Jerônimo sobre Federação PP-União: “Deputados estaduais do PP me seguirão na Bahia

O governador Jerônimo Rodrigues (PT) revela planos para realocar os seis deputados estaduais do PP em sua base de apoio na Alba, caso se confirme a federação nacional com o União Brasil, principal partido de oposição na Bahia liderado por ACM Neto

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O governador Jerônimo Rodrigues (PT) já traça estratégias para reconfigurar sua base de apoio na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) diante da iminente federação nacional entre o PP e o União Brasil. A expectativa, conforme divulgado, é de que a união entre as duas legendas seja formalizada na próxima semana.

Em entrevista ao programa Bom Dia Feira, da rádio Princesa FM, de Feira de Santana, nesta sexta-feira (25), o governador petista indicou que a totalidade da bancada estadual do PP, composta por seis parlamentares – Niltinho, Antonio Henrique Júnior, Eduardo Salles, Felipe Duarte, Hassan e Nelson Leal – deve deixar a sigla para manter o apoio ao seu projeto de reeleição em 2026.

Se lá em cima se confirmar a federação União Brasil e PP, aqui na Bahia a combinação é que os seis deputados estaduais do PP me acompanhem. Nós vamos ter que combinar quais partidos eles irão para que continuem na minha base. Tenho o maior interesse em combinar isso”, declarou Jerônimo, sinalizando a articulação para garantir a permanência dos deputados em sua coalizão.

O governador também expressou o desejo de manter o apoio dos deputados federais do PP na Bahia, Mário Negromonte Júnior, presidente estadual da legenda, e Cláudio Cajado. “Tenho interesse que eles me acompanhem. Que partido eles vão? Aí vamos sentar e conversar. Estou no aguardo do movimento”, afirmou, demonstrando cautela quanto ao cenário federal.

A possível federação representa um desafio para Jerônimo, uma vez que o União Brasil, liderado na Bahia por ACM Neto, figura como o principal partido de oposição ao seu governo e deve lançar o ex-prefeito de Salvador como candidato ao Palácio de Ondina em 2026. A união nacional daria ao União Brasil o controle da federação na Bahia, por possuir um maior número de deputados federais (cinco contra três do PP).

Esse cenário também impacta as tratativas para um possível retorno do PP à base governista na Bahia. Mário Negromonte Júnior e Jerônimo vinham mantendo conversas sobre a participação da legenda na gestão estadual, mas a indefinição da federação acabou por frear o avanço dessas negociações.

A federação entre PP e União Brasil teve seu acordo finalizado na quarta-feira (23) e, segundo a CNN, o anúncio oficial está previsto para a próxima terça-feira, em Brasília. A nova legenda resultante da união deverá se chamar União Progressista. Resta agora acompanhar os desdobramentos dessa movimentação no cenário político baiano e as estratégias de Jerônimo para manter sua base de apoio coesa visando as eleições de 2026.

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Bruno Reis é sócio de empresário investigado pela PF na Operação Overclean

Relação societária com alvo da PF reacende pressão sobre União Brasil na Bahia; prefeito afirma que negócio é privado e não tem vínculo com as investigações

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), figura agora entre os nomes da política baiana conectados ao empresário Samuca Silva Franco, investigado pela Polícia Federal na Operação Overclean. Apesar de não estar entre os alvos da apuração, Bruno mantém, desde 2022, uma sociedade com Samuca em empreendimentos imobiliários na cidade de Ilhéus.

Documentos da Junta Comercial da Bahia revelam que o prefeito adquiriu, por meio da BB Patrimonial, 10% da sociedade de propósito específico (SPE) Vento Sul, de propriedade de Samuca. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (14) pelo jornal Folha de S. Paulo. Questionado, Bruno Reis afirmou que o investimento é “estritamente privado” e não tem qualquer relação com o caso investigado pela PF.

Na eleição de 2024, Bruno Reis declarou à Justiça Eleitoral a posse de R$ 62.400,00 em quotas da BB Patrimonial. A empresa atua no setor de gestão de bens e participação em sociedades empresariais.

O empresário Samuca Silva Franco, por sua vez, foi um dos alvos da terceira fase da Operação Overclean, suspeito de receber repasses de empresas de fachada, acusadas de simular a prestação de serviços fictícios e emitir notas fiscais frias. De acordo com a PF, Samuca recebeu R$ 200 mil da BRA Teles Ltda. em março deste ano. Além disso, teria sido beneficiado com transferências que somam R$ 373.500 da própria BRA Teles e da FAP Participações Ltda., entre abril de 2022 e março de 2024.

A Operação Overclean investiga um esquema de lavagem de dinheiro por meio de empresas fantasmas que operariam contratos simulados para movimentar recursos de origem ainda não totalmente rastreada. O avanço da operação tem causado abalos no entorno político de figuras ligadas ao União Brasil, partido que, na Bahia, já tem outros nomes associados aos desdobramentos da investigação.

Embora não haja, até o momento, indícios de participação direta do prefeito no esquema, a relação societária reacende pressões sobre Bruno Reis e reforça o impacto político da Overclean no cenário baiano, especialmente em ano pré-eleitoral.

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PF decifra planilha da Overclean e identifica mais de 100 suspeitos em desvio de R$ 1,4 bilhão

Investigação da PF revela teia de corrupção em contratos do DNOCS, com suspeitas de desvio de R$ 1,4 bilhão e envolvimento de políticos e empresários

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A Polícia Federal (PF) avança na investigação sobre o desvio de R$ 1,4 bilhão em contratos públicos, identificando mais de 100 suspeitos de envolvimento no esquema após a apreensão de uma planilha durante a Operação Overclean, deflagrada em dezembro de 2024. A informação, que representa um marco crucial na apuração, consta em decisão do ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou uma série de medidas para aprofundar o inquérito em 20 de março de 2025. As informações são de O Globo.

A Operação Overclean, conduzida em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU), mira no desvio de recursos provenientes de emendas parlamentares destinadas ao Departamento Nacional de Obras contra as Secas (DNOCS), autarquia federal responsável por projetos de infraestrutura hídrica em regiões áridas e semiáridas do país. A investigação aponta para um sofisticado esquema de corrupção, com ramificações em contratos milionários e suspeitas de superfaturamento, que lesaram os cofres públicos e comprometeram a execução de obras essenciais para o desenvolvimento regional.

Durante a deflagração da operação, a PF cumpriu 17 mandados de prisão preventiva, atingindo figuras-chave do esquema, como o vereador Francisquinho Nascimento (União), o ex-chefe do DNOCS na Bahia, Lucas Lobão, e diversos empresários com contratos públicos em prefeituras baianas. As prisões representaram um duro golpe na organização criminosa, mas a identificação de mais de 100 suspeitos, a partir da análise da planilha apreendida, sinaliza a extensão e a complexidade do esquema.

Na decisão que autorizou as novas medidas de investigação, o ministro Kassio Nunes Marques expressou preocupação com o risco de os investigados coagirem testemunhas, alertando para a possibilidade de obstrução da justiça. O ministro destacou que a PF está empenhada em “gradativamente decifrar dezenas de codinomes mencionados nas planilhas apreendidas”, o que demonstra o caráter sigiloso e intrincado do esquema de corrupção.

Além das prisões, a Operação Overclean resultou na apreensão de mais de R$ 1 milhão em dinheiro vivo, evidenciando o enriquecimento ilícito dos envolvidos. Parte do dinheiro, cerca de R$ 700 mil, foi encontrado em posse de um empresário, enquanto o restante estava com o vereador Francisquinho, que tentou se desfazer de parte do valor arremessando uma sacola pela janela. Os investigadores também encontraram uma planilha com a relação de contratos e valores que somam mais de R$ 200 milhões em contratos suspeitos nos estados do Rio de Janeiro e do Amapá, ampliando o escopo da investigação para outras unidades da federação.

De acordo com a CGU, o grupo investigado celebrou contratos no valor de R$ 825 milhões apenas em 2024, com indícios de “superfaturamento parcial” superior a R$ 8 milhões em contratos do DNOCS. Os valores superfaturados, desviados para o enriquecimento ilícito dos envolvidos, poderiam ter sido utilizados para a execução de projetos de infraestrutura hídrica, beneficiando milhares de pessoas em regiões afetadas pela seca.

A investigação também revelou a ligação política de alguns dos envolvidos no esquema. Francisquinho Nascimento, vereador preso na operação, é primo do deputado federal Elmar Nascimento (BA), ex-líder do União Brasil na Câmara dos Deputados. Antes de ser vereador, Francisquinho atuou como secretário-executivo da Prefeitura de Campo Formoso (BA), administrada pelo irmão de Elmar, o prefeito Elmo Nascimento (União). A relação familiar entre os investigados levanta suspeitas sobre a influência política no esquema de corrupção e o possível direcionamento de recursos públicos para beneficiar o grupo.

Até o momento, todos os citados na investigação, incluindo o deputado Elmar Nascimento, negam qualquer irregularidade na aplicação ou uso de recursos públicos. A prefeitura de Campo Formoso afirma que “conduz suas contratações dentro das melhores práticas”. No entanto, a PF e a CGU seguem investigando o caso, buscando aprofundar as provas e identificar todos os envolvidos no esquema de desvio de recursos do DNOCS.

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Operação Overclean: PF aponta consulta de ACM Neto em indicação de Barral para secretaria em BH

Investigações da Polícia Federal indicam que ACM Neto foi consultado por empresário sobre indicação de secretário de Educação em Belo Horizonte

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, voltou a ser mencionado na Operação Overclean, desta vez em investigações relacionadas à terceira fase da operação.

Segundo a Polícia Federal, o vice-presidente nacional do União Brasil teria sido consultado pelo empresário Marcos Moura, conhecido como o “Rei do Lixo”, sobre a indicação de Bruno Barral para a secretaria de Educação de Belo Horizonte durante a gestão do falecido prefeito Fuad Noman.

De acordo com as investigações, Marcos Moura insistiu na indicação de Bruno Barral, que também ocupou o cargo de secretário de Educação durante a gestão de ACM Neto em Salvador. Fuad Noman, ainda em vida, teria resistido aos pedidos, chegando a oferecer o comando de outra pasta, como a de Combate à Fome.

Um trecho da decisão do ministro do STF, Kássio Nunes Marques, relator do caso que deu seguimento à investigação, detalha a suposta articulação:

“Durante a negociação, Fuad Noman pede que Marcos Moura ‘abra mão’ do governo, ao que Marcos solicita tempo para consultar Antônio Rueda (presidente do União Brasil) e ACM Neto, demonstrando a articulação política de alto nível do grupo. A conversa encerra-se em 3 de dezembro de 2024, com Marcos Moura solicitando uma reunião presencial com o prefeito.”

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Denunciado pela PGR, ministro Juscelino Filho se reúne com cúpula do União Brasil

Após denúncia por desvio de emendas, ministro das Comunicações busca apoio do partido enquanto Lula enfrenta pressão sobre sua permanência no governo

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil), enfrenta um momento de turbulência em Brasília após ser formalmente denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por suspeitas de desvio de emendas parlamentares durante seu mandato como deputado federal. Em meio à crise, o ministro se reunirá nas próximas horas com a cúpula do União Brasil, buscando apoio político diante da delicada situação. A informação foi divulgada pelo jornalista Lauro Jardim, em sua coluna no jornal O Globo.

A denúncia, já encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF), coloca o ministro sob a iminência de se tornar réu em uma ação penal, caso a Corte decida aceitar a acusação. Juscelino Filho, por sua vez, nega qualquer irregularidade e manifesta confiança na rejeição da denúncia pelo STF.

O caso, no entanto, reacende a pressão sobre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em junho do ano passado, Lula havia condicionado a permanência de Juscelino no governo a uma eventual denúncia formal da PGR.

Na época, o ministro já havia sido indiciado pela Polícia Federal pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção passiva. Em viagem ao Maranhão, Lula declarou ter conversado com Juscelino, estabelecendo claramente sua posição:

“O que eu disse para ele: a verdade, só você que sabe. Se o procurador indiciar você, você sabe que tem que mudar de posição. Enquanto não houver indiciamento, ele fica como ministro, se houver indiciamento, ele será afastado (…) Eu quero que ele seja julgado da forma mais honesta possível”.

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Prefeito de LEM surpreende ao declarar independência do governo, mas afirma: “Não farei oposição”

Júnior Marabá (PP) adota postura pragmática e elogia atenção do governador Jerônimo Rodrigues ao município, sinalizando neutralidade em disputas políticas

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O prefeito de Luís Eduardo Magalhães, Júnior Marabá (PP), surpreendeu ao declarar que não integra a base do governo estadual, mas ressaltou que também não fará oposição ao governador Jerônimo Rodrigues (PT). A declaração foi dada durante coletiva de imprensa na segunda-feira (1), em evento na AIBA (Associação de Irrigantes da Bahia), quando Marabá foi questionado sobre sua possível adesão à base governista.

Ao ser indagado sobre o que o teria levado à base do governo, Marabá respondeu:

“Eu não faço parte da base do governo, eu apenas trato as coisas como elas são. Eu sou bem recebido pelo governador. Sou bem recebido pelo seu secretariado, as demandas de Luís Eduardo são atendidas, então eu tenho de ter esse gesto de reconhecimento”.

Apesar de negar a adesão à base governista, o prefeito fez questão de elogiar a atenção que o município tem recebido do governo estadual.

“Porém, entretanto, não me vejo também fazendo campanha de oposição ao governador, visto que ele tem cuidado e tratado bem o nosso município”, declarou.

A postura de Marabá revela um pragmatismo político que busca priorizar os interesses do município, independentemente de alinhamentos ideológicos ou partidários. Sua declaração, embora cautelosa, sinaliza uma possível neutralidade em futuras disputas políticas, evitando um confronto direto com o governo estadual.

Essa estratégia, contudo, pode gerar ruídos com a oposição, que esperava contar com o apoio do prefeito em eventuais embates com o governo. A decisão de Marabá de não se opor ao governador, mesmo não integrando sua base, sugere uma análise criteriosa do cenário político local, buscando evitar desgastes e garantir a continuidade do atendimento às demandas do município.

Marabá também enfatizou seu posicionamento ideológico, dizendo:

“Eu sou de uma política de centro-direita, minha cidade é conservadora, então o meu viés político acaba caminhando mais para este lado”.

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“Arraiá Goiano” em Salvador: Pré-candidatura de Caiado à presidência sofre baque político

Lançamento da pré-candidatura de Ronaldo Caiado à Presidência da República em Salvador é marcado por esvaziamento político e forte presença goiana

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O que era para ser um marco político de projeção nacional se revelou um evento de tons regionais e pouca reverberação política. O lançamento da pré-candidatura do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, à Presidência da República, ocorrido nesta sexta-feira (4), no Centro de Convenções de Salvador, Bahia, evidenciou um notório esvaziamento de lideranças, inclusive de seu próprio partido, o União Brasil. A presença de ACM Neto, vice-presidente nacional da agremiação, e do prefeito de Salvador, Bruno Reis, não foi suficiente para dissipar a atmosfera de “festa goiana” que pairou sobre o evento. As informações são do Portal Metrópoles e Política Livre.

A ausência do presidente nacional da legenda, Antônio Rueda, que sequer enviou um vídeo de saudação, soou como um sinal de alerta. Além de políticos goianos, o evento contou com poucas figuras de expressão nacional, limitando-se ao senador Sérgio Moro (PR) e ao ex-senador Agripino Maia (RN), ambos sem mandato atualmente. A ausência do cantor Gusttavo Lima, que havia sinalizado presença, também contribuiu para o clima de “solenidade murcha”.

Dos seis deputados federais do União Brasil na Bahia, apenas dois – Paulo Azi, presidente do partido no Estado, e Leur Lomanto Júnior – marcaram presença. Entre outras siglas, destacaram-se as presenças do deputado federal Márcio Marinho (Republicanos) e de João Leão (PP). A ausência de Elmar Nascimento, ex-líder do União Brasil na Câmara, que defendia o apoio do partido à reeleição do presidente Lula (PT), foi notada, embora seu primo, o deputado estadual Júnior Nascimento, tenha comparecido.

Apesar da boa representatividade de deputados estaduais do União Brasil, a presença de prefeitos baianos foi tímida, contrastando com a forte presença de gestores municipais goianos. Tanto que o discurso em nome dos prefeitos foi proferido pelo presidente da Associação Goiana de Municípios, José Délio, prefeito de Hidrolândia (GO). A organização do evento mencionou um total de 250 prefeitos presentes, mas o número de baianos não chegou a 20. A adesão ou negociação de apoio ao governo Jerônimo Rodrigues (PT) por parte de muitos dos 39 prefeitos eleitos pelo União Brasil na Bahia em 2024 pode explicar a baixa adesão. No entanto, prefeitos importantes como José Ronaldo (Feira de Santana), Sheila Lemos (Vitória da Conquista), Débora Régis (Lauro de Freitas) e Valderico Júnior (Ilhéus) prestigiaram o evento.

ACM Neto e Bruno Reis: apoio local em meio ao esvaziamento

Apesar do esvaziamento de lideranças nacionais, o evento contou com a presença de ACM Neto e Bruno Reis, que buscaram dar um verniz de relevância política à solenidade. Bruno Reis, autor do projeto de concessão do título de cidadão baiano a Caiado, entregue no evento, proferiu um discurso entusiasmado, visando as eleições de 2026.

“Você está pronto para ser o próximo presidente do Brasil. Tem coragem e capacidade”, afirmou o prefeito de Salvador, ressaltando que Caiado serve “de horizonte para todos nós que sonhamos com um Brasil melhor”.

ACM Neto, por sua vez, adotou um discurso mais cauteloso, evitando mencionar diretamente os planos presidenciais de Caiado e focando em críticas ao governo Jerônimo, comparando-o com os avanços obtidos por Caiado em Goiás.

Caiado exalta relação com a Bahia e ataca invasões de Terra

Em seu discurso, Ronaldo Caiado destacou sua relação com a Bahia, mencionando sua atuação como médico em Feira de Santana, terra de sua esposa, Gracinha Caiado. O governador também apresentou um balanço de sua gestão em Goiás, afirmando que o estado tinha quatro das cidades mais violentas do Brasil antes de sua chegada ao poder.

Caiado aproveitou a ocasião para criticar as invasões de terra, em um momento em que o governo Jerônimo tem sido alvo de críticas pela oposição na Bahia.

“Lá em Goiás a gente nem necessita fazer reintegração de posse, porque não tem invasão de terra. Lá não tem esse negócio de abril vermelho (movimento do MST), porque lá é verde e amarelo. Ninguém se atreve a invadir propriedade rural”.

Desorganização e “empurra-empurra” marcam o evento

A organização do evento, a cargo da equipe goiana de Caiado, foi marcada por confusão e desorganização. A falta de estrutura adequada para a imprensa e o “empurra-empurra” na chegada ao local geraram reclamações e críticas. Bruno Reis chegou a demonstrar irritação com a falta de organização para a realização da coletiva de imprensa.

Em suma, o lançamento da pré-candidatura de Ronaldo Caiado à Presidência da República em Salvador, apelidado nos bastidores de “Arraiá Goiano”, evidenciou um claro esvaziamento político e uma forte dependência do apoio local, lançando dúvidas sobre a viabilidade de sua candidatura em um cenário político nacional cada vez mais polarizado.

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Deputado rebate críticas de ACM Neto e aprofunda crise de liderança do ex-prefeito

Líder do PP na AL-BA critica postura de ACM Neto, expõe insatisfação de prefeitos aliados e questiona ética do ex-prefeito em vídeo nas redes sociais. Críticas se somam a investigações da PF contra aliado de Neto e lançamento de Caiado à presidência

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O deputado estadual Niltinho, líder da bancada do Partido Progressistas (PP) na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), reagiu publicamente às críticas proferidas pelo ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União Brasil). A resposta veio através de postagens nas redes sociais do parlamentar nesta quinta-feira (03).

Em sua declaração escrita, Niltinho afirmou:

“Como líder da bancada do Partido Progressistas na Assembleia Legislativa da Bahia, tive que me manifestar contra os ataques de ACM Neto aos deputados estaduais do nosso partido. Enquanto tem gente que parece não ter o que fazer, seguimos juntos com o governador Jerônimo Rodrigues trabalhando pelo desenvolvimento dos municípios e por mais oportunidades para o povo baiano.”

O tom subiu em um vídeo divulgado na sequência. Niltinho criticou a postura de ACM Neto, lamentando o que chamou de “desespero” do ex-prefeito, que, segundo ele, tem causado transtornos.

Niltinho rebateu as críticas de ACM Neto ao governador Jerônimo Rodrigues, lembrando que o ex-prefeito rotula como “puxa-saco” aqueles que mantêm um bom relacionamento com a classe política. O líder do PP aproveitou para expor a crescente insatisfação de prefeitos que apoiaram ACM Neto, os quais, segundo Niltinho, têm criticado publicamente a falta de contato e atenção do ex-prefeito.

“Quando você procurou o partido, a Executiva Estadual do Partido Progressista na Bahia, e lá você nunca procurou nenhum dos deputados estaduais para pedir também o apoio à sua candidatura a governador. E eu não posso, nesse momento aqui, concordar com você que falta ela. A ética da nossa parte, ética, tem lhe faltado muito com seus aliados”, disparou Niltinho no vídeo.

A troca de críticas entre Niltinho e ACM Neto ganha contornos mais amplos em um momento delicado para o ex-prefeito. As declarações do deputado somam-se a outras críticas de prefeitos, deputados e lideranças, expondo uma crescente insatisfação com a condução política de ACM Neto. A crise se agrava com a nova fase da Operação Overclean da Polícia Federal, que tem como alvo Marcos Moura (Rei do Lixo), aliado próximo de ACM Neto, levantando questionamentos sobre a integridade do grupo político.

Além disso, o episódio ocorre às vésperas do lançamento da pré-candidatura de Ronaldo Caiado (governador de Goiás) à Presidência, um movimento que pode reconfigurar o cenário político nacional e impactar as alianças na Bahia. A insatisfação interna, as investigações da PF e o cenário político nacional em ebulição colocam ACM Neto em uma posição fragilizada, desafiando sua capacidade de manter a coesão de seu grupo e sua relevância no futuro político baiano.

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Prefeito despreza ligação de ACM Neto após esquecimento de 3 anos e declara apoio a Jerônimo Rodrigues

Em encontro com o governador da Bahia, gestor de Gongogi revela mágoa com ex-prefeito de Salvador e expõe bastidores da política baiana

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Em mais um capítulo da movimentada cena política baiana, o prefeito de Gongogi, Adriano Mendonça (Avante), protagonizou um momento de “desprezo” ao revelar que recusou uma ligação do ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União Brasil), após três anos de “esquecimento”. A declaração foi feita durante uma reunião com o governador Jerônimo Rodrigues (PT), na qual Adriano Mendonça manifestou o desejo de integrar o grupo político do petista.

“Eu não tenho mais interesse em marcar agenda (com ACM Neto). Eu venho hoje aqui pra dizer que eu quero fazer parte do seu grupo”, afirmou Mendonça a Jerônimo, expondo a mágoa com o ex-aliado. Segundo o prefeito, ACM Neto o procurou por telefone na semana passada, após quase três anos sem contato, mas ele não demonstrou interesse em um novo encontro.

Mendonça justificou a decisão alegando que a população de Gongogi anseia por uma foto do prefeito ao lado do governador Jerônimo, e que esse seria um “presente” para o município, que completa 63 anos de emancipação política em 12 de abril. Além disso, o prefeito aproveitou a oportunidade para alfinetar ACM Neto, afirmando que “ele não gosta de gente e pra governar precisa gostar de gente, abraçar gente”.

O prefeito de Gongogi esteve acompanhado do vice-prefeito, Fernando Matos, do secretário municipal de Saúde, Dermival Simões, e do presidente estadual do Avante, Ronaldo Carletto. Durante o encontro, Mendonça apresentou diversas demandas para o município, como a implantação de um sistema de abastecimento de água, a aquisição de uma Van para transporte de pacientes, a entrega de kits para unidades básicas de saúde, a reforma do estádio municipal e a construção de uma Areninha.

Em resposta, o governador Jerônimo Rodrigues autorizou a entrega de um kit de estabilização, quatro kits para unidades básicas de saúde e uma Van para transporte de pacientes. Além disso, determinou que a Secretaria de Recursos Hídricos realize uma visita técnica para solucionar o problema do abastecimento de água nos distritos de Tapirama, Nova Palma e Assentamento Santa Irene, e que a Seinfra realize um estudo para pavimentar o trecho que liga Gongogi à BA 120. A SUDESB também deverá realizar um estudo para a reforma do estádio e a construção da Areninha.

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Júnior Marabá confirma disposição para disputar vaga de deputado federal e que não descarta deixar o PP

Prefeito de LEM confirma projeto de disputar vaga na Câmara, recebe sondagens e quer representar o Oeste Baiano no Congresso Nacional

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Júnior Marabá (PP), prefeito reeleito de Luís Eduardo Magalhães (LEM) com expressivos 83,52% dos votos, confirmou em entrevista ao Caso de Política nesta terça-feira (1º), durante a apresentação da 19ª edição da Bahia Farm Show, sua disposição para disputar uma vaga na Câmara dos Deputados nas eleições de 2026.

A decisão coloca em evidência o seu projeto político e a busca por maior representatividade para o Oeste Baiano em Brasília. O prefeito revelou que tem sido sondado por diversas legendas, embora não tenha divulgado os nomes dos partidos interessados em contar com ele em seus quadros.

Júnior Marabá enfatizou que a decisão de concorrer ao cargo de deputado federal está tomada e será formalizada em conjunto com suas bases eleitorais.

“Tenho grande vontade de ser candidato a deputado federal, mas; para que eu venha conseguir ser candidato, tenho que construir isso com a minha base eleitoral de apoio e lideranças”, afirmou.

O prefeito destacou o incentivo que tem recebido de prefeitos, vereadores e lideranças de diversos municípios da região, ressaltando a necessidade de um representante da Bacia do Rio Grande no Congresso Nacional para defender os interesses da região. Marabá reforçou a importância de o Oeste Baiano ter uma voz ativa no parlamento federal, buscando projetos e recursos para impulsionar o desenvolvimento local.

A possível federação entre o PP e o União Brasil pode influenciar a decisão de Marabá sobre qual legenda o abrigará na disputa pela Câmara Federal. O prefeito explicou que pode deixar o PP se a federação com o União Brasil limitar sua autonomia política.

“Penso em sair se tirar de nós esse poder de decisão. Neste momento que o PP se vincula à União, já fica por si decidido e está na base do então candidato à época, governador do estado. Visto isso, acredito que nós temos de ter esse poder de decisão e que a melhor forma de representar os anseios da região é ter autonomia para construir um projeto político alinhado aos seus valores e às necessidades da população local”, afirmou, demonstrando a preocupação em manter a liberdade para defender os interesses do Oeste Baiano.

O prefeito ressaltou sua postura política de centro-direita e o perfil político da cidade a qual governa, indicando que buscará um partido alinhado a esses valores, caso a federação o impeça de tomar decisões em consonância com seus princípios.

Ao ser questionado sobre as sondagens de outros partidos, Marabá confirmou o interesse de diversas legendas em contar com sua candidatura, mas preferiu manter a discrição sobre os nomes.

“Alguns amigos mandaram mensagem, mas ainda não iniciei tratativas. Vou aguardar. Meu desejo é permanecer no PP, mas vamos avaliar como vai ficar o cenário político. O partido é o nosso veículo, mas o que temos de ter é o mandato para representar quem amamos e queremos acolher”, ponderou Marabá, sinalizando que a escolha do partido será estratégica para viabilizar sua eleição e garantir a representatividade do Oeste Baiano no Congresso Nacional.

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