Danilo Henrique inicia ofensiva para manter traçado original da FIOL beneficiando Barreiras, Luís Eduardo e São Desidério

Liderança política no Oeste da Bahia assume protagonismo na mobilização contra a mudança do traçado da ferrovia e pressiona governo federal para evitar prejuízos à Bahia.

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A possível mudança no traçado da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL) desencadeou uma forte reação na Bahia, e à frente dessa articulação está Danilo Henrique, liderança política no Oeste baiano. Determinado a impedir que o entroncamento ferroviário seja deslocado de Figueirópolis (Tocantins) para Mara Rosa (Goiás), Danilo Henrique tem liderado um movimento estratégico para pressionar o governo federal e garantir que a FIOL contemple Barreiras, Luís Eduardo Magalhães e São Desidério, consolidando a Bahia como eixo logístico fundamental para o escoamento da produção agroindustrial.

A diferença entre os projetos é clara. O traçado original, atualmente em execução, conecta Figueirópolis diretamente a Barreiras e Luís Eduardo Magalhães, beneficiando diretamente a logística e o escoamento da produção agrícola no Oeste da Bahia. Já a proposta defendida pelo ministro dos Transportes, Renan Filho, altera o trajeto, desviando a FIOL para Mara Rosa (Goiás), excluindo Barreiras e a região Oeste do traçado principal e causando impacto negativo na economia baiana.

Com sua postura ativa, Danilo Henrique está mobilizando prefeitos, empresários e lideranças políticas regionais para fortalecer a pressão sobre Brasília. Ele tem articulado reuniões com gestores municipais, além de buscar apoio de parlamentares baianos para reforçar a importância de manter a FIOL conectada ao Porto Sul, em Ilhéus. Segundo ele, a Bahia não pode assistir passivamente ao avanço de articulações de outros estados que buscam se beneficiar da alteração.

O que está em jogo é o futuro da logística baiana. Não podemos permitir que Goiás ou Tocantins levem para si um projeto que, historicamente, pertence à Bahia. A FIOL foi pensada para favorecer nossa produção, e qualquer mudança compromete diretamente nossa competitividade. A região Oeste da Bahia é o maior produtor agrícola do norte e nordeste do país e este peso deve ser levado em consideração”, enfatizou Danilo Henrique.

A mudança no traçado, defendida pelo ministro dos Transportes, já causou reações em Tocantins, onde o governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) e a bancada federal se mobilizam para reverter a alteração. Goiás, por outro lado, vê na proposta uma chance de se consolidar como novo polo ferroviário. Para Danilo Henrique, no entanto, a Bahia precisa reagir com força e coesão para evitar um prejuízo histórico.

Ao lado dos prefeitos Tony Linhares (São Desidério) e Júnior Marabá (Luís Eduardo Magalhães), Danilo Henrique tem liderado reuniões estratégicas para organizar uma frente política robusta. Ele também critica a falta de posicionamento da bancada baiana no Congresso, alertando para o risco de a Bahia ser atropelada pelas articulações de estados concorrentes.

Não podemos esperar que decidam por nós. A FIOL é um patrimônio estratégico da Bahia, e nossa bancada federal precisa entender a urgência desse debate. O Tocantins já está mobilizado. E a Bahia?”, questiona Danilo Henrique.

A alteração proposta pelo governo federal adicionaria um custo extra de R$ 2 bilhões ao projeto e mudaria a logística de escoamento da produção agroindustrial, desviando o fluxo de carga que originalmente seguiria para Ilhéus. O plano deverá ser apresentado ao presidente Lula nas próximas semanas, e Danilo Henrique intensificou sua articulação para garantir que a Bahia não perca essa disputa.

Com discurso firme e ação coordenada, Danilo Henrique busca fortalecer a luta pela manutenção da FIOL na região. Mais do que um embate técnico, a decisão sobre o traçado da ferrovia se tornou uma disputa política, e o líder progressista do Oeste baiano quer garantir que a Bahia não saia prejudicada nessa batalha.

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Governador do Tocantins é alvo de operação da PF por desvio de recursos de cestas básicas durante a pandemia

A ação foi autorizada pelo STJ e faz parte de uma investigação sobre o desvio de recursos públicos durante a pandemia de Covid-19

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A Polícia Federal realiza nesta quarta-feira (21) uma operação para cumprir mandados de busca e apreensão em endereços do governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa (Republicanos). A ação foi autorizada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e faz parte de uma investigação sobre o desvio de recursos públicos através da distribuição de cestas básicas durante a pandemia de Covid-19.

Wanderlei Barbosa, que na época do suposto esquema era vice-governador, está sendo investigado por atos ocorridos entre 2020 e 2021. A operação, denominada Fames-19, também tem como alvos outros políticos e empresários. Ao todo, são cumpridos 42 mandados de busca e apreensão, além de medidas cautelares patrimoniais.

Segundo a PF existem fortes indícios de um esquema montado para favorecer empresas previamente selecionadas para a entrega de cestas básicas, em meio ao estado de emergência em saúde pública. De acordo com as investigações, as empresas teriam recebido o valor integral dos contratos, mas entregaram apenas uma parte dos itens acordados.

O nome da operação, Fames-19, faz referência à insegurança alimentar causada pela pandemia, com “Fames” significando “fome” em latim, e o número 19 aludindo ao ano de surgimento da Covid-19.

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Três governadores ampliam salários em mais de 100% desde 2022

Os governadores, Carlos Brandão (PSB), Romeu Zema (Novo) e Raquel Lyra (PSDB) tiveram aumento acima de 100%

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Nos últimos anos, a política salarial de alguns governadores brasileiros tem sido alvo de controvérsias. Segundo dados das Assembleias Legislativas estaduais e portais de transparência, três gestores estaduais dobraram ou mais que dobraram seus próprios salários desde 2022.

O governador Romeu Zema, representante do Novo em Minas Gerais, viu seu salário aumentar em 278% em maio passado. A questão gerou até litígio judicial, mas em dezembro, o STF negou um pedido para reverter o aumento, levando o salário mensal do governador bolsonarista de R$ 10,5 mil para R$ 41,8 mil.

Já no Maranhão, Carlos Brandão (PSB) aprovou um aumento de 107% neste mês. A partir de junho, seu rendimento mensal passará de R$ 15.915 para R$ 33.006,39. A justificativa do governo maranhense foi que Brandão recebia o menor salário entre os governadores do Brasil e não tinha reajuste desde 2014.

Por sua vez, em Pernambuco, a governadora Raquel Lyra (PSDB) sancionou um aumento de 129%. Embora a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) tenha aprovado um aumento de R$ 9,6 mil para R$ 22 mil, Lyra opta por receber R$ 42.145 mensais como procuradora do estado, cargo que ocupava antes de ingressar na política.

Vale ressaltar que Raquel Lyra possui o maior salário entre os governadores brasileiros e se destaca na comparação com a renda média do estado. Seu salário é quase 38 vezes maior do que a renda per capita média dos pernambucanos em 2023, que é de R$ 1.113, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Confira o ranking dos salários dos governadores no país:

  • Pernambuco – Raquel Lyra (PSDB) – R$ 42.145,88
  • Sergipe – Fábio Mitidieri (PSD) – R$ 41.650,92
  • Acre – Gladson Cameli (PP) – R$ 40.137,69
  • Minas Gerais – Romeu Zema (Novo) – R$ 39.717,69
  • Mato Grosso do Sul – Eduardo Riedel (PSDB) – R$ 35.462,27
  • Rondônia – Marcos Rocha (União) – R$ 35.462,22
  • Rio Grande do Sul – Eduardo Leite (PSDB) – R$ 35.462,22
  • Bahia – Jerônimo Rodrigues (PT) – R$ 35.462,22
  • Pará – Helder Barbalho (MDB) – R$ 35.363,55
  • São Paulo – Tarcisio de Freitas (Republicanos) – R$ 34.572,89
  • Roraima – Antonio Denarium (PP) – R$ 34.299,00
  • Amazonas – Wilson Lima (União) – R$ 34.070,00
  • Piauí – Rafael Fonteles (PT) – R$ 33.806,39
  • Paraná – Ratinho Junior (PSD) – R$ 33.763,00
  • Maranhão – Carlos Brandão (PSB) – R$ 33.006,39
  • Amapá – Clecio Luis (Solidariedade) – R$ 33.000,00
  • Paraíba – João Azevedo (PSB) – R$ 32.434,82
  • Espírito Santo – Renato Casagrande (PSB) – R$ 30.971,84
  • Mato Grosso – Mauro Mendes (União) – R$ 30.862,79
  • Distrito Federal (Brasília) – Ibaneis Rocha (MDB) – R$ 29.951,94
  • Alagoas – Paulo Dantas (MDB) – R$ 29.365,63
  • Goiás – Ronaldo Caiado (União) – R$ 29.234,38
  • Tocantins – Wanderlei Barbosa (Republicanos) – R$ 28.070,00
  • Santa Catarina – Jorginho Mello (PL) – R$ 25.322,25
  • Rio Grande do Norte – Fátima Bezerra (PT) – R$ 21.914,76
  • Rio de Janeiro – Claudio Castro (PL) – R$ 21.868,14
  • Ceará – Elmano de Freitas (PT) – R$ 20.629,59
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