Otoniel e Zito criam a gestão do endividamento contínuo

Gestões Otoniel-Zito em Barreiras consolidaram modelo de endividamento contínuo, elevando passivo municipal a R$1 bilhão, gerando questionamentos jurídicos e aumento de IPTU, em detrimento de um desenvolvimento sustentável e autonomia fiscal

Por Fernando Machado do Sítio ZDA – Barreiras assiste à consolidação de um modelo de gestão pública que se baseia no endividamento do município de modo a manter o funcionamento da máquina — uma prática que começou no governo de Zito Barbosa (2017 a 2024) e que encontra plena continuidade na atual administração de Otoniel Teixeira. Duas novas tentativas de contratação de empréstimo, que juntas somam R$ 70 milhões, são o mais recente capítulo do ciclo vicioso de dívidas que compromete o futuro da cidade.

As propostas de financiamento, que vão elevar o endividamento da cidade a um bilhão de reais, representam não apenas mais uma cifra a ser incorporada ao passivo municipal, mas também a consolidação de um modelo insustentável de desenvolvimento. Em vez de apostar no planejamento, na gestão eficiente de recursos próprios, no fomento à arrecadação saudável e na obtenção de parcerias com demais entes federativos, a atual administração insiste em se apoiar em empréstimos, comprometendo futuras gerações.

Não por acaso, a tentativa de mais esse endividamento levantou fortes questionamentos jurídicos. O MDB da Bahia ingressou com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) no Tribunal de Justiça da Bahia, pedindo a suspensão da lei por diversas ilegalidades. Em resposta, o TJ-BA deferiu liminar cautelar suspendendo os efeitos da Lei Municipal 1.627/2024, que autoriza empréstimo de 10 milhões, e todos os atos subsequentes, incluindo o próprio contrato com o Banco do Brasil.

Mas a gestão municipal não recuou. Barreiras levou o caso ao Supremo Tribunal Federal, onde o presidente da Corte, em decisão monocrática, deferiu o pedido de Suspensão de Liminar, autorizando novamente a contratação do empréstimo. O município, assim, vê-se livre para continuar empilhando dívidas — mesmo diante de graves suspeitas de inconstitucionalidade no processo legislativo.

Como se não bastasse, a Prefeitura lançou mão de outro expediente impopular: o aumento do IPTU, que tem todos os sinais de ser uma manobra para melhorar artificialmente a saúde financeira do município e assim conquistar margem de endividamento suficiente para o novo financiamento. Trata-se de uma injustiça com o contribuinte, que já sofre com serviços públicos deficientes, enquanto vê os recursos sendo usados para sustentar um modelo de gestão temerário e sem perspectiva de longo prazo.

A reincidência de empréstimos vultosos, sem transparência, sem participação efetiva da sociedade e com graves riscos de inconstitucionalidade, torna-se não apenas um padrão, mas a única forma de gestão adotada em Barreiras nos últimos anos. A cidade, em vez de caminhar para a autonomia fiscal e o desenvolvimento sustentável, vê-se presa em um ciclo de dependência financeira e fragilidade institucional.

É urgente que a população, Câmara de Vereadores, órgãos de controle e a sociedade civil organizada se posicionem. O futuro de Barreiras não pode ser hipotecado. Dívida não é sinônimo de desenvolvimento — e mais um empréstimo, sem um projeto claro e viável, é um passo perigoso rumo ao colapso das finanças municipais.

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Com reviravolta no TJ-BA, CPI do MST na ALBA é barrada por 10 a 9

Decisão apertada do Tribunal de Justiça impede a instalação da CPI que investigaria invasões de terra, frustrando deputados que buscavam apurar supostos crimes

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Em uma reviravolta que promete acirrar os ânimos no cenário político baiano, o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) derrubou a decisão que autorizava a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as invasões de terra no estado. Em sessão tensa nesta quinta-feira (10), a maioria dos desembargadores, por 10 votos a 9, impediu a criação do colegiado na Assembleia Legislativa da Bahia.

A disputa judicial teve início com o deputado estadual Leandro de Jesus (PL), que conseguiu reunir 30 assinaturas de parlamentares para a criação da CPI. No entanto, a procuradoria da Assembleia Legislativa rejeitou o pedido, alegando que temas como reforma agrária são de competência da União. O deputado bolsonarista recorreu ao TJ-BA, argumentando que a CPI investigaria a possível prática de crimes nas invasões, o que estaria dentro da competência estadual.

Inicialmente, o desembargador Cássio Miranda, relator do caso, concedeu liminar determinando a imediata instalação da CPI, levando a presidente da Assembleia, Ivana Bastos, a instalar a Comissão na última semana. No entanto, a decisão foi revista pelo pleno do TJ-BA, que derrubou a liminar e, na prática, deve levar ao arquivamento da CPI.

A decisão apertada, com placar de 10 a 9, demonstra a divisão de opiniões dentro do TJ-BA sobre a questão. A derrota do grupo favorável à instalação da CPI representa um revés para os deputados que buscavam apurar supostos crimes relacionados às invasões de terra e promete gerar novas discussões e debates no cenário político baiano.

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Operação Faroeste: STJ recebe denúncia contra desembargadora do TJBA Ilona Márcia Reis

Caso de Política com STJ O Superior Tribunal de Justiça (STJ) recebeu, nesta quarta-feira, 05, denúncia contra a desembargadora do Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA) Ilona Márcia Reis, pelos crimes de associação criminosa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

A denúncia teve origem na Operação Faroeste, que apurou esquema de venda de decisões judiciais relacionadas à disputa de terras na região oeste da Bahia. Além da desembargadora, outras duas pessoas foram tornadas rés pelo STJ. Um terceiro investigado teve a denúncia rejeitada.

A desembargadora Ilona Reis estava afastada de forma cautelar do cargo desde o início das investigações e teve o afastamento prorrogado pelo prazo de um ano.

De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), a desembargadora teria recebido propina para dar decisões favoráveis aos interessados em três processos, todos relativos a imóveis localizados no oeste baiano. O valor total acordado na negociação seria de R$ 800 mil.

Em seu site oficial, o STJ informa que o ministro Og Fernandes, relator do processo, apontou que os elementos apresentados pelo MPF indicam uma ligação estável e permanente entre Ilona Reis e os demais denunciados, com o objetivo de negociar decisões judiciais favoráveis ao grupo e que relatórios de inteligência financeira identificaram movimentações bancárias suspeitas realizadas pela desembargadora.

O relator também destacou que, durante as investigações, foram localizadas minutas de decisões ou votos, em nome de Ilona Reis, antes da realização do julgamento pelo tribunal. O material estaria em poder de um advogado e um ex-servidor do TJBA – ambos denunciados pelo MPF – o que indica a articulação dos três para a negociação das decisões.

Outro ponto citado é que, no cumprimento de mandado de busca e apreensão no gabinete da magistrada, foram localizados diversos comprovantes de depósitos em dinheiro fracionados. Também teriam sido detectadas transações envolvendo supostos laranjas e pessoas jurídicas.

Com o recebimento da denúncia, tem início a fase da ação penal propriamente dita. Ainda não há data para o julgamento do mérito do processo.

A Operação Faroeste começou no final de 2019, com a prisão de quatro advogados, o cumprimento de 40 mandados de busca e apreensão e o afastamento dos seis magistrados – entre eles o presidente do TJ-BA da época. Desde então, várias prisões e movimentações no caso ocorreram.

As investigações da Polícia Federal apontam a existência de um esquema de venda de decisões judiciais por juízes e desembargadores da Bahia, com a participação de membros de outros poderes, que operavam a blindagem institucional da fraude.

O esquema supostamente consistia na legalização de terras griladas no oeste do estado. A organização criminosa investigada contava ainda com laranjas e empresas para dissimular os benefícios obtidos ilicitamente.

Há suspeitas de que a área objeto de grilagem supere os 360 mil hectares e de que o grupo envolvido na dinâmica ilícita tenha movimentado cifras bilionárias.

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Vereadora Carmélia da Mata responde a ataques de Zito: “Perdeu a compostura, está desesperado, mentiroso é o senhor”

Para a parlamentar, os ataques do prefeito são frutos de seu desespero após a decisão judicial que impede a tomada de um empréstimo de R$ 60 milhões

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Na noite desta terça-feira, a vereadora Carmélia da Mata (PP) utilizou a tribuna da Câmara de Vereadores para responder aos ataques do prefeito Zito Barbosa (UB), feitos durante uma entrevista a uma rádio local. A sessão foi marcada por um discurso enfático e repleto de críticas ao prefeito, onde Carmélia não poupou esforços para defender sua integridade e destacar sua dedicação à verdade e aos interesses da população de Barreiras.

“Hoje, postei um vídeo nas minhas redes sociais onde digo: ‘não mexe comigo que eu não ando só, não mexe comigo que eu não ando só, eu ando sobre a proteção de Senhor dos Aflitos, de Senhora Santana, de todos os santos e todos os anjos’,” iniciou a vereadora, ressaltando sua crença na proteção espiritual.

Ela prosseguiu relatando que ouviu a entrevista do prefeito na Rádio Vale, onde foi chamada de “mentirosa e dissimulada”. Carmélia refutou veementemente as acusações, enfatizando sua reputação de franqueza, mesmo quando isso a torna impopular entre alguns colegas.

“Eu, mentirosa, dissimulada? Justamente eu que sou tão antipatizada até por um monte de colegas aqui, por ser tão verdadeira e por falar a verdade? A minha vida é pautada na verdade.”

Para Carmélia, os ataques do prefeito são um reflexo de seu desespero após a decisão judicial que impediu a tomada de um empréstimo de R$ 60 milhões de reais pela prefeitura, uma medida que, segundo ela, levou Zito Barbosa a contratar advogados de renome nacional, inclusive Rodrigo Janot, ex-procurador-geral da República.

“Mas eu descobri o que foi, foi exatamente a ânsia de derrubar a nossa liminar que proibiu a tomada de empréstimo dos R$ 60 milhões. Senhores e senhoras, a coisa é tão séria com relação a esse desespero do prefeito, que ele contratou uma equipe de advogados que não devem passar aí de menos de R$ 2 milhões, porque foram os melhores advogados do Brasil, os melhores advogados do Brasil.”

A vereadora também criticou a postura do prefeito, que, após sete anos de mandato sem ofensas públicas, de repente passou a atacar seus adversários políticos, incluindo ela própria e os pré-candidatos a prefeito, Danilo Henrique e Tito.

“E aí me causou uma certa estranheza quando uma pessoa, como prefeito, perde a sua compostura, um homem que manteve-se aí sete anos sem destratar ninguém, sem falar mal de ninguém, e de repente o cara se revolta e começa a atacar os seus adversários.”

Carmélia aproveitou para reforçar sua independência financeira e política, reiterando que sua campanha sempre foi transparente quanto à falta de alinhamento com o prefeito e que suas ações são motivadas pelo bem-estar social de Barreiras.

“Desde a minha campanha, eu disse aos meus eleitores e coloquei nas minhas redes sociais que eu não tenho dinheiro, o dinheiro que eu tenho é para a minha sobrevivência, que eu não tenho nenhum alinhamento com o prefeito, seja hoje, amanhã ou depois.”

A vereadora também destacou que todas as denúncias que trouxe à tona foram oriundas da população e que ela mesma verifica in loco a veracidade das informações.

“Se o prefeito imputa a mim como mentirosa e dissimulada, ele está chamando a população de Barreiras, de mentirosa e dissimulada, porque eu não criei nenhum fato. Tudo veio e vem da população barreirense.”

Carmélia ainda enfatizou que o verdadeiro mentiroso é o prefeito, acusando-o de enganar até seus próprios aliados políticos.

“Portanto, eu posso dizer aos senhores o seguinte, mentiroso é o prefeito, que fala mal inclusive dos seus aliados, dos seus candidatos a vereadores, que vai derrotar A, que vai derrotar B, que um vai pagar, que o outro vai fazer isso ou aquilo e não tem coragem de chegar na cara daqueles que ele detesta, que engole apenas por uma questão de conveniência e não diz no olho, no olho de cada um deles.”

Ao final de seu discurso, Carmélia desafiou o prefeito a visitar, sem aviso prévio, diversas unidades de saúde do município para verificar as condições dos serviços prestados.

“Prefeito, tenha coragem, levante, vá na UPA ver a situação dos pacientes, vá lá na Vila Amorim, no Hans Werner, para ver as condições. Vá lá no Antônia Zélia para ver as condições do Antônia Zélia, no Cleiton Pignata para ver as condições.”

Carmélia finalizou sua fala reafirmando seu compromisso com o desenvolvimento de Barreiras e com a defesa da população, independentemente das adversidades políticas que enfrenta.

“Eu sempre procurei trabalhar pela minha cidade, cidade essa que eu amo e que for defendê-la com unhas e dentes em qualquer circunstância, porque para mim, o que me interessa e o que me importa é a minha cidade se desenvolver, é a minha cidade crescer, crescer favorecendo cada um que aqui está, cada um e cada uma.”

Com seu pronunciamento, Carmélia da Mata deixou claro o tom de como deverá seu um eventual novo mandato e que está pronta para enfrentar quaisquer acusações e manter sua postura firme em defesa dos cidadãos de Barreiras, criticando duramente a administração do prefeito Zito Barbosa e suas atitudes políticas e administrativas.

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URGENTE: Zito articula com Câmara um novo pedido de empréstimo de R$ 59 milhões em pleno ano eleitoral

Novo pedido de empréstimo pode entrar na pauta da Câmara nesta terça-feira (29/04); em regime de urgência; especula-se que a ideia do prefeito é fatiar os valores entre diversas instituições financeiras para dificultar possíveis contestações judiciais e uma suposta tentativa de burlar a proibição judicial já proferida

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O prefeito de Barreiras, Zito Barbosa (UB), surpreendeu ao decidir não recorrer da decisão do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) que negou, na última quinta-feira, 25 de abril, a autorização para o município contrair um empréstimo de R$ 60 milhões.

Diante dessa contrariedade judicial, Zito Barbosa agora se movimenta estrategicamente nos bastidores uma nova autorização da Câmara de Vereadores para um empréstimo no valor de R$ 59 milhões. Uma abordagem hábil nesse novo pedido é a intenção do prefeito em obter autorização para contrair o empréstimo em diversas instituições privadas, talvez como uma forma sutil de contornar a restrição imposta pela decisão anterior.

Nos bastidores da política local, fontes afirmam que “os vereadores da base governista, comentam abertamente a situação e se sentem constrangidos em acolher a solicitação que poderá ser apresentada brevemente”.

A urgência demonstrada pelo prefeito em conseguir esses recursos se revela crítica diante de relatos de fornecedores com pagamentos atrasados entre três e seis meses, ameaçando a continuidade de suas atividades. O risco iminente de interrupção de serviços essenciais adiciona um componente estratégico ao movimento de Zito Barbosa.

É crucial ressaltar que esse pedido de empréstimo ocorre em pleno ano eleitoral, acrescentando uma intrigante dimensão política a essa conjuntura. De acordo com nossos informantes, “dado o estado atual da administração municipal, Zito considera prioritário evitar deixar dívidas para a próxima gestão. Uma eventual reprovação de suas contas pelo Tribunal de Contas representaria uma séria ameaça à sua elegibilidade”.

Há especulações de que o novo pedido de empréstimo possa entrar na pauta da Câmara amanhã, terça-feira (29/04), em regime de urgência, destacando a astúcia e perspicácia do prefeito diante das circunstâncias eleitorais que podem comprometer a sucessão na cadeira de prefeito da cidade.

O Caso de Política acompanha atentamente as movimentações e tão logo hajam novas informações, divulgaremos aos nossos leitores e a sociedade.

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Zito Barbosa sofre nova derrota na justiça e vê planos políticos desabarem sob sua cabeça; risco de não fazer sucessor e inelegibilidade

Tribunal de Justiça nega recurso de prefeito e não autoriza empréstimo de R$ 60 milhões. A ação judicial foi movida pelas vereadoras Carmélia da Mata e Beza

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O prefeito Zito Barbosa (UB) amarga uma nova derrota na justiça quando nesta quinta-feira, 25 de abril, o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) negou provimento a agravo solicitando a reconsideração da decisão judicial anterior barrando desta forma a contratação da nova dívida para o município no valor de R$ 60 milhões.

De acordo com informações obtidas pelo Caso de Política, o prefeito Zito nesta quarta feira (24) já comemorava antecipadamente uma vitória no caso uma vez que contratou um renomado escritório de advocacia. Segundo nossas fontes, uma reviravolta era dada como certa e uma celebração já estava programada com direito a fogos de artifício.

Com a manutenção da situação, o prefeito entra em estado de tensão e alerta ante o impedimento de contrair o empréstimo. Desta forma, ficam comprometidos o pagamento de fornecedores, a candidatura de seu candidato Otoniel Teixeira a prefeito e impossibilitado de atender supostos acordos políticos selados com alguns parlamentares de sua base governista na Câmara Municipal.

De acordo com operadores da política local, “diante do atual cenário da administração municipal, Zito não tem entre as suas maiores prioridades de fazer o seu sucessor. A sua maior dor de cabeça, de fato; é com as suas contas que podem ser reprovadas no futuro. A falta de recursos pode levar o governo Zito a deixar restos a pagar, o que pode lhe render uma inelegibilidade”.

Corre nos bastidores da política em Barreiras, os rumores que o prefeito Zito Barbosa planeja enviar um novo projeto de lei para a Câmara de Vereadores, com o mesmo teor de pedido de empréstimo, numa suposta tentativa de burlar a proibição da judicial.

A ação na justiça que proíbe o empréstimo para o município de Barreiras é de autoria das vereadoras Beza (PSB) e Carmélia Carvalho (PP).

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Corrupção leva CNJ a avaliar plano de intervenção no Judiciário da Bahia

Com base em reportagem de Robson Bonin, publicada na coluna Radar da Revista Veja e dados dos arquivos de O Expresso

Do Jornal OExpresso – A explosiva delação do empresário Walter Horita junto à Procuradoria Geral da República(PGR) sobre o desenrolar da Operação Faroeste, no Oeste baiano, levou o Conselho Nacional de Justiça a analisar a possibilidade de intervenção no Judiciário baiano, tanto são os envolvidos na trama de compra de sentenças e grilagem de terras.

Os primeiros envolvidos antes da delação premiada de Horita

Investigação cita “cooptação dos agentes do sistema de justiça” pelo crime; fazendeiro fechou acordo com a PGR e admitiu ter comprado decisões dos magistrados baianos. Horita, um dos quatro mentores e financiadores da conspiração, apontou, na delação ainda em segredo de justiça, todo o esquema de corrupção.

O Conselho Nacional de Justiça vai focar, nas próximas semanas, num grande escândalo da magistratura. Investigações da Polícia Federal e do próprio órgão revelam um quadro institucionalizado de corrupção ainda vigente no Judiciário da Bahia. Há possibilidade de intervenção no tribunal, algo extremamente grave para os padrões decisórios do CNJ.

Em 2019, a PF desmontou um esquema de venda de sentenças no TJ-BA. Desembargadores, juízes, advogados e empresários foram presos. O fazendeiro Walter Horita fechou acordo com a PGR, até hoje sigiloso, em que confessa ter comprado decisões de magistrados baianos. O Radar teve acesso ao caso. Horita pagou 30 milhões de reais para se livrar das acusações de corrupção.

“O investigado confessou formal e circunstanciadamente a prática delitiva no curso da investigação. O compromissário atuou comprando decisões numa ambiência profissional de mercancia judicial pelo Tribunal.”

Além de corromper magistrados, o esquema envolvia o Ministério Público e a Secretaria de Segurança da Bahia. Quem não era comprado, era ameaçado de morte.

Ainda nesta semana, o STJ aceitou novas denúncias contra magistrados investigados por venda de decisões judiciais. Apesar de afastados, eles continuam recebendo salários. O número de magistrados envolvidos continua a ser atualizado frente à delação e novas denúncias.

Desembargadora investigada na Operação Faroeste tem nova tentativa de retorno ao cargo negada pelo STJ

Maria do Socorro Barreto Santiago segue afastada do TJ-BA após negativa de recurso

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Após cinco anos afastada do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), a desembargadora Maria do Socorro Barreto Santiago teve sua mais recente tentativa de retornar ao cargo frustrada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). O pedido de reconsideração da medida cautelar que a mantém afastada do cargo foi negado pelo STJ, mantendo-a fora da Corte baiana.

A decisão foi tomada após a magistrada questionar a prorrogação de seu afastamento, determinada pelo ministro Og Fernandes. A prorrogação, por mais um ano a partir de 1º de fevereiro de 2024, foi referendada pela Corte Especial do STJ de forma unânime.

No recurso apresentado, Maria do Socorro argumentou que está afastada de suas funções desde dezembro de 2019 e que não há evidências suficientes contra ela. Ela alega que a prolongada suspensão de suas atividades, agora ultrapassando cinco anos, vai contra os princípios do sistema acusatório, já que sustenta que as razões para a medida cautelar não estão diretamente relacionadas à ação penal em questão.

A desembargadora, investigada na Operação Faroeste, destaca que a continuidade de seu afastamento se baseia em fatos que não são objeto do processo penal em curso. Ela defende que não há justificativa para manter a medida cautelar em vigor.

A negativa do STJ mantém Maria do Socorro Barreto Santiago afastada do TJ-BA, em meio a um cenário de investigações e questionamentos sobre a condução do processo que envolve seu afastamento. Os desdobramentos futuros desse caso serão acompanhados de perto pela comunidade jurídica e pela sociedade baiana.

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Juiz de Barreiras revoga decisão judicial em caso de controle de constitucionalidade

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O juiz Maurício Alvares Barra, da 1ª Vara de Fazenda Pública de Barreiras, tomou uma decisão que pode ter grandes repercussões no âmbito jurídico local. No processo de número 8003317-46.2024.8.05.0022, envolvendo vereadores contra a Câmara Municipal de Vereadores, o juiz revogou uma liminar previamente concedida.

A revogação da liminar se deu após uma análise minuciosa do juiz, que levou em consideração um aditamento à inicial da parte autora e um pedido de reconsideração da parte ré. O cerne da questão reside na aplicação do controle preventivo de constitucionalidade em ações promovidas por parlamentares durante a tramitação de projetos de lei.

O juiz fez menção a um importante entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), que destaca a perda de objeto da demanda judicial e a cessação da legitimidade ativa dos parlamentares para prosseguir com a ação mandamental após a aprovação da lei em questão. Isso implica que a intervenção do Poder Judiciário no processo legislativo deve ser cuidadosamente considerada, especialmente quando se trata de questões constitucionais.

O caso específico envolveu o antigo Projeto de Lei 02/2024, cujo processo legislativo foi concluído antes do início da demanda judicial, resultando na transformação do projeto na Lei Municipal nº 1.612/24. O juiz considerou que, uma vez promulgada a lei, torna-se inviável suspender sua vigência fora do devido processo de controle de constitucionalidade.

Diante desses fatos, o juiz decidiu revogar a liminar anteriormente concedida e intimou a parte autora a manifestar-se sobre a possibilidade de extinção do processo pela perda do objeto. Essa decisão representa um desdobramento significativo no caso, que ainda pode ter desdobramentos conforme as partes se manifestem e o processo prossiga em sua tramitação.

A decisão do juiz Maurício Alvares Barra, datada de 22 de março de 2024, destaca a importância do devido processo legal e da observância dos princípios constitucionais no exercício da função judicante, reafirmando a necessidade de uma análise criteriosa e imparcial dos casos que chegam ao judiciário.

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Fazendas na cidade de Cocos são alvo de disputa entre supostos proprietários, milicianos e grileiros

Há suspeitas de que os ocupantes da fazenda sejam ex-militares do Rio de Janeiro, sendo um da Polícia Militar e o outro da Marinha

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Na cidade de Cocos, no Oeste baiano, uma fazenda tem sido palco de intensos conflitos entre antigos ocupantes e um suposto grupo de milicianos, oriundos do Rio de Janeiro. A tensão atingiu seu ápice em dezembro do ano passado, quando um administrador e sua esposa foram obrigados a deixar a propriedade conhecida como Fazenda São Silvestre.

De acordo com relatos obtidos pelo Bahia Notícias, José Eurico da Silva, o administrador, relatou que, em 17 de dezembro, por volta das 6 horas da manhã, aproximadamente 20 indivíduos armados chegaram à fazenda, alegando possuir um mandado de reintegração de posse. No entanto, nenhum documento foi apresentado para respaldar essa alegação. O casal foi forçado a sair, levando consigo apenas seus pertences móveis.

O advogado que representa o administrador e o suposto proprietário da fazenda, identificado como Maely Guilherme Botelho Coelho, informou que três pedidos de reintegração de posse foram protocolados, mas até o momento não houve resposta da Comarca de Cocos. Joel Mendes, o advogado, declarou que todos os documentos solicitados foram providenciados e que, caso não haja resposta, eles recorrerão ao Tribunal de Justiça (TJ-BA). Há suspeitas de que os ocupantes da fazenda sejam ex-militares do Rio de Janeiro, sendo um da Polícia Militar e o outro da Marinha.

Outro Conflito: Invasão na Fazenda Pau Terra

Além disso, outro caso polêmico chamou a atenção na cidade de Cocos, conforme noticiado pelo Alerta Bahia. Segundo a reportagem, homens armados invadiram a Fazenda Pau Terra, em um episódio ocorrido em 21 de fevereiro, feriado de carnaval.

Os invasores que chegaram à fazenda durante o carnaval portando armas de fogo, expulsaram funcionários e proprietários do local e começaram a construir tendas no local

Os invasores, aparentemente ligados a grileiros, chegaram à fazenda portando armas de fogo, expulsaram os funcionários e proprietários do local e começaram a construir tendas no local. Os novos proprietários da fazenda, Bruno e Dirceu, afirmam que adquiriram a propriedade de Iaroslau Domareski, antigo dono, que a possuía há cerca de 30 anos.

O caso foi registrado na delegacia de Cocos, e os proprietários acionaram a Polícia Militar. No entanto, eles afirmam que as autoridades estão ignorando a situação. Em contato com o site, Bruno Bolognesi Remédio afirmou que eles continuarão lutando pela propriedade e que já entraram com ações judiciais pela reintegração de posse, apresentando toda a documentação que comprova a propriedade da terra.

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