Deputados do PL são citados em investigação sobre esquema de venda de emendas, segundo PF

A Polícia Federal aponta Josimar Maranhãozinho, Bosco Costa e Pastor Gil como suspeitos de cobrar até 25% de propina sobre emendas parlamentares destinadas à saúde. O caso está sob análise do STF

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A Polícia Federal identificou os deputados federais Bosco Costa (PL-SE), Josimar Maranhãozinho (PL-MA) e Pastor Gil (PL-MA) como suspeitos de estarem envolvidos em um esquema de venda de emendas parlamentares. A investigação, que analisa a negociação de recursos para a área da saúde, revela que os parlamentares cobravam até 25% de propina sobre os valores destinados. O processo está atualmente sob análise do Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com as investigações, Josimar Maranhãozinho, considerado uma figura de destaque no Maranhão, é apontado como o líder do esquema. Aliado do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, ele tem uma trajetória política que inclui o cargo de prefeito de Maranhãozinho e deputado estadual antes de chegar à Câmara em 2019. Sua esposa, Detinha (PL-MA), também é deputada federal.

Pastor Gil, membro da bancada evangélica, tem uma ligação estreita com a Assembleia de Deus, onde atuou por duas décadas. Ele iniciou sua carreira política em 2018 e rapidamente se alinhou com Josimar. Nas redes sociais, Pastor Gil aparece frequentemente ao lado de figuras como Jair Bolsonaro e o pastor Silas Malafaia, aliado próximo do ex-presidente.

Bosco Costa, o parlamentar com mais experiência entre os citados, está em seu quarto mandato como deputado federal. Sua trajetória inclui cargos administrativos no governo de Moita Bonita (SE) e uma passagem pela Assembleia Legislativa de Sergipe.

Troca de mensagens entre deputados mostra Josimar Maranhãozinho orientando colega a evitar encontros que poderiam ser filmados – Foto: Reprodução

As investigações tiveram início em 2020 no Maranhão, com a Polícia Federal obtendo imagens de Josimar Maranhãozinho manuseando grandes quantias de dinheiro, supostamente oriundo do desvio de emendas. A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou que os deputados teriam negociado uma propina de R$ 1,66 milhão em troca da liberação de R$ 6,67 milhões para um município maranhense. Conversas obtidas pela PF mostram os parlamentares discutindo a divisão dos valores e agendando encontros com autoridades.

O ministro Cristiano Zanin, relator do caso no STF, liberou a denúncia para julgamento na Primeira Turma da Corte. Pastor Gil se declarou confiante em sua inocência e aguarda a decisão do Supremo, enquanto os outros parlamentares não comentaram as acusações até o momento.

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Alexandre de Moraes autoriza Bolsonaro a ir a velório, mas ex-presidente desiste

Imagem da internet

Decisão do ministro permitiu contato com Valdemar Costa Neto, mas ausência de Bolsonaro gera especulações políticas e estratégicas

Caso de Política com Metrópoles – O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não compareceu ao velório e enterro de Leila Caran Costa, mãe de Valdemar Costa Neto, ocorrido nesta terça-feira (3) em Mogi das Cruzes (SP), mesmo tendo sido autorizado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes a participar dos eventos e a ter contato com o dirigente do PL. Bolsonaro justificou que a decisão de Moraes saiu às 13h50, quando já não havia tempo para deslocamento de Brasília a São Paulo.

Em sua decisão, Moraes autorizou Bolsonaro a comparecer ao velório e ao sepultamento da mãe de Valdemar e a manter contato com o cacique do PL durante os eventos fúnebres.

Em face da excepcionalidade do pedido e da afirmação da defesa (“comprometendo-se o peticionário a não manter quaisquer conversas sobre as investigações em curso”), nos termos do art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, autorizo Jair Messias Bolsonaro a manter contato com o investigado Valdemar Costa Neto, nos citados velório e sepultamento que acontecerão, respectivamente, na Câmara Municipal de Mogi das Cruzes e no Cemitério São Salvador, no município de Mogi das Cruzes/SP, na data de hoje, 3/12/2024″, diz Moraes na decisão.

Leila Caran Costa faleceu aos 99 anos, e o velório ocorreu na Câmara Municipal de Mogi das Cruzes, seguido do sepultamento às 16h no Cemitério São Salvador. Em sua decisão, Moraes destacou a “excepcionalidade do pedido” e autorizou o contato entre Bolsonaro e Valdemar, desde que as conversas não envolvessem as investigações em curso no chamado inquérito do golpe, que indiciou ambos.

Bolsonaro declarou à imprensa que seus advogados já solicitaram nova permissão para que ele participe da missa de sétimo dia da mãe de Valdemar. Contudo, sua ausência no velório, mesmo após a autorização de Moraes, gerou diversas interpretações políticas, sobretudo devido ao contexto de sua relação com o PL e as investigações em andamento.

A justificativa oficial e as lacunas no discurso

Bolsonaro afirmou que não houve tempo suficiente para organizar a viagem após a decisão do STF. No entanto, críticos e aliados questionaram a logística, uma vez que a liberação ocorreu horas antes do sepultamento, levantando dúvidas sobre uma possível falta de articulação ou interesse real em comparecer ao evento.

Analistas políticos especulam que sua ausência pode estar ligada a fatores mais estratégicos. A exposição pública ao lado de Valdemar, especialmente em um momento delicado de investigações, poderia ser explorada por adversários como evidência de proximidade entre os dois, o que reforçaria narrativas desfavoráveis no âmbito jurídico e eleitoral.

Além disso, a relação entre Bolsonaro e Valdemar tem sido observada de perto, já que o cacique do PL é uma peça central no apoio partidário ao ex-presidente. Uma presença no evento poderia ser vista como um gesto de lealdade, mas, ao mesmo tempo, poderia sinalizar vulnerabilidades políticas em meio às restrições impostas pela Justiça.

Repercussões possíveis

A ausência no velório pode impactar a dinâmica interna do PL. Valdemar, que comanda o partido com mão firme, pode interpretar a atitude de Bolsonaro como falta de solidariedade em um momento pessoal sensível. Por outro lado, a estratégia de priorizar uma aparição na missa de sétimo dia, com maior tempo de preparação, pode suavizar possíveis desgastes na relação.

Já no cenário público, a decisão de Moraes de liberar o contato temporário entre Bolsonaro e Valdemar pode ser usada tanto por críticos quanto por aliados. Enquanto uns podem destacar a “boa vontade” do ministro em permitir o encontro, outros podem apontar inconsistências no discurso bolsonarista sobre a perseguição judicial.

Embora a justificativa de Bolsonaro seja técnica, o episódio abre espaço para novas especulações sobre sua capacidade de articulação e de enfrentamento em um cenário político que ainda depende fortemente da influência do PL e de Valdemar Costa Neto.

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PGR encaminha pedido de extinção do PL a grupo de combate ao extremismo

Ação foi solicitada por André Janones e envolve investigações sobre atos antidemocráticos

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A Procuradoria Geral da República (PGR) enviou ao Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos o pedido do deputado federal André Janones (Avante-MG) para que o Ministério Público Federal (MPF) solicite ao Supremo Tribunal Federal (STF) a extinção do Partido Liberal (PL), do ex-presidente Jair Bolsonaro. O despacho foi assinado em 25 de novembro pelo chefe de gabinete da PGR, Carlos Fernando Mazzoco.

Clique aqui e acompanhe a íntegra do documento.

 

Documento encaminhado para o Grupo Estratégico de Combate aos Atos Aintidemocráticos

O grupo, criado para investigar atos extremistas como os ataques de 8 de janeiro, atua em parceria com o STF e coordena ações relacionadas à proteção da democracia. O documento de Janones menciona episódios que, segundo ele, ameaçam o sistema democrático, incluindo o atentado do “homem-bomba” em Brasília e o possível envolvimento de lideranças do PL em articulações golpistas.

Partido sob suspeita de práticas antidemocráticas

No pedido, Janones destaca que membros do PL, como o presidente da legenda, Valdemar Costa Neto, e o deputado federal Carlos Jordy, teriam contribuído para ações que atentam contra a ordem democrática. Para o parlamentar, a extinção do partido seria uma resposta à gravidade dos atos atribuídos à sigla.

“O STF já deixou claro que práticas antidemocráticas, especialmente promovidas por partidos políticos, são inaceitáveis. É fundamental que o MPF aja com rigor na defesa da ordem constitucional”, argumentou Janones.

Contexto e novas evidências

Bolsonaro e Valdemar divulgaram relatório falso mesmo cientes de inexistência de fraudes em urnas eletrônicas

Investigações recentes da Polícia Federal reforçam as suspeitas contra o PL. Documentos indicam que Valdemar da Costa Neto e Jair Bolsonaro teriam divulgado informações falsas sobre fraudes nas urnas eletrônicas, mesmo cientes de sua inexistência. A disseminação de fake news é apontada como parte de uma estratégia para fomentar desconfiança no sistema eleitoral e mobilizar apoiadores em torno de pautas golpistas.

Além disso, o relatório da PF revela que servidores da Abin e figuras internacionais, como o estrategista argentino Fernando Crimedo, participaram da elaboração e difusão das informações falsas, intensificando a crise institucional que marcou o pós-eleição.

Desdobramentos

O envio do pedido ao Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos marca um avanço nas investigações sobre a atuação de partidos políticos em práticas que ameaçam a democracia brasileira. A PGR sinaliza, com essa medida, que ações contundentes estão em curso para garantir a responsabilização de lideranças envolvidas em atos que ferem a ordem constitucional.

O futuro do PL está agora sob o escrutínio do STF, com possibilidade de medidas que podem mudar o cenário político nacional.

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Bolsonaro e Valdemar divulgaram relatório falso mesmo cientes de inexistência de fraudes em urnas eletrônicas, diz PF

Fake news foram usadas para fomentar ambiente de golpe de Estado no Brasil.

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A Polícia Federal (PF) revelou que o ex-presidente Jair Bolsonaro e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, tinham pleno conhecimento de que os argumentos utilizados para descredibilizar as urnas eletrônicas eram falsos. Mesmo assim, ambos optaram por disseminar o conteúdo, considerado peça-chave na tentativa de criar uma narrativa favorável a um golpe de Estado no Brasil.

“Valdemar Costa Neto e Jair Bolsonaro não apenas tinham ciência da elaboração de um relatório com dados falsos sobre as urnas eletrônicas, mas também foram os responsáveis por tomar a decisão de divulgar o conteúdo falso, que subsidiou a Representação Eleitoral do PL”, aponta o relatório da PF, divulgado nesta terça-feira (26).

As investigações identificaram uma estratégia coordenada para abastecer influenciadores com informações falsas sobre o sistema eleitoral, buscando incitar a população contra o resultado das eleições de 2022.

“As conversas obtidas pela investigação revelaram que os investigados, apesar de todas as tentativas, tinham consciência da inexistência de fraudes nas eleições presidenciais realizadas em 2022”, destaca o documento.

Conversas incriminadoras

Mensagens trocadas entre Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e o tenente-coronel do Exército Sergio Ricardo Cavaliere reforçam o dolo. Em uma das conversas, Cid admitiu que as alegações de fraude eram infundadas.

“Nosso pessoal que fez… Haaahahahaahha”, escreveu ele, referindo-se às supostas “descobertas” feitas por hackers.

Questionado por Cavaliere sobre possíveis falhas identificadas nas eleições, Cid foi direto:

“Nenhum indício de fraude”.

A PF descreveu essa postura como evidência da intenção criminosa de propagar informações falsas, mesmo diante da ausência de irregularidades no pleito. Segundo o relatório, a narrativa fraudulenta foi essencial para manter apoiadores mobilizados em frente a quartéis e outras instalações militares, criando terreno para um eventual golpe.

Envolvimento da Abin

O documento ainda revela a participação da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) na empreitada. Sob o comando do então diretor Alexandre Ramagem (PL-RJ), servidores da agência teriam sido cooptados para elaborar e difundir informações falsas sobre o processo de votação.

“Os novos elementos de prova evidenciaram a cooptação e adesão de servidores da Abin na elaboração e difusão de informações falsas sobre o processo eletrônico de votação”, conclui o relatório.

Impacto nas investigações

A PF aponta que o esquema também contou com o apoio do estrategista Fernando Crimedo, argentino que já havia atuado na campanha de Javier Milei e agora figura entre os indiciados. Para os investigadores, a coordenação entre lideranças políticas, influenciadores e agentes públicos foi central para a disseminação das fake news e o agravamento da crise institucional que marcou o pós-eleição.

O relatório indica que o plano fracassado tinha como objetivo final minar a confiança no sistema eleitoral brasileiro, usando a desinformação como arma para subverter a ordem democrática.

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Valdemar Costa Neto recua após chamar condenados de 8 de janeiro de “golpistas”

Declaração gerou reações negativas entre apoiadores de Bolsonaro, e líder do PL tentou esclarecer fala sobre ato de extremistas em Brasília

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O presidente nacional do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, causou polêmica ao se referir aos participantes dos atos de 8 de janeiro como “golpistas” em entrevista, mas logo recuou após a repercussão negativa entre apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. Em um comunicado oficial, Costa Neto alegou que o termo foi utilizado por influência de jornalistas presentes e que não refletia sua posição pessoal sobre os acontecimentos.

Durante a entrevista à GloboNews, a jornalista Andréia Sadi questionou Costa Neto sobre o apoio do PL, que detém a maior bancada da Câmara, ao projeto de anistia para os condenados dos atos de 8 de janeiro — votação prevista para esta terça-feira (29) — e a possível relação com a disputa pela presidência da Câmara dos Deputados. Ao responder, o presidente do PL usou a palavra “golpistas” para se referir aos participantes dos atos, destacando:

“Eu entendo que não há como incluir o (Jair) Bolsonaro. Seria só aos golpistas. O processo do Bolsonaro nem foi julgado ainda.”

A reação entre a base bolsonarista foi imediata, com críticas e manifestações nas redes sociais. Em resposta à repercussão, Costa Neto divulgou uma nota em que negou a intenção de qualificar os eventos como um golpe e explicou que sua fala buscava apenas refletir a descrição utilizada na conversa com repórteres. O PL, por sua vez, publicou em seus perfis oficiais que o partido considera os atos como “ações desordenadas” e que as sentenças aplicadas foram “desproporcionais”.

Em sua retratação, Costa Neto defendeu que os eventos não configuraram uma tentativa de golpe de Estado, reiterando:

“Foi um momento de ações desordenadas que culminou em penas duríssimas, como 17 anos de prisão, algo que considero excessivo e mencionei na entrevista como sendo desproporcional. Peço desculpas pelo mal-entendido.”

A revisão pública da fala de Costa Neto reflete a cautela que o líder do PL tenta adotar para manter o apoio da base de Bolsonaro enquanto lida com a pressão sobre o partido para apoiar o projeto de anistia aos envolvidos. Ao mesmo tempo, a declaração inicial lança luz sobre as tensões internas quanto ao posicionamento do PL diante do julgamento dos atos extremistas e o papel que os parlamentares pretendem assumir no cenário pós-Bolsonaro.

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Candidata de Valdemar propõe reabertura de equipamento que já funciona em Mogi das Cruzes

Essa situação inusitada pode fazer com que os eleitores se questionem se Mara está realmente conectada com as realidades e demandas locais

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A candidata do Valdemar da Costa Neto à prefeitura de Mogi das Cruzes, Mara Bertaiolli (PL), demonstrou um notável desconhecimento sobre a cidade ao propor, durante o programa de TV de seu partido, a reabertura do Pró-Mulher, um equipamento de saúde feminina que nunca foi fechado.

O Pró-Mulher, situado na Rua Francisco Affonso de Melo, 550, no bairro Braz Cubas, está em pleno funcionamento e continua a oferecer uma ampla gama de serviços de saúde para as mulheres da região. Entre os serviços disponíveis estão atendimentos nas áreas de ginecologia e obstetrícia, além de exames de ultrassonografia, mamografia, colposcopia, papanicolaou e coleta de material para análises clínicas. O centro também oferece orientação para o planejamento familiar e serviços de saúde mental e práticas integrativas e complementares, além de dermatologia especializada na prevenção ao câncer de pele.

A proposta de Mara Bertaiolli de “reabrir” um equipamento que já está operando normalmente levanta questões sobre sua familiaridade com as necessidades reais da cidade e a atual infraestrutura de saúde. Este lapso é particularmente notável, dado que a funcionalidade contínua do Pró-Mulher é bem conhecida entre os moradores que utilizam regularmente seus serviços essenciais.

Essa situação inusitada pode fazer os eleitores se perguntarem se Mara está realmente conectada com as realidades e demandas locais, ou se está apenas replicando promessas genéricas sem verificar a situação atual da cidade. Afinal, propor a reabertura de algo que nunca foi fechado não parece ser a melhor estratégia para conquistar a confiança dos votantes informados.

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Bertaiolli tenta fugir dos holofotes, mas presidente do PL de São Paulo o expõe em plena pré-campanha de sua esposa

Estratégia Revelada: o papel oculto de Marco Bertaiolli na candidatura de sua esposa, Mara Bertaiolli

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Em uma reviravolta intrigante, o Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP), Marco Bertaiolli, que vinha se esquivando dos holofotes na pré-campanha de sua esposa, Mara Bertaiolli (PL), viu-se subitamente exposto. No último sábado, Tadeu Candelária, presidente do Partido Liberal de São Paulo, trouxe à tona a participação ativa de Bertaiolli no projeto político de Mara, transformando o evento de lançamento da pré-candidatura em um palco de revelações.

O cenário estava montado em Mogi das Cruzes, cidade de importância estratégica para Valdemar da Costa Neto, uma peça chave dentro do PL. Em um discurso contundente, Candelária garantiu total apoio à campanha de Mara.

“Não vai faltar estrutura de campanha para você. Mogi é nossa prioridade, e trago essa mensagem do Valdemar, o Boy, nosso Boy”, declarou, carregando um tom de promessa e estratégia política.

A surpresa maior veio logo em seguida, quando Candelária dirigiu-se ao público para destacar a atuação de Marco Bertaiolli.

“Nosso ex-prefeito e conselheiro do Tribunal, também tinha uma vida tranquila, mas aceitou esse desafio. O desafio que não é só nosso, é deles principalmente”, revelou, jogando luz sobre a participação direta de Bertaiolli na campanha, algo que ele tentava manter nos bastidores.

Essa revelação contrasta com a recente entrevista de Bertaiolli ao jornalista Darwin, no podcast DV Cast, onde ele minimizou seu envolvimento, alegando ser uma decisão exclusiva de Mara.

“Essa é uma decisão que a Mara, minha esposa, vai tomar e está tomando com competência e exclusivamente de foro íntimo dela”, afirmou Bertaiolli, em uma tentativa de distanciar-se das movimentações políticas.

O desenrolar desta trama política promete novas nuances e colocações, especialmente com Bertaiolli tentando manter-se à margem, enquanto Candelária escancara seu papel crucial na missão de eleger Mara. A cidade de Mogi das Cruzes torna-se, assim, um campo de batalha não apenas eleitoral, mas também de intrigas e estratégias políticas que podem redefinir o cenário do PL em São Paulo.

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Com bancada de 95 deputados, PL tem 35 que são réus em ação penal ou investigados

O levantamento baseou-se em consultas aos portais de diversos tribunais, incluindo o STF, STJ, TSE, seis TRFs e TJs estaduais

Caso de Política com Congresso em Foco – O Partido Liberal (PL), maior bancada partidária da Câmara dos Deputados e legenda do ex-presidente Jair Bolsonaro, enfrenta um quadro preocupante: ao menos 35 de seus parlamentares estão envolvidos em investigações ou são réus em ações penais. Este dado alarmante é resultado de um levantamento exclusivo realizado pelo Congresso em Foco, utilizando sistemas de consulta pública dos tribunais.

O número de deputados do PL com pendências judiciais representa pouco mais de um terço dos 95 parlamentares do partido na Câmara. Isoladamente, esses 35 deputados superam em número as bancadas de partidos como PDT e PSB, somados.

Entre os 35 parlamentares, ao menos 13 enfrentam processos no Supremo Tribunal Federal (STF), incluindo cinco que são alvos do polêmico Inquérito das Fake News (Inq. 4781). Além disso, alguns desses deputados estão sob investigação por possível envolvimento nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, ou respondem por crimes contra a honra.

A situação é igualmente complicada na Justiça Eleitoral: 18 deputados do PL são investigados ou réus em processos que tramitam no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ou em tribunais eleitorais regionais.

O levantamento baseou-se em consultas públicas aos portais de diversos tribunais, incluindo o STF, STJ, TSE, seis TRFs e TJs estaduais. É importante notar que o número real de ações judiciais pode ser ainda maior, já que algumas tramitações estão em sigilo ou em tribunais sem um sistema eficiente de consulta processual pública.

Os dados utilizados para este levantamento foram atualizados até 28 de maio de 2024, considerando apenas os congressistas em exercício nesta data. É crucial lembrar que a condição de investigado ou réu não implica culpa definitiva. Inquéritos podem ser arquivados e réus podem ser absolvidos ao final dos processos.

Este cenário evidencia um desafio significativo para o Partido Liberal, que terá que lidar com a pressão crescente e o escrutínio público sobre a conduta de seus parlamentares, em um momento de tensão política e judicial no país.

Leia abaixo a lista dos deputados do PL réus ou investigados:

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PL veta apoio de bolsonaristas a candidatos de outros partidos e proíbe manifestações em redes

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, emitiu um comunicado interno que proíbe filiados de apoiar pré-candidatos de outros partidos nas eleições municipais deste ano, conforme informações do Estadão. O documento, datado de 8 de maio, alerta que quem descumprir a norma estará sujeito a um processo ético-disciplinar.

No comunicado, Valdemar explica ter identificado “diversas mensagens de apoio sendo gravadas em prol de candidatos de outras agremiações partidárias, o que acaba por gerar desinformação junto ao eleitorado local e prejudicar os pré-candidatos do Partido Liberal”. A circular visa coibir qualquer apoio, mesmo que velado, a candidatos de outras legendas. Relatos indicam que parlamentares do PL têm apoiado adversários em municípios como Angra dos Reis e Cabo Frio, no Rio de Janeiro.

Diante do exposto, a Comissão Executiva Nacional do Partido Liberal recomenda e orienta seus senadores, deputados federais e deputados estaduais a observarem as manifestações de apoio gravadas por V.Exas., evitando assim que sejam levadas a efeito mensagens de apoio a candidatos de outros partidos políticos, priorizando exclusivamente que tais mensagens sejam destinadas apenas aos pré-candidatos do Partido Liberal nas eleições municipais de 2024”, destaca o documento.

Segundo o Estadão, a bancada do PL na Câmara é a que possui o maior número de pré-candidatos para as eleições deste ano. Dos 96 deputados do partido, 23 já se declararam pré-candidatos a algum cargo no Executivo municipal.

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PL define Mara Bertaiolli e Marcus Melo como pré-candidatos à prefeitura de Mogi das Cruzes

Valdemar da Costa Neto e Bertaiolli estão em um impasse. Ambos buscam consolidar o poder político na cidade, mas divergem sobre nome

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O Partido Liberal (PL) enfrenta um dilema significativo na escolha de seu candidato à prefeitura de Mogi das Cruzes. Entre os nomes cotados estão Mara Bertaiolli, esposa do ex-prefeito e atual conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Marcos Bertaiolli, e Marcus Melo, que já ocupou o cargo de prefeito.

Valdemar da Costa Neto, presidente nacional do PL, e Bertaiolli estão em um impasse. Ambos buscam consolidar o poder político na cidade, mas divergem sobre quem deve ser o candidato. Bertaiolli, apesar de ter afirmado em diversas entrevistas que se afastou da política local, tem trabalhado nos bastidores para lançar sua esposa Mara. Inicialmente, Valdemar apoiava essa estratégia, mas recentemente mudou de posição. Preocupado com uma possível nova derrota, ele agora defende a candidatura de Marcus Melo, que recentemente foi filiado ao partido para fortalecer a base política local.

Essa indecisão expõe a fragilidade do PL em Mogi das Cruzes. O partido parece dividido e incerto, sem plena confiança em Mara e apostando novamente em Melo, cuja gestão anterior não foi bem recebida pelos eleitores. A tentativa de definir o candidato com base em pesquisas reflete a preocupação do partido em encontrar alguém que possa competir eficazmente contra o atual prefeito, Caio Cunha.

Mara Bertaiolli, sem experiência administrativa-política, e Marcus Melo, que não atendeu às expectativas da população durante seu mandato, enfrentam desafios consideráveis. Melo, especificamente, carrega o peso da rejeição que culminou na derrota de seu grupo político, que dominou a cidade por mais de quatro décadas.

Enquanto Valdemar da Costa Neto e Marcos Bertaiolli trabalham para chegar a um consenso, o que fica evidente é que a disputa pelo poder prevalece sobre os interesses da cidade. A decisão sobre quem será o candidato do PL ainda está em aberto, mas a motivação principal parece ser a manutenção do controle político, relegando as necessidades de Mogi das Cruzes a um segundo plano.

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