas

A ex-esposa de Tiü França foi resgatada do incêndio com queimaduras graves (de 1°, 2° e 3° graus) e permanece hospitalizada. Testemunhas afirmam que ela teria iniciado o fogo, que começou por volta das 7 horas da manhã, segundo vizinhos.

Nas redes sociais, o episódio já é tratado como uma possível “queima de arquivo”, dado o histórico de envolvimento do terrorista com grupos extremistas e as investigações em curso. A Polícia Federal informou que o caso será investigado detalhadamente.

O “lobo solitário” não atua sozinho

O atentado e os desdobramentos reacenderam o debate sobre a atuação de redes extremistas no Brasil. O professor Francisco Teixeira, historiador da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), refuta a ideia de que Tiü França agia sozinho:

“A alcateia agora é digital, reticular, em redes sociais que se retroalimentam. Alguém sem renda e endividado consegue financiar estadia em Brasília, adquirir explosivos e se manter semanas em uma cidade tão cara?”, questiona.

Teixeira destacou ainda a fala do diretor-geral da Polícia Federal, que indicou a possibilidade de uma rede de apoio ao atentado:

“A declaração do terrorista de que estava iniciando algo grande sugere uma estrutura organizada, não um ato isolado.”

Investigações avançam

Com as circunstâncias envolvendo o incêndio e o atentado, o caso ganha novos contornos que reforçam a complexidade das ações extremistas no país. A PF segue conduzindo apurações para identificar cúmplices e possíveis financiadores das atividades de Tiü França, apontando que as ações golpistas não são casos isolados, mas parte de um contexto maior de radicalização e violência política.

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Homem por trás de explosão em Brasília fez alertas nas redes sociais: “Bomba”

Chaveiro de Santa Catarina, ex-candidato a vereador, publicou ameaças antes da explosão na Praça dos Três Poderes

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O proprietário do veículo que explodiu na noite desta quarta-feira (13/11) na Praça dos Três Poderes, em Brasília, foi identificado como Francisco Wanderley Luiz, conhecido como Tiü França, chaveiro de 59 anos e ex-candidato a vereador pelo Partido Liberal (PL) em Rio do Sul (SC). Francisco publicou mensagens ameaçadoras nas redes sociais antes do incidente, sugerindo a explosão iminente.

No início da noite, Francisco compartilhou prints de mensagens que enviou a si mesmo, em tom ameaçador, com referências claras a uma possível explosão. Em uma das mensagens, ele escreveu: “Vamos jogar??? Polícia Federal, vocês têm 72 horas para desarmar a bomba que está na casa dos comunistas de merda.” A ameaça foi acompanhada de uma advertência sobre locais específicos que deveriam ser evitados, como “gavetas, armários, estantes, depósito de materiais etc.”

Além das mensagens, Francisco especificou o momento em que as explosões deveriam ocorrer. “Início: 17h48 do dia 13/11/2024. O jogo acaba dia 16/11/2024. Boa sorte!” indicou, reforçando a sensação de ameaça e urgência. Após a explosão, que resultou em uma morte e no isolamento da área pela Polícia Militar, a Praça dos Três Poderes permanece fechada para investigações.

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