Indiciados pela PF, Valdemar, influenciador argentino, padre e coronéis ficam fora de denúncia da PGR

Investigação aponta rede de aliados de Bolsonaro envolvidos na tentativa de golpe, incluindo militares, assessores e empresários ligados à disseminação de fake news e articulações contra o resultado das eleições de 2022

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou, nesta terça-feira (18), denúncia contra 34 pessoas no inquérito sobre a tentativa de golpe de Estado, deixando de fora dez nomes da lista de indiciados pela Polícia Federal (PF). Entre os que não foram denunciados estão o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, o influenciador argentino Fernando Cerimedo, o padre José Eduardo de Oliveira e Silva e quatro coronéis do Exército.

A exclusão levanta questionamentos sobre os critérios adotados pela PGR, uma vez que todos foram apontados pela PF como participantes do esquema golpista. Além dos nomes retirados, a denúncia de Paulo Gonet incluiu um coronel que não constava na lista original da PF, além de três outros nomes já indiciados anteriormente, como Silvinei Vasques, ex-chefe da PRF, e dois policiais federais.

Nomes excluídos da denúncia
  • Valdemar Costa Neto – Presidente do PL, foi preso em flagrante por posse ilegal de arma durante a investigação sobre a tentativa de golpe. A PF o classificou como parte do “Núcleo de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral”, apontando que financiou e divulgou ações que tentavam legitimar a tese de fraude nas eleições de 2022.
  • Alexandre Castilho Bitencourt da Silva – Coronel do Exército, foi apontado pela PF como suspeito de articular carta que pressionava a cúpula das Forças Armadas a dar um golpe contra Lula.
  • Anderson Lima de Moura – Coronel do Exército, foi apontado pela PF como suspeito de articular carta que pressionava a cúpula das Forças Armadas a dar um golpe contra Lula.
  • Carlos Giovani Delevati Pasini – Coronel da reserva do Exército, foi apontado pela PF como suspeito de articular carta que pressionava a cúpula das Forças Armadas a dar um golpe contra Lula.
  • Laercio Vergilio – Coronel da reserva, segundo a PF, atuou para incitar o golpe. Em depoimento, disse que a prisão de Alexandre de Moraes seria necessária para a “volta da normalidade institucional”.
  • Aparecido Andrade Portella – Tenente da reserva, foi indiciado pela PF em dezembro, ele apareceu no relatório final da PF sobre a trama golpista como um dos interlocutores dos manifestantes que pediam golpe de Estado junto ao governo Bolsonaro. Ele é suplente da senadora Tereza Cristina (PL-MS), que foi ministra da Agricultura na gestão do ex-presidente.
  • Fernando Cerimedo – Influenciador argentino que passou a fazer a fazer lives e publicações logo após a vitória de Lula no segundo turno das eleições que tiveram grande alcance. Ele alegava que as eleições brasileiras teriam sido fraudadas.
  • José Eduardo de Oliveira e Silva – O padre foi citado pela PF como integrante do núcleo jurídico do esquema golpista. Segundo a investigação, ele tem vínculo com pessoas e empresas envolvidas na produção de notícias falsas.
  • Tércio Arnaud Tomaz – Ex-assessor de Bolsonaro, Tércio chegou a ser apontado como o líder do chamado “gabinete do ódio”, responsável por espalhar fake news e outras informações a favor do governo Bolsonaro. Em operação realizada em fevereiro, a PF apreendeu o telefone celular de Tércio na casa de Bolsonaro em Angra dos Reis (RJ).
  • Amauri Feres Saad – O advogado teria participado das discussões sobre a minuta golpista, segundo a PF. Ele foi apontado por Mauro Cid como uma das pessoas que apresentou um documento pedido por Bolsonaro com uma série de considerandos -um compilado de momentos em que, na visão do ex-presidente, a Justiça teria interferido ilegalmente em seu governo.
Bolsonaro pode ser condenado a 43 anos

A PGR enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) denúncia contra Jair Bolsonaro e outros 33 envolvidos na tentativa de golpe. Segundo a peça acusatória, Bolsonaro não só tinha conhecimento da conspiração como atuou diretamente como seu líder. Entre os denunciados, 23 são militares, incluindo o general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e seu candidato a vice em 2022.

Caso condenado, Bolsonaro pode pegar até 43 anos de prisão. Ele e seus advogados negam qualquer envolvimento e alegam falta de provas.

A denúncia lista crimes como tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, organização criminosa armada, dano qualificado contra patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado. O caso agora segue para análise do STF, que decidirá sobre a abertura de uma ação penal.

Conspiração e reunião com cúpula militar

Um dos principais elementos da acusação é a reunião de Bolsonaro com comandantes das Forças Armadas, em 14 de dezembro de 2022. Segundo a PF, o encontro foi uma preparação para o golpe, que não avançou por falta de adesão do Exército. A PGR classificou a reunião como “ato de insurreição em curso”.

Além disso, a denúncia menciona um suposto plano que previa o assassinato de Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes, reforçando a gravidade da tentativa de ruptura democrática.

O STF agora decidirá os próximos passos do caso, com potencial para se tornar o maior processo criminal já enfrentado por um ex-presidente no Brasil.

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Bolsonaristas desistem e o impeachment de Lula fica fora das mobilizações de 16 de março

Com a desistência do impeachment de Lula, lideranças bolsonaristas ajustam suas estratégias para os atos do dia 16 de março, priorizando a campanha para a eleição de 2026 e a defesa da anistia aos envolvidos no golpe de 8 de janeiro

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A expectativa para os atos de 16 de março, programados para diversas capitais do país, ganha uma nova dinâmica com a desistência dos bolsonaristas de incluir o impeachment de Luiz Inácio Lula da Silva nas pautas. A mudança de direção é marcada por uma estratégia mais voltada para o futuro: a luta pelo “fora Lula 2026” e pela “Anistia Já!” para os golpistas que participaram dos atos de 8 de janeiro.

O pastor Silas Malafaia, uma das principais figuras de apoio a Jair Bolsonaro, foi quem anunciou a alteração na proposta. Em entrevista à coluna de Mônica Bergamo, da Folha de São Paulo, Malafaia afirmou que o objetivo das mobilizações não é mais o impeachment de Lula, mas sim garantir que a oposição se concentre em perspectivas futuras.

“O nosso objetivo não é impeachment de Lula”, declarou o líder evangélico. “É ‘fora Lula 2026’, e ‘Anistia Já!’ para os envolvidos no 8/1.”

Essa mudança de foco reflete uma profunda estratégia política, que não só afasta a ideia de um afastamento imediato do presidente, mas também busca ampliar a pressão sobre o futuro eleitoral. Para Malafaia, a ideia de um impeachment de Lula levaria à ascensão do vice-presidente Geraldo Alckmin, que ele considera ainda mais prejudicial para o movimento bolsonarista. “Por que impeachment de Lula? Para entrar um [presidente] pior do que ele, que é o Alckmin?”, questionou, destacando a relação do vice-presidente com o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, figura criticada pelo campo bolsonarista.

Com presença confirmada, Jair Bolsonaro também manifestou apoio à nova orientação das mobilizações. Segundo Malafaia, o ex-presidente considera que a prioridade do evento não deve ser o impeachment de Lula, mas a defesa da anistia para os golpistas e a própria reabilitação política de Bolsonaro, que busca reverter sua inelegibilidade para concorrer à presidência em 2026. Em breve, o ex-presidente deve gravar um vídeo confirmando seu apoio à nova pauta, que visa resgatar suas chances de retorno ao poder, ao mesmo tempo em que reforça a pressão pela liberdade dos envolvidos nos atos do 8 de janeiro.

Essa reformulação das pautas de março reflete uma estratégia de longo prazo do bolsonarismo, que busca consolidar uma base para a disputa eleitoral de 2026, ao mesmo tempo em que tenta apagar as consequências do golpismo de 2023. Ao trocar o foco do impeachment por um projeto eleitoral e pela anistia, as lideranças bolsonaristas buscam reconquistar a narrativa política no Brasil, mirando o futuro com a esperança de uma reviravolta nas próximas eleições.

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Aliados de Trump atacam políticas alemãs de combate ao nazismo e ao discurso de ódio

O vice-presidente dos Estados Unidos, J.D. Vance – Foto: Reprodução

Tensões diplomáticas aumentam com críticas dos aliados de Trump sobre leis alemãs de prevenção ao extremismo

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O governo Trump tem se posicionado contra as políticas da Alemanha de combate ao nazismo e ao discurso de ódio, o que tem gerado uma crescente tensão diplomática entre os dois países. O vice-presidente dos Estados Unidos, J.D. Vance, que recentemente visitou um campo de concentração na Alemanha, expressou profunda compreensão sobre os horrores do Holocausto. “É algo que nunca esquecerei”, afirmou Vance, demonstrando pesar pela tragédia histórica.

No entanto, essa visita não passou sem controvérsias. O chanceler alemão Olaf Scholz reagiu criticamente, ressaltando que o compromisso com o lema “nunca mais” exige uma postura firme contra qualquer forma de extremismo, incluindo o apoio a partidos de extrema-direita. Scholz argumentou que, embora a memória do Holocausto seja fundamental, essa postura não pode ser reconciliada com o fortalecimento de movimentos que buscam ressuscitar ideologias fascistas.

A crescente popularidade da Alternativa para a Alemanha (AfD), um partido de extrema-direita que alcançou cerca de 20% das intenções de voto nas pesquisas, é vista com preocupação por muitos líderes alemães, que temem o impacto de seu discurso no tecido democrático do país.

O empresário Elon Musk – Foto: Reprodução

Elon Musk, um dos principais aliados de Trump, também entrou no debate ao endossar publicamente o partido de extrema-direita. Musk sugeriu que os alemães estão excessivamente focados na culpa do passado, argumentando que o país deveria reavaliar suas políticas relacionadas à liberdade de expressão e ao combate ao discurso de ódio.

As leis alemãs, que proíbem a negação do Holocausto e a promoção de símbolos e propaganda nazistas, visam garantir que os horrores do regime nazista não se repitam. Para muitos, a defesa dessas políticas é um pilar fundamental da democracia alemã, algo que, segundo seus críticos, não pode ser suavizado em nome de uma liberdade de expressão irrestrita.

O debate sobre essas questões não parece dar sinais de diminuição, com ambos os lados reforçando suas posturas em relação ao papel da memória histórica e da prevenção do extremismo no mundo moderno.

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Por anistia, Bolsonaro diz que participará do ato por impeachment de Lula no Rio no dia 16/3

Jair Bolsonaro confirmou sua intenção de participar dos protestos contra o governo Lula no Rio de Janeiro em 16 de março, defendendo o projeto de lei que propõe anistia parcial aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, enquanto articulações políticas visam garantir o apoio da oposição para a proposta

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou à coluna de Igor Gadelha, do Métropoles, que tem a intenção de participar dos protestos contra o governo Lula organizados pela extrema-direita, previstos para o dia 16 de março. Em meio às vésperas de ser acusado por seus crimes pela Procuradoria-Geral da República (PGR), o inelegível ex-presidente afirmou que pretende comparecer ao evento no Rio de Janeiro, onde irá defender o projeto de lei que propõe anistia para os envolvidos nos eventos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

A previsão, não é certeza porque tenho que acertar com mais gente… eu gostaria de ir no Rio de Janeiro, no dia 16. E a pauta lá seria anistia e as questões nacionais”, afirmou Bolsonaro.

A escolha do Rio, em vez de São Paulo, ocorre porque na capital paulista o evento está sendo organizado pela deputada Carla Zambelli (PL-SP), com quem o núcleo mais próximo do bolsonarismo prefere não se associar.

Além disso, o PL também está organizando manifestações em outras capitais do Brasil, com o intuito de protestar contra o governo Lula e apoiar a proposta de anistia.

Anistia parcial para atrair o Centrão

Os partidos de oposição no Congresso Nacional estão articulando uma estratégia para garantir apoio ao projeto de lei que propõe uma anistia parcial para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023. A proposta, um dos principais pontos de divergência entre governo e oposição, passará por ajustes para não oferecer anistia total aos condenados, com o objetivo de obter mais apoio de deputados, senadores e da população.

A linha defendida pelo líder do PL, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), é conceder anistia apenas para parte dos crimes pelos quais os acusados foram condenados, como associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e tentativa de golpe de Estado.

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Slogan racista da extrema direita francesa choca: ‘Dar futuro às crianças brancas’

Frase prega racismo e xenofobia

Caso de Política com UOL – Recentemente, a extrema direita francesa tem provocado polêmica ao levantar questões sobre a dupla nacionalidade dos franceses e a capacidade do presidente Emmanuel Macron de liderar as Forças Armadas do país. Apesar de o cartaz polêmico na pequena região da França não ser diretamente ligado ao movimento de Le Pen, ele expõe a perda de qualquer constrangimento na divulgação de mensagens racistas.

O Partido de França, fundado por Carl Lang, ex-membro e secretário-geral do partido de Marine Le Pen, afirmou em seu site que o cartaz foi “um verdadeiro sucesso” e que “o estoque está esgotado”. O partido elogia seus ativistas por assumirem riscos para exibir slogans ofensivos e radicais em toda a França. Após a polêmica, o partido decidiu retirar o cartaz, mas promete substituí-lo por outro com um novo apelo à “remigração”, ou seja, a expulsão de estrangeiros. “Que eles regressem para a África!”, será a mensagem do novo cartaz.

Pierre-Nicolas Nups, candidato que lidera o grupo na região, assumiu a autoria da mensagem. Segundo ele, trata-se de “uma mensagem de esperança para a nossa juventude e nada mais”. Nups afirmou que qualquer interpretação diferente seria “maliciosa”. Em 2017, ele foi condenado a seis meses de prisão suspensa e cinco anos de inelegibilidade por incitação ao ódio homofóbico.

A prefeitura da cidade de Neuves-Maisons entrou com um processo por “provocação à discriminação e ao ódio”. Pascal Schneider, prefeito da cidade, declarou: “Esta não é uma manifestação política, é uma manifestação sectária, que demoniza e estigmatiza”.

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Tarcísio de Freitas se posiciona como alternativa à direita e faz ataques a Lula em entrevista à Veja

Possível inelegibilidade de Bolsonaro impulsiona busca por novas lideranças na extrema direita

Repórter ABC | Luís Carlos Nunes – O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), em entrevista à revista Veja, atacou o presidente Lula (PT), afirmando que o mandatário petista ainda “não mostrou a que veio”. Tarcísio, que foi ministro de Jair Bolsonaro, havia se aproximado do governo do presidente Lula, tendo declarado o apoio do estado de São Paulo à reforma tributária. Durante as chuvas de São Sebastião, Tarcísio chegou a declarar ao presidente Lula: “Estamos juntos, acabou a eleição”.

No entanto, a postura de Tarcísio parece ter mudado à medida que ele tenta se posicionar como uma alternativa a seu ex-chefe para as próximas eleições. Com a possível decretação da inelegibilidade de Bolsonaro pelo Tribunal Superior Eleitoral, Tarcísio se oferece como um representante da extrema direita para fazer frente ao PT nas próximas eleições.

Em sua entrevista, Tarcísio afirmou que “Lula e seus aliados não tinham um plano para o Brasil e não mostraram ainda a que vieram. Vimos a reedição de programas antigos e outros que foram repaginados. Só que o cenário hoje é totalmente diferente”. Entretanto, as afirmações de Tarcísio foram rebatidas por especialistas, que apontam para as diversas realizações do governo Lula em seus pouco mais de 100 dias de governo.

Além disso, Tarcísio também afirmou que o governo Lula terá dificuldade para aprovar emendas à Constituição e propostas mais estruturais para o país, por não ter uma base sólida no Congresso Nacional mesmo após a distribuição de ministérios. Mas, novamente, especialistas apontam que o governo Lula tem uma base parlamentar sólida e que já conseguiu aprovar importantes projetos, como a reforma ministerial e a lei de combate à violência doméstica.

As declarações de Tarcísio demonstram o crescente embate político entre os principais candidatos às eleições presidenciais de 2022 e a polarização ideológica que permeia o cenário político brasileiro.

Tarcísio é favorito para substituir Bolsonaro, aponta pesquisa Genial/Quaest

De acordo com a pesquisa Genial/Quaest realizada de 13 a 16 de abril de 2023, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), é o nome preferido dos eleitores para substituir o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na eleição presidencial de 2026, caso Bolsonaro esteja inelegível.

A pesquisa ouviu 2.015 pessoas em 120 municípios em todo o Brasil, com margem de erro de 2,2 pontos percentuais e intervalo de confiança de 95%. No cenário sem Bolsonaro, Tarcísio de Freitas obteve 21% das intenções de voto, seguido por Michelle Bolsonaro (PL), com 15%, e Romeu Zema (Novo), governador de Minas Gerais, com 10%. O senador Flávio Bolsonaro (PL) obteve 5%. Outros candidatos somaram 1%, enquanto 25% dos entrevistados disseram que não votariam em nenhum dos nomes indicados. 23% não souberam responder.

Tarcísio é o favorito entre homens (27%), eleitores do Sudeste (26%) e aqueles com ensino superior (29%), enquanto Michelle é a preferida entre mulheres (19%). A pesquisa não está registrada no TRE-AL (Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas) e, portanto, não possui código. Os dados completos da pesquisa estão disponíveis no final do texto.

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Investigação reduz circulação de conteúdo violento na internet, diz pesquisadora

Enquanto alguns extremistas removem conteúdo violento de plataformas de jogos online para evitar identificação, jovens anos se reúnem em comunidades de ódio que disseminam conteúdo para incentivar a radicalização

De acordo com a pesquisadora Michele Prado, as investigações realizadas contra grupos que incentivam ataques a escolas e outras formas de violência têm apresentado resultados positivos na redução da circulação desse tipo de conteúdo na internet.

A pesquisadora, faz parte do Monitor do Debate Político no Meio Digital da Universidade de São Paulo (USP) e monitora grupos que promovem e incentivam ataques desde 2020, observa que apesar de algumas contas suspensas terem sido recriadas, os extremistas têm restringido o acesso aos conteúdos, deixando as contas privadas ou retirando os conteúdos do ar em plataformas de jogos online.

Para Michele, diminuir o acesso a conteúdos que incitam à violência é uma forma eficaz de reduzir o risco de ataques. Ela está trabalhando em um relatório para ajudar a embasar as ações do Ministério da Justiça nesse sentido e defende a criação de um banco de dados com as impressões digitais de conteúdos que já tenham sido apontados como incitadores de violência.

Essa medida permitiria que uma plataforma com compromisso de evitar a disseminação desses conteúdos pudesse derrubá-los sem a necessidade de denúncia de usuários.

Segundo a pesquisadora, as comunidades extremistas que promovem a violência reúnem jovens entre 10 e 25 anos de idade, que se relacionam por afinidade com temas como a misantropia, misoginia e antissemitismo. Esses jovens se dedicam tanto à produção quanto à disseminação de conteúdos inspiracionais e instrucionais que incentivam a radicalização e a violência. A pesquisadora destaca que alguns desses indivíduos distribuem o conteúdo ideológico ligado à extrema direita mundial e, muitas vezes, sabem de antemão dos atentados.

As mensagens distribuídas por esses grupos também são disseminadas por meio de redes sociais e usam uma estética chamada fashwave, que remete à década de 1980 e tem sido uma marca da extrema direita em diversas partes do mundo, incluindo entre os apoiadores do ex-presidente norte-americano Donald Trump. Michele Prado enfatiza que a redução da circulação desse tipo de conteúdo na internet é fundamental para diminuir o potencial de novos atentados e promover um ambiente mais seguro e pacífico.